domingo, 23 de julho de 2023

ARTIGO - O Papel da Igreja na Valorização dos Idosos no Mundo Contemporâneo. (Padre Carlos)

 

 

 

O mundo envelhece a passos largos




    No III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, o Papa Francisco, fez um apelo impactante para que a sociedade como um todo mude sua abordagem em relação aos idosos. Em sua mensagem na Basílica de São Pedro, o pontífice chamou a atenção para a necessidade de não marginalizar essa parcela da população, destacando que é fundamental crescermos juntos com paciência e respeito.

    A preocupação do Papa com a marginalização dos idosos se reflete no cenário global, em que o mundo envelhece a passos largos. Com o aumento da expectativa de vida e a queda nas taxas de natalidade, muitos países têm observado o envelhecimento da população como uma das principais questões a serem enfrentadas neste século.

    Nesse contexto, a Igreja Católica, por meio de sua liderança, tem papel fundamental em promover a valorização dos idosos e combater a solidão que muitas vezes aflige essa parcela da sociedade. A mensagem do Papa não se limita apenas aos fiéis da Igreja, mas abrange a todos os cidadãos, independente de suas crenças, já que o respeito e a valorização dos idosos são valores universais que atravessam fronteiras religiosas e culturais.

    Em suas palavras, Francisco nos convida a não permitir que as cidades se tornem "concentrados de solidão". Essa expressão é uma poderosa metáfora que nos faz refletir sobre a importância de uma comunidade inclusiva e solidária, capaz de acolher e integrar todas as faixas etárias.

   Através das três parábolas do Evangelho apresentadas neste Domingo, o Papa reforça a necessidade de dar prioridade aos avós em nossas vidas. O convite é claro: jovens e idosos devem caminhar juntos, aprendendo uns com os outros e crescendo em unidade. Essa mensagem é particularmente significativa em uma era em que a sociedade muitas vezes se concentra excessivamente nos aspectos tecnológicos e individuais da vida moderna, negligenciando as relações interpessoais e intergeracionais.

    É fundamental reconhecer que os idosos têm um vasto acervo de experiências e sabedoria acumulada ao longo de suas vidas, e sua inclusão na sociedade é uma riqueza a ser explorada. As gerações mais jovens podem aprender muito com a história e os ensinamentos dos mais velhos, enquanto estes últimos podem encontrar inspiração e rejuvenescimento ao compartilhar suas vivências com os mais jovens.

    A Igreja Católica, como uma das instituições mais influentes do mundo, tem o poder de sensibilizar a população global para essa importante questão. Além de suas pregações, é essencial que a Igreja promova iniciativas concretas para apoiar e integrar os idosos em todas as esferas da sociedade. Através de programas de acompanhamento, serviços de cuidado, atividades recreativas e espaços de convívio, é possível criar uma cultura que celebre a sabedoria e a experiência dos idosos.

    A valorização dos idosos é uma tarefa coletiva e requer ações coordenadas entre governos, organizações da sociedade civil, instituições religiosas e cada indivíduo. Somente com o esforço conjunto será possível enfrentar o desafio do envelhecimento populacional de forma positiva e construtiva.

    O apelo do Papa Francisco é um chamado à ação para toda a humanidade. É um lembrete de que o respeito aos mais velhos não é apenas uma virtude, mas uma necessidade para uma sociedade saudável e equilibrada. Que essa mensagem ecoe em nossos corações e ações, para que possamos caminhar juntos como uma comunidade unida, enriquecendo-nos mutuamente com nossas diferenças e experiências. Somente assim poderemos construir um mundo mais inclusivo e solidário para todas as gerações.

     Que a bênção do Papa Francisco e a mensagem de amor e cuidado aos idosos se espalhem pelo mundo, transformando-o em um lugar mais acolhedor e humano para todos.

 

 

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