segunda-feira, 18 de setembro de 2023

O Vereador Ricardo Babão: Um Olhar Além da Oposição. (Padre Carlos)

 


Entre a Oposição e a Cooperação

 


Na política, toda causa tem uma consequência, e recentemente, em Vitória da Conquista, essa máxima foi exemplificada de maneira interessante. Quando o presidente municipal do PT, Isaac Bonfim, declarou que não aceitaria candidaturas de vereadores que não fizeram oposição à prefeita Sheila Lemos, desencadeou uma série de reflexões e eventos que merecem nossa atenção.

O pronunciamento de Bonfim trouxe à tona a questão da independência partidária, um valor fundamental na política. No entanto, além disso, também levanta questões de ética e respeito pelo povo de Conquista. A oposição não deve ser apenas uma postura contrária, mas sim um compromisso com a cidade e seus cidadãos.

Nesse contexto, os vereadores Luciano Gomes e Ricardo Babão foram mencionados por Isaac Bonfim devido à sua postura aparentemente contraditória à bancada de oposição, votando a favor de projetos da prefeita. Essas ações geraram um entendimento interessante: a política não é apenas preto e branco. Babão, ao elogiar a prefeita Sheila Lemos, demonstrou que o diálogo e a cooperação podem coexistir com a oposição.

Foi pensando nisto, que o vereador Ricardo Babão, do PCdoB, de Vitória da Conquista,  elogiou  a prefeita Sheila Lemos (UB), em um discurso no último domingo (17). Babão, que é um dos líderes da oposição na Câmara Municipal, afirmou que seguirá apoiando a prefeita, desde que ela mantenha um "olhar carinhoso" para o povo conquistense.

É crucial lembrar que a política não deve ser vista como um jogo de ganhar ou perder, mas sim como um meio para melhorar a vida da população. Os vereadores que escolhem o caminho da cooperação não abandonam sua obrigação de fiscalizar e representar o povo, mas buscam uma abordagem mais equilibrada e pragmática.

A independência partidária não deve significar alienação da responsabilidade para com a cidade e seus cidadãos. A oposição desempenha um papel vital na democracia, mas deve ser acompanhada de um compromisso genuíno em servir ao público.

Vitória da Conquista enfrenta desafios complexos, e a estrutura política deve estar à altura desses desafios. O debate e a colaboração são essenciais para criar soluções eficazes e, assim, beneficiar a comunidade.

Portanto, a lição a ser aprendida aqui é que a política não é apenas sobre ser do contra, mas sim sobre ser a favor do progresso e do bem-estar da cidade. As futuras eleições e alianças políticas em 2024 certamente trarão desafios adicionais, mas é nossa esperança que o foco continue sendo o melhor interesse de Vitória da Conquista e de seu povo.

 

 


domingo, 17 de setembro de 2023

ARTIGO - Xeque-Mate Político: A Estratégia dos Irmãos Vieira Lima na Bahia.


. A Candidatura Cobiçada

 


 

Nas entranhas da política baiana, uma jogada estratégica está em andamento, envolvendo os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima, com o intuito de manter viva a candidatura da Vereadora Lúcia Rocha à prefeitura de Vitória da Conquista, visando as eleições de 2024. Em um cenário político marcado pela polarização, a força eleitoral de Lúcia Rocha tornou-se um elemento crucial, capaz de desequilibrar a balança a favor tanto da situação quanto da oposição.

A Vereadora, mesmo não contando com a robusta estrutura partidária de alguns de seus concorrentes, conquistou um amplo apoio, especialmente entre o eleitorado de centro. Esse apoio pode se revelar fundamental para o desfecho das eleições municipais. Lúcia Rocha, portanto, emerge como a "A Vice Cobiçada" que pode decidir os rumos da corrida eleitoral.

No entanto, para manter viva a esperança de Lúcia Rocha alcançar o cargo de prefeita, os irmãos Vieira Lima miram no Governador Jerônimo Rodrigues, do PT. Sua estratégia é clara: persuadir o governador a apoiar o candidato do MDB a prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior, na corrida eleitoral. Nesse jogo político, a candidatura de Lúcia Rocha se torna uma moeda de troca valiosa para negociar o apoio do MDB ao candidato do PT em Vitória da Conquista.

