quinta-feira, 23 de março de 2023

ARTIGO - A importância de viver o que se acredita: reflexões do Papa Francisco. (Padre Carlos)

 



Acreditas no que anuncias?

 




Um dos assuntos que mais chamou minha atenção está semana foi o pronunciamento do Papa Francisco em uma audiência nesta quarta feira. Nela, o Pontífice fala sobre algo que me fez pensar muito: a importância de viver o que se acredita e de testemunhar o amor de Jesus Cristo para evangelizar. O Papa enfatizou que o mundo precisa de pessoas que falem sobre Deus de uma maneira que as outras pessoas possam entender. Ele disse que as pessoas geralmente preferem ouvir testemunhos pessoais de pessoas que realmente acreditam em Deus, em vez de ouvir apenas teorias e ideias abstratas. Ele disse que não basta apenas transmitir doutrinas ou ideologias, é necessário ser coerente entre aquilo que se acredita, se anuncia e se vive. Será que eu sou assim? Será que eu dou testemunho da minha fé com as minhas atitudes? Ou será que eu sou hipócrita e contraditório?

          O Papa me fez refletir sobre três perguntas fundamentais: “Acreditas no que anuncias? Vives aquilo em que acreditas? Anuncias o que vives?” Confesso que não foi fácil responder. Às vezes, eu me pego falando uma coisa e fazendo outra. Às vezes, eu me esqueço do encontro pessoal com Jesus Cristo e me apego a coisas superficiais ou mundanas. Às vezes, eu tenho medo ou vergonha de anunciar o Evangelho com a minha vida.

          Mas o Papa também me encorajou a confiar na ação do Espírito Santo em mim para ir além dos meus limites. Ele disse que o mundo precisa ouvir sobre as grandes obras de Deus que se espelham na vida santa das pessoas. E pediu a intercessão de São José e da Virgem Maria para nos ajudar nessa missão.

          Eu fiquei muito tocado com as palavras do Papa Francisco. Ele me mostrou que evangelizar não é só falar, mas também agir conforme os ensinamentos de Jesus Cristo. E isso requer coragem, humildade e amor. Eu quero ser um bom cristão e um bom evangelizador. E você?


segunda-feira, 20 de março de 2023

ARTIGO - Haroldo Lima: um lutador pelo Brasil e pelo socialismo.

 


Haroldo guerreiro do povo brasileiro!

 


        Há dois anos, perdíamos um dos mais valorosos combatentes pela causa do povo brasileiro e da revolução socialista: Haroldo Lima. Engenheiro, político e dirigente comunista, Haroldo dedicou sua vida inteira à luta pela democracia, pela soberania nacional e pelo socialismo.

 

        Nascido na Bahia em 1939, Haroldo ingressou no movimento estudantil na década de 1950 e se filiou à Ação Popular (AP), uma organização de esquerda cristã que depois se tornaria marxista-leninista. Em 1972, participou da incorporação da AP ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), onde se tornou um dos principais líderes.

 

        Haroldo enfrentou com coragem e firmeza a ditadura militar que assolou o país entre 1964 e 1985. Foi preso e torturado várias vezes pelos agentes da repressão. Sobreviveu à Chacina da Lapa em 1976, quando três dirigentes do PCdoB foram assassinados em uma emboscada.

 

        Com a redemocratização do país, Haroldo foi eleito deputado federal pela Bahia por cinco mandatos consecutivos. Foi um dos parlamentares mais atuantes na Constituinte de 1988 e na defesa dos direitos dos trabalhadores, dos camponeses, dos negros, das mulheres e dos jovens.

 

        Haroldo também foi um patriota que defendeu os interesses nacionais diante das ameaças imperialistas. Foi diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre 2005 e 2011, no governo Lula. Nessa função, contribuiu para o fortalecimento da Petrobras e para a exploração soberana do pré-sal.

 

        Haroldo foi ainda um internacionalista que apoiou as lutas dos povos oprimidos do mundo inteiro. Foi solidário com Cuba socialista, com a Revolução Bolivariana na Venezuela, com os movimentos antiapartheid na África do Sul e com os palestinos contra a ocupação israelense.

 

        Haroldo foi um comunista convicto que nunca abriu mão de seus princípios ideológicos. Foi fiel ao PCdoB até o fim de sua vida e defendeu a construção do socialismo como única alternativa para superar as contradições do capitalismo.

 

    '    Haroldo nos deixou em 24 de março de 2021, vítima da Covid-19. Sua morte nos encheu de tristeza e saudade. Mas também nos inspirou a seguir seu exemplo de luta e resistência.

