domingo, 29 de novembro de 2020

ARTIGO - “Verás que um filho teu não foge à luta”. (Padre Carlos)

 

“Verás que um filho teu não foge à luta”.

 


Quando perdemos uma eleição, é natural ficarmos procurando um culpado para responsabilizar e colocar sobre esta vitima todas as nossas fraquezas e culpas coletivas. Assim, ao sacrifica-lo, buscamos neste ato, uma forma de justificar nossas fraquezas diante da derrota que nos foi imposta. Esta neurose coletiva não pode tomar conta do partido, nossa responsabilidade é imensa diante dos desafios que virão, não perdemos uma eleição para um campo democrático, estamos lidando com uma direita que não respeita as regras do jogo. Nós apenas não entendemos esta realidade e continuamos achando que poderíamos enfrentar esta nova realidade.

Podemos contatar a forma nada republicana que se deram esta eleição e diante desta nova realidade, temos que parar para refletir sobre os rumos do partido.

Diante de tudo que vem acontecendo ao PT desde 2016 com o impeachment da Presidente Dilma até a derrota nas eleições deste ano, vejo de forma clara, que o partido precisará repensar sua estratégia daqui para frente. Não temos muito tempo para nos reorganizarmos e repensarmos nossas ações e comportamento. Precisamos decidir o que fazer, já com vistas às próximas eleições e, também, com relação à  postura que nossos vereadores deverão ter a partir desta nova realidade.

Temos que fazer uma oposição combativa, com firmeza de propósitos e a favor da democracia. Selamos um compromisso com o povo que sempre nos acompanhou, para reafirmar nossa disposição de dar continuidade esta luta de verdade contra as forças conservadoras da nossa cidade. E tenha certeza que vamos dar a nossa contribuição em defesa da liberdade e da democracia, do direito que todos os moradores desta terra deve ter, seja da área rural ou da cidade, seja da periferia ou dos bairros burgueses. Todos devem têm o direto de falar e de serem ouvidos e da justiça social. Vamos dar nossa contribuição na defesa destes valores que representam a liberdade e da soberania popular. Esta não é uma luta de apenas um partido, nem só das forças de esquerda, mas sim, uma frente democrática empenhada em defender os valores da nossa terra.

 

 

 

 

 


sábado, 28 de novembro de 2020

artigo - Herzem perde na maioria das pesquisas (Padre Carlos)

 


Herzem perde na maioria das pesquisas

 


 O quadro das pesquisas para as eleições do segundo turno denota um resultado futuro incerto diante do acirrado embate entre Herzem Gusmão (MDB), e Zé Raimundo (PT). O quadro reproduz o acaloramento dos ânimos entre direita e esquerda, levando a uma indefinição de tendência. Mesmo o professor José Raimundo, tendo em quase todos os institutos de pesquisa, uma leve vantagem, demonstra que a cidade está dividida ao meio, devendo na ausência de fraude eleitoral sair vencedor o candidato que melhor souber convencer a maioria do eleitorado. Quem for o escolhido, porém, não alcançará vitória com expressiva diferença de votos.


Apesar do sentimento de vitória estampados no sorriso dos militantes do Partido dos Trabalhadores e dos seus aliados, não podemos esquecer que o resultado só se confirma quando o voto chega às urnas, será preciso fiscalizar para que as intenções de voto se confirmem no final da tarde. Depois de conversar com as pessoas e levar as propostas de governo para os indecisos, precisamos está atentos para não perder a eleição na boca da urna. Não podemos esquecer que será uma eleição dura, já ficou claro como a direta vem trabalhando. A estratégia de fiscalização deve ser mantida, porque essa é a política que norteou esta campanha até aqui: fazer uma disputa, limpa e com propostas, fazendo a política da verdade.

Claramente está delineado um real cenário de vida ou morte, no qual ambos os lados lutam por sobreviver politicamente. É um confronto de ideologias que percebemos pelo mapa eleitoral do primeiro turno, nos bairros de classe média e alta o candidato da direita ganha e na periferia e na área rural a vitória é do candidato da esquerda. Convém, no entanto, para o eleitor atento, observar bem que Vitória da Conquista está no limiar de uma mudança radical no seu regime e sistema de governo com relação às prioridades dos programas para quem se deve governar.

