quarta-feira, 26 de julho de 2023

ARTIGO - A Notícia da Morte de Dom Geraldo Me Deixou Triste. (Padre Carlos)



 Um Tributo ao Bom Pastor e ao Sacerdócio na Vida da Igreja



A notícia da morte de Dom Geraldo trouxe-me profunda tristeza e nostalgia. Ele foi não apenas um líder religioso em minha vida, mas também um pai no ministério sacerdotal. Aprendi a amá-lo não somente pela sua sabedoria e boa administração, mas também pelo exemplo do Bom Pastor que sempre foi para sua comunidade. Neste artigo, gostaria de refletir sobre o papel do padre e a importância da figura bíblica do pastor para a definição da missão e existência do sacerdote na vida da Igreja.

Olhando para o Evangelho de São João, no capítulo 10, encontramos a imagem do Bom Pastor, que nos diz: "O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas" (Jo 10,11). Esta é a essência da missão sacerdotal - dar a vida. A Páscoa de Jesus é o exemplo máximo desse sacrifício, e é a partir dessa entrega do Sumo e Eterno Sacerdote que os padres encontram sua inspiração e propósito.

Dom Geraldo exemplificou essa missão com sabedoria e dedicação. Sua forma de liderar, embora inicialmente tenha causado impacto devido às mudanças em relação ao seu antecessor, revelou-se eficaz. Ele educou os padres a assumirem responsabilidades não apenas em suas paróquias individuais, mas como parte de um todo - a Arquidiocese. Essa abordagem paterna ajudou os presbíteros a amadurecerem como indivíduos e a gerirem os recursos de forma mais realista e responsável.

É importante ressaltar que a presença de Dom Geraldo e seu antecessor teve um impacto significativo na participação dos leigos na Igreja. O ditado árabe mencionado, "Quem planta tâmaras, não colhe tâmaras," nos lembra que a ação de líderes religiosos pode não trazer frutos imediatos, mas certamente semeia o caminho para uma colheita futura. A influência positiva deles na comunidade ajudou a moldar uma geração de fiéis comprometidos e engajados.

O sacerdócio é uma vocação especial e desafiadora. Os padres são chamados a serem pastores do rebanho de Deus, guiando, protegendo e nutrindo suas ovelhas espirituais. Eles são chamados a seguir o exemplo de Jesus, o Bom Pastor, que deu sua vida pelas suas ovelhas. A figura do pastor é essencial para a definição dessa missão e existência do sacerdote na vida da Igreja, pois ela nos lembra do amor, compaixão e sacrifício que são fundamentais para o ministério sacerdotal.

A morte de Dom Geraldo deixa um vazio em nossos corações, mas sua memória e legado permanecerão vivos naqueles que tiveram a oportunidade de serem guiados por ele. Que sua vida dedicada ao serviço de Deus e da Igreja continue a inspirar os futuros sacerdotes a abraçarem a vocação com zelo e dedicação, seguindo os passos do Bom Pastor que dá a sua vida pelas ovelhas.

terça-feira, 25 de julho de 2023

Artigo de Opinião: O Papel da Prefeita Sheila Lemos em um Cenário Político Complexo.

 

 A Estratégia de Sheila Lemos para a Reeleição




No atual contexto político de Vitória da Conquista, é imprescindível que o eleitorado conservador compreenda a importância de apoiar a prefeita Sheila Lemos como a melhor candidata para representar essas forças. É crucial evitar a divisão da direita, pois isso pode abrir espaço para que partidos como o PT ou o MDB alcancem o poder. Além disso, é fundamental reconhecer que não existe, atualmente, um partido de extrema direita com a estrutura necessária para vencer uma eleição no município.

Nesse cenário, a prefeita Sheila Lemos deve buscar ampliar sua base de apoio, mirando especialmente no eleitorado de centro, com o intuito de deslocar parte dos votos de seus adversários. Para isso, é relevante que ela escolha um vice que possa contribuir para atrair novos apoiadores.

O crescimento da ultradireita em Vitória da Conquista é um fenômeno complexo e desafiador, demandando uma análise cuidadosa e uma estratégia política inteligente por parte das forças conservadoras. Nesse sentido, a prefeita Sheila Lemos desempenha um papel fundamental, pois tem a oportunidade de fortalecer sua base de apoio atual e expandi-la para garantir sua reeleição em 2024.

Ao traçar sua estratégia política, é essencial que a prefeita compreenda as demandas e anseios da população, buscando soluções para os problemas enfrentados pela cidade. Sua gestão precisa se mostrar eficiente, transparente e comprometida com o bem-estar da comunidade.

