quinta-feira, 20 de julho de 2023

ARTIGO - A Justiça Prevalecerá: Identificando os Responsáveis pelos Boatos Contra a Escola Normal. (Padre Carlos)

 


A Mentira que Ameaça a Tradição Educacional da Bahia.

 


    No cenário político brasileiro, é lamentável presenciar a disseminação irresponsável de informações falsas que visam enfraquecer a imagem de governantes e das instituições que apoiam. Um exemplo recente é o alarmante rumor sobre a suposta demolição do Instituto Euclides Dantas, carinhosamente conhecido como Escola Normal, no interior da Bahia. Tal boato, além de infundado, revela-se como uma armação covarde para instilar o terror e minar a reputação dos gestores envolvidos.

 

    O Instituto Euclides Dantas é uma instituição de ensino com uma história brilhante, que moldou e continua moldando a vida de milhares de estudantes, preparando-os para um futuro de sucesso e contribuição para a sociedade. O respeito e a admiração que essa escola conquistou são resultados do árduo trabalho de professores, funcionários e alunos dedicados ao conhecimento e à educação de qualidade.

 

    Em vez de serem reconhecidos por suas realizações notáveis, alguns indivíduos inescrupulosos optam por disseminar informações maliciosas, buscando incutir medo e desconfiança na comunidade escolar e na população em geral. Esse tipo de ação vil não apenas ameaça o prestígio da instituição, mas também lança uma sombra sobre os governantes e seu grupo político que estão genuinamente empenhados em melhorar a educação e a vida das pessoas.

 

    Nesse contexto, é imperativo que a polícia e o Ministério Público atuem com firmeza e diligência para identificar e responsabilizar os responsáveis pela disseminação dessa mentira perniciosa. A propagação de informações falsas não pode ser tratada apenas como um ato de irresponsabilidade, mas sim como um crime que compromete a integridade das instituições e pode gerar danos irreparáveis à sociedade.

 

    A liberdade de expressão é um pilar fundamental da democracia, mas essa liberdade não deve ser confundida com a impunidade para disseminar desinformação e calúnia. Aqueles que deliberadamente espalham mentiras e boatos devem ser confrontados com a força da lei, para que possamos proteger a verdade, a integridade das instituições e o bem-estar da população.

 

    O caso do Instituto Euclides Dantas é uma clara demonstração de como a propagação de informações falsas pode causar danos profundos e desestabilizar a confiança naqueles que lideram esforços importantes para o desenvolvimento do país. A sociedade precisa estar vigilante e unida contra essas ações nefastas, assegurando que a verdade prevaleça e que a justiça seja aplicada de maneira justa e imparcial.

 

    Ao contrário da mentira que se espalha como uma sombra escura, é hora de celebrar as realizações do Instituto Euclides Dantas e de todas as instituições de ensino que buscam o bem-estar da sociedade por meio da educação. É tempo de reafirmar nosso compromisso com a verdade, a justiça e a construção de um país melhor para todos os cidadãos, em que a educação e a informação sejam valorizadas como pilares essenciais para o desenvolvimento sustentável e o progresso social.

 

    Em suma, não podemos permitir que a mentira seja usada como instrumento de enfraquecimento político. Devemos nos manter firmes em nossos valores democráticos, buscando sempre a verdade e a justiça, e agindo com responsabilidade e respeito pela informação que compartilhamos. Somente assim poderemos construir uma sociedade mais justa e transparente, na qual a educação seja uma prioridade inegociável e os boatos infundados sejam relegados ao esquecimento da história

ARTIGO - Cosme de Farias: O Rábula Genial e suas Lendas Jurídicas. (Padre Carlos)

 

Entre o Folclore e a Realidade Jurídica




    Para os mais jovens, é uma honra poder apresentar e discorrer sobre a vida de um notável jurista que marcou a história com suas habilidades ímpares e caráter íntegro: Cosme de Farias. A trajetória deste homem tem o sabor peculiar das narrativas populares, mas também é repleta de veracidade. Nascido no Subúrbio de Salvador, mulato e filho de um modesto comerciante com apenas o ensino primário, Cosme desafiou todas as expectativas ao se tornar um advogado provisionado, um verdadeiro rábula, e dedicou sua vida à defesa incansável de milhares de clientes menos favorecidos, para os quais a justiça estava longe de ser uma garantia.

    A genialidade de Cosme de Farias consistia na combinação única de inteligência, astúcia e humor em suas argumentações em prol dos mais necessitados, bem como na incessante busca pela justiça. Através de episódios hilários que se tornaram lendários no meio jurídico, ele demonstrava sua perspicácia e habilidades em causas que pareciam perdidas.