        


O futuro da cidade neste momento é incerto pela divisão realista do meio a meio em que se encontra, mas o conquistense que é autor de seu próprio destino pode e tem condições de resguardar o projeto que transformou a capital do Sudoeste da Bahia, em uma das mais prospera cidade do Norte/Nordeste do país.

 

 


quinta-feira, 26 de novembro de 2020

ARTIGO - Eleições 2020 | Herzem recorre a Justiça Eleitoral (Padre Carlos)

 Eleições 2020 | Herzem recorre e Justiça Eleitoral proíbe divulgação pesquisa em Vitória da ConquistaJuiz censura pesquisa A TARDE/Potencial Pesquisa

          


             Quando Herzem e sua coordenação de campanha recorreu a Justiça Eleitoral para proibir a divulgação neste sábado (21) da primeira pesquisa  do jornal A TARDE/Potencial Pesquisa de intenção de voto para a Prefeitura de Vitória da Conquista no segundo turno, ele e sua equipe com este gesto não só ameaçam com uma censura o processo eleitoral, como também tira do eleitor o direito a informação. 

            


Para mim, causa espanto e é preocupante um pedido de impugnação da divulgação justamente agora quando o candidato que solicita a censura apresenta queda nas intenções de voto. É um ataque ao direito do eleitor de se informar, uma ação antidemocrática.

Sempre foi um legalista e acho que decisão judicial tem que ser cumprida, por isto acredito que a Justiça é quem deve equilibrar as relações entre as disputas e o processo eleitoral. E quem não estiver satisfeito com as decisões prolatadas, que recorra dentro do próprio sistema judicial, e não ao tribunal; da mídia ou das redes sociais.

      


 Diante de tais fatos, esperamos que o conceituado jornal e a ANJ proteste contra a decisão e esperamos como cidadão que ela seja rapidamente revogada, pois o acesso às informações contidas nas pesquisas é um direito de todo o cidadão e cidadã, sobretudo do eleitor conquistense.

        Não podemos esquecer que no período eleitoral, é preciso mais do que nunca garantir o direito do eleitor à informação. 


Padre Carlos

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

ARTIGO - A festa da democracia e sua ressaca (Padre Carlos)

 


A festa da democracia e sua ressaca

 


A eleição para prefeito de Vitória da Conquista pelo ângula que a tornou, digamos, pitoresca deve ser avaliada pelos partidos e pela comunidade para que se mantenha um clima de civilidade até o seu final.  “Na verdade, a tal “festa da democracia” tem convidados querendo enganar o dono da casa e como consequência natural de toda festas costuma ser as ressacas”. Penso que se não tomarmos cuidado é isso mesmo que teremos segunda feira que vem!


Passada mais ou menos a euforia da vitória em segundo turno das Eleições Municipais na cidade de Vitória da Conquista, acreditamos ser necessário fazer algumas rápidas reflexões sobre a disputa eleitoral travada pelos candidatos e o uso da máquina publica como forma de moeda eleitoral.

Refletiremos aqui não como cidadão, eleitor ou comentarista político, mas como filósofo e estudioso da relação entre Cultura, Mídia e Política. O que estamos assistindo nesta campanha, já tinha sido aplicado na Campanha de 2018, foi o coroamento da forma mais baixa de politicagem carregada no seu bojo à avareza, a falta de ética, o desrespeito às leis dos homens e à divina.

 Mas, enquanto as rasteiras são aplicadas por aqueles que só sabem fazer politicagem e ocupar lugar na mídia, pelos quatro cantos da cidade o “refrão” predominante é de que os políticos, assim como as instituições políticas, há muito ocupam o pódio da rejeição popular, tendo como destaque algumas múmias que ainda insistem em sair dos sarcófagos enterrados em pleno sertão da ressaca, não mais dominado pelos descendentes dos “Meletes e Peduros”mas continua servindo as novas elites conquistenses.

O que estamos vendo é uma forma clara de manipular o desejo popular com obras inacabadas e ruas sendo interditada colocando a saúde do povo em risco. Diante desta nova realidade, o eleitor começa a criticar a decisão do governo de investir uma soma vultosa em obras, enquanto a saúde e a educação ficam em segundo plano.

