domingo, 29 de outubro de 2023

ARTIGO - A Família de Deus: Uma Pregação Celestial

 



Queridos irmãos e irmãs em Cristo,


Hoje nos reunimos para celebrar a grandiosidade de pertencermos à Família de Deus. É uma verdade contagiante que nos envolve, uma verdade que nos lembra que somos herdeiros da luz, parte da herança dos santos proclamada pelo Apóstolo Paulo. A santidade, esse dom divino, não é um distintivo que nos separa dos outros, mas um chamado universal para todos os filhos e filhas de Deus.


Imaginem a visão descrita no Livro do Apocalipse: uma multidão imensa, proveniente de todas as nações, tribos, povos e línguas, de pé diante do trono e do Cordeiro. Todos vestidos de branco, segurando palmas, proclamando em uma só voz: "A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro". Esta é a nossa família, a família dos bem-aventurados, a família que segue os passos de Jesus Cristo.


Jesus, nosso guia supremo, é o verdadeiro modelo de pobreza de espírito, de misericórdia, de pureza de coração. Ele é aquele que sofre perseguições em nome da justiça. E nós, como seus discípulos, somos chamados a refletir essas virtudes em nossa jornada terrena.


À medida que nos aproximamos do Dia de Finados, lembramo-nos de que a Família de Deus, vivos e mortos, compartilha uma promessa comum: a Vida Eterna. O amor paternal de Deus nos envolve, acelerando nossa jornada rumo à eternidade. Um dia, no céu, seremos reunidos sem choro, sem sofrimento, apenas amor infinito.


Neste dia de Finados, unamo-nos em oração pelos nossos entes queridos que partiram antes de nós, pedindo a Deus que os acolha em Sua paz eterna. Que Nossa Senhora, a mãe amorosa, nos guie para colocar Deus no centro de nossas vidas, assim como fizeram os Santos.


Queridos irmãos e irmãs, lembremo-nos sempre: somos parte da Família de Deus. Que esta verdade nos console, nos inspire e nos guie em todos os dias de nossas vidas. Que Deus abençoe a todos nós. Amém.

ARTIGO - A Crise nas Candidaturas Proporcionais: Um Desafio para a Democracia Local

 Desvendando a Crise



Caros leitores,

Estamos diante de uma situação alarmante que merece toda a nossa atenção e reflexão. Nas próximas eleições municipais, uma crise silenciosa está se desenrolando nos bastidores da política local. É um problema que afeta diretamente a essência da nossa democracia, e é sobre isso que precisamos falar: a dificuldade crescente em encontrar candidatos para as chapas proporcionais.

É notório que os candidatos a vereador, aqueles que representam diretamente a voz do povo em nossas comunidades, estão se tornando uma mercadoria rara e valiosa. Candidatos que conseguem reunir de quinhentos a oitocentos votos são disputados como tesouros, a peso de ouro. Mas como chegamos a esse ponto?

A resposta reside em uma triste realidade. Muitas lideranças políticas, que deveriam estar preocupadas em cultivar novos talentos e oferecer oportunidades para aqueles que desejam servir suas comunidades, voltaram-se para dentro de seus próprios círculos restritos. Elas negligenciaram o desenvolvimento de lideranças emergentes, deixando muitos companheiros de partido e ideais "a ver navios". Em vez de investir no futuro, concentraram-se apenas em manter e consolidar o seu próprio poder.

Essa atitude egocêntrica está cobrando seu preço agora. As estruturas de poder, que deveriam ser instrumentos para fortalecer a democracia local, serviram apenas a algumas poucas lideranças. A falta de visão estratégica, que priorizou interesses individuais sobre o bem comum, está gerando uma escassez de candidatos qualificados para as eleições proporcionais.

A consequência é clara: nossa democracia local está em perigo. Quando temos uma gama limitada de candidatos, a diversidade de ideias, perspectivas e experiências é comprometida. Isso enfraquece o processo democrático e prejudica a representatividade que tanto valorizamos em nosso sistema político.

Neste momento crucial, é vital que repensemos nossas prioridades políticas. Precisamos investir em lideranças emergentes, apoiar os jovens talentos que desejam fazer a diferença em suas comunidades. Devemos criar oportunidades para que esses futuros líderes políticos possam se desenvolver, aprender e contribuir para o bem-estar de todos.