    Uma dessas lendas remonta à primeira metade do século XX, quando uma revolta contra a injustiça flagrante acometida contra um réu tomou conta do tribunal. Foi neste cenário que nosso protagonista entrou em cena. No meio do julgamento, ele se ergueu na plateia e aproximou-se do juiz e dos jurados, segurando uma vela na mão e com uma expressão que denotava busca intensa. O magistrado, intrigado e um tanto irritado, questionou o motivo daquela ação inusitada. Sem hesitar, Cosme respondeu em alto e bom som: "A Justiça, meu senhor, que nesta casa anda escondida".

    Essa intervenção audaciosa, repleta de sagacidade e bom humor, causou alvoroço no tribunal. Cosme de Farias sabia como ninguém apelar para a emoção e a lógica, utilizando-se de recursos criativos para colocar em evidência a ineficiência do sistema judiciário em proteger os mais vulneráveis. Seus clientes, muitas vezes sem recursos financeiros para contratar advogados renomados, encontravam em Cosme um defensor destemido, capaz de enfrentar grandes adversidades em busca da justiça social.

    Mais do que apenas um advogado, Cosme de Farias representava um símbolo de esperança para os desfavorecidos. Seu compromisso com a causa dos pobres ia além dos tribunais; ele também se envolvia em atividades sociais e culturais para promover o bem-estar das comunidades marginalizadas.

    Contudo, é importante reconhecer que a figura de Cosme de Farias transcende o mero folclore. Sua dedicação à luta pela justiça e igualdade fez dele um verdadeiro herói do povo. Seus feitos deixaram um legado inestimável, influenciando gerações de advogados a seguirem seu exemplo e a enxergarem a advocacia como um instrumento para a transformação social.

    Portanto, ao relembrarmos a história de Cosme de Farias, devemos valorizar não apenas a dose de humor e inusitado que ele trouxe aos tribunais, mas também sua coragem, comprometimento e persistência em fazer da justiça uma realidade para todos, independentemente de suas condições financeiras. Ele nos ensina que a advocacia pode ser uma poderosa ferramenta para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde a luz da justiça não permaneça oculta, mas brilhe para iluminar o caminho de todos os cidadãos. Que a memória de Cosme de Farias permaneça viva e inspire futuras gerações de juristas a trilharem o caminho da verdadeira justiça e compaixão.


terça-feira, 18 de julho de 2023

ARTIGO - O Silêncio Ensurdecedor do Governador Jerônimo em Vitória da Conquista. Padre Carlos)

 


Preservação da Base ou Algo Mais?

 


 

Introdução: Nos últimos meses, tenho acompanhado com interesse a trajetória do candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) e as conversar sobre algumas pesquisas que os partidos fazem debaixo de sete chaves. Apesar de seus esforços contínuos, é perceptível que seu desempenho  não tem apresentado melhorias significativas. Além disso, alguns fatos políticos recentes parecem não ter surtido o impacto esperado para impulsionar sua campanha, como a apresentação do PCdoB como se este partido não fizesse parte da federação. No entanto, o que tem me chamado a atenção é o silêncio ensurdecedor do governador Jerônimo em relação a Vitória da Conquista. Rumores sugerem que o governador busca uma renovação no PT local, uma vez que os mesmos quadros têm disputado as vagas na majoritária há trinta anos. Mas qual seria o motivo desse silêncio? Estaria o governador preservando sua base ou estaria ele planejando algo além disso?

Análise dos Fatos: O governador Jerônimo tem se mantido distante das discussões públicas e dos embates eleitorais em Vitória da Conquista. Fontes próximas ao palácio de Ondina sugerem que o governador expressou o desejo de ver uma renovação no PT local, indicando insatisfação com os mesmos quadros que ocupam as vagas na majoritária há três décadas. Essa postura do governador levanta questionamentos sobre sua intenção e motivação por trás desse silêncio.

Preservação da Base: Uma das possíveis razões para o silêncio do governador Jerônimo seria a preservação de sua base política. É importante lembrar que a candidata do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) está à frente do PT em intenção de votos, o que pode ser uma preocupação para o governador. Ao manter-se distante do cenário político de Vitória da Conquista, Jerônimo evita expor seu apoio explícito ao PT e pode estar tentando preservar sua base eleitoral, evitando o risco de perder apoio político em uma cidade que aparentemente não está favorável ao partido.

