sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Espionagem ilegal

 A Abin sob suspeita: uma ameaça à democracia e à privacidade

A operação da Polícia Federal que investiga o uso ilegal de um sistema de rastreamento de celulares por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é um grave episódio que revela a fragilidade das instituições democráticas e dos direitos fundamentais no Brasil.

Segundo as informações divulgadas pela imprensa, a Abin teria utilizado o software FirstMile, da empresa israelense Cognyte, para monitorar sem autorização judicial as comunicações de milhares de pessoas, incluindo servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até mesmo juízes e integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação da PF, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em quatro estados e no Distrito Federal. Além disso, determinou o afastamento do cargo de diretores atuais da Abin, que foram mantidos nos postos mesmo após a troca de governo.

O material apreendido pela PF deve esclarecer a extensão e os objetivos do suposto esquema de espionagem, que teria se intensificado nos últimos anos do governo Jair Bolsonaro, quando a agência era presidida pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

A Abin é o órgão responsável por produzir conteúdos que são repassados à Presidência da República para auxiliar em tomada de decisões. Na prática, a agência produz relatórios com conhecimentos estratégicos sobre ameaças e potencialidades para o país, tanto internas quanto externas.

No entanto, se confirmadas as suspeitas, a Abin teria desviado sua função institucional para atender interesses políticos e pessoais do governo Bolsonaro, violando os princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade e da moralidade administrativa.

Além disso, a Abin teria infringido o direito à privacidade e à inviolabilidade das comunicações dos cidadãos brasileiros, garantidos pela Constituição Federal e pelo Marco Civil da Internet. A interceptação telefônica só pode ser realizada mediante ordem judicial e para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.

O uso indevido de um sistema de geolocalização por parte da Abin representa uma grave ameaça à democracia e à liberdade de expressão no Brasil. A sociedade civil precisa exigir transparência e responsabilização dos envolvidos nesse escândalo, que pode comprometer a credibilidade e a independência das instituições republicanas.

O Brasil não pode tolerar que sua agência de inteligência se transforme em um instrumento de perseguição política e de violação dos direitos humanos. A Abin precisa ser fiscalizada e controlada pelo Estado Democrático de Direito, e não servir aos interesses escusos de quem está no poder.


Entre a Vontade Popular e as Manobras dos Bastidores

 Estratégias   Políticas em Vitória da Conquista:

Prezados leitores,


Estamos diante de um intrigante jogo político em Vitória da Conquista, onde as estratégias, alianças e surpresas se entrelaçam em um cenário de grande complexidade. Recentemente, o governador Jerônimo afirmou que o candidato de sua base será aquele que liderar as pesquisas de opinião pública. Uma afirmação que, à primeira vista, parece respeitar a vontade popular, mas que se torna enigmática quando confrontada com a realidade das pesquisas internas.


No epicentro deste dilema está o Professor José Raimundo, uma figura respeitada e admirada, que, apesar de liderar nas pesquisas internas, deixou claro que não será candidato. Em seu lugar, surge o Deputado Waldenor Pereira, cujo nome foi oficializado como o candidato do Partido dos Trabalhadores. Este movimento, por si só, já adiciona uma complexidade adicional ao tabuleiro político.


A situação se complica ainda mais com a ascensão da vereadora do MDB, também aliada do governador, que emerge como uma força política significativa. Este desenvolvimento inesperado acrescenta uma camada extra de suspense ao processo, deixando os cidadãos de Vitória da Conquista curiosos e, ao mesmo tempo, apreensivos.


O dilema ético aqui é evidente: seria justo colocar em campo um jogador que inicialmente não estava escalado? A resposta a essa pergunta transcende a política e toca no cerne da democracia. Em uma democracia verdadeira, os cidadãos devem poder confiar que suas escolhas são respeitadas e que as decisões políticas são transparentes e justas.


Como articulista, meu papel é oferecer uma análise imparcial e aprofundada deste cenário em constante mudança. A transparência é fundamental, e nossa sociedade deve ser informada e engajada para que as escolhas políticas sejam verdadeiramente representativas da vontade do povo.


Continuaremos a observar atentamente os desenvolvimentos em Vitória da Conquista, fornecendo-lhes análises detalhadas para ajudá-los a entender as nuances e as estratégias políticas em jogo. Em última análise, é a participação ativa e informada dos cidadãos que moldará o futuro de nossa cidade.