 

          Haroldo Lima vive em nossas memórias e em nossos corações. Seu legado é rico e permanente para as atuais e futuras gerações de revolucionários.

 

Viva Haroldo Lima!

 

Viva o PCdoB!

 

Viva o Brasil!

 

Viva o socialismo!

 


domingo, 19 de março de 2023

ARTIGO - A finitude da vida e o legado que deixamos. (Padre Carlos)

 


Fazer o bem sem olhar a quem: um legado para a eternidade

 


 

A perda é uma professora implacável, que nos ensina de forma dura e inescapável que a vida é finita. Ela nos lembra que todos temos uma data de validade marcada na nossa embalagem, e que devemos aproveitar cada minuto como se fosse o último. Um amigo certa vez me disse que ia sair para um pedal no maçal e voltar logo, mas seu coração lhe pregou uma peça e ele nunca mais retornou para o convívio dos amigos e familiares.

Essa triste notícia nos faz refletir sobre a importância de valorizar cada momento da nossa vida, para fazer o bem, criar laços e nos tornar seres humanos mais amorosos e misericordiosos. Devemos perceber que estamos aqui apenas de passagem, que cada minuto é um presente que Deus nos dá, e que devemos aproveitar ao máximo.

No final das contas, o que realmente importa é o legado que deixamos para trás. São as boas lembranças, o amor e a saudade que deixamos em nossos amigos e familiares, que irão transcender a barreira que nos separa daqueles que já partiram. Nós não podemos levar nada conosco quando partirmos, mas podemos deixar muito amor e carinho neste mundo.

Por isso, é tão importante valorizar nossas relações afetivas, como amigos, familiares e até mesmo desconhecidos que precisam de nossa ajuda. Devemos fazer o bem sem olhar a quem, pois é isso que nos faz bem e que nos torna seres humanos melhores. Afinal, a perda nos ensina que a vida é finita, mas que o amor é eterno.


sábado, 18 de março de 2023

ARTIGO - A Igreja precisa de leigos conscientes das suas responsabilidades. (Padre Carlos)

 


O futuro da Igreja exige leigos preparados

 



 

A Igreja Católica vive tempos difíceis, estamos prestes a uma virada de paradigma e ainda vivemos nas comunidades um clima Pré Concílio, entre conservadores e progressistas. Tudo vai depender a parti deste momento da forma como os fiéis reagirão a estas mudanças, a começar pelos seus pastores.

Esta é uma oportunidade para erradicar das comunidades eclesiais todo e qualquer clericalismo que restou de uma era de cristandade. Para isso exigem-se - hoje mais do que nunca! - leigos conscientes das suas responsabilidades. Que não se limitem a ir à igreja adquirir "serviços religiosos" ou assistir a eventos sociais, como funerais, casamentos ou batizados.

Precisam-se homens e mulheres que tragam as convicções e aspirações. Que se envolvam na construção da comunidade. Que tenham uma fé adulta, que testemunhem a sua adesão a Jesus Cristo e aos valores do Evangelho. Que saibam dar razões da sua fé e demonstrá-lo na vida de cada dia.

Para tudo isso, será decisivo investir na formação humana e espiritual, não só dos clérigos, mas também desses mesmos leigos. Só leigos preparados poderão adquirir, e construir dentro de si, uma sólida formação teológica e eclesial. Há propostas de formação laical em muitas dioceses e paróquias. Nas que não existem, é urgente criá-las.

Este movimento é crucial. Dele depende a resposta aos desafios que se colocam à Igreja no Brasil.

 


sexta-feira, 17 de março de 2023

ARTIGO - Revelando emoções: um ato de coragem e amor. (Padre Carlos)

 A importância de revelar emoções: conexão e confiança

 

 


 

         Revelar nossas emoções nem sempre é fácil. Às vezes, temos medo de nos expor, de sermos julgados, de nos machucarmos ou de magoarmos alguém. Outras vezes, não sabemos como expressar o que sentimos, ou não encontramos as palavras certas para isso. E há momentos em que simplesmente preferimos guardar nossas emoções para nós mesmos, por acharmos que ninguém vai entender ou se importar.

 

         Mas será que isso é bom para nós? Será que esconder nossas emoções nos faz bem? Será que não estamos perdendo oportunidades de nos conectar com outras pessoas, de compartilhar nossas alegrias e tristezas, de receber e oferecer apoio e compreensão?

