terça-feira, 29 de agosto de 2023

ARTIGO - Silêncio Ensurdecedor: A Esquerda e os Direitos Humanos Diante das Tragédias na Bahia. Padre Carlos)

 

 

 

 


O Grito das Vítimas Esquecidas na Bahia

 


     Em um cenário que nos deveria trazer segurança e tranquilidade, a Bahia se destaca de forma desoladora no cenário nacional. Os números chocantes de 6.659 mortes violentas intencionais registradas em 2022, conforme apontado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, lançam uma sombra escura sobre nosso estado. Este é um tema que exige reflexão, ação e, acima de tudo, responsabilidade.

     O governador da Bahia, por sua vez, emitiu um comunicado que levanta diversas questões. A sua resposta, centrada nas operações da Polícia Militar que resultaram em 30 mortes, parece desviar o foco da preocupante estatística anual. “O nosso compromisso é na apuração de casos de eventual excesso por parte de qualquer servidor”, disse o governador. Mas o que fazemos em relação ao número crescente de mortes violentas em nossa terra?

     É decepcionante ver como a esquerda e os defensores dos direitos humanos permanecem em silêncio diante da realidade brutal que os mais desfavorecidos estão enfrentando. São os negros e os pobres que, em sua maioria, compõem as tristes estatísticas das vítimas. Não podemos dar ao luxo de ignorar essa dura verdade. Precisamos de uma ação eficaz para conter essa onda de violência que assola nossa população.

     A Bahia, tão rica em cultura e diversidade, não merece ser lembrada apenas por esses números externos. Precisamos nos unir como sociedade e pressionar nossas autoridades para tomar medidas efetivas. Não podemos permitir que a impunidade e a violência continuem a prosperar em nosso estado.

     É hora de cobrar responsabilidades, investigar o fundo das causas desse aumento alarmante de homicídios e implementar políticas públicas que realmente protejam a vida dos nossos cidadãos. O silêncio e a inércia não são opções quando se trata de salvar vidas e preservar a dignidade de nosso povo.

     A Bahia é terra de resistência e luta. É hora de canalizar essa energia para enfrentar esse desafio crucial. Nossa missão é clara: lutar por um estado mais seguro, justo e igualitário, onde todos os cidadãos, independentemente de sua cor ou condição social, possam viver sem medo e com esperança em um futuro melhor.

 

 

 


ARTIGO - Mauro Cid decide romper o silêncio: “agora, é a hora de proteger a família” (Padre Carlos)




A hora da verdade





     O Brasil acompanha com perplexidade e indignação as revelações sobre o suposto esquema de desvio e venda ilegal de joias recebidas pela Presidência da República durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a Polícia Federal, que investiga o caso, os itens de alto valor foram omitidos do acervo público e negociados nos Estados Unidos para enriquecer o ex-presidente e seus aliados.

     Um dos principais envolvidos no caso é o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e um dos seus homens de confiança. Cid está preso desde maio, acusado de fraudar os cartões de vacinação de Bolsonaro e familiares para que pudessem entrar nos Estados Unidos.

     Após meses de silêncio, Cid decidiu confessar à Polícia Federal que vendeu as joias a mando de Bolsonaro e que entregou o dinheiro para o ex-presidente. A informação foi divulgada pela revista Veja e confirmada pelo advogado de Cid, Cezar Bitencourt. Segundo ele, Cid pretende prestar depoimento na próxima quinta-feira (29) e colaborar com as investigações.

     A decisão de Cid foi motivada pelo sentimento de abandono e traição por parte de Bolsonaro, que negou qualquer envolvimento no caso e tentou se desvincular do ex-ajudante. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Bolsonaro disse que Cid tinha “autonomia” para vender as joias e que ele não mandou ninguém fazer nada. Bolsonaro também afirmou que as joias eram “personalíssimas” e pertenciam ao presidente até 2021.

     Essas declarações contradizem a legislação vigente, que determina que os presentes recebidos por autoridades em razão do cargo devem ser incorporados ao patrimônio da União, salvo quando se tratar de objetos de uso pessoal ou consumo. No entanto, a lei estabelece critérios para definir o que é uso pessoal ou consumo, como valor estimado inferior a R$ 100,00 ou natureza perecível ou consumível.

