quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Quando o Hamas mata civil é terrorista e quando o Estado de Israel mata crianças e mulheres é o que?

 


Somos cúmplice do maior massacre do século XXI



O conflito entre Israel e Palestina é um dos mais antigos e complexos do mundo. Há décadas, os dois povos disputam o mesmo território, reivindicando direitos históricos, religiosos e políticos. A violência entre as partes tem causado milhares de mortes, feridos e refugiados, além de graves violações dos direitos humanos.

Um dos principais pontos de tensão é a Faixa de Gaza, um território palestino de 365 km², onde vivem cerca de 2 milhões de pessoas. Gaza é controlada pelo Hamas, um grupo islâmico considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia. O Hamas não reconhece a existência de Israel e defende a libertação da Palestina por meio da luta armada.

Desde 2007, Israel impõe um bloqueio econômico e militar a Gaza, restringindo a entrada e saída de pessoas, bens e serviços. O objetivo é isolar o Hamas e impedir que ele receba armas e recursos para atacar Israel. No entanto, o bloqueio também afeta a população civil, que sofre com a escassez de água, energia, alimentos, medicamentos e oportunidades.

Em resposta ao bloqueio, o Hamas lança foguetes contra o território israelense, visando principalmente as cidades próximas à fronteira. Esses ataques são condenados pela comunidade internacional como atos de terrorismo, que colocam em risco a vida de civis inocentes.

Israel, por sua vez, reage aos foguetes com ataques aéreos e terrestres contra alvos do Hamas em Gaza. Esses ataques também são criticados pela comunidade internacional como desproporcionais e indiscriminados, que causam mortes e ferimentos de civis inocentes.

Um exemplo dessa situação foi o que aconteceu no dia 19 de outubro de 2023, quando centenas de pessoas morreram em um hospital al-Ahli, na Cidade de Gaza. Segundo as autoridades palestinas, o hospital foi atingido por um bombardeio israelense. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), nenhum avião israelense estava operando na zona onde se localiza o hospital.

O fato é que ninguém sabe ao certo quem foi o responsável pelo que os palestinos estão chamando de o maior massacre do século XXI contra o seu povo. O que se sabe é que esse não foi o primeiro nem o último ataque contra hospitais em Gaza. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, Israel já tinha atacado o hospital al-Ahli antes, dia 14, depois de ter avisado os médicos para procederem à evacuação do espaço. Os médicos têm-se recusado a deixar os bebês e os pacientes mais frágeis.

Essa situação revela a brutalidade da guerra entre Israel e Palestina, que não poupa nem os mais vulneráveis. Enquanto isso, o mundo assiste impotente ao sofrimento dos dois povos, sem conseguir encontrar uma solução pacífica e duradoura para o conflito.

Nós, como cidadãos globais, somos cúmplices desse massacre. Ao nos omitirmos diante das atrocidades cometidas por ambos os lados, estamos contribuindo para a perpetuação da violência. Precisamos nos informar sobre a realidade do conflito, denunciar as violações dos direitos humanos e exigir dos nossos governos uma postura mais ativa na busca pela paz.

Não podemos aceitar que quando o Hamas mata civil é terrorista e quando o Estado de Israel mata crianças e mulheres é o que? Não há justificativa para matar inocentes em nome de uma causa. A única saída é o diálogo, o respeito mútuo e a coexistência pacífica entre os dois povos.

 

 

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