Busca por Mudanças: Por outro lado, o desejo do governador Jerônimo de ver uma renovação no PT de Conquista também levanta especulações sobre sua intenção de promover mudanças no partido. A permanência dos mesmos quadros por tanto tempo pode ser interpretada como falta de renovação e renovação pode ser uma estratégia necessária para revitalizar o PT e melhorar seu desempenho político na cidade. O silêncio do governador pode ser uma forma de expressar seu descontentamento e incentivar o surgimento de novas lideranças e ideias dentro do partido.

Conclusão: O silêncio ensurdecedor do governador Jerônimo em relação a Vitória da Conquista tem despertado questionamentos e especulações. Enquanto alguns sugerem que ele está preservando sua base eleitoral, evitando apoiar publicamente o PT que está atrás nas pesquisas, outros enxergam a possibilidade de uma busca por mudanças dentro do partido, visando uma renovação que possa impulsionar o desempenho político do PT na cidade. Somente o tempo dirá qual é a real intenção do governador Jerônimo, mas é inegável que sua postura atual gera discussões acerca dos rumos políticos de Vitória da Conquista e do Partido dos Trabalhadores.


ARTIGO - A história revivida: Do acolhimento na CNBB Regional em Cuiabá ao Intereclesial das CEBs em Santa Maria em 1992



Um reencontro com o passado:

 


 

Ao contemplar está foto de Zanoni, chegando na sede da CNBB Regional em Cuiabá, para em seguida participar do Décimo Quinto Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base em Rondonópolis, uma onda de lembranças da nossa própria história me invadiu.

O Intereclesial de 1992 foi um evento de grande importância para as comunidades eclesiais de base (CEBs) no Brasil. Foi realizado em Santa Maria, no estado do Rio Grande do Sul, e reuniu milhares de participantes de diferentes regiões do país. O objetivo do encontro era promover a troca de experiências, reflexões e debates sobre a realidade das CEBs e o papel dos leigos na Igreja.

Na cidade de Vitória da Conquista, na Bahia, as CEBs estavam ganhando força e se destacando pelo trabalho desenvolvido pelos padres italianos e por João Cardoso. O padre Vasco, ao assumir a paróquia, encontrou um cenário de efervescência e entusiasmo por parte dos leigos engajados nas CEBs.

Nesse contexto, alguns leigos se destacavam como líderes e se preparavam para participar do Intereclesial em Santa Maria. Mariano, Do Carmo, Edinalia, Conceição e o jovem Júlio eram nomes conhecidos e dedicados ao trabalho nas CEBs em Vitória da Conquista. Juntos, eles empreenderam esforços para garantir a participação desses irmãos no evento.

A importância do Intereclesial de 1992 estava na possibilidade de fortalecer as CEBs e enriquecer a Igreja como um todo. O encontro proporcionava a troca de experiências entre diferentes comunidades, o compartilhamento de práticas pastorais bem-sucedidas e a reflexão sobre os desafios e perspectivas do trabalho nas bases.

Os participantes do Intereclesial vivenciavam uma mística libertadora, inspirada pelo Evangelho e pela Teologia da Libertação. Essa mística buscava colocar em prática a opção preferencial pelos pobres e marginalizados, promovendo a justiça social e a transformação da realidade. O encontro era uma oportunidade de fortalecer essa mística e renovar o compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.

Ao retornarem do Intereclesial, os leigos de Vitória da Conquista certamente compartilharam suas experiências com as comunidades locais, disseminando as reflexões e aprendizados adquiridos. Essa troca de experiências contribuiu para o fortalecimento das CEBs na região e para o crescimento da consciência social e política dos fiéis, que se engajaram cada vez mais na transformação da realidade em que estavam inseridos.

Assim, o Intereclesial de 1992 foi um marco na trajetória das CEBs no Brasil e teve um impacto significativo nas comunidades de Vitória da Conquista. O trabalho dos líderes como Mariano, Do Carmo, Edinalia Conceição e Júlio, somado ao empenho de tantos outros leigos e religiosos, contribuiu para o fortalecimento das CEBs e para a promoção de uma Igreja mais engajada com as questões sociais e a busca pela justiça.

 

  

ARTIGO - Dois Estadistas, uma Causa: Mandela e Lula na Defesa dos Mais Vulneráveis. (Padre Carlos)

 


 

 

 

Semelhanças entre Mandela e Lula


 


Hoje, celebramos o aniversário de Nelson Mandela, um dos líderes mais emblemáticos e inspiradores da história. Ao contemplar uma foto antiga deste ícone da luta contra o apartheid, é inevitável notar a semelhança na coragem e determinação presentes em outros grandes estadistas. Mandela foi um homem que, apesar de ter sido preso e injustiçado, jamais permitiu que o ódio e a vingança guiassem seus passos. Pelo contrário, ele escolheu o caminho da reconciliação e da busca incansável por justiça, unindo a África do Sul em torno dos valores da paz e da democracia. E, ao refletir sobre essa trajetória, surge a figura de Luiz Inácio Lula da Silva, cuja vida política também foi marcada por adversidades e pela luta incansável pela inclusão social.