     As joias recebidas por Bolsonaro não se enquadram nesses critérios. Entre elas, há um relógio da marca Rolex avaliado em US$ 60 mil, dado pela comitiva do Bahrein em visita ao Brasil em 2019. Segundo a Polícia Federal, esse relógio foi vendido por Cid em uma loja em Miami em janeiro deste ano. O dinheiro da venda foi depositado em uma conta bancária nos Estados Unidos controlada por Bolsonaro.

     Além do relógio, há outros itens suspeitos de terem sido desviados do acervo público, como colares, brincos, pulseiras e anéis dados por delegações da China, da Índia, da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos. A Polícia Federal apura se essas joias também foram vendidas por Cid ou por outros integrantes do entorno de Bolsonaro.

     O caso das joias é mais um escândalo que mancha a imagem de Bolsonaro, que já enfrenta outras denúncias graves, como a suspeita de participação em um esquema de rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando era deputado estadual; a acusação de interferência política na Polícia Federal para proteger seus filhos; e as irregularidades na compra de vacinas contra a covid-19.

     Bolsonaro também está inelegível por oito anos após ter sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação na campanha eleitoral de 2018.  Diante desse cenário, a confissão de Cid pode ser decisiva para esclarecer os fatos e responsabilizar os culpados pelo caso das joias. Cid disse aos interlocutores que é “agora, é a hora de proteger a família” 1. Mas, ao romper o silêncio, ele também pode estar contribuindo para proteger a democracia e a República, que foram ameaçadas e desrespeitadas por Bolsonaro e seus aliados durante o seu mandato.

 


ARTIGO - A difícil situação da prefeita Sheila Lemos. (Padre Carlos)



Um Desafio Político e Administrativo

 


 

Sheila Lemos, a atual prefeita de Vitória da Conquista, enfrenta um cenário político desafiador que testa sua capacidade de governar com independência ideológica. Após assumir o cargo em meio à triste partida de seu antecessor, Herzem Gusmão, ela se viu no epicentro de uma tempestade política.

À sua direita, antigos aliados do ex-prefeito esperam que ela siga uma linha conservadora e autoritária, uma postura que Sheila rejeita em prol de uma abordagem mais moderada e independente. Essa divergência ideológica tem gerado atritos e resistência de uma direita que busca recuperar o poder e o legado que consideram seu.

Por outro lado, à esquerda, partidos de centro-esquerda não reconhecem plenamente seu trabalho e legitimidade. Eles já planejam lançar candidatos fortes para a eleição municipal de 2024, tornando-a uma rival em potencial. Essa oposição interna adiciona pressão a um cenário político já tenso.

Além disso, no meio desse turbilhão político, surgem oportunistas que buscam se promover e tirar vantagem da situação, mesmo que isso signifique apenas um momento de destaque.

Diante desses desafios, Sheila Lemos enfrenta a tarefa hercúlea de governar com eficiência e independência, sem ceder às pressões de grupos políticos diversos. Ela demonstrou capacidade e coragem ao lidar com problemas como a pandemia, a crise econômica, a violência e a desigualdade social. Sheila busca o diálogo com todos os setores da sociedade, defendendo valores democráticos, éticos e a transparência na gestão pública.

Ela honra o legado de Herzem Gusmão, mas não se submete às suas antigas alianças, o que mostra sua determinação em seguir um caminho independente. Sheila Lemos merece o respeito e o apoio da população de Vitória da Conquista.

Não estamos tomando partido aqui e gostaríamos de deixar claro que este artigo não é para jogar confete na administração, mas por outro lado não podemos negar que esta é uma prefeita corajosa, liderar uma das maiores e mais importantes cidades do interior da Bahia e não se curvar para uma direita bolsonarista e uma esquerda empoeirada no poder não são pra qualquer um. A cidade de Vitória da Conquista está sob a liderança de alguém que busca governar com base em suas convicções, uma qualidade valiosa em um cenário político complexo como este. 

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

ARTIGO - A esposa, luz do lar na tradição judaica. (Padre Carlos)


O significado da mulher para o lar judaico

 

Prezados leitores,

 

O lar tem um significado especial para cada cultura.  Assim, fala  o inglês: My Home, my castle. Isto é: meu lar meu castelo.  Para o povo judeu, a esposa representa mais que um castelo, ela representa  a luz e a essência do lar.

Nas tradições judaicas, a mulher tem um papel central nos rituais domésticos, como o Shabat, celebrado às sextas-feiras à noite. É a esposa que acende as velas neste momento sagrado, trazendo luz e vida para o lar.