A cidade literalmente virou um canteiro de obras inacabadas e eleitoreira, a disputa não está meramente uma disputa eleitoral, baseada nas diferenças partidárias, ideológicas e programáticas, a disputa esta sendo muito mais complexa e antidemocrática, pois subtrai do eleitor aquilo que lhe é mais caro: o direito de ouvir propostas e escolher os candidatos a partir desses expedientes.

        


Para não mais nos alongarmos, gostarias de afirmar, que Conquista ficou menos democrática nessas eleições e que quem na verdade deveria vencer sem dúvida alguma deveria ser o eleitor. Tomara que tenhamos dias melhores a partir desta segunda-feira e que a paz volte verdadeiramente a reinar entre os cidadãos da nossa cidade, já tão cansados e sofridos.


segunda-feira, 23 de novembro de 2020

ARTIGO - O pastor Malafaia e as eleições em Vitória da Conquista (Padre Carlos)

 

O pastor Malafaia e as eleições em Vitória da Conquista



 

A oito dias das eleições, o pastor evangélico Silas Malafaia fez um discurso direcionado aos cristãos de vitória da Conquista, para que eles não votem no candidato José Raimundo do Partido dos Trabalhadores. Os motivos são vários. Entre eles, a importância de se defender os “valores cristãos” também no campo político.


Buscando interferir diretamente no resultado das eleições em vitória da Conquista, o pastor ao invés de pregar a Palavra de Deus, recorre a todo tipo de mentira para influenciar o voto dos cristãos.  A propaganda eleitoral nas igrejas é expressamente proibida a qualquer tempopois os templos constituem bens de uso comum, sendo neles vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza (art. 37 da Lei 9.504/97). Mesmo assim, estes pastores continuam fazendo.

O comportamento desse pastor tem como pano de fundo, um ambiente onde fazer política tem sido um verdadeiro balcão de negócio, muitos pastores – de pequenas e grandes igrejas – se arvoram para pleitear um mandato. Correm atrás do voto em vez de correrem atrás das ovelhas do Senhor, de quem são co-pastores na verdade, não são dignos de ser chamados pastores. É por esta razão que Paulo testemunha dizendo: “Pela graça de Deus, sou o que sou” (1 Co 15.10). Homens que foram chamados para cuidar do povo de Deus estão se embaraçando com negócios desta vida, contrariando o ensino apostólico (2 Tm 2.1-13). O texto é claríssimo. Não podemos dividir o ministério. Deve ser integral e exercitado de maneira íntegra.

Desta forma, presenciamos constantemente a explosão da mistura que causa religião com política. Apesar de ser impossível separá-las, é preciso ética e bom senso para trilhar nestes terrenos sinuoso e cheios de armadilhas. São assuntos que sempre caminharam juntos, não é um problema que a fé faça parte do discurso do candidato, contanto que seja acompanhada de respeito e uma postura ética, para evitar a proliferação do discurso de ódio entre os irmãos. Estes comportamentos de determinados pastores, tem provocado distorções inimagináveis dentro das igrejas e nos discursos evangélicos.

Quando lideranças religiosas esquecem suas pregações genuínas e aderem ao discurso do ódio, com mentiras, xingamentos e baixarias à diversidade de opiniões políticas, é um grave sinal de que algo de muito tenebroso ronda essas lideranças amantes dos holofotes e muitos de seus incautos liderados ou admiradores.


A ideia de que os evangélicos se aglomeram como gado, com voz uníssona em favor de uma ideologia ou corrente política, é absurda. A expressão “rebanho do Senhor” tem um sentido bem diverso do que pensam certas lideranças religiosas (ou seriam meramente políticas?).

Sou católico e mesmo sem congregar com diferentes denominações religiosas, respeito às diferenças que existem entre nós, este comportamento é uma das características da democracia que seus falsos defensores insistem em ignorar.

 

 

 

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

ARTIGO - 2 º turno em Vitória da Conquista tem duelo de gestões (Padre Carlos)

 


       2 º turno em Vitória da Conquista tem duelo de gestões

Os votos apurados no domingo (15), no primeiro turno das eleições municipais, em Vitória da Conquista, trouxeram a consolidação de uma tendência que se mostrou mais forte na semana imediatamente anterior ao pleito: a migração dos votos de extrema-direita para o atual prefeito Herzem Gusmão (MDB), escolhido por pouco mais de 45,89% dos eleitores da capital do Sudoeste baiano – considerando-se os votos válidos – para disputar o segundo turno com o professor José Raimundo, PT. Zé, que liderou todo o pleito e as intenções de voto, teve pouco mais de 47,6% dos votos válidos (ou cerca de 81 mil em números absolutos).