Nelson Mandela, um símbolo da luta contra o apartheid, foi um homem de coragem e perseverança. Ele passou 27 anos na prisão por suas convicções políticas, enfrentando condições adversas e privações. No entanto, sua determinação não foi abalada. Ao ser libertado, Mandela optou pelo caminho da reconciliação e do perdão, ao invés da vingança. Sua liderança visionária e sua busca pela paz e pela unidade nacional fizeram dele um dos líderes mais admirados do mundo.

De maneira semelhante, Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido como Lula, também enfrentou muitas adversidades em sua jornada política. Nascido em uma família pobre e migrante do nordeste do Brasil, Lula encontrou na luta sindical sua voz e sua força para defender os direitos dos trabalhadores. Sua ascensão ao poder como presidente do Brasil em 2003 marcou um momento histórico para o país.

No entanto, as elites brasileiras nunca aceitaram completamente a ascensão de Lula. Sua origem humilde e seu compromisso com a inclusão social incomodavam aqueles que historicamente se beneficiaram da desigualdade e da exclusão. Lula foi alvo de ataques constantes, tanto políticos quanto midiáticos, com acusações que culminaram em sua condenação por corrupção.

Apesar disso, muitos brasileiros continuaram a apoiar Lula e sua luta por uma sociedade mais justa. Seu governo implementou políticas sociais abrangentes que retiraram milhões de brasileiros da pobreza extrema, promoveu a inclusão dos mais vulneráveis ​​e fortaleceu a economia do país.

A foto antiga que despertou essa reflexão sobre a semelhança na trajetória de Mandela e Lula é um lembrete poderoso de que líderes inspiradores podem surgir dos lugares mais improváveis. Ambos enfrentaram adversidades e injustiças, mas não permitiram que essas circunstâncias definissem o curso de suas vidas. Eles se mantiveram firmes em seus ideais e seguiram lutando pelo bem-estar de seus povos.

No entanto, é importante ressaltar que as comparações entre Mandela e Lula devem ser feitas com cautela. Embora compartilhem algumas características e tenham enfrentado desafios semelhantes, suas realidades e contextos históricos são distintos. Cada líder teve que lidar com circunstâncias específicas e enfrentar diferentes obstáculos em suas respectivas lutas.

Nelson Mandela e Luiz Inácio Lula da Silva são figuras importantes na história contemporânea, cada um deixando um legado significativo em seus países. Suas histórias de perseverança e dedicação à causa do povo servem como exemplos inspiradores para as gerações futuras. Que possamos nos lembrar dessas figuras emblemáticas e aprender com suas jornadas de luta e superação, buscando sempre construir sociedades mais justas, inclusivas e democráticas.

 

 

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ARTIGO - As lições de Aristóteles para entender se somos amigos por prazer ou por interesse. (Padre Carlos)

 


  “Sem amigos ninguém escolheria viver”.





Você já se perguntou por que você é amigo de alguém? O que faz você se aproximar de uma pessoa e não de outra? Será que você é amigo de alguém por puro interesse ou por genuíno afeto?

Essas são questões que me vieram à mente quando lembrei da filosofia que recebi no Seminário e das amizades que fiz na vida. Foi lá que eu tive contato com as ideias de Aristóteles, um dos maiores pensadores da história da humanidade.

Aristóteles dedicou uma parte importante de sua obra à ética e à política, e nelas ele abordou o tema da amizade com profundidade e sabedoria. Ele nos ensinou que a amizade é uma virtude essencial para a vida humana, mas que nem todas as amizades são iguais.

Segundo ele, existem três tipos de amizade: a baseada na utilidade, a baseada no prazer e a baseada na virtude. Cada uma delas tem suas características, seus benefícios e seus limites.

A amizade baseada na utilidade é aquela em que as pessoas se relacionam por algum benefício mútuo, seja material, profissional ou social. É o caso dos colegas de trabalho, dos vizinhos ou dos parceiros comerciais. Essa amizade é frágil e passageira, pois depende das circunstâncias e dos interesses envolvidos. Se eles mudam, a amizade acaba.

A amizade baseada no prazer é aquela em que as pessoas se relacionam por causa da diversão, da alegria ou da satisfação que sentem na companhia uma da outra. É o caso dos companheiros de festa, dos hobbies ou dos amores. Essa amizade é mais forte e duradoura do que a anterior, pois depende dos sentimentos e das emoções compartilhadas. Mas ela também pode acabar se os gostos mudam ou se o prazer diminui.