Além disso, é importante que Sheila Lemos se mantenha aberta ao diálogo com diferentes setores da sociedade, promovendo o debate saudável e respeitoso das ideias. A capacidade de ouvir as diferentes perspectivas é uma qualidade imprescindível para um líder político, sobretudo em um cenário polarizado como o que vivemos atualmente.

Outro aspecto relevante é o investimento em projetos que beneficiem a cidade como um todo, sem deixar de lado as demandas específicas das diferentes regiões de Vitória da Conquista. Uma atuação equilibrada e abrangente contribuirá para a consolidação de sua base de apoio.

Dessa forma, a prefeita Sheila Lemos tem a oportunidade de se destacar como uma líder política habilidosa, capaz de enfrentar os desafios impostos pelo cenário político atual. Ao buscar a unidade da direita e ao abraçar uma política de diálogo e desenvolvimento, ela poderá firmar sua posição como uma candidata forte e competitiva nas eleições de 2024.

Em suma, o papel da prefeita Sheila Lemos é crucial para garantir a estabilidade e o progresso de Vitória da Conquista. O eleitorado conservador deve compreender a importância de apoiar sua liderança e de trabalhar unido em prol do desenvolvimento da cidade. Somente com uma estratégia política sólida e um projeto de gestão eficiente é que poderemos superar os desafios presentes e pavimentar um futuro promissor para Vitória da Conquista.

 

 

ARTIGO - Vitória da Conquista se Prepara para Eleições Acirradas: Quem Será o Próximo Prefeito?. (Padre Carlos)

Lúcia Rocha: A Fiel da Balança na Disputa Eleitoral em Vitória da Conquista



    Vitória da Conquista, o terceiro maior município do estado da Bahia, se prepara para mais uma acirrada corrida eleitoral à Prefeitura Municipal. A pouco menos de um ano para o início das campanhas, a cidade já presencia uma movimentação política intensa, com três pré-candidatos que despontam na disputa: a atual prefeita Sheila Lemos (UB), o deputado federal Waldenor Pereira (PT) e a vereadora Lúcia Rocha (MDB).
    Recentemente, o Blog Sena trouxe à tona informações que já vinham sendo comentadas ao longo dos meses: uma pesquisa de intenção de votos realizada em maio, que revela um cenário de destaque para os políticos mencionados. Na pesquisa estimulada, Lúcia Rocha obteve a maioria das intenções de votos, seguida por Waldenor Pereira e Sheila Lemos, que aparecem empatados tecnicamente em segundo lugar. O mesmo cenário também avaliou as intenções de voto de outros candidatos, como David Salomão e Ivan Cordeiros, que aparecem em quarto e quinto lugar, respectivamente.
    Por outro lado, na pesquisa espontânea, Lúcia Rocha figura apenas em terceiro lugar, e a liderança fica empatada tecnicamente entre Sheila e Zé Raimundo (PT), este último não sendo pré-candidato, mas ainda sendo lembrado pelas pessoas. Zé Raimundo, atualmente deputado estadual, é parceiro histórico de Waldenor Pereira, pré-candidato do PT, que conta com o apoio do colega, mas não pode contar com o apoio do Governador Jerônimo Rodrigues para ampliar suas chances eleitorais, porque Lúcia faz parte da base do governo do estado.
    A existência de diferentes cenários nas pesquisas reflete a complexidade política da cidade e a polarização entre os principais partidos. O grupo formado por PT e o PCdoB, buscam consolidar a candidatura de Waldenor Pereira, com a intenção de, pelo menos, repetir o resultado eleitoral alcançado por Zé Raimundo em 2020. Já o MDB, representado pela vereadora Lúcia Rocha, tem se mostrado uma opção atraente aos eleitores, conquistando uma fatia significativa das intenções de voto, especialmente na pesquisa estimulada.
    Uma aliança entre Lúcia Rocha e Waldenor Pereira tem sido objeto de especulação, visto que, de acordo com a pesquisa recente, essa "dobradinha" poderia garantir a vitória sobre Sheila Lemos. O MDB, ciente da força que essa união pode ter, tem pressionado publicamente para que o PT aceite a vice de Lúcia Rocha. Por outro lado, as lideranças petistas alegam que a decisão sobre a composição da chapa será tomada no momento oportuno.
    A vereadora Lúcia Rocha, ao se posicionar como um fiel da balança, tem demonstrado que sua pré-candidatura é mais do que um mero projeto político individual. Ela representa uma alternativa que transcende a polarização partidária e busca um diálogo com diversos segmentos da sociedade conquistense. O fato de Lúcia ter liderado as intenções de voto na pesquisa estimulada e figurado em terceiro lugar na pesquisa espontânea revela que seu nome ganhou visibilidade e apoio popular.
    As eleições municipais são momentos cruciais para a democracia, e a população de Vitória da Conquista se encontra diante de uma escolha importante. Cada pré-candidato traz consigo uma história política e ideais distintos, mas é fundamental que o eleitorado esteja atento ao perfil e às propostas de cada um deles, buscando entender como contribuirão para o desenvolvimento e bem-estar da cidade.
    Neste contexto, é louvável que Lúcia Rocha tenha conseguido furar a bolha da polarização, ganhando destaque como uma figura política que dialoga com diferentes setores e apresenta-se como uma alternativa viável e promissora para a população de Vitória da Conquista. A corrida eleitoral está apenas começando, e os próximos meses serão decisivos para o futuro da cidade.
    É preciso que os candidatos se apresentem de forma transparente, expondo suas ideias e projetos, para que os cidadãos possam fazer suas escolhas de maneira informada e consciente. Vitória da Conquista merece uma gestão comprometida com o bem comum, capaz de superar divergências e trabalhar pelo progresso da cidade e pelo bem-estar de todos os seus habitantes.
    No final, a verdadeira balança é o povo, e é a ele que compete o papel de definir o futuro da cidade. Que as eleições em Vitória da Conquista sejam pautadas por um debate construtivo, ideias inovadoras e a vontade de fazer a diferença, resultando em uma escolha democrática e representativa para todos. Somente assim, o município poderá avançar e prosperar em busca de um futuro melhor para cada um de seus cidadãos.
    Ainda é cedo para dizer quem vencerá as eleições, mas Lúcia Rocha tem tudo para ser uma candidata forte. Ela é uma mulher experiente, com um histórico de atuação na política, e tem propostas concretas para melhorar a vida da população de Vitória da Conquista. Além disso, ela é uma figura carismática.