Lúcia Rocha se encontra em uma posição única. Seu apelo eleitoral e o suporte do eleitorado de centro a colocar no centro das atenções políticas na Bahia. A sua capacidade de se tornar a vice dos sonhos, tanto para a situação quanto para a oposição, pode ser determinante para o desenvolvimento das eleições municipal.

A política é uma arena de estratégias e negociações, e a saga em torno da candidatura de Lúcia Rocha é um exemplo vivo disso. Vitória da Conquista, mais uma vez, é palco de manobras políticas que podem reconfigurar o tabuleiro político regional. Resta esperar e observar como essa jogada se desenrolará e qual será o destino político da Vereadora Lúcia Rocha e de Vitória da Conquista nas eleições de 2024.

(Padre Carlos)

 


ARTIGO - A Música Estampas Eucalol: Uma Viagem Nostálgica e Cultural. (Padre Carlos)

 





As Estampas da Imaginação




A música "Estampas Eucalol", composta por Hélio Contreiras e interpretada de forma magistral pelo nosso Secretário de Cultura Xangai, é um verdadeiro resgate da memória afetiva de gerações que cresceram entre as décadas de 1930 e 1950. Através de sua bela letra poética, a canção nos transporta às lendárias figurinhas que acompanhavam o clássico sabonete Eucalol e despertavam o imaginário de crianças e adultos.


As famosas estampas Eucalol, inspiradas em temas mitológicos, históricos e literários, estimulavam o gosto pela leitura, pela arte e pela cultura. Colecioná-las era uma brincadeira e um aprendizado, um fascínio pelo mundo dos heróis, deuses e narrativas que atravessavam os séculos. Aquelas pequenas figurinhas coloridas alimentavam sonhos e expandiam horizontes.


Ao relembrar com carinho as estampas, a música de Hélio Contreiras exalta o valor da imaginação e da fantasia. O eu lírico da canção se vê libertando Prometeu, enfrentando o Minotauro, subindo ao Monte Olimpo ou roubando a linda princesa do Rei Lear, que é o primeiro amor de uma criança à sua professora. É como se, através do poder libertador da criatividade, pudéssemos transcender nossas limitações e viver grandes aventuras.


"Estampas Eucalol" toca em uma saudade que não é tristeza, mas celebração de um tempo no qual a curiosidade e o encantamento ainda pareciam possíveis. Um tempo não tão distante, mas que infelizmente se esvaiu com o ritmo voraz da vida moderna.


Resgatar essa herança cultural através da música é reacender a chama criativa e a conexão com nosso universo interior. É lembrar que a imaginação ainda pode ser uma poderosa aliada para colorir a existência e nos transportar a lugares onde somos livres para sonhar. Que possamos aprender com as crianças que habitaram aquele mundo mágico das estampas Eucalol.

ARTIGO - O PSD e o Xadrez Político de Vitória da Conquista

 Uma escolha arriscada ou estratégica?




  O ano de 2024 se aproxima e com ele as eleições municipais que definirão o rumo da nossa cidade pelos próximos quatro anos. Nesse cenário, um partido que tem chamado a atenção é o Partido Social Democrático (PSD), que parece ter feito uma escolha arriscada ou estratégica ao se aliar ao Partido dos Trabalhadores (PT) na disputa pela prefeitura.

  O PSD, que já foi liderado por nomes como Cloves Ferraz e Professor Abel, agora está sob o comando do deputado federal Paulo Magalhães, que tem buscado fortalecer a legenda na região. Um dos seus movimentos foi trazer para o partido a família Tigre, que tem uma forte influência política em Belo Campo e em outros municípios vizinhos. O principal nome dessa família é Quinho Tigre, que é prefeito em Belo Campo e tem pretensões de ser candidato a deputado estadual em 2026.

  No entanto, o que mais surpreendeu foi a notícia de que o PSD está inclinado a apoiar o PT nas eleições para a prefeita de Vitória da Conquista.  Isso significa que o partido pode abrir mão de lançar uma candidatura própria ou de se aliar a outros partidos da base do governador Jerônimo Rodrigues, como o PP e o MDB. Ao invés disso, o PSD pode se juntar a frente liderada pelo deputado federal Waldenor Pereira, que é o pré-candidato do PT e que tem o apoio do ex-presidente Lula e do senador Jaques Wagner.