Sobre as abstenções, os números chegaram a cerca de 18,87% do total de eleitores – números até três pontos percentuais abaixo da eleição de 2016, considerando-se os últimos pleitos. Essa queda dos números de abstenções está ligado, a priori, a uma certa polarização da eleição, achava-se que com o contexto da pandemia de Covid-19 e às facilidades de se justificar a ausência do comparecimento às urnas estes números seriam superiores ao da eleição passada. Agora no segundo turno, caberá aos candidatos que permanecem no pleito a busca de parte desses votos, que podem ser decisivos nesta “segunda volta”, na qual há uma promessa de grande acirramento.

O segundo turno das eleições em Vitória da Conquista, confirma uma polarização similar a que se viu em 2016, na nossa cidade.  De um lado, Zé Raimundo, um candidato de esquerda e que conseguiu montar um grupo de vários partidos em torno do seu nome e da sua vice – a jornalista Luciana Oliveira Pereira, do PCdoB.  Zé tenta usar a seu favor, também, o fato de ter governado Conquista entre os anos de 2003 e 2007, gerando um certo recall sobre obras e projetos e desenvolvidos por ele nesse período.

Em um espectro ideológico oposto, o atual prefeito, Herzem Gusmão, busca consolidar a tríade de conceitos – Deus, Pátria e Família – pregando a manutenção do seu mandato e buscando vincular sua imagem a valores conservadores, com um discurso de continuidade ao atual cenário em que a cidade vive.

No campo do Legislativo Municipal, os eleitores optaram em renovar em pouco mais de 50% a Câmara dos Vereadores. Dos 21 parlamentares eleitos, 9 vão exercer o mandato pela primeira vez. E três retornam a casa depois de alguns anos.


Com a Câmara bastante renovada e definida, o conquistense volta às urnas no dia 29 de novembro para escolher o seu próximo prefeito, que será o chefe do Executivo Municipal entre 2021 e 2024, com grandes desafios em pautas como a crise do transporte urbanas, as obras paradas por falta de dinheiro e planejamento, a segurança pública, com uma guarda municipal sem infraestrutura, entre outras tantas questões que coabitam a cidade com uma população sofrida e ansiosa por melhorais.

 

 

 

 

 

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

ARTIGO - Deu Segundo Turno e Agora? (Padre Carlos)

 

Deu Segundo Turno e Agora?


 

 

Menos de 12 horas após a divulgação do resultado da eleição, que se deu com atraso devido a problemas ocorridos no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os candidatos que passaram ao segundo turno da disputa pela Prefeitura de Vitória da Conquista, Zé Raimundo (PT) e Herzem Gusmão (MDB), começam a fazer um balanço da campanha e falar sobre as estratégias para a nova etapa do processo eleitoral.


Precisamos pontuar que são apenas 14 dias de campanha e, por isso, os petistas devem manter “a mesma pegada”, mostrando o que as administrações de Guilherme Menezes e José Raimundo realizaram na nossa cidade nos últimos anos e o que pretende fazer se retornar ao cargo, com a parceria do Governo Estadual.

Quanto ao resultado do primeiro turno, a oposição não pode se queixar, o candidato Zé Raimundo obteve mais de 81.720 votos contra os mais de 78.700 de Herzem, chegando a 47,63% dos votos e, agora, o trabalho será para aumentar esse percentual.

Apesar do sentimento de vitória estampados no sorriso dos militantes desta candidatura, não podem esquecer que está 0 a 0, será preciso começar novamente a percorrer a cidade com as carreatas que estava dando certo, conversar com as pessoas e levar as propostas de governo para os indecisos. Não podem esquecer que será uma eleição dura, porque já ficou claro como a direta vai trabalhar. A estratégia de campanha deve ser mantida, porque essa é a política que norteou esta campanha até aqui: fazer uma disputa, limpa e com propostas, fazendo a política da verdade.


