Uma
homenagem singela para Renato Russo.
“Quem
um dia irá dizer que não existe razão
Nas
coisas feitas pelo coração”
Falar de Renato sempre é difícil. É como
falar de um ser mágico que tinha o dom de criar mundos com as palavras que
escolhia, formando os versos que queria. Assim era este poeta, um ser sensível
que captava as emoções humanas, com a intuição que possuía e a imaginação de um
sonhador.
Não podia ser diferente, como poeta ele é
um ser universal que transcende o tempo e o espaço, com a inspiração que recebe
e a
expressão
que oferece. Renato era um ser singular que retirava as vidas e personagens dentro
da nossa alma, com a empatia de um artesão que desenvolve e a arte que realiza.
Muitas
vezes o poeta não sente ou vive estas emoções, mas ele consegue interpretar,
mesmo sem ter vivido os nossos sentimentos, com a genialidade que demonstra e
uma beleza que nos encanta.
Então
nós perguntamos: como ele faz isso? Qual é o seu segredo? Será que ele nasceu
assim? Ou se tornou assim? Não sabemos ao certo, mas podemos admirar e nos
identificar com as suas obras.
Por
isto, como poeta ele conseguia se tornar um espelho da nossa geração, refletindo
as nossas dores e amores, com uma sinceridade impa e a liberdade própria da
nossa idade.
O
poeta é um presente para a humanidade, ele nos faz sentir e pensar com a
profundidade que atinge a nossa alma e a simplicidade que conquista o nosso
coração.
O
famoso poema de Renato Russo: Eduardo e Mônica, foi o escolhido para prestar
está homenagem.
A
letra da música é baseada em um texto que Renato Russo escreveu quando ainda
estava no colégio, e que retrata um casal que ele conheceu na época. A história
é contada de maneira bem humorada e poética, com versos que descrevem as
características de cada um dos personagens e suas aventuras juntos. Por isto,
escolhi este poema para fazer a minha versão em homenagem a este poeta.
Eduardo
e Mônica um grande sucesso musical.
Ele
era um rapaz
Que
gostava de rock e de skate
Ela
era uma moça
Que
estudava direito e francês
Eles
se conheceram
Numa
festa estranha com gente esquisita
Ele
achou ela meio metida
Ela
achou ele meio pirado
Mas
mesmo assim eles conversaram
E
trocaram telefone e endereço
Ele
ligou no outro dia
E
ela aceitou sair com ele
Eles
foram ao cinema
Ver
um filme do Godard
Ele
não entendeu nada
Ela
explicou depois num bar
Eles
foram se conhecendo melhor
E
descobrindo as diferenças e semelhanças
Ele
aprendeu a gostar de arte
Ela
aprendeu a andar de skate
Eles
viajaram juntos para a praia
Para
o campo e para a neve
Ele
apresentou ela para os amigos dele
Ela
apresentou ele para os pais dela
Eles
foram morar juntos
Num
apartamento na Asa Norte
Ele
largou a faculdade
Ela
passou no vestibular
Eles
tiveram um filho
Que
se chamava Gabriel
Ele
era a cara do pai
Mas
tinha o jeito da mãe
Eles
eram felizes
Apesar
das brigas e das crises
Ele
era o amor dela
Ela
era o amor dele
Essa
é a história de Eduardo e Mônica
Um
casal que se amou à sua maneira
Que
superou as diferenças e os preconceitos
Que
mostrou que o amor não tem receita