Manifestação contra o governo toma
conta do país
Não quero aqui dar nenhuma conotação religiosa, mas o tempo de colher chegou. O Governo do Sr. Bolsonaro colheu nestas nestes últimos dias o que plantou ao longo da sua administração política no país. Rechaçado por seus desvios e suas mentiras, o povo brasileiro cansado de tanta enganação tenta banir do poder o governo que aí está. Precisamos restaurar a democracia.
A resposta que o povo tenta dar hoje
nas ruas é um aviso de que a soberania lhe pertence, não sendo esta propriedade
de ninguém, muito menos da extrema direita que não tem trato com a democracia.
Os políticos não podem usar seus mandatos para o representarem em defesa de
seus interesses, tão pouco para se perpetuarem no poder e alimentarem a ilusão
de que o povo lhes pertence.
Equivocados em suas pretensões,
arrogantes em suas atitudes, os políticos ligados ao presidente, precisam
aprender a lição de que o povo não é massa de manobra para o alcance de suas
pretensões. Mesmo com parcela da população iludida e cega e tendo como referencia
os pressupostos ideológicos escamoteados e um projeto ambicioso de poder
perpétuo, não conseguirão esconder mais de quatrocentos mil cadáveres, por isto
não poderão se sustentar serão banidos de seus mandatos as suas figuras mais
destacadas.
Não há agora o que reclamar. Não há
agora que montar resistência sistemática. Não há agora que culpar ninguém, a
não ser a si próprios por tudo o que o país tem passado. As reações de indignação
ao chamá-lo de genocida, têm lugar no contexto, pois elas são frutos da
horrenda prática política que este governo tem adotada. Não têm que chorar
sobre o leite derramado. Eles quiseram desconstruir o Brasil e desconstruíram a
si próprios.
O povo na rua tem o objetivo sensibilizar o
Congresso para criarem uma frente de oposição com o único intuito não para
desestabilizar o novo governo. Se agirem assim, estariam ocorrendo também em
erro. O verdadeiro papel da oposição tem de ser a fiscalização da situação, de
obstaculação de ações que possam ser prejudiciais ao país. Porem, não podemos
aceitar tanta maldade contra o povo e assim não resta alternativa a não ser
varrer os Neo-integralista
da vida política.
Para isto, as ações dos políticos deverão
estar permanentemente voltadas para todos os partidos aliados a esta nova
ordem, pois são eles os representantes do povo. O Poder que emana do povo que
delega aos seus representantes para evitar mais mortes. Portanto, para a
felicidade geral da Nação basta a obediência à Constituição, enfatizando-a nos
objetivos fundamentais da República.
São estes: construir uma sociedade
livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a
pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação, conforme consta no artigo 3º da Carta
Magna.
Padre Carlos