Atenciosamente,


Padre Carlos

O Papa Francisco e os sacramentos para os divorciados recasados

O Sacramento da Misericórdia 


        O Papa Francisco, em uma recente resposta à Congregação para a Doutrina da Fé, defendeu a concessão de sacramentos aos divorciados casados e “em certos casos” também se não cumprirem a “continência” sexual exigida pela Igreja. Essa posição do pontífice argentino, que se baseia na exortação apostólica Amoris laetitia (2016), gerou controvérsia e críticas de alguns setores conservadores da Igreja, que veem nela uma ameaça à indisponibilidade do matrimônio e à santidade da Eucaristia.


       No entanto, é preciso entender que o Papa Francisco não está propondo uma mudança na doutrina da Igreja, mas sim uma aplicação pastoral mais misericordiosa e integradora, que leva em conta as situações concretas e as dificuldades de cada casal. O Papa não está dizendo que o divórcio e o novo casamento são lícitos, mas sim que há casos em que os divorciados casados podem ter acesso aos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia, depois de um processo de discernimento acompanhado por um pastor.


      Esse discernimento deve considerar se há limitações que atenuam a responsabilidade e a culpa dos divorciados casados, se há um desejo sincero de conversão e de crescimento na fé, se há um compromisso de viver a nova união de forma estável e fiel, se há uma preocupação com o bem dos filhos e se há um testemunho cristão na comunidade. O Papa Francisco mantém a proposta de continência plena para os divorciados casados em uma nova união, mas admite que pode haver dificuldades em praticá-la e, portanto, permite em certos casos, após um discernimento adequado, a administração do sacramento da Reconciliação mesmo quando não se pode ser fiel à continência proposta pela Igreja.

      Essa abertura do Papa Francisco não é uma novidade no magistério da Igreja, mas sim uma continuidade com o que já haviam proposto os seus antecessores. João Paulo II, na sua exortação apostólica Familiaris consórcio (1981), defendia que os divorciados casados podiam ter acesso à Eucaristia se assumissem o compromisso de viver em plena continência, isto é, abstendo-se dos atos próprios dos cônjuges. Bento XVI, na sua exortação Sacramentum caritatis (2007), propunha que os divorciados casados podiam ter acesso à Eucaristia se assumissem o compromisso de viver seu relacionamento como amigos.

        O Papa Francisco, portanto, não está rompendo com a tradição da Igreja, mas sim aprofundando-a e atualizando-a para os desafios do nosso tempo. Ele está seguindo o caminho de Jesus: da misericórdia e da integração. Ele está mostrando o rosto materno da Igreja, que acolhe e acompanha os seus filhos feridos pela vida. Ele está convidando os divorciados casados a não se sentirem excluídos ou condenados pela Igreja, mas sim a participarem ativamente da sua vida e missão. Ele está recordando que os sacramentos não são prêmios para os perfeitos, mas remédios para os fracos. Ele está sendo fiel ao Evangelho da família, que é um Evangelho de amor.

 



quinta-feira, 19 de outubro de 2023

.ARTIGO - Pradoso - Bate Pé: Construir estrada é essencial, mas não basta: é preciso também construir pontes entre os governos

 A importância de construir estrada e pontes, não só físicas, mas políticas


Queridos leitores,


Em meio às montanhas e vales pitorescos de Vitória da Conquista, surge um clamor, um pedido urgente por reconhecimento e diálogo. A cidade, com sua rica história e comunidade vibrante, merece ser tratada com o respeito que merece, não como um apêndice insignificante às decisões de algum gabinete distante. Estou aqui para falar sobre uma questão vital que está no coração desta comunidade - o Movimento pela pavimentação do Pradoso ao Bate Pé.


Este não é apenas um desejo superficial por estradas mais suaves. Não é apenas sobre asfalto e concreto. É sobre dignidade, é sobre reconhecer que esta cidade, suas estradas poeirentas e seus cidadãos dedicados, merecem mais. Merecem uma ligação direta com o governo, merecem uma voz ativa nas decisões que moldam suas vidas diárias.


A espera pela assinatura da ordem de serviço para a pavimentação desses 22 quilômetros tem sido uma jornada de paciência, mas também de determinação. As dezenas de famílias que diariamente enfrentam buracos e poeira merecem mais do que promessas vazias. Eles merecem a certeza de que seu governo local é respeitado, que suas necessidades são ouvidas e que suas vidas importam.


O movimento não é apenas sobre a pavimentação; é sobre reconhecimento. É sobre ver o poder local como uma autoridade legítima, como um elo vital entre o governo estadual e as pessoas comuns. Não podemos ser tratados como um puxadinho de algum mandato distante. Precisamos de um diálogo verdadeiro, de uma colaboração genuína entre a administração local e o governo estadual. Afinal, o governo é de todos nós, independentemente de onde vivemos na vastidão desta bela terra.