O PT precisa neste momento procurar novos apoios e alianças para o segundo turno. Assim, será necessário buscar todo o apoio dos que querem o bem da nossa cidade. Outro fator positivo da campanha, foi a eleição de uma bancada de vereadores dos partidos coligados na majoritária o que irá lhe garantir, caso eleito, uma boa base de sustentação no Legislativo local.

 Agora é hora de buscar todas as pessoas que querem fazer parte deste projeto. Temos que pensar a cidade para os quatro anos, por que temos o desafio de voltar a crescer a economia, gerar emprego e promover o desenvolvimento social.

 

 

 

 

 

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

ARTIGO - O PT e seus aliados vêm surpreendendo seus adversários na reta final ( Padre Carlos )

 


O PT e seus aliados vêm surpreendendo seus adversários na reta final

 


O desempenho do candidato José Raimundo do Partido dos Trabalhadores, vem revelando que o PT tem conseguido resistir aos ataques políticos que tentam condená-lo ao isolamento, pelos órgãos da imprensa burguesa como pelos partidos de centro direitos.


Os resultados das urnas vão surpreender muita gente na nossa cidade, que achava que esta estrela não brilharia mais. O povo não esquece quem governa para eles.  Esta é uma eleição atípica, diferente daquela de 1996, quando PT na nossa cidade ganhou pela primeira vez uma eleição na capital do Sudoeste. Esta eleição esta sendo disputada por lideranças de um partido que tem sofrido todo tipo de ataques há pelo menos sete anos, destacadamente desde 2013. O desejo dos adversários, expresso de forma clara pelas declarações de suas lideranças, é liquidar com o PT nas eleições municipais 2020.  Este projeto que foi colocado em macha nas eleições de 2018 teve menor intensidade na nossa cidade e no estado, devido à liderança do governador Rui Costa. O certo é que pelas abordagens das pesquisas, tudo indica, não conseguirão novamente.

O resultado desta eleição não pode ser comparado com as anteriores, que ocorreram em condições absolutamente distintas. O partido e suas lideranças nacionais e locais foram e continuam a serem vítimas de uma intensa guerra híbrida de posições, com ataques sistemáticos por meio de fake news, mentiras, acusações levianas e forte cerco midiático, que conta por parte dos meios corporativos de comunicação de massa. Continuar vivo e disputando com chances reais de vitória na nossa cidade e em todo o Brasil já pode ser considerada uma vitória política.

É neste contexto que o desempenho eleitoral de José Raimundo (PT) a prefeito ou a vice, Luciana (PCdoB) ou ainda dos candidatos das chapas proporcionais da coligação da qual participa. Tenho certeza que sua forte chapa de vereadores vai surpreender em 15 de novembro.


O desempenho das candidaturas das coligações do PT nas eleições municipais 2020 vai revelar que o partido resistiu e superou os movimentos das forças políticas que queriam o condenar ao isolamento. Os resultados vão revelar que o PT não só continua vivo em Vitória da Conquista e em todo o país, mas, permanece como a força hegemônica da esquerda brasileira.

Assim, gostaríamos de deixar claro, que é importante a conquista da prefeitura da nossa cidade, mas as grandes conquistas desta eleição são o fortalecimento de suas alianças e a organização de sua militância e de seus apoiadores em uma eleição tão atípica como a atual.

 

 


terça-feira, 10 de novembro de 2020

ARTIGO - Pesquisas revelam que reeleição de Herzem está cada vez mais distante (Padre Carlos )

 


 

Pesquisas revelam que reeleição de Herzem está cada vez mais distante




 

Com o dia 15 se aproximando, as pesquisas (principalmente as eleitorais) vêm tornando-se cada vez mais importante para os cientistas político conhecerem a intenção do eleitorado. Os levantamentos dos institutos de pesquisas, contratado pelos órgãos de informação ou pelas chapas majoritárias, vão muito além de quem esta na frente pela prefeitura da nossa cidade: são usados também para conhecer os níveis de rejeição e a quantidade de indecisos na cidade na área rural, entre outras informações.