   Essa escolha pode ser vista como arriscada ou estratégica, dependendo do ponto de vista. Por um lado, pode ser arriscada porque o PSD pode perder espaço e protagonismo na política local, ficando à sombra do PT, que é um partido muito mais consolidado e popular na cidade. Além disso, o PSD pode se afastar de um projeto político que a família Tigre pretende inplantar . Por outro lado, pode ser estratégica porque o PSD pode se beneficiar da força eleitoral do PT, que tem uma grande militância e uma base fiel na cidade. Além disso, o PSD pode se aproximar de Waldenor Pereira, que é uma figura de grande destaque na região e que tem um projeto político bem definido.

   O fato é que o PSD está fazendo uma aposta alta nas próximas eleições. Se der certo, o partido pode sair fortalecido e com mais representatividade na cidade e na região. Se der errado, o partido pode sair enfraquecido e com menos credibilidade perante os eleitores. O futuro político do PSD em Vitória da Conquista dependerá muito da sua capacidade de dialogar com os outros partidos, com a sociedade civil e com os cidadãos conquistenses. O PSD terá que mostrar quais são as suas propostas e as suas bandeiras para a nossa cidade. Só assim poderá conquistar a confiança e o apoio dos eleitores.

sábado, 16 de setembro de 2023

ARTIGO - Onde está a esquerda? A urgência de um projeto popular na Bahia. (Padre Carlos)

 O esvaziamento do projeto petista na Bahia



Nas últimas décadas, o cenário político baiano tem sido marcado pela hegemonia do Partido dos Trabalhadores (PT). Desde 2007, quando Jaques Wagner assumiu o governo do estado, o PT está no comando do executivo baiano, sendo sucedido por Rui Costa em 2015 e Jerônimo Rodrigues em 2022.

 

A despeito de ser um partido de orientação de esquerda, as gestões petistas na Bahia pouco têm contribuído para a construção de um projeto estruturado e efetivo de esquerda no estado. As políticas implementadas pelo PT baiano se assemelham mais a um modelo social-democrata do que a um programa classista e popular.

 

Um dos fatores que explicam essa postura é a excessiva valorização de aspectos econômicos em detrimento de pautas sociais e políticas. Observa-se uma supremacia da visão economicista, com ênfase na estabilidade, ajuste fiscal e crescimento econômico. Essa opção acaba limitando o alcance redistributivo e igualitário que se esperaria de um governo de esquerda.

 

Além disso, nota-se uma grande continuidade entre as gestões do PT e dos partidos de centro e de direita que governaram a Bahia anteriormente. As políticas nas áreas de educação, saúde, assistência social e infraestrutura, por exemplo, não apresentam rupturas significativas.

 

Dessa forma, embora represente um partido progressista, na prática o PT baiano atua dentro de uma agenda reformista moderada, sem ambição de promover transformações estruturais. Faltam propostas arrojadas de combate às desigualdades, bem como mecanismos inovadores de participação popular.

 

Para reverter esse quadro, seria necessário resgatar os fundamentos da esquerda, valorizando aspectos como justiça social, distribuição de renda e empoderamento das classes populares. Caso contrário, o projeto petista na Bahia corre o risco de se descaracterizar e de frustrar os anseios de seu eleitorado histórico.

 


ARTIGO - A Interferência dos Poderosos nas Chapas Proporcionais (vereadores)

 


"Eleições Proporcionais e a Luta Contra a Interferência dos Candidatos da Majoritária"

 


 

     Caro leitor, há um problema que perdura nas eleições proporcionais, em especial aquelas que envolvem a escolha de vereadores. Esse problema é a interferência dos candidatos da majoritária e das lideranças partidárias em priorizar determinadas candidaturas. É um tema que merece nossa atenção, pois afeta diretamente a representatividade democrática e a igualdade de oportunidades no processo eleitoral.

    É compreensível que em uma sociedade democrática, os candidatos busquem apoio e alianças políticas para fortalecer suas campanhas. No entanto, o que se torna preocupante é quando essa busca por apoio se transforma em uma interferência desproporcional nas candidaturas proporcionais.

  Muitas vezes, vemos candidatos das majoritárias e líderes partidários direcionando recursos, visibilidade e apoio quase que exclusivamente para alguns escolhidos, deixando de lado aqueles que se lançam na disputa com coragem e determinação, mas sem o amparo das elites partidárias.

    Isso cria um cenário onde os chamados "pobres coitados", que se aventuram na política com a cara e a coragem, acabam servindo principalmente para formar coeficiente eleitoral para os apadrinhados. Em outras palavras, são usados como meros instrumentos para que outros alcancem seus objetivos eleitorais, sem que tenham reais chances de serem eleitos.

