terça-feira, 12 de setembro de 2023

ARTIGO - Gabrielli troca petróleo por renováveis em megaparque no interior da Bahia

  Da Petrobras às Energias Renováveis



José Sergio Gabrielli, um nome que ecoa na história da Petrobras e na exploração do pré-sal brasileiro, agora trilha um caminho surpreendente. O ex-presidente da estatal, afastado dos holofotes, está embarcando em uma jornada de energia renovável no interior da Bahia. Este é um passo notável para alguém que desempenhou um papel fundamental na exploração do petróleo brasileiro.

O projeto que ele está consultando é um megaparque de energia renovável que inclui cinco parques eólicos, com uma capacidade total de 14 gigawatts. A missão é ambiciosa: produzir querosene de aviação renovável (SAF), diesel e gasolina sustentáveis, bem como hidrogênio verde por eletrólise.

Segundo Gabrielli, embora as partes técnicas e econômicas estejam em definição, a expectativa é que o projeto entre em operação entre 2027 e 2028, marcando uma virada significativa na produção de SAF no Brasil. A produção de etanol com sequestro de hidrogênio para fabricar metanol e, em seguida, SAF, é uma das facetas desse empreendimento inovador.

No entanto, é importante notar que essa mudança de foco não significa que Gabrielli acredite no fim do petróleo. Ele mantém uma visão de que o petróleo terá uma vida longa, com uma queda relativa na demanda, mas com crescimento em termos absolutos. Isso se deve, em grande parte, às vastas reservas de pré-sal, cuja descoberta ocorreu durante sua gestão na Petrobras.

De fato, mais de 70% da produção brasileira agora provém do pré-sal, tornando o Brasil um exportador de petróleo. Gabrielli relembra a ousadia de perfurar o primeiro poço de Tupi, na bacia de Santos, que se tornou um marco na história do país. Esse poço, que inicialmente custou US$ 240 milhões, foi um investimento que valeu a pena, considerando o impacto positivo que teve na indústria de petróleo brasileira.

Gabrielli destaca três decisões cruciais que levaram ao sucesso na exploração do pré-sal: a expansão da exploração, mesmo diante da dificuldade de encontrar sondas para águas ultraprofundas; o investimento em pesquisa e desenvolvimento, incluindo parcerias com universidades brasileiras; e o desenvolvimento de algoritmos matemáticos por jovens talentosos que permitiram a visualização através do sal, superando desafios tecnológicos significativos.

Com uma produção de 60 a 70 mil barris por dia por poço, o pré-sal brasileiro se tornou altamente competitivo, com custos de produção na faixa de US$ 2 a US$ 3 por barril. Essa conquista reforça a importância contínua do petróleo no cenário energético global.

No entanto, Gabrielli argumenta que a busca por novas reservas é necessária para manter o nível de produção do país. Ele vê as negativas do Ibama em conceder licenciamento ambiental para a exploração da Margem Equatorial como uma questão climática mais do que ambiental, prevendo a judicialização do caso.

Assim, enquanto Gabrielli se aventura no mundo das energias renováveis, ele mantém sua crença na importância do petróleo e do pré-sal para o Brasil. Essa trajetória ilustra a complexidade da transição energética e a necessidade de equilibrar as demandas energéticas atuais com a busca por fontes mais sustentáveis no futuro. O Brasil, com seu legado no setor de petróleo e suas ambições nas energias renováveis, está no centro desse desafio global.

Este artigo reflete a opinião do autor, Padre Carlos Roberto


ARTIGO - Capitão mandando em general? Entenda a reviravolta política em Vitória da Conquista. (Padre Carlos)

 

A Política de Vitória da Conquista



Caros leitores,


A política em Vitória da Conquista realmente está pegando fogo neste ano. Uma reviravolta interessante é a pré-candidatura da Vereadora Lúcia Rocha à prefeitura. Segundo pesquisas interna dos partidos que foram vazadas, ela estaria à frente do experiente deputado federal Waldenor Pereira.


Será que nosso ilustre deputado abriria mão de seu mandato para ser vice de Lúcia? Imagino Waldenor acordando assustado no meio da noite, suando frio, com esse dilema existencial. Abandonar o mandato ou engolir o orgulho para ser vice da vereadora? Decisões, decisões...


Waldenor não é um debutante na política, assim como Lúcia, eles representam a velha guarda e sabem bem o que estão fazendo. Será que estamos presenciando uma inversão na hierarquia política, com o capitão mandando no general? Ou nosso deputado fará de tudo para impedir esse vexame?


