Advogados,
Manifestantes e Maquiavel:
Ah, Brasília, quando os advogados dos
manifestantes dos atos de 8 de janeiro tentaram invocar os mortos, eles não
esperavam que Maquiavel aceitasse o convite e decidisse visitar a cidade.
O ilustre autor de "O Príncipe"
aterrisou em Brasília, um tanto confuso e curioso. Ele queria saber se seus
conselhos estavam sendo aplicados de acordo com suas intenções originais ou se
haviam se transformado em um grande mal-entendido. Afinal, Maquiavel era um
mestre em políticas maquiavélicas, e ele queria ter certeza de que seus ensinamentos
estavam sendo seguidos à risca.
No entanto, ao chegar, Maquiavel foi
recebido por três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que rapidamente
o atualizaram sobre a situação. Eles explicaram que os advogados dos
manifestantes haviam comparado seus clientes a "estrelas brilhantes no
céu" e "pequenos príncipes aprisionados por um grande dragão". O
que deveria ser uma defesa legal se transformou em um espetáculo de absurdos.
A opinião pública ficou atônita diante
desses argumentos extravagantes. Muitos se perguntaram se os advogados estavam
brincando ou se realmente acreditavam que essas metáforas poéticas os
salvariam. Alguns chegaram a sugerir que eles estavam usando "O Pequeno
Príncipe" porque era o único livro que conheciam, enquanto outros brincaram
que eram "advogados de quinta série".
Essa confusão épica entre "O
Príncipe" de Maquiavel e "O Pequeno Príncipe" de Saint-Exupéry
se tornou uma lição de como o despreparo pode ser desastroso, especialmente em
um tribunal. Os advogados não apenas falharam em defender seus clientes, mas
também se tornaram alvo de zombarias e memes na internet.
Enquanto Maquiavel passeava pela Praça dos
Três Poderes, ele notou algo peculiar. Diferentemente das cortes na velha
Itália, onde o poder se concentrava em torno de um único príncipe, em Brasília,
existiam vários polos de poder. A política era uma luta multipolar, mais
complexa do que as disputas entre reinos e ducados.
Ele percebeu que, mesmo após cinco séculos,
sua lição de que "os fins justificam os meios" ainda estava viva e
ativa na política brasileira. Muitos políticos estavam dispostos a fazer
qualquer coisa para se manterem no poder, exatamente como ele havia previsto.
No entanto, Maquiavel também notou que os
"príncipes" de Brasília exageravam ao ignorar completamente a
moralidade. Ele sugeriu que até mesmo na imoralidade deveria haver limites, e
que o bom senso deveria prevalecer, algo que parecia em falta no país.
No aeroporto, Maquiavel decidiu voltar para
a Itália em vez de seguir para Salvador, temendo ser denunciado pelo ex-assessor
presidencial Mauro Cid sobre supostas discussões de golpe pelo presidente Jair
Bolsonaro com os comandantes militares ou em algum escândalo envolvendo joias de um
príncipe árabe o envolvesse com o seu principe. Ele preferiu não ser confundido
com um príncipe de carne e osso, afinal, os príncipes verdadeiros têm suas
próprias preocupações, e Brasília é uma terra de príncipes de todos os tipos.
Em resumo, a visita de Maquiavel a Brasília
foi um lembrete de que, na política e na advocacia, é essencial estar bem
preparado e fundamentado na realidade. Caso contrário, você pode acabar sendo
motivo de chacota e piadas, e Maquiavel com certeza não gostaria de ser
confundido com o Pequeno Príncipe em seus melhores dias.