A amizade baseada na virtude é aquela em que as pessoas se relacionam por causa do caráter, da bondade e da excelência moral uma da outra. É o caso dos amigos verdadeiros, dos confidentes ou dos mentores. Essa amizade é a mais nobre e estável de todas, pois depende da escolha livre e consciente de cada um. Ela não acaba com o tempo ou com a distância, mas se fortalece com a convivência e com o crescimento mútuo.

Eu tive a sorte de encontrar amigos dos três tipos nesta vida, mas confesso que os mais marcantes foram os da última categoria. Foram eles que me ajudaram a desenvolver minha personalidade, meus valores e meus ideais. Foram eles que me apoiaram nos momentos difíceis e me celebraram nos momentos felizes. Foram eles que me fizeram sentir saudade ou seria nostalgia.

Aristóteles nos ensina que a amizade é uma forma de amor, mas não um amor egoísta ou possessivo. É um amor generoso e desinteressado, que busca o bem do outro e não o próprio. É um amor que se alegra com a virtude do outro e não com seus defeitos. É um amor que se expressa na lealdade, na sinceridade e na benevolência.

Eu sou grato aos meus amigos  por terem me ensinado esse amor. E espero que você também tenha amigos assim em sua vida. Pois como diz Aristóteles: “Sem amigos ninguém escolheria viver”.

 


segunda-feira, 17 de julho de 2023

ARTIGO - Padre Zé Carlos: Um Legado de Luta e Compromisso Social. (Padre Carlos)



Um Homem de Fé e Determinação







 

 Nesta segunda-feira, 17, completam-se seis anos do falecimento de um homem que marcou a vida de muitos fiéis em Macarani e região. José Carlos da Conceição, conhecido como Padre Zé Carlos, foi um pároco dedicado e incansável defensor dos afrodescendentes e movimentos sociais. Ao recordarmos sua partida, é importante relembrar o contexto de sua morte e refletir sobre como podemos estar mais próximos de nossos irmãos do presbitério, honrando seu legado de luta e compromisso social.

 Padre Zé Carlos foi uma figura admirável, conhecida por seu compromisso com a justiça social e sua incansável dedicação à pastoral. Durante seu tempo como pároco de Macarani, ele também serviu nas Paróquias de São Miguel, no Alto Maron, e na Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, na Urbis VI. Sua atuação incisiva em defesa dos afrodescendentes e dos movimentos sociais rendeu-lhe um reconhecimento notável em toda a região.

 No entanto, não podemos ignorar as pressões e a falta de reconhecimento que Padre Zé Carlos enfrentou durante o período de mudanças na diocese. Muitas vezes, quando ocorrem transformações bruscas, os religiosos são submetidos a cobranças intensas por parte da hierarquia da Igreja, o que pode abalar sua saúde física e emocional. É fundamental refletirmos sobre como essas mudanças podem impactar os padres e como podemos oferecer suporte e compreensão para que eles continuem a exercer seu ministério com plenitude.

 Seis anos se passaram desde a partida de Padre Zé Carlos, mas seu legado permanece vivo nos corações e mentes daqueles que o conheceram. Sua luta incansável pela igualdade racial, pelos direitos dos afrodescendentes e pela justiça social foi uma inspiração para muitos. Ele enxergava a Igreja como um instrumento de transformação social e dedicou sua vida a tornar essa visão uma realidade tangível.

 Ao lembrarmos do Padre Zé Carlos, é importante refletir sobre como podemos estar mais próximos dos nossos irmãos do presbitério, oferecendo-lhes apoio e compreensão em momentos de mudanças e pressões. É necessário reconhecer que cada padre enfrenta desafios únicos em sua jornada e que devemos ser uma comunidade solidária, pronta para oferecer suporte emocional, espiritual e prático.

        

 Seis anos se passaram desde o falecimento de Padre Zé Carlos, um homem que dedicou sua vida a servir a Deus e aos mais necessitados. Sua luta em defesa dos afrodescendentes e movimentos sociais deixou um legado valioso e inspirador. Neste aniversário de sua partida, recordemos sua coragem, determinação e compromisso social. Ao mesmo tempo, procuremos fortalecer os laços com nossos irmãos do presbitério, apoiando-os em suas jornadas e contribuindo para uma igreja mais inclusiva e acolhedora. Que o exemplo do Padre Zé Carlos nos inspire a agir em prol da justiça e da igualdade, mantendo viva sua memória e seu legado.

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...