segunda-feira, 24 de julho de 2023

ARTIGO - Aprender a ser filho é uma lição para a vida toda. (Padre Carlos)

 


A lição que frequentemente chega tarde demais

 

 

A relação entre pais e filhos nem sempre é fácil ou harmoniosa. Muitas vezes, só vamos compreender verdadeiramente nossos pais quando já somos adultos e enfrentamos desafios semelhantes aos que eles viveram. É uma lição de empatia e maturidade que frequentemente chega tarde demais.

Quando jovens, tendemos a ver nossos pais como provedores e protetores incontestes, sem fraquezas ou complexidades. Não reconhecemos suas dores, medos e dilemas, tampouco procuramos entender suas histórias e circunstâncias. Julgamos suas escolhas sem nos colocarmos em seus sapatos.

Somente mais tarde, ao nos tornarmos nós mesmos pais, ou quando nossos pais envelhecem e precisam de cuidados, é que compreendemos sua humanidade. Percebemos que eles também tiveram sonhos e enfrentaram tempestades, assim como nós. Entendemos suas limitações e o quanto precisam de afeto, mesmo que não o demonstrem.

Infelizmente, essa lição frequentemente vem tarde demais. Quando finalmente aprendemos a ser filhos, nossos pais já não estão mais por perto. Resta-nos a saudade e o arrependimento de não termos aproveitado melhor o convívio com eles.

Portanto, é urgente valorizar nossos pais agora, enquanto podemos. Aprender sobre suas histórias, entender suas escolhas, cuidar deles com zelo. Pais e filhos têm muito a aprender uns com os outros em todas as fases da vida. Essa troca de empatia e sabedoria é um caminho de mão dupla, que nos enriquece e nos faz mais humanos.

 


ARTIGO - Companheiros Esquecidos: O Verdadeiro Significado da Esquerda em Questão. (Padre Carlos)

 O que significa ser companheiro na esquerda?






A palavra companheiro tem um significado especial para muitas pessoas que se identificam com a esquerda política. Ela remete a uma ideia de solidariedade, de luta coletiva, de compromisso com uma causa maior do que os interesses individuais. Ser companheiro é fazer parte de uma família, de uma comunidade, de um projeto histórico de transformação social.

Mas será que esse significado ainda se mantém na atualidade? Será que os companheiros de ontem são reconhecidos e valorizados pelos companheiros de hoje? Será que há espaço para a divergência, para o debate, para a crítica construtiva entre os companheiros? Será que há respeito pela diversidade, pela pluralidade, pela autonomia dos companheiros?