Nós, como comunidade, aguardamos ansiosamente a assinatura da ordem de serviço, mas também aguardamos algo igualmente importante: sermos chamados para conversar. Precisamos ser ouvidos, nossas preocupações precisam ser compreendidas e nossas esperanças precisam ser reconhecidas. O governador Jerônimo Rodrigues tem em suas mãos não apenas uma caneta para assinar documentos, mas também a oportunidade de fazer a diferença real na vida das pessoas que ele serve.


A pavimentação do Pradoso ao Bate Pé não é apenas uma estrada. É uma via que conecta vidas, sonhos e esperanças. É um testemunho da força da comunidade, da sua capacidade de se unir por uma causa comum. É uma oportunidade para o governo mostrar que está verdadeiramente conectado com as necessidades de seu povo.


Neste momento crucial, eu conclamo todos os cidadãos de Vitória da Conquista a permanecerem unidos, a levantarem suas vozes e a afirmarem seu direito ao reconhecimento e ao diálogo. Juntos, podemos construir mais do que estradas; podemos construir pontes de entendimento, respeito mútuo e cooperação.


Que este seja o momento em que o poder local seja reconhecido, em que a voz da comunidade seja ouvida e em que, finalmente, a pavimentação do Pradoso ao Bate Pé se torne uma realidade. Porque cada cidadão de Vitória da Conquista merece nada menos do que isso.


Com esperança no coração e dedicação à nossa amada cidade,


Carlos Roberto

Quando o Hamas mata civil é terrorista e quando o Estado de Israel mata crianças e mulheres é o que?

 


Somos cúmplice do maior massacre do século XXI



O conflito entre Israel e Palestina é um dos mais antigos e complexos do mundo. Há décadas, os dois povos disputam o mesmo território, reivindicando direitos históricos, religiosos e políticos. A violência entre as partes tem causado milhares de mortes, feridos e refugiados, além de graves violações dos direitos humanos.

Um dos principais pontos de tensão é a Faixa de Gaza, um território palestino de 365 km², onde vivem cerca de 2 milhões de pessoas. Gaza é controlada pelo Hamas, um grupo islâmico considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia. O Hamas não reconhece a existência de Israel e defende a libertação da Palestina por meio da luta armada.

Desde 2007, Israel impõe um bloqueio econômico e militar a Gaza, restringindo a entrada e saída de pessoas, bens e serviços. O objetivo é isolar o Hamas e impedir que ele receba armas e recursos para atacar Israel. No entanto, o bloqueio também afeta a população civil, que sofre com a escassez de água, energia, alimentos, medicamentos e oportunidades.

Em resposta ao bloqueio, o Hamas lança foguetes contra o território israelense, visando principalmente as cidades próximas à fronteira. Esses ataques são condenados pela comunidade internacional como atos de terrorismo, que colocam em risco a vida de civis inocentes.

Israel, por sua vez, reage aos foguetes com ataques aéreos e terrestres contra alvos do Hamas em Gaza. Esses ataques também são criticados pela comunidade internacional como desproporcionais e indiscriminados, que causam mortes e ferimentos de civis inocentes.

Um exemplo dessa situação foi o que aconteceu no dia 19 de outubro de 2023, quando centenas de pessoas morreram em um hospital al-Ahli, na Cidade de Gaza. Segundo as autoridades palestinas, o hospital foi atingido por um bombardeio israelense. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), nenhum avião israelense estava operando na zona onde se localiza o hospital.

O fato é que ninguém sabe ao certo quem foi o responsável pelo que os palestinos estão chamando de o maior massacre do século XXI contra o seu povo. O que se sabe é que esse não foi o primeiro nem o último ataque contra hospitais em Gaza. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, Israel já tinha atacado o hospital al-Ahli antes, dia 14, depois de ter avisado os médicos para procederem à evacuação do espaço. Os médicos têm-se recusado a deixar os bebês e os pacientes mais frágeis.

Essa situação revela a brutalidade da guerra entre Israel e Palestina, que não poupa nem os mais vulneráveis. Enquanto isso, o mundo assiste impotente ao sofrimento dos dois povos, sem conseguir encontrar uma solução pacífica e duradoura para o conflito.

Nós, como cidadãos globais, somos cúmplices desse massacre. Ao nos omitirmos diante das atrocidades cometidas por ambos os lados, estamos contribuindo para a perpetuação da violência. Precisamos nos informar sobre a realidade do conflito, denunciar as violações dos direitos humanos e exigir dos nossos governos uma postura mais ativa na busca pela paz.