Numa eleição acirrada como a nossa, é comum que o prefeito de Vitória da Conquista Herzem Gusmão (MDB) critique o resultado da pesquisa eleitoral em que aparece distante da primeira posição, principalmente quando este instituto, não tem credibilidade na nossa cidade. Assim o candidato da situação e seus militantes atacaram o resultado das ultimas pesquisas eleitorais (especialmente porque se saiu mal). Mas não se deixe enganar: políticos, marqueteiros e partidos conhecem o valor das pesquisas para entender e se posicionar da melhor forma durante a disputa, e muitas vezes encomendam suas próprias pesquisas antes de tomar decisões.

Foi por isto que o prefeito tentou criar um fato político nesta segunda feira e para isto contou com a presença do prefeito da cidade de Salvador ACM Neto. Herzem e sua coordenação teria que amenizar os efeitos das novas pesquisas que sairia nesta terça feira, dia 10 e dava como um indicativo a provável vitória do professor José Raimundo do Partido dos Trabalhadores. Como político e profissional da imprensa, sabia que esta pesquisa tinha sido solicitada pelo jornal A Tarde e seria mais difícil desacreditá-la.

O fato mais importante desta pesquisas está nas leituras das entrelinhas destes números.  Como Herzem e Salomão têm o mesmo perfil político e ideológico, o eleitor de Salomão passou a adota a estratégia do voto útil para não sair derrotado ainda no primeiro turno. Isto explica a queda do candidato David Salomão (PRTB) que continuam em terceiro lugar, agora com 3%, 6 pontos a menos do que os 9% registrados antes.

O que eu quero chamar atenção dos nossos leitores é a dificuldade do prefeito conquistar novos eleitores e isto pode ser decisivo para sua derrota. Seu crescimento não se deu dentro da parcela de indecisos, mais dentro de um eleitorado que já estava definido ideologicamente. Este eleitor que descola da ultradireita quer que o seu voto seja decisivo. Por trás desse comportamento do eleitor de David Salomão, pode haver o descontentamento com o candidato, ou o entendimento do eleitor sobre o voto e a influência das pesquisas eleitorais.




Percebemos de forma clara o voto útil sendo aplicado na nossa cidade como uma ação estratégica adotada pelos eleitores deste candidato, o que importa para estes eleitores não é quem vencerá, mas o que posso fazer para impedir o retorno do PT ao governo.  Por exemplo, o candidato que você pretende votar está em quinto lugar nas pesquisas. O político que está em primeiro é aquele que você detesta. Então, para não elegê-lo, você muda de opção para não “perder o voto” com quem não está bem colocado.

 

 

 


terça-feira, 3 de novembro de 2020

ARTIGO - Conquista e o ambiente polarizado ( Padre Carlos )

 


 

Conquista e o ambiente polarizado

 

Quem conhece Vitória da Conquista, sabe que o período eleitoral é o momento em que os ânimos políticos ficam mais exaltados em nossa cidade. O ambiente está contaminado pela polarização e a desinformação prejudica o bom debate, ficando difícil conversar, compartilhar perspectivas e haver abertura para mudança de opinião. Apesar da receptividade positiva das carreatas que Zé Raimundo e a Frente Conquista popular terem realizadas, percebemos que esse clima não chegou contaminar o eleitorado indeciso e as pessoas com censo democrático. O que na verdade temos presenciado é uma população animada com esta grande festa que é a democracia e com a esperança de mudança em nossa cidade.


A diminuição da convivência entre pessoas com perspectivas diferentes criaram no nosso eleitor há quatro anos, um vazio que foi preenchido, de forma maliciosa e profissional, por notícias que desinformam, distorceram a compreensão da realidade e fizeram adversário serem percebidos como "ameaça". Isto se repetiu na campanha de presidente com uma intensidade maior.

A percepção de ameaça aciona no cérebro humano mecanismos de defesa e ataque que bloqueiam a disposição para colaborar e aceitar novas informações, e diminuem a capacidade de analisar e refletir. Talvez tenha sido este motivo que levaram uma parte do eleitorado de Conquista a não discernir sobre os vinte anos que o Partido dos Trabalhadores governou esta cidade, e na transformação e no desenvolvimento que levaram a capital do Sudoeste se transformar em uma das cidades mais prospera do Norte-Nordeste do país.

Tivemos então na nossa cidade, um contexto em que a valorização do encontro de ideias terminou sendo substituída por um clima de guerras de narrativas fabricadas para expressar superioridade moral e reduzindo os oponentes a todo tipo de mentira, empobrecendo o debate.