Infelizmente, parece que não. Parece que muitos companheiros foram esquecidos e abandonados pelos que hoje se dizem herdeiros do projeto da esquerda. Parece que muitos companheiros deram os melhores anos de sua vida, enfrentaram a ditadura, a repressão, a tortura, o exílio, a clandestinidade, a perseguição, a morte, para que outros pudessem desfrutar das conquistas e dos benefícios da democracia e da cidadania. Parece que muitos companheiros não recebem nenhum apoio, nenhuma solidariedade, nenhuma gratidão por parte dos que hoje ocupam os espaços de poder e de representação política.

Parece que muitos companheiros só são lembrados quando se trata de pedir votos, de fazer campanha, de mobilizar as bases, de defender as lideranças. Parece que muitos companheiros só são vistos quando se trata de silenciá-los, de marginalizá-los, de desqualificá-los, de satanizá-los. Parece que muitos companheiros só são ouvidos quando se trata de concordar, de aplaudir, de obedecer, de seguir.

Isso é ser companheiro? Isso é ser esquerda? Isso é ser humano?

Eu acho que não. Eu acho que ser companheiro é muito mais do que isso. É ter consciência crítica, é ter senso histórico, é ter ética política. É ter coragem de dizer não quando necessário, é ter humildade de reconhecer os erros quando cometidos, é ter disposição de aprender com as diferenças quando apresentadas. É ter lealdade com os princípios, é ter responsabilidade com as consequências, é ter compromisso com as mudanças.

Ser companheiro é ser solidário com quem precisa, é ser generoso com quem merece, é ser grato com quem contribuiu. Ser companheiro é ser fiel à causa, é ser coerente com o discurso, é ser honesto com o povo. Ser companheiro é ser digno da história, é ser respeitado pelo presente, é ser inspirador para o futuro.

Ser companheiro é ser humano.

ARTIGO - Bispos presentes em encontro das CEBs enviam carta à CNBB. (Padre Carlos)


Uma voz de renovação e compromisso com os pobres

 


   No cenário de um Brasil complexo, marcado por desafios sociais, políticos e ambientais, uma notável reunião ocorreu em Rondonópolis (MT). O 15º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) reuniu 48 bispos, ao lado de leigos, religiosos, diáconos e presbíteros, que representaram milhares de comunidades eclesiais em busca de uma Igreja em saída na busca da vida plena para todos e todas. A relevância desse encontro manifestou-se através de uma carta enviada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), compartilhando as vivências e reflexões do evento.

    A trajetória das CEBs remonta a 1975, quando cristãos leigos e leigas, amparados por religiosos(as), diáconos, padres e bispos, se uniram para aprofundar a fé em meio às realidades em que vivem, à luz da Palavra de Deus. Esse movimento encontra suas raízes em documentos importantes, como o Concílio Vaticano II, as Conferências de Medellin, Puebla, Santo Domingo e Aparecida, além das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.

      As CEBs têm sido reconhecidas como uma fonte viva de vitalidade na Igreja, com espiritualidade ancorada na Palavra de Deus e com o compromisso evangelizador e missionário entre os mais simples e marginalizados. Sua atuação tem sido fundamental para tornar visível a opção preferencial pelos pobres, seguindo o exemplo de Jesus Cristo, que se identificou com os que sofrem e habitam nas periferias da sociedade.

      No 15º Intereclesial, em clima de escuta, caminhada sinodal e abertura ecumênica, os participantes compartilharam experiências e desafios que enfrentam em suas jornadas evangelizadoras. O cansaço em algumas lideranças das comunidades foi reconhecido, possivelmente decorrente das diversas dificuldades inerentes ao processo evangelizador. Essas dificuldades refletem as diversas eclesiologias e as complexidades de uma sociedade urbanizada, polarizada politicamente e marcada pelo aumento das desigualdades, individualismo, preconceito e consumismo, que ameaçam a ecologia integral, como enfatizado pelo Papa Francisco.

      O encontro ecoou gritos de clamor pela erradicação de todas as formas de violência contra as mulheres e também pelos jovens, que buscavam encontrar sentido humano e cristão para suas vidas e clamavam por uma maior participação nas comunidades, buscando um maior sentimento de pertencimento eclesial.

      Entre os anseios dos participantes, estava o desejo de maior atenção à formação dos cristãos leigos e leigas, com o objetivo de contribuir para que as comunidades sejam verdadeiramente missionárias e vivenciadoras de uma dinâmica sinodal, propagadoras da Boa Nova e sementes de um novo céu e uma nova terra.

    As vozes presentes nesse encontro pediram um apoio mais efetivo e comprometido por parte dos bispos, para que as CEBs se sintam confirmadas em sua caminhada evangelizadora e não experimentem um sentimento de abandono ou orfandade.