O povo conquistense aguarda ansioso para ver qual será o desfecho dessa novela política. Lúcia conseguirá emplacar Waldenor como seu vice ? Ou os bastidores impedirá esta inversão hierárquica ?


O futuro dirá! Enquanto isso, pegarei minha pipoca e assistirei com divertimento e olhar crítico esse embate político. Que vençam os interesses da população, e não de grupos ou indivíduos!

ARTIGO - Delação de Cid traz relatos sobre Braga Netto, Heleno e outros militares do governo Bolsonaro



 O Impacto da Delação de Cid






No cenário político brasileiro, a palavra "delação" se tornou uma constante, revelando tramas, segredos e reviravoltas que mantêm uma nação em suspense. Dessa vez, o protagonista é o tenente-coronel Mauro Cid, ex-braço-direito do presidente Jair Bolsonaro, que prometeu abrir o livro de sua memória e compartilhar o que testemunhou sobre propostas de golpe de estado envolvendo militares que serviram no governo Bolsonaro após a derrota nas eleições de 2022.

As revelações que estão por vir prometem abalar os alicerces do poder e lançar luz sobre uma série de encontros e episódios até então desligar nas sombras. Entre os nomes que serão considerados nesse enredo político estão os do general Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, e Braga Netto, ex-ministro da Defesa. Esses dois militares de alta patente, que desempenharam papéis-chave na administração Bolsonaro, agora veem seus nomes surgirem como peças cruciais no quebra-cabeça do poder.

A principal questão que dois não são são esses militares que estavam, de fato, envolvidos em tratativas para um golpe de estado. A democracia brasileira, embora jovem, é um valor inegociável e fundamental para a estabilidade do país. Qualquer tentativa de miná-la deve ser investigada minuciosamente, e é nesse contexto que a delação de Cid assume uma importância singular.

A Polícia Federal, que tem a responsabilidade de conduzir essa investigação, precisa extrair de Cid informações claras e precisas sobre o que ele presenciou e ouviu. Não se trata apenas de um relato sensacionalista, mas sim de um depoimento que pode impactar profundamente o futuro político do Brasil.

Além disso, é crucial que se saiba se o general Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil e, posteriormente, da Defesa, teve alguma participação ou conhecimento dessas discussões. Sua candidatura a vice-presidente na chapa derrotada nas eleições de 2022 torna essa questão ainda mais intrigante. O país precisa de respostas transparentes para que se possa estabelecer a verdade e tomar as medidas necessárias.

A democracia é um bem precioso que não pode ser subestimado, e os acontecimentos em torno da delação do Cid destacam a importância da vigilância constante e do escrutínio público. O povo brasileiro merece conhecer a verdade por trás dessas considerações e, se for o caso, garantir que aqueles que conspiraram contra a ordem democrática enfrentem as consequências de seus atos.

Nesse momento, é essencial aguardar os desdobramentos dessa história com serenidade e confiar no processo legal. A justiça deve prevalecer, independentemente de quem esteja envolvido. Somente assim o Brasil poderá seguir em direção a um futuro mais estável e confiável, onde a democracia seja protegida e valorizada.

(Padre Carlos)

 

 

ARTIGO - Com a gestão bem avaliada e agora à frente da UPB, quais são os seus planos políticos Quinho? (Padre Carlos)

 

Quinho, o jovem líder de Belo Campo




 

A gestão da pequena cidade de Belo Campo, no sudoeste baiano, projetou no cenário político do estado uma liderança jovem mas com grande capacidade de articulação. José Henrique Tigre, ou simplesmente Quinho, está no segundo mandato à frente do município e esse ano tomou posse como presidente da UPB, União dos Municípios da Bahia.

Com a gestão bem avaliada e agora à frente da UPB, Quinho tem planos ambiciosos para o futuro. Ele não pode disputar três mandatos consecutivos, a lei não permite, então ele deve disputar a eleição de 2026, para deputado estadual ou federal, dependendo da conjuntura.

Quinho sabe que para alçar voos mais altos precisa estar no centro político da região. Por isso, Vitória da Conquista é um projeto de vida e pessoal. Sua esposa, Léa Meira, é pré-candidata a vereadora na capital do sudoeste e com o PSD na mão, Quinho sonha mais alto.

No entanto, surge uma dúvida: o governador Jerônimo Rodrigues, que quer renovar a política baiana e suas bases, pode aceitar a candidatura de um líder de um candidato fora do partido? Quinho sabe que não basta só estar na base, é preciso estar no centro da direção do projeto. E o partido dirigente do projeto é o PT.