Além disso, é fundamental que exijamos transparência e responsabilidade de nossos líderes. Eles devem prestar contas de suas ações e decisões, lembrando-se sempre de que estão lá para servir o povo, não para satisfazer seus interesses pessoais ou de um grupo seleto.

A crise nas candidaturas proporcionais é um chamado para a ação. Como cidadãos, temos o poder e o dever de moldar o futuro de nossa democracia local. Devemos demandar mudanças, apoiar candidatos comprometidos com o bem comum e trabalhar juntos para construir uma política mais inclusiva, justa e representativa.

A transformação começa em cada um de nós. Vamos nos unir para superar esse desafio, reafirmando assim os valores fundamentais de nossa democracia e garantindo um futuro melhor para todos.

Com esperança e determinação,

Padre Carlos

sábado, 28 de outubro de 2023

ARTIGO - O Sínodo dos Bispos: um passo importante para a renovação da Igreja

 

Reflexões a Partir do Sínodo dos Bispos em Roma

 


A conclusão da primeira sessão da XVIª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em Roma entre 30 de setembro e 25 de outubro de 2023, é um marco importante para a Igreja Católica. Pela primeira vez, homens e mulheres, convocados pelo Papa Francisco, reuniram-se como iguais para discernir a voz do Espírito Santo no mundo contemporâneo.

A carta ao Povo de Deus, redigida pelos participantes do Sínodo, é um testemunho eloquente da riqueza e da diversidade da Igreja. O texto revela um esforço conjunto para compreender as preocupações globais, como conflitos e desigualdades, e para responder a elas com amor e compaixão.

A carta também destaca a importância da escuta, especialmente a escuta dos mais vulneráveis. Os participantes do Sínodo ouviram atentamente as vozes dos pobres, dos marginalizados e dos excluídos, e encontraram nelas um apelo à conversão pastoral e missionária.

O Sínodo dos Bispos é um processo contínuo, que continuará em sua segunda sessão em outubro de 2024. A carta ao Povo de Deus convida todos os católicos a participarem deste processo, a fim de construir uma Igreja mais inclusiva, participativa e missionária.

Aqui estão alguns dos principais pontos da carta ao Povo de Deus:

·         A Igreja é chamada a ser uma comunidade inclusiva, onde todos, homens e mulheres, são iguais em dignidade.

·         A Igreja deve ser uma voz profética, que denuncia as injustiças e defende os pobres e os marginalizados.

·         A Igreja deve ser uma comunidade de amor, que se abre ao mundo com compaixão e solidariedade.

O Sínodo dos Bispos é um passo importante para a renovação da Igreja. É um chamado à conversão pastoral e missionária, que nos convida a construir uma Igreja mais fiel ao Evangelho e ao amor de Cristo.

Algumas reflexões sobre o Sínodo:

·         A inclusão de homens e mulheres na mesma mesa é um sinal importante de progresso. É um reconhecimento da igualdade fundamental de todos os batizados.

·         O esforço para discernir a voz do Espírito Santo é um desafio constante. O mundo contemporâneo é complexo e desafiador, e é preciso muita sabedoria para ouvir a voz de Deus.

·         A escuta dos mais vulneráveis é essencial para a renovação da Igreja. É na periferia que encontramos os sinais da presença de Deus.

O Sínodo dos Bispos é um processo que ainda está em andamento. É um caminho de discernimento e de mudança. Que possamos participar deste processo com entusiasmo e fé, a fim de construir uma Igreja mais justa, fraterna e misericordiosa.


Padre Carlos

 

ARTIGO - "O FIM DE UM NAMORO POLÍTICO: A DESILUSÃO DE LUCIA ROCHA E AS OPÇÕES DE WALDENOR"


O FIM DE UM NAMORO POLÍTICO




Prezados leitores,


Nos intrincados meandros da política, alianças e estratégias muitas vezes se assemelham a relacionamentos amorosos. Hoje, trago à discussão o fim iminente de uma parceria que prometia ser duradoura: o namoro político entre Lucia Rocha, do MDB, e o Partido dos Trabalhadores (PT). A determinação da vereadora em ser a cabeça da chapa e sua recusa em aceitar o papel de vice em uma situação onde claramente é a preferida dos eleitores levanta questionamentos sobre as dinâmicas do poder e das escolhas políticas.


A Vereadora Lucia Rocha, com sua decisão de liderar a chapa, coloca o Deputado Waldenor contra a parede. Ele se vê agora diante da necessidade de revisitar opções que antes considerava pouco vantajosas. Embora Waldenor pareça cético em relação a essas alternativas, comparando-as às vice que acompanharam seu colega de partido em eleições passadas, a realidade política exige reavaliação e, às vezes, arriscar o inesperado.