      O 15º Intereclesial das CEBs representa um marco significativo para a Igreja no Brasil, reafirmando seu compromisso com os pobres, seu desejo de renovação e de ser uma Igreja em constante saída, voltada para a busca da vida plena para todos os seus membros. Os anseios e desafios compartilhados nessa carta enviada à CNBB são um chamado para ações concretas em prol de uma sociedade justa, solidária, fraterna e ecologicamente sustentável.

      Que o Espírito Santo ilumine os bispos nas Igrejas particulares, fortalecendo o florescimento das CEBs e a vivência fervorosa da comunhão missionária e da missão que é para a comunhão. E que Maria, a Mãe Aparecida, a missionária incansável, interceda por todos aqueles que fazem parte dessa nobre jornada de fé, serviço e compromisso com os mais necessitados

 


domingo, 23 de julho de 2023

ARTIGO - O Papel da Igreja na Valorização dos Idosos no Mundo Contemporâneo. (Padre Carlos)

 

 

 

O mundo envelhece a passos largos




    No III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, o Papa Francisco, fez um apelo impactante para que a sociedade como um todo mude sua abordagem em relação aos idosos. Em sua mensagem na Basílica de São Pedro, o pontífice chamou a atenção para a necessidade de não marginalizar essa parcela da população, destacando que é fundamental crescermos juntos com paciência e respeito.

    A preocupação do Papa com a marginalização dos idosos se reflete no cenário global, em que o mundo envelhece a passos largos. Com o aumento da expectativa de vida e a queda nas taxas de natalidade, muitos países têm observado o envelhecimento da população como uma das principais questões a serem enfrentadas neste século.

    Nesse contexto, a Igreja Católica, por meio de sua liderança, tem papel fundamental em promover a valorização dos idosos e combater a solidão que muitas vezes aflige essa parcela da sociedade. A mensagem do Papa não se limita apenas aos fiéis da Igreja, mas abrange a todos os cidadãos, independente de suas crenças, já que o respeito e a valorização dos idosos são valores universais que atravessam fronteiras religiosas e culturais.

    Em suas palavras, Francisco nos convida a não permitir que as cidades se tornem "concentrados de solidão". Essa expressão é uma poderosa metáfora que nos faz refletir sobre a importância de uma comunidade inclusiva e solidária, capaz de acolher e integrar todas as faixas etárias.

   Através das três parábolas do Evangelho apresentadas neste Domingo, o Papa reforça a necessidade de dar prioridade aos avós em nossas vidas. O convite é claro: jovens e idosos devem caminhar juntos, aprendendo uns com os outros e crescendo em unidade. Essa mensagem é particularmente significativa em uma era em que a sociedade muitas vezes se concentra excessivamente nos aspectos tecnológicos e individuais da vida moderna, negligenciando as relações interpessoais e intergeracionais.

    É fundamental reconhecer que os idosos têm um vasto acervo de experiências e sabedoria acumulada ao longo de suas vidas, e sua inclusão na sociedade é uma riqueza a ser explorada. As gerações mais jovens podem aprender muito com a história e os ensinamentos dos mais velhos, enquanto estes últimos podem encontrar inspiração e rejuvenescimento ao compartilhar suas vivências com os mais jovens.

    A Igreja Católica, como uma das instituições mais influentes do mundo, tem o poder de sensibilizar a população global para essa importante questão. Além de suas pregações, é essencial que a Igreja promova iniciativas concretas para apoiar e integrar os idosos em todas as esferas da sociedade. Através de programas de acompanhamento, serviços de cuidado, atividades recreativas e espaços de convívio, é possível criar uma cultura que celebre a sabedoria e a experiência dos idosos.

    A valorização dos idosos é uma tarefa coletiva e requer ações coordenadas entre governos, organizações da sociedade civil, instituições religiosas e cada indivíduo. Somente com o esforço conjunto será possível enfrentar o desafio do envelhecimento populacional de forma positiva e construtiva.

    O apelo do Papa Francisco é um chamado à ação para toda a humanidade. É um lembrete de que o respeito aos mais velhos não é apenas uma virtude, mas uma necessidade para uma sociedade saudável e equilibrada. Que essa mensagem ecoe em nossos corações e ações, para que possamos caminhar juntos como uma comunidade unida, enriquecendo-nos mutuamente com nossas diferenças e experiências. Somente assim poderemos construir um mundo mais inclusivo e solidário para todas as gerações.

     Que a bênção do Papa Francisco e a mensagem de amor e cuidado aos idosos se espalhem pelo mundo, transformando-o em um lugar mais acolhedor e humano para todos.

 

 

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...