Quinho é um jovem líder com potencial para se tornar um grande político. Ele tem carisma, capacidade de articulação e uma boa base eleitoral. No entanto, ele precisa encontrar um caminho para se alinhar com as pretensões do governador Jerônimo Rodrigues. Se ele conseguir, poderá alçar voos mais altos e se tornar um dos principais líderes da Bahia.

 

Aqui estão algumas possibilidades para o futuro político de Quinho:

 

Ele pode se filiar ao PT e disputar a eleição para deputado estadual ou federal na chapa do governador Jerônimo Rodrigues.

Ele pode se manter no PSD e disputar a eleição para deputado estadual ou federal, com o apoio do governo do estado.

Ele pode se candidatar a prefeito de Vitória da Conquista em 2028.

Qualquer que seja a opção que Quinho escolher, ele terá que trabalhar duro para conquistar o apoio da população e das lideranças políticas da Bahia.

 


segunda-feira, 11 de setembro de 2023

ARTIGO - Um Orçamento Participativo Desburocratizado e Sem Padrinhos ou Pai da Criança.

 

Cidadãos no Controle dos Recursos Públicos




Neste mundo cada vez mais digital e interconectado, é animador ver a Prefeitura de Vitória da Conquista adotar uma abordagem inovadora para a gestão de recursos públicos com o projeto Governando com as Pessoas. Esta iniciativa, que começou no bairro Zabelê, promete trazer um orçamento participativo verdadeiramente democrático, livre de burocracia e de interesses políticos obscuros.

A ideia por trás do projeto é simples, mas poderosa: dar aos cidadãos a voz e o poder para decidir onde os recursos públicos devem ser investidos em seu próprio bairro. Não é apenas um orçamento participativo, mas também uma ferramenta que coloca o poder de escolha diretamente nas mãos daqueles que vivem e trabalham na comunidade. Isso é, sem dúvida, um grande passo na direção da transparência e da responsabilidade governamental.

Uma das características mais notáveis ​​deste projeto é a ausência de intermediários políticos, vereadores ou "pais da criança" que costumam influenciar a alocação de recursos públicos. Isso significa que os cidadãos não precisam mais depender da promessa de uma campanha política para ver melhorias tão possíveis em seus bairros. O poder está agora nas mãos das pessoas, e isso é um avanço significativo para a nossa democracia.

A votação on-line é uma maneira conveniente e acessível de participação. A Prefeitura compreende a importância de incluir todos os cidadãos, independentemente de sua proficiência tecnológica. Aqueles que não têm acesso à internet podem votar pessoalmente em locais designados, garantindo que ninguém fique para trás. Isso demonstra um compromisso genuíno com a inclusão e a participação de todos.

Além disso, o projeto não impõe restrições aos participantes. O cadastro é simples, sem excesso de informações pessoais, tornando o processo mais acessível. Isso encorajou ainda mais pessoas a se envolverem e a expressarem suas opiniões sobre o futuro do seu bairro.

No entanto, este é apenas o começo. O projeto-piloto no bairro Zabelê é um grande passo na direção certa, mas para que ele se torne um exemplo de democracia participativa, é essencial que haja transparência total em relação aos resultados e à implementação das escolhas feitas pelos cidadãos.

Nossa cidade, nosso país, precisa de mais projetos como este, que coloquem o poder nas mãos do povo e brinquem com velhas práticas políticas. O Governando com as Pessoas é um vislumbre de um futuro onde a voz do cidadão é ouvida, respeitada e, o mais importante, atendida.

Nesta era de interação com a inteligência artificial e novas formas de comunicação, é encorajado ver a tecnologia sendo usada para fortalecer nossa democracia. Aguardamos ansiosamente os resultados deste projeto e esperamos que ele inspire outras cidades a adotarem abordagens semelhantes.

A transformação começa em nossa comunidade, e o Governando com as Pessoas é uma prova de que, quando somos unidos, podemos moldar o futuro que desejamos. Este é o poder da democracia real, onde não há padrinhos, apenas cidadãos com a voz mais alta.

 


ARTIGO - O amigo dos tempos de chumbo. (Padre Carlos)

 

Você me esqueceu!

 


O tom era mais que o de uma queixa. De acusação:

— Você não se lembra mais de mim!

Eu não me lembrava daquele homem, no todo. Mas, em parte. Não lhe recordava o nome, nem tinha a menor ideia de quando o vi pela primeira ou pela última vez. Onde o vira. Seus olhos eram, porém, meus conhecidos. Seu olhar e sua voz, ambos amargos.

Continuava a acusar-me de tê-lo esquecido. A ele, que relembrava dos nomes dos meus companheiros do partido, da faculdade e do movimento estudantil, lembrava até do barzinho que frequentávamos e fazíamos a revolução em torno da mesa com algumas cervejas.

