Sempre
achei um erro nas eleições para o Executivo
municipal, de não dar a devida atenção para a escolha do vice na chapa
majoritária. Desta forma, as atenções se voltam sempre para os candidatos
titulares das chapas concorrentes.
Se
fizermos uma analogia entre o PT no nosso município e o jogo de xadrez, poderíamos
perceber que os
políticos também têm as suas “pedras” (pessoas) para travarem as suas batalhas
e manter intocável, de acordo com as leis as mesmas, para não deixar cair a
peça principal. E, nas eleições, o mais importante para o voto são as narrativas.
O rei ou o cabeça de chapa, é que não se mexe, a menos que seja necessário para
sua defesa e dificultar os ataques. Se a falta de um entendimento político é
que pode desencadear uma guerra, aqui o objetivo não é uma luta sangrenta a
batalha é pela conquista de partidos que possam apoiar meus projetos e
apoiadores, os soldados, únicas pedras que não podem recuar.
Desta forma, a corrente hegemônica,
protege seu candidato e não abre mão da cabeça de chapa. Não estamos questionados
este comportamento que é natural do partido hegemônico, o que chamamos atenção,
é a falta de habilidade política de seus quadros de não saberem olhar o
tabuleiro de xadrez. Mas o
que o partido está esquecendo, é que nas eleições ao lado de cada um
desses candidatos encontramos uma figura ilustre: o candidato a vice. Sem muitas funções oficiais para além
de substituir o titular do cargo, a existência dessa figura foi
muitas vezes ignorada e se tornou um peso para a legenda.
Qual a importância do vice nesta eleição para o PT?
Após o companheiro de chapa, o vice é a pessoa mais próxima do poder. E para
isto precisamos compor com um partido da base que represente força política
para governar e densidade eleitoral para ajudar na eleição. Um bom companheiro
de chapa e o seu partido, pode colaborar e muito na gestão pública,
dialogando com a sociedade e somando forças com o titular. Portanto, é muito
importante entender os principais fatores envolvidos na escolha de um vice. Para
além de ser meramente um tapa-buracos, o vice e o partido que queremos como
parceiro, tem que ser também um articulador político no campo da esquerda
visando o fortalecimento desta chapa e neutralizando através de acordos
político a fragmentação da esquerda, como aconteceu na última eleição em nosso
município.
Temos que procurar nossos parceiros urgente, independente
do candidato esta discursão tem que entrar em pauta. Não podemos achar que no
segundo turno tudo se resolverá a toque de caixa e com os freios, as abobaras
se ajustarão na carroceria.
Padre Carlos