 

         Revelar nossas emoções pode ser difícil, mas também pode ser libertador. Quando nos abrimos com alguém em quem confiamos, podemos nos sentir mais leves, mais aliviados, mais autênticos. Podemos descobrir que não estamos sozinhos em nossos sentimentos, que há outras pessoas que passam pelas mesmas situações ou dilemas que nós. Podemos aprender com as experiências e os conselhos dos outros, e também podemos ensinar e ajudar com os nossos.

 

         Revelar nossas emoções pode ser um ato de coragem e de amor. Quando mostramos o que sentimos por alguém, estamos demonstrando nosso interesse, nossa admiração, nossa gratidão ou nosso afeto. Estamos dando uma chance para o outro nos conhecer melhor e para nós mesmos conhecermos o outro melhor. Estamos criando laços mais fortes e duradouros com as pessoas que fazem parte da nossa vida.

 

         Revelar nossas emoções pode ser um desafio e uma oportunidade. Um desafio de enfrentar nossos medos e inseguranças; uma oportunidade de crescer e evoluir como seres humanos. Um desafio de sair da nossa zona de conforto; uma oportunidade de explorar novas possibilidades e caminhos. Um desafio de se expor ao risco; uma oportunidade de se surpreender com o resultado.

 

Revelar nossas emoções pode ser difícil sim. Mas também pode ser maravilhoso. Só os poetas, os loucos e os puros de coração tem a capacidade de se revelar e mostrar todo o seu interior. Embora eu não saiba ainda como me definir vou me revelando com a graça de Deus:

 

Você não foi o maior nem o menor dos meus caso, porque você foi o mais intenso dos meus amores. Dos beijos ardentes, que ainda me ardem Você foi o mais doce dos meus pecados E o mais profundo dos meus desejos guardados

Você foi o meu sol e a minha lua. O meu riso solto e a minha tristeza crua. Você foi a minha paixão mais avassaladora. E também a minha maior desilusão, triste senhora.

Você foi o meu sonho mais bonito. E também a minha realidade mais dolorida. Você foi a minha alegria maior. E também a minha agonia mais intensa.

E é por essas e outras Que a minha saudade faz lembrar. De tudo o que passamos juntos. E o quanto ainda desejo te a

ARTIGO - Revelando emoções: um ato de coragem e amor. (Padre Carlos)

 

A importância de revelar emoções: conexão e confiança


 








 

         Revelar nossas emoções nem sempre é fácil. Às vezes, temos medo de nos expor, de sermos julgados, de nos machucarmos ou de magoarmos alguém. Outras vezes, não sabemos como expressar o que sentimos, ou não encontramos as palavras certas para isso. E há momentos em que simplesmente preferimos guardar nossas emoções para nós mesmos, por acharmos que ninguém vai entender ou se importar.

 

         Mas será que isso é bom para nós? Será que esconder nossas emoções nos faz bem? Será que não estamos perdendo oportunidades de nos conectar com outras pessoas, de compartilhar nossas alegrias e tristezas, de receber e oferecer apoio e compreensão?

 

         Revelar nossas emoções pode ser difícil, mas também pode ser libertador. Quando nos abrimos com alguém em quem confiamos, podemos nos sentir mais leves, mais aliviados, mais autênticos. Podemos descobrir que não estamos sozinhos em nossos sentimentos, que há outras pessoas que passam pelas mesmas situações ou dilemas que nós. Podemos aprender com as experiências e os conselhos dos outros, e também podemos ensinar e ajudar com os nossos.

 

         Revelar nossas emoções pode ser um ato de coragem e de amor. Quando mostramos o que sentimos por alguém, estamos demonstrando nosso interesse, nossa admiração, nossa gratidão ou nosso afeto. Estamos dando uma chance para o outro nos conhecer melhor e para nós mesmos conhecermos o outro melhor. Estamos criando laços mais fortes e duradouros com as pessoas que fazem parte da nossa vida.

 

         Revelar nossas emoções pode ser um desafio e uma oportunidade. Um desafio de enfrentar nossos medos e inseguranças; uma oportunidade de crescer e evoluir como seres humanos. Um desafio de sair da nossa zona de conforto; uma oportunidade de explorar novas possibilidades e caminhos. Um desafio de se expor ao risco; uma oportunidade de se surpreender com o resultado.