Claro que o atual contexto político, não se compara com os retrocessos democráticos, que vivemos há quatro anos e mesmo considerando um clima polarizado, esta longe daquele, onde sofremos todo tipo de fake news e os discursos de ódio que retroalimentava e nutria estereótipos que promoveram hostilidade, diminuíram a confiança no diálogo e em soluções negociadas para problemas coletivos.  


Acredito que esta mudança de comportamento mais civilizado, mesmo vivendo uma eleição polarizada, se deva aos resultados das análises já divulgadas dando uma frente ao candidato da oposição, existe também pesquisas encomendadas por partidos e candidatos que por estratégia política e ou por força da lei eleitoral, não poderia jamais ser publicadas, mas falaremos um pouco pelo que ouvimos aqui e ali destas intenções que nem sempre são confirmadas. Apesar de acreditar nas pesquisas e conhecer a  seriedade que elas são realizadas, andando pela cidade e conversando com o eleitorado conquistense, podemos constatar que apesar do Professor José Raimundo ter uma frente em relação ao candidato da situação, existe um eleitorado ainda indeciso e que o trabalho elaborado pelo comitê central com as carreatas parece está surtindo efeito e chegando até estas pessoas. 

 

 


domingo, 1 de novembro de 2020

ARTIGO - Lembramos que jogo só acaba quando termina. (Padre Carlos)

 

Lembramos que jogo só acaba quando termina.




 



Faltando 15 dias para a eleição, o prefeito Herzem Gusmão continua atrás na disputa pela prefeitura de Vitória da Conquista. Segundo Pesquisa do Jornal A Tarde, divulgado por alguns Blogs da nossa cidade, aponta o candidato Zé Raimundo (PT) na liderança da disputa pela prefeitura de Vitória da Conquista (BA), 


     As obras que esta gestão vem tentando fazer no ano eleitoral não tem surtido efeito, e parecem que não diminuiu os ânimos dos que já decidiram votar no ex-prefeito. Muitos políticos ainda não aprenderam a utilizar a variável competência contra adversários em períodos eleitorais. A questão não é a intensidade com que se bate, mas o jeito como se bate!

         Zé Raimundo tem outras vantagens sobre Herzem. A primeira é que conta com um cabo eleitoral de peso – Guilherme Menezes, considerado o melhor prefeito que a cidade já teve nos últimos anos. O povo da nossa cidade não esquece que Vitória da Conquista em meados da década de noventa, era uma cidade sem crédito, quase que falida, com funcionários públicos passando todos os níveis de necessidades, sem autoestima e sem respeito. Em pouco tempo, com uma equipe de governo austera e comprometida, Guilherme sanou as dívidas da cidade, ajustou as contas com os credores e passou a pagar ao funcionalismo em dia. Desta forma restabeleceu a dignidade do Município e também de sua gente.  

        Temos que observar algo que poderia ser desvantagem para um e vantagem para o outro. Herzem não tem alternativo a não ser ganhar. Perdendo fica sem mandato - o pior cenário para o político profissional. Isso tem preocupado não só o candidato, mas todo o seu grupo. Já o professor José Raimundo, pode-se dar ao luxo de perder, pois teria seu mandato de deputado estadual para cumprir até 2022. Mas não é isto que estamos vendo, com os indicativos das pesquisas e a receptividade do povo na rua, presenciamos um candidato motivado e partindo pra cima do seu oponente.


       Essa situação reflete-se nos atos de campanha. Vemos um Zé Raimundo alegre e jovial, tentando demonstrar que todas as críticas, não o afligem. Repete a fórmula de 2004, apresentando-se hoje como a renovação (no caso atual). Já Herzem, carrega o mundo situacionista nas costas. O vemos sério, com o cenho cerrado. Representa os anseios, e as cobranças, daqueles que, por motivos diferentes, não gostaria de ver o grupo político comandado pelo governador de volta ao executivo municipal.

       Eis o ambiente político que nos levará até o dia 15 de novembro. Mas, eleição é um jogo e isso nos deixa, também, por conta das incertezas e do imprevisível. E como sempre se diz o jogo só acaba quando termina.





ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...