Uma vice na política, como em um time de futebol padrão FIFA, deve ser um trunfo valioso. Um exemplo notório é a ex-vice-prefeita Irma Lemos, que, mesmo sendo subestimada pelo PT, desempenhou um papel crucial na candidatura de Erzem Gusmão. Ela se tornou a peça fundamental para conquistar uma parte da sociedade que impulsionou a economia da cidade, algo que parecia inatingível. No entanto, diante da ausência da vereadora Lucia Rocha e da falta de uma figura semelhante a Irma Lemos, Waldenor se vê obrigado a explorar outras possibilidades.


Num encontro recente com representantes do PSB, incluindo Mozart e José Carlos, surgiu uma sugestão interessante. Eles indicaram Luciana Silva, atual presidente da OAB, como pré-candidata a vice-prefeita. Esta proposta, feita há dois meses em uma reunião com Waldenor, sinaliza uma alternativa viável e digna de consideração.


Luciana Silva, com sua experiência na presidência da OAB, traz consigo não apenas conhecimento jurídico, mas também uma perspectiva fresca e dinâmica para a política local. Sua inclusão na chapa majoritária poderia agregar valor, representando uma nova era de liderança em Vitória da Conquista.


Neste cenário político em constante mutação, é crucial para Waldenor e seu partido ponderar cuidadosamente as opções disponíveis. A política, assim como os relacionamentos, exige flexibilidade e a capacidade de se adaptar às circunstâncias em constante mudança. À medida que o namoro político com Lucia Rocha se desvanece, é hora de explorar novos horizontes e encontrar uma parceira que possa fortalecer a chapa e, por conseguinte, a representação do povo.


Que essas decisões sejam tomadas com sabedoria e pensamento estratégico, visando sempre o bem-estar da cidade e de seus habitantes.


Atenciosamente,


Padre Carlos.

ARTIGO - Política e Polêmicas: Reflexões sobre a Restrição de Carga e Descarga no Centro da Cidade

 


Deixa a mulher trabalhar! 





Prezados leitores,

A controvérsia em torno dos decretos municipais que regulamentam o transporte de carga no centro de Vitória da Conquista continua a ecoar pelos corredores políticos. Em meio a esse debate acalorado, é essencial lembrar qual deveria ser a verdadeira essência da governança: a prioridade em trazer conforto aos cidadãos. Uma cidade, antes de tudo, é construída para as pessoas que nela vivem, trabalham e transitam. Nesse contexto, cabe ao poder público a missão primordial de pensar prioritariamente no bem-estar e na comodidade do cidadão.

Ao estabelecer zonas de restrição de operação de carga e descarga, a prefeitura não está apenas implementando regras; está promovendo um ambiente urbano mais amigável e seguro para todos. A decisão de restringir certas atividades comerciais no centro da cidade não deve ser vista como um obstáculo ao desenvolvimento econômico, mas como um passo em direção a uma cidade mais habitável. Afinal, um trânsito fluido e espaços públicos desobstruídos não são apenas conveniências; são pilares fundamentais para a qualidade de vida dos cidadãos.

Devemos reconhecer que a gestão urbana é complexa, exigindo um equilíbrio delicado entre as necessidades comerciais, a mobilidade urbana e o bem-estar dos habitantes. A restrição de carga e descarga não é um capricho, mas uma estratégia pensada para criar um ambiente urbano que priorize o pedestre, o ciclista e o morador. Ao restringir o tráfego de veículos de carga em determinadas áreas, a prefeitura está investindo no conforto dos transeuntes, garantindo que as ruas sejam espaços seguros e agradáveis para todas as pessoas.

É essencial que essa discussão política vá além das disputas partidárias e das estratégias eleitorais. Devemos nos concentrar na essência do debate: a criação de uma cidade para as pessoas. A gestão pública deve ser guiada pelo compromisso inabalável de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, proporcionando-lhes um ambiente urbano que seja funcional, acessível e acolhedor.

Portanto, ao invés de apenas contestar as medidas adotadas, convido todos os envolvidos nesse debate a considerar o bem-estar dos cidadãos como a principal bússola para suas decisões. O verdadeiro progresso de uma cidade está intrinsecamente ligado à felicidade e ao conforto de seus habitantes. Sejamos, portanto, agentes ativos na construção de uma Vitória da Conquista onde o conforto e a qualidade de vida de todos sejam prioridades inegociáveis.

