Entre César e Deus: A Marca da Compaixão em Cada Ser Humano"
Neste domingo, a mensagem evangélica ressoa, ecoando a sabedoria de Jesus: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21). Essa poderosa frase, muito além de uma questão tributária, nos convida a refletir sobre nossa essência, sobre a marca divina que cada um de nós carrega.
Para Jesus, a moeda com a efígie de César não é meramente metal; representa algo finito, mundano. No entanto, cada ser humano traz consigo uma imagem superior, a de Deus. Somos depositários da divindade, e é a Ele, somente a Ele, que somos devedores da própria vida.
A imagem de Deus é sinônimo de compaixão, uma qualidade divina que devemos refletir em nossas ações diárias. Jesus, ao anunciar o Reino de Deus, mergulhou nas dores humanas, aproximou-se dos sofredores e empobrecidos. Essa atitude compassiva não é apenas uma sugestão, mas uma exigência para todo aquele que se chama cristão.
O Papa Francisco, com sua sabedoria pontifícia, lembra-nos que a verdadeira compaixão pelos outros surge da paixão de amor por Jesus. Somente quando amamos profundamente a Cristo, podemos verdadeiramente amar e servir os outros. A compaixão autêntica não conhece limites; ela nos impulsiona a ser profetas, a sermos canais da misericórdia divina.
No entanto, em meio à compaixão, há uma ameaça constante: a indiferença. Ignorar as dores alheias é a linguagem humana da indiferença. No entanto, como discípulos de Cristo, não podemos nos permitir esse luxo. Temos a Igreja, os sacramentos e uns aos outros como companhia segura nessa jornada. Estamos interligados pela compaixão, pela solidariedade e pelo amor mútuo.
O verdadeiro progresso, como nos ensina o Evangelho, começa nos laços do coração, na solidariedade e na presença ativa junto aos necessitados. Não é um conceito abstrato, mas uma prática concreta. Valorizar a imagem de Deus em cada ser humano é um compromisso diário, uma missão que nos foi confiada.
Hoje, celebrando a memória de São João Paulo II, patrono da paz, somos chamados a avançar na cultura do encontro. Que sua intercessão nos guie para fazer progressos verdadeiros, para construir pontes em vez de muros, para amar em vez de julgar.
Que a compaixão de nosso Deus, manifestada em Jesus Cristo, seja o alicerce de nossas relações fraternas. Que nosso amor mútuo na Igreja e no mundo seja um testemunho vivo da solidariedade de Deus com as dores humanas.
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