A tragédia do Covid e nossas crianças
É natural o comportamento dos brasileiros ao olhar para a atualização de
dados da vacinação todas as noites com expectativa e interesse. O que estamos vivendo
aqui no Brasil é uma espécie de corrida contra o tempo.
Esse
desfecho, contudo poderia ter sido diferente se as pessoas responsáveis pela
compra das vacinas tivessem empenhadas com o que estava e ainda está
acontecendo em nosso país, contudo, isto fica claro quando constatamos o ritmo
lento e desigual da vacinação no nosso país. Os vírus não conhecem fronteiras nem
regiões. Do Oiapoque ao Chuí, a percentagens são muito baixas da população
imunizada e, sem vacinação, o covid-19 continuará circulando
descontroladamente, com o risco que tal circulação representa. Nos causa
revolta quando tomamos conhecimento que o governo
federal recusou, em agosto de 2020, a oferta da Pfizer para compra de um lote
de 70 milhões de doses, que seriam entregues em dezembro de 2020. O argumento
do governo foi o de que não concordava com as condições estabelecidas pelo
laboratório e que a empresa não se responsabilizava por eventuais efeitos
colaterais da vacina. Eu pergunto ao antigo ministro da saúde e ao presidente:
e quem se responsabilizará pelas mais de quatrocentas mil mortes por falta
desta vacina?
Sabemos dos limites da produção destes
imunizantes, mesmo assim não estamos preocupados com nossa segurança nem com
nossos filhos e estamos na iminência de deixá-los expostos. Digo isto, porque uma aluna do 5º ano do Ensino Fundamental do Colégio Antônio
Vieira testou positivo para o coronavírus, mas o colégio decidiu manter as
aulas presenciais à turma e alguns dias depois professores também passam a ser
contaminado. Por isto, países que se preocupa
com suas crianças, como os Estados Unidos já anunciaram que vão chegar aos
adolescentes entre os 12 e os 15 anos antes do próximo ano letivo. Tal como a
Alemanha pretende abranger esta faixa etária no final do verão. Os países ricos
deixaram claro nesta pandemia que convivem bem com as necessidades dos outros,
desde que as deles estejam supridas.
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