Não podemos aceitar que quando o Hamas mata civil é terrorista e quando o Estado de Israel mata crianças e mulheres é o que? Não há justificativa para matar inocentes em nome de uma causa. A única saída é o diálogo, o respeito mútuo e a coexistência pacífica entre os dois povos.

 

 

Bolsonaro se esquiva de explicar tentativa de golpe em depoimento à PF

 


 Bolsonaro se cala sobre articulação de golpe




O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro à Polícia Federal, nesta quarta-feira (18), revelou a fragilidade de sua defesa diante das acusações de que tentou um golpe de estado contra a eleição de Lula em 2022. Bolsonaro se limitou a entregar uma manifestação por escrito, na qual negou intenções golpistas, mas não explicou as conversas que teve com os comandantes das Forças Armadas sobre uma intervenção no TSE.

A atitude de Bolsonaro demonstra que ele sabe que não tem como justificar seus atos antidemocráticos, que foram denunciados pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid em sua delação. Cid relatou que Bolsonaro consultou os chefes militares sobre a possibilidade de uma ação militar contra o resultado eleitoral, que incluiria a prisão de ministros do TSE e a convocação de novas eleições.

Essa revelação é gravíssima e mostra que Bolsonaro não aceitou a derrota nas urnas e quis subverter a ordem constitucional. Ele agiu como um ditador, que não respeita a vontade popular e a soberania do voto. Ele colocou em risco a estabilidade do país e a segurança das instituições.

Bolsonaro não pode se esconder atrás de uma manifestação por escrito, que não esclarece nada e que contradiz os fatos. Ele tem que responder pelos seus crimes perante a Justiça e perante a sociedade. Ele tem que ser responsabilizado por sua tentativa de golpe, que foi um atentado contra a democracia e contra o povo brasileiro.

 

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

ARTIGO - Entre Areias e Silêncios: A Saga de "Chega Nego" na Pituba

Pituba: Memórias, Transformações e Identidade



Queridos leitores,

Ao mencionar a palavra "Pituba", sou transportado para as raízes profundas de minha vida, uma jornada que começou há mais de meio século, na efervescência dos anos sessenta. Recordo-me vividamente de quando, aos cinco anos de idade, meu pai me levou para cortar o cabelo. Ah, aquele temido corte de "pipão", realizado na barbearia de Chico Cabeleireiro, situada no bairro Cega Nego, em Salvador.

A Pituba, esse lugar de memórias, foi palco de transformações extraordinárias ao longo das décadas. Lembro-me de quando Antônio Carlos Magalhães assumiu a prefeitura de Salvador e realizou uma profunda reestruturação étnica na orla marítima, desde Ondina até o Bico de Ferro. Os pobres que moravam à beira-mar foram deslocados para a Boca do Rio, e assim nasceu o Jardim dos Namorados. As histórias de boemia, de mulatas dançantes e do saudoso Bar Bico de Ferro parecem desvanecer-se no eco do tempo. A expressão "Chega Nego", que ecoava pela praia, perdeu-se no esquecimento. Aquela praia, onde os escravos desembarcavam clandestinamente, onde personalidades como Francisco José Godinho, Xaxá, Joaquim Alves da Cruz Rios e Francisco Lopes Guimarães deixaram sua marca, transformou-se no pacífico Jardim dos Namorados que conhecemos hoje.

O nome Pituba, outrora chamada de Prado Chega Nego, tem raízes profundas na história de Salvador. Remonta a uma época em que a praia servia como ponto de desembarque dos escravizados, trazidos por negociantes inescrupulosos. A área que agora é o Jardim dos Namorados foi um dia ocupada pelo famoso Bar Bico de Ferro, que deu nome a uma era e presenciou a vida pulsante da cidade. Contudo, essa parte da história foi apagada pelas intervenções urbanas necessárias para o progresso da cidade.

A transformação da Pituba, embora necessária para o desenvolvimento urbano, não deve apagar as memórias que estão gravadas nas ruas, nas pedras e nas histórias contadas pelos mais antigos. É vital preservar nossa identidade, reconhecendo as raízes que moldaram nossa comunidade. Ao olhar para o Jardim dos Namorados hoje, devemos lembrar da riqueza cultural e histórica que uma vez pulsou naquelas areias.

A Pituba é mais do que apenas um bairro; é um testemunho vivo da nossa história coletiva. Devemos honrar aqueles que vieram antes de nós, celebrando as memórias que moldaram a nossa identidade. Neste processo de evolução, não podemos perder de vista as lições do passado, pois são elas que nos guiam para um futuro mais consciente e respeitoso com nossa história.

Com gratidão pelas memórias que me ligam a esse lugar especial,

Padre Carlos

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...