sábado, 16 de setembro de 2023

ARTIGO - A Interferência dos Poderosos nas Chapas Proporcionais (vereadores)

 


"Eleições Proporcionais e a Luta Contra a Interferência dos Candidatos da Majoritária"

 


 

     Caro leitor, há um problema que perdura nas eleições proporcionais, em especial aquelas que envolvem a escolha de vereadores. Esse problema é a interferência dos candidatos da majoritária e das lideranças partidárias em priorizar determinadas candidaturas. É um tema que merece nossa atenção, pois afeta diretamente a representatividade democrática e a igualdade de oportunidades no processo eleitoral.

    É compreensível que em uma sociedade democrática, os candidatos busquem apoio e alianças políticas para fortalecer suas campanhas. No entanto, o que se torna preocupante é quando essa busca por apoio se transforma em uma interferência desproporcional nas candidaturas proporcionais.

  Muitas vezes, vemos candidatos das majoritárias e líderes partidários direcionando recursos, visibilidade e apoio quase que exclusivamente para alguns escolhidos, deixando de lado aqueles que se lançam na disputa com coragem e determinação, mas sem o amparo das elites partidárias.

    Isso cria um cenário onde os chamados "pobres coitados", que se aventuram na política com a cara e a coragem, acabam servindo principalmente para formar coeficiente eleitoral para os apadrinhados. Em outras palavras, são usados como meros instrumentos para que outros alcancem seus objetivos eleitorais, sem que tenham reais chances de serem eleitos.

    Esse tipo de interferência compromete a verdadeira essência da democracia, que é a representatividade. As eleições proporcionais deveriam ser a oportunidade para que diversas vozes, de diferentes origens e estratos sociais, pudessem ser ouvidas e representadas nos órgãos legislativos. No entanto, quando as lideranças partidárias impõem suas escolhas, isso acaba minando a diversidade e a pluralidade de ideias no poder.

  O eleitor, por sua vez, acaba sendo prejudicado, pois tem sua escolha limitada por essas interferências. Ele vota em um candidato acreditando que está contribuindo para a eleição de alguém que realmente o representa, mas, na prática, seus votos muitas vezes servem apenas para fortalecer a chapa majoritária.

  É fundamental que os candidatos compreendam a importância de lutar contra as manobras e privilégios que permeiam esse sistema eleitoral. A política não deve ser um jogo de cartas marcadas, mas sim um espaço onde as ideias, projetos e compromissos com a sociedade prevaleçam sobre interesses pessoais ou partidários.

    Para combater essa interferência indevida, é necessário um esforço conjunto da sociedade civil, partidos políticos e legisladores. A transparência nos processos de escolha de candidatos e a conscientização dos eleitores sobre a importância de votar de forma consciente são passos fundamentais nessa direção.

   Em um momento em que a busca pela verdade e pela justiça é uma prioridade, devemos também lutar por eleições mais justas e democráticas, onde todos tenham igualdade de oportunidades para se elegerem. Somente assim poderemos fortalecer nossa democracia e garantir que o poder verdadeiramente emane do povo. É uma batalha difícil, mas uma que vale a pena ser travada em nome da justiça e da representatividade.

   Que possamos, juntos, construir um sistema político mais justo e inclusivo, onde as vozes de todos sejam ouvidas e respeitadas, independentemente de quem as apadrinhe. Afinal, a verdadeira força da democracia está na diversidade e na participação de todos os cidadãos.

 

 


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