Isso porque, na visão judaica, a mulher ilumina o lar com sua presença. Onde há uma esposa dedicada e uma mãe amorosa, a casa se enche de calor, alegria e propósito.

A beleza de um lar, para os judeus, não está nos móveis ou na decoração. Está na atmosfera criada pelo amor e cuidado da mulher. É ela quem cria um ambiente de paz, aceitação e significado para toda a família.

Portanto, para o povo judeu, a esposa não é apenas uma companheira ou parceira. Ela é a própria personificação do lar, responsável por preenchê-lo de luz. Sua presença faz com que a casa cresça e se desenvolva de forma saudável e harmoniosa.

Valorizar a esposa e reconhecer seu papel central no lar é uma lição que podemos aprender com a sabedoria judaica. A felicidade de um casamento depende do cuidado e da dedicação mútuos entre os cônjuges. Juntos, eles constroem um porto seguro em meio às tempestades da vida.

Que cada lar seja abençoado com uma esposa iluminada, fonte de amor, sabedoria e graça divina. Assim, nossas casas também se tornarão castelos cheios de significado e luz e possamos cheio amor dizer: My Home, my Lady.

 


ARTIGO - Quem Será a Vice na Chapa da Oposição que Enfrentará a Prefeita Sheila. (Padre Carlos)

 

 


 

A Escolha da Vice-Prefeita na Chapa de Oposição.

 


    Prezados leitores, é com grande interesse que abordo um tema que tem gerado muita especulação e debate nos círculos políticos de nossa querida Vitória da Conquista. Trata-se da incerteza em relação à escolha do candidato a vice-prefeito na chapa de oposição que enfrentará a atual prefeita Sheila. A recente declaração do Deputado Waldenor, negando a definição de Lúcia Rocha como sua vice, trouxe à tona uma série de questões cruciais para o cenário político local.

    Primeiramente, é importante reconhecer que a escolha do candidato a vice-prefeito não é apenas uma decisão estratégica, mas também um reflexo da força e liderança de determinados nomes na política conquistense. Lúcia Rocha, vereadora que tem se destacado em meio à oposição, é um exemplo notável. Não apenas por sua trajetória política, mas também pelos números das pesquisas, que a apontam como uma das principais figuras da oposição com alta pontuação.

    O Deputado Waldenor, por outro lado, enfrenta desafios em sua campanha, apesar de contar com a estrutura e apoio do governo estadual. A falta de definição em relação à vice-prefeitura parece refletir uma hesitação que pode custar caro. A vereadora Lúcia Rocha não apenas traria experiência política para a chapa, mas também uma base sólida de eleitores que a reconhecem como uma liderança capaz de impulsionar a oposição.

É importante mencionar que não se trata de desqualificar outras escolhas de vice-prefeitos feitas no passado, mas de reconhecer a relevância do momento atual. A população conquistense deseja lideranças fortes e unidas para enfrentar os desafios da cidade. Neste sentido, a indecisão em torno do nome de Lúcia Rocha como vice-prefeita parece desconsiderar a vontade popular.

    Portanto, diante dos fatos apresentados, é fundamental que a oposição reavalie sua estratégia e reconheça a importância de Lúcia Rocha como uma candidata que agrega não apenas votos, mas também a confiança da população. A unidade e a clareza de propósitos são essenciais para construir uma alternativa sólida e capaz de enfrentar os desafios que nossa cidade enfrenta.

    Nossa democracia se fortalece quando os eleitores têm opções claras e fortes para escolher. A definição do candidato a vice-prefeito na chapa de oposição é um passo crucial nesse caminho. Resta-nos aguardar os desdobramentos dessa decisão e esperar que a liderança da Vereadora Lúcia Rocha seja devidamente reconhecida e valorizada.

   

domingo, 27 de agosto de 2023

A Origem de Nossa Senhora das Candeias e a Celebração da Luz. (Padre Carlos)

 

 Candeias, da Luz, da Purificação ou da Candelária 





A história da apresentação do menino no templo está a origem de Nossa Senhora das Candeias e a Celebração da Luz

Nossa Senhora das Candeias, da Luz, da Purificação ou da Candelária - sob esses diversos títulos, veneramos a mesma figura de Maria, Mãe de Jesus. No dia 2 de fevereiro, a Igreja celebra a Festa Litúrgica da Apresentação do Senhor, e é também o momento em que registamos essa venerável figura, especialmente na Paróquia das Candeias, em Vitória da Conquista.