Eu gostaria de saber explicar-lhe que, na vida, basta haver duas pessoas para que uma esqueça a outra. E, na vida, há tanta gente. Uma explicação tão difícil que só um bêbedo seria capaz de entendê-la. Porque os bêbedos são mais generosos e aquiescentes. Aquele homem, porém, estava lúcido. E sua lucidez era, convencionalmente, a certa. Contra mim, a razão de alguém que pretendia saber por que eu o esqueci, se ele não me esqueceu? Quando eu é que devia perguntar-lhe, se possível, segurando-o pelas lapelas, por que não me esqueceu, se eu o esqueci?

Se ele fosse um bêbedo, compreenderia. A humanidade apegou-se tanto aos convencionalismos que, hoje em dia, é muito difícil falar aos homens que não estão bêbedos. No entanto, o homem é livre e pode optar por ser autêntico. Mas não. Prefere aprisionar-se, acomodar-se cada vez mais, à significação exata e formal das palavras e dos gestos.

Afinal, deu-se a conhecer. Chamava-se Francisco e era um amigo do movimento estudantil. Pedi-lhe desculpas. Abracei-o. Fui-me embora. Mas, se fosse possível convencê-lo, teria ficado para dizer-lhe, com todas as palavras nos lugares certos, que a falha não é, jamais, de quem esquece o amigo que caminhou na luta. E, sim, de quem dele ainda se lembra. O natural é que o gato seja manhoso; a águia, nobre; e o homem, esquecido. Não me entenderia. Para ele, tanto quanto a águia devesse ser nobre, o homem teria obrigação de ser perfeito. Então, de nada adiantaria eu lhe ensinar que os amigos dos anos de chumbo, desde que se separam, serão irreconciliáveis depois quando, conquistado a democracia, outra coisa não existe mais a não ser o homem envelhecido. Seria possível, sim, preservar o amigo de militância se possível fosse preservar e manter a luta. O ar e a luz de suas manhãs. As cores do casario da faculdade . Os cânticos os plafetos e bandeiras para levantar. A beleza, a coragem e as esperanças daquele jovem. . 

 


domingo, 10 de setembro de 2023

ARTIGO - A Importância da Experiência Política Quando Estou Diante do Teclado (Padre Carlos)

 

A Importância da Experiência Política

 


Quando estou diante do teclado, não está apenas um digitador, mas todo um arcabouço do conhecimento da filosofia política que me acompanha. Isso me faz recordar as sábias palavras do meu antigo professor de filosofia política, que ressaltava a necessidade de uma experiência política para quem se dedica a pensar sobre os assuntos políticos. Afinal, a filosofia, mesmo quando se dedica à política, pode correr o risco de se tornar excessivamente filosófica e distante da realidade prática.

Para mim, como articulista político, o ato de escrever vai além de simplesmente digitar palavras no teclado. É um exercício que envolve a síntese de todo o meu conhecimento da filosofia política, adquirido ao longo dos anos. É a aplicação desse conhecimento que me permite fazer análises e comentários significativos sobre questões políticas.

A filosofia política, por sua natureza, é uma disciplina que nos instiga a questionar, a refletir profundamente sobre os fundamentos da política, sobre o papel do Estado, sobre a justiça, a liberdade e a igualdade. No entanto, essa reflexão não pode ser desligada da realidade política em constante evolução.

Minha trajetória como articulista político me ensinou que a teoria política e a prática política são interdependentes. A teoria fornece os fundamentos, os conceitos e as lentes através das quais enxergamos o mundo político, enquanto a prática nos confronta com as complexidades e desafios do mundo real.

A filosofia política, portanto, não é apenas um exercício intelectual abstrato, mas uma ferramenta que me auxilia a compreender e interpretar os eventos políticos contemporâneos. Quando escrevo sobre política, estou não apenas compartilhando minha perspectiva pessoal, mas também aplicando os princípios filosóficos que moldaram minha visão de mundo.

Assim como meu antigo professor enfatizava, a experiência política é essencial para quem deseja fazer análises e comentários políticos de forma substancial. Não se trata apenas de teoria, mas também de prática. É a combinação desses dois elementos que me permite ser um sujeito consciente de minhas ações políticas como articulista, contribuindo para uma sociedade mais informada e engajada.

Em resumo, quando estou diante do teclado, não estou apenas digitando palavras, estou trazendo à tona todo o meu arcaboço de conhecimento da filosofia política para fazer análises e comentários políticos informados e relevantes. É essa interação entre teoria e prática que enriquece meu trabalho e me permite contribuir para o debate político e a transformação da sociedade.

 


ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...