 

Revelar nossas emoções pode ser difícil sim. Mas também pode ser maravilhoso. Só os poetas, os loucos e os puros de coração tem a capacidade de se revelar e mostrar todo o seu interior. Embora eu não saiba ainda como me definir vou me revelando com a graça de Deus:

 

Você não foi o maior nem o menor dos meus caso, porque você foi o mais intenso dos meus amores. Dos beijos ardentes, que ainda me ardem Você foi o mais doce dos meus pecados E o mais profundo dos meus desejos guardados

Você foi o meu sol e a minha lua. O meu riso solto e a minha tristeza crua. Você foi a minha paixão mais avassaladora. E também a minha maior desilusão, triste senhora.

Você foi o meu sonho mais bonito. E também a minha realidade mais dolorida. Você foi a minha alegria maior. E também a minha agonia mais intensa.

E é por essas e outras Que a minha saudade faz lembrar. De tudo o que passamos juntos. E o quanto ainda desejo te amar.

ARTIGO - A trajetória do Papa Francisco nestes últimos dez anos. (Padre Carlos)

 

Dez anos do pontificado de Francisco



 

A história de Jorge Mario Bergoglio, agora conhecido como Papa Francisco, é inspiradora e nos ensina muito sobre humildade, proximidade com os fiéis e amor aos pobres e excluídos. Ele mudou a face da Igreja Católica com seu estilo simples e sua dedicação pastoral às comunidades pobres da capital argentina.

Neste artigo, vamos conhecer mais sobre a trajetória do Papa Francisco e como ele vem envolvido na Igreja Católica nos últimos dez anos.

Quem é o Papa Francisco?

Nascido em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936, Jorge Mario Bergoglio é filho de imigrantes italianos. Ele se formou como técnico em química, mas sentiu o chamado de Deus para ser padre e entrou na Companhia de Jesus (jesuítas), se ordenando em 1969. Estudou filosofia e teologia, lecionou em colégios, foi provincial dos jesuítas na Argentina, bispo auxiliar e arcebispo primaz de Buenos Aires. Em 2001, foi criado cardeal pelo Papa João Paulo II.

Como arcebispo e cardeal, ele se destacou pela sua dedicação pastoral às comunidades pobres da capital argentina. Visitava as favelas, os hospitais, as prisões. Acolhia os marginalizados, os imigrantes, os doentes. Sorria e abraçava as crianças, os idosos, os jovens. Não se importava com o luxo nem com o poder. Morava em um apartamento simples, cozinhava sua própria comida, usava transporte público. Era um homem do povo e para o povo.

A eleição do Papa Francisco

No dia 13 de março de 2013, o mundo testemunhou um acontecimento histórico: a eleição do primeiro Papa americano e não europeu em mais de mil anos. Ele se chamava Jorge Mario Bergoglio, mas escolheu o nome Francisco em homenagem ao santo dos pobres e da paz. Desde então, ele vem encantando milhões de pessoas com sua simplicidade, humildade e proximidade com os fiéis. Ele é um pastor que cuida do seu rebanho com amor e misericórdia, que denuncia as injustiças e as mazelas do mundo, que defende os pobres e os excluídos, que dialoga com outras religiões e culturas, que promove a paz e a fraternidade.

O estilo do Papa Francisco

Quando foi eleito Papa no conclave de 2013, após a renúncia histórica do Papa Bento XVI, ele surpreendeu a todos com seu estilo. Saudou a multidão na Praça São Pedro com um simples “boa noite”. Logo depois, pediu aos fiéis que rezassem por ele antes de dar a bênção apostólica. Em seguida, foi jantar com os outros cardeais sem usar nenhum carro oficial. No dia seguinte, pagou sua própria conta no hotel onde estava hospedado.

Esses gestos apreciaram ao mundo que Francisco era um Papa diferente: um Papa próximo das pessoas simples; um Papa que queria uma Igreja pobre para os pobres; um Papa que queria uma Igreja em saída missionária; um Papa que queria uma Igreja misericordiosa

Nesses dez anos de pontificado Francisco tem mostrado isso com suas palavras e suas obras: escreveu encíclicas sobre o cuidado da casa comum (Laudato Si’), sobre a fraternidade universal (Fratelli Tutti) e sobre o amor na família (Amoris Laetitia); convocou jubileus extraordinários sobre a misericórdia (2015-2016) e sobre São José (2020-2021); realizou viagens apostólicas pelos cinco continentes levando uma mensagem de esperança; promoveu encontros ecumênicos e inter-religiosos pela paz; reformou a Cúria Romana; enfrentou casos de abusos sexuais na Igreja e apoiou movimentos sociais pela justiça.

Como disse Leonardo Boff: este Francisco foi  escolhido para restaurar a Igreja de Jesus Cristo.

 

 

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...