A história de Nossa Senhora das Candeias está intrinsecamente ligada à purificação de Maria e à apresentação do Menino Jesus no Templo, quarenta dias após o seu nascimento. Segundo a tradição mosaica, as mulheres que davam à luz eram consideradas impuras e, portanto, após o nascimento de seus filhos, deveriam comparecer ao Templo para se apresentarem ao Sumo Sacerdote e oferecerem sacrifícios. Maria e José seguiram essa tradição após o nascimento de Jesus, dando origem à Festa da Apresentação de Jesus no Templo e à Festa da Purificação de Nossa Senhora.

Essa celebração também tem outras origens. Há relatos que conectam Nossa Senhora das Candeias à lenda das Ilhas Canárias, assim como à devoção popular. A sua história é um entrelaçar de tradições e fé, que perdura ao longo dos séculos.

Hoje, parabenizamos a Paróquia das Candeias, em Vitória da Conquista, por manter viva essa tradição e por celebrar a luz que Maria trouxe ao mundo, assim como a pureza que ela simboliza. Nossa Senhora das Candeias é um farol de esperança, lembrando-nos da importância da purificação espiritual e da apresentação de nossos corações a Deus.

Que a luz dessa festa continue a brilhar em nossas vidas, guiando-nos nos caminhos da fé e da devoção. E que, assim como Maria e José cumpram seus preceitos religiosos no Templo, podemos também buscar a purificação interior e a entrega a Deus em nossa jornada de fé.

Nossa Senhora das Candeias, rogai por nós.

 

 

sábado, 26 de agosto de 2023

ARTIGO – Bahia e o PT: Uma Avaliação Necessária da Gestão e dos Valores. (Padre Carlos)

 


O PT em Uma Encruzilhada: Entre a Esperança e o Risco

 


O início do governo Lula tem demonstrado que o Partido dos Trabalhadores (PT) enfrenta um momento decisivo em sua história. Se deseja verdadeiramente representar as minorias e defender os valores progressistas, precisa repensar suas alianças e suas ações. Caso contrário, corre o risco de nos legar um tipo de fascismo jamais visto. A esperança que se acendeu naquela posse precisa ser preservada, mas para isso, é preciso uma profunda reflexão e mudanças significativas no partido.

Não consigo acreditar que o marco temporal e a exploração do solo da Amazônia estão sendo negociados por este governo. A luta pela preservação do meio ambiente, que deveria ser uma bandeira inegociável, parece ter cedido lugar a interesses políticos.

A hora de botar o dedo na ferida chegou, e para isso, é necessário falar o que a esquerda não quer ouvir e tocar no ponto nevrálgico. É essencial alertar sobre os riscos reais de termos no futuro não um fascismo explícito, mas um fascismo com verniz democrático. Nossos argumentos são consistentes, e essa discussão é urgente.

Não adianta dialogar apenas com aqueles políticos que foram picados pela mosca azul do poder. Temos que nos dirigir aos militantes simpatizantes e ao povo brasileiro, pois eles precisam se levantar diante dos rumos que o governo vem tomando. O diagnóstico feito por Milly Lacombe em seu artigo sobre o PT e os riscos que o partido representa apoiando o marco temporal, indicando ministros conservadores e mantendo alianças preocupantes, pode levar o PT a se tornar uma versão "light" do bolsonarismo, traindo suas origens e bases históricas.

E para completar, há quase duas décadas, a Bahia vive sob uma gestão petista que, ao invés de trazer melhorias, viu a polícia do estado se tornar a que mais mata no Brasil. Criticamos outros governantes, como Zema, Tarcísio, e Leite, mas, verdade seja dita, pelo menos eles são fiéis ao que pensam e não se escondem atrás de discursos falsamente belos. O atual governador da Bahia tem se destacado por declarações de forte conotação nazi-fascista, pedindo louvores à sua polícia assassina e sugerindo que "bandido bom é bandido morto".

Estamos em um momento crucial, onde o PT precisa rever suas ações e alianças. É hora de retomar o compromisso com a justiça social, a democracia, e a preservação do meio ambiente. A esperança que a posse de Lula trouxe não pode se perder nas negociações políticas. A verdade deve prevalecer, mesmo que doa. É o nosso dever, como cidadãos , apontar os riscos e lutar por um governo que esteja verdadeiramente comprometido com os ideais progressistas que o Brasil tanto precisa.


ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...