Atenciosamente,

Padre Carlos

Futebol, Política e Cultura: Uma Homenagem a Jânio Freitas e Mozart Tanajura

 Futebol, Política e Cultura




No intrincado cruzamento entre futebol, política e cultura, o retorno marcante de Chico Buarque ao Brasil nos anos 1970 se torna um capítulo emblemático, uma homenagem aos espíritos livres de Jânio Freitas e Mozart Tanajura. A recomendação de Vinicius de Moraes para que Chico fizesse barulho ao voltar não foi apenas um conselho; foi um chamado à resistência, uma reverberação do fervor que meus amigos Jânio e Mozart nutrem por música, futebol e liberdade.


A presença de Chico Buarque, agora dedicado a Jânio e Mozart, como um símbolo de resistência em meio à repressão do regime militar, foi destacada pela recepção calorosa das torcidas organizadas, incluindo a Torcida Jovem do Fluminense. Esse não foi apenas um retorno; foi um ato de desafio contra a opressão política, um tributo à paixão que Jânio e Mozart tem pelo Brasil, pelo Fluminense e pela liberdade.


O dilema histórico do Fluminense, um clube marcado por associações controversas e desafios sociais, é agora moldado pela memória de Jânio e Mozart. A final da Copa Libertadores se torna, assim, um campo de batalha não apenas para os jogadores em campo, mas também para as narrativas políticas e sociais que permeiam o esporte, honrando o espírito destes dois amigos, que enxergam no futebol mais do que um jogo; vêm uma expressão da identidade brasileira.


Neste cenário, o futebol brasileiro transcende seu papel como mero jogo. É um reflexo da luta do povo brasileiro por liberdade e igualdade, uma ode à resistência encarnada por Jânio Freitas e Mozart Tanajura. Enquanto figuras políticas tentam controlar esse fenômeno cultural, a verdadeira essência do futebol, enraizada na paixão dos torcedores e na cultura popular, permanece incontrolável e imprevisível, desafiando qualquer tentativa de cooptação política.


(Padre Carlos)

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

As cicatrizes emocionais não se apagam facilmente

 

 Confiança e respeito, quando perdidos, dificilmente são recuperados.

 


A confiança e o respeito são valores fundamentais em qualquer relação interpessoal, seja ela pessoal ou profissional. Quando perdidos, esses valores podem ser difíceis de recuperar, e a situação política em Vitória da Conquista parece ser um exemplo disso.

Os vereadores Luciano Gomes e Antônio Ricardo, eleitos por expressivas votações, foram publicamente repreendidos por lideranças do PT local por não fazerem oposição sistemática à prefeita Sheila Lemos do União Brasil na Câmara. Essa atitude imprudente e possivelmente irrefletida do PT conquistense cometeu alguns meses atrás, pode ter consequências imprevisíveis, especialmente faltando um ano para as eleições.

A tentativa de desacreditar publicamente membros de um partido aliado evidencia uma postura imprudente e possivelmente irrefletida do PT conquistense. Agora, quem vai pagar será o candidato do PT que, além de estar atrás nas pesquisas, não tem certeza se pode ou não contar com esses votos. A humilhação pública deixou marcas profundas na relação entre essas lideranças, comprometendo a união em torno de candidaturas futuras.

O PT parece ter se esquecido que necessitava do apoio desses vereadores e de seu eleitorado para disputar com chances a prefeitura em 2024. Sem união, a candidatura da federação corre o risco de repetir a derrota sofrida na eleição passada.

As cicatrizes emocionais não se apagam facilmente. Uma relação abalada pela desconfiança dificilmente volta ao normal. Mesmo que haja um acordo político no futuro, a mágoa pelo episódio deve permanecer latente.

Restaurar a confiança exigirá reconhecimento de erro, humildade e disposição ao diálogo por parte do PT. É importante que o partido reconheça seus erros e trabalhe para corrigi-los. A humildade é fundamental para reconstruir a confiança perdida e a disposição ao diálogo é essencial para encontrar soluções viáveis ​​para os problemas enfrentados pela cidade.

A situação política em Vitória da Conquista é um exemplo claro de como a falta de confiança e respeito pode afetar negativamente as relações interpessoais e políticas. É importante que os líderes políticos aprendam com essa situação e trabalhem para evitar conflitos desnecessários no futuro.

 

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...