    Esse tipo de interferência compromete a verdadeira essência da democracia, que é a representatividade. As eleições proporcionais deveriam ser a oportunidade para que diversas vozes, de diferentes origens e estratos sociais, pudessem ser ouvidas e representadas nos órgãos legislativos. No entanto, quando as lideranças partidárias impõem suas escolhas, isso acaba minando a diversidade e a pluralidade de ideias no poder.

  O eleitor, por sua vez, acaba sendo prejudicado, pois tem sua escolha limitada por essas interferências. Ele vota em um candidato acreditando que está contribuindo para a eleição de alguém que realmente o representa, mas, na prática, seus votos muitas vezes servem apenas para fortalecer a chapa majoritária.

  É fundamental que os candidatos compreendam a importância de lutar contra as manobras e privilégios que permeiam esse sistema eleitoral. A política não deve ser um jogo de cartas marcadas, mas sim um espaço onde as ideias, projetos e compromissos com a sociedade prevaleçam sobre interesses pessoais ou partidários.

    Para combater essa interferência indevida, é necessário um esforço conjunto da sociedade civil, partidos políticos e legisladores. A transparência nos processos de escolha de candidatos e a conscientização dos eleitores sobre a importância de votar de forma consciente são passos fundamentais nessa direção.

   Em um momento em que a busca pela verdade e pela justiça é uma prioridade, devemos também lutar por eleições mais justas e democráticas, onde todos tenham igualdade de oportunidades para se elegerem. Somente assim poderemos fortalecer nossa democracia e garantir que o poder verdadeiramente emane do povo. É uma batalha difícil, mas uma que vale a pena ser travada em nome da justiça e da representatividade.

   Que possamos, juntos, construir um sistema político mais justo e inclusivo, onde as vozes de todos sejam ouvidas e respeitadas, independentemente de quem as apadrinhe. Afinal, a verdadeira força da democracia está na diversidade e na participação de todos os cidadãos.

 

 


ARTIGO - O Dever do Governador Jerônimo com Vitória da Conquista

 

A Importância de uma Agenda: Vitória da Conquista e o Governador"



Prezados leitores,

Neste momento crucial para a nossa cidade, é fundamental abordar a ausência do governador Jerônimo Rodrigues em Vitória da Conquista. Como cidadãos conquistense, temos o direito e o dever de questionar o porquê dessa falta de compromisso com o terceiro maior município da Bahia.

Jerônimo Rodrigues, que deixou de ser candidato do Partido dos Trabalhadores para se tornar governador de todos os baianos, assumiu esse cargo importante há nove meses. No entanto, a sua ausência oficial em Vitória da Conquista já dura mais de 11 meses, desde a última vez que esteve aqui como candidato, em outubro de 2022.

Não podemos ignorar que, embora o governador tenha pernoitado algumas vezes  em nossa cidade, suas passagens foram breves e não envolveram compromissos oficiais. Isso não condiz com a relevância de Vitória da Conquista no desenvolvimento do estado.

Será que essa ausência se deve ao fato de que a nossa cidade é governada por um partido que não faz parte da base de sustentação do governador? A política não deve ser motivo para deixar de atender às demandas de um município. A prefeita e o povo de Conquista têm todo o direito de esperar uma agenda oficial para discutir as necessidades locais.

O próprio governador Jerônimo admitiu que está em dívida com nossa cidade. Ele percebeu que é devedor porque esteve aqui durante a campanha e conversou com empresários, mas suas promessas de visita para articulações e inaugurações ainda não se concretizaram.

Além disso, há grandes obras do Governo do Estado em andamento na nossa cidade, como a duplicação da Avenida Presidente Vargas e a Barragem do Rio Catolé. Estas são obras de grande importância para nossa infraestrutura e abastecimento hídrico, e é essencial que o governador se envolva diretamente nesses projetos.

Nossa cidade merece respeito e atenção, independente de questões políticas. Esperamos que o governador Jerônimo Rodrigues reveja sua agenda e priorize Vitória da Conquista, cumprindo seu dever com todas as conquistenses.

Vamos continuar atentos e cobrando para que nossa cidade receba o tratamento compatível com sua importância no cenário estadual.

Por uma Vitória da Conquista mais forte e representativa,

Padre Carlos Roberto

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...