sábado, 29 de maio de 2021

ARTIGO - Manifestação contra o governo toma conta do país (Padre Carlos)

 


Manifestação contra o governo toma conta do país

 

 


Não quero aqui dar nenhuma conotação religiosa, mas o tempo de colher chegou. O Governo do Sr. Bolsonaro colheu nestas nestes últimos dias o que plantou ao longo da sua administração política no país. Rechaçado por seus desvios e suas mentiras, o povo brasileiro cansado de tanta enganação tenta banir do poder o governo que aí está. Precisamos restaurar a democracia.


A regra salutar da democracia é a alternância do poder. Regra que se impõe para a segurança do bem-estar do povo. O poder cega e o poder corrompe, principalmente para quem veio do baixo clero e tem um histórico com rachadinhas e milícias, por isto, com a exposição da corrupção em suas entranhas, o momento não poderia ser outro. A continuidade do bolsonarismo seria a declaração de morte da Nação.

A resposta que o povo tenta dar hoje nas ruas é um aviso de que a soberania lhe pertence, não sendo esta propriedade de ninguém, muito menos da extrema direita que não tem trato com a democracia. Os políticos não podem usar seus mandatos para o representarem em defesa de seus interesses, tão pouco para se perpetuarem no poder e alimentarem a ilusão de que o povo lhes pertence.

Equivocados em suas pretensões, arrogantes em suas atitudes, os políticos ligados ao presidente, precisam aprender a lição de que o povo não é massa de manobra para o alcance de suas pretensões. Mesmo com parcela da população iludida e cega e tendo como referencia os pressupostos ideológicos escamoteados e um projeto ambicioso de poder perpétuo, não conseguirão esconder mais de quatrocentos mil cadáveres, por isto não poderão se sustentar serão banidos de seus mandatos as suas figuras mais destacadas.

Não há agora o que reclamar. Não há agora que montar resistência sistemática. Não há agora que culpar ninguém, a não ser a si próprios por tudo o que o país tem passado. As reações de indignação ao chamá-lo de genocida, têm lugar no contexto, pois elas são frutos da horrenda prática política que este governo tem adotada. Não têm que chorar sobre o leite derramado. Eles quiseram desconstruir o Brasil e desconstruíram a si próprios.

O povo na rua tem o objetivo sensibilizar o Congresso para criarem uma frente de oposição com o único intuito não para desestabilizar o novo governo. Se agirem assim, estariam ocorrendo também em erro. O verdadeiro papel da oposição tem de ser a fiscalização da situação, de obstaculação de ações que possam ser prejudiciais ao país. Porem, não podemos aceitar tanta maldade contra o povo e assim não resta alternativa a não ser varrer os Neo-integralista da vida política.

Para isto, as ações dos políticos deverão estar permanentemente voltadas para todos os partidos aliados a esta nova ordem, pois são eles os representantes do povo. O Poder que emana do povo que delega aos seus representantes para evitar mais mortes. Portanto, para a felicidade geral da Nação basta a obediência à Constituição, enfatizando-a nos objetivos fundamentais da República.

São estes: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, conforme consta no artigo 3º da Carta Magna.


Portanto, diante do acontecido, que todos os políticos, sem distinção de partidos, revejam suas idéias e as sintonizem com os reais interesses do povo. Este o que quer é ser feliz com vacina, emprego, educação, saúde e segurança.

 

Padre Carlos

 


domingo, 16 de maio de 2021

ARTIGO - A tragédia do Covid e nossas crianças (Padre Carlos)

 

A tragédia do Covid e nossas crianças

 


É natural o comportamento dos brasileiros ao olhar para a atualização de dados da vacinação todas as noites com expectativa e interesse. O que estamos vivendo aqui no Brasil é uma espécie de corrida contra o tempo.


Queremos conseguir a imunidade antes que a circulação de variantes potencialmente resistentes coloque em duvida a eficácia das vacinas. E sonhamos também com a normalidade, seja ela o que for depois de tantas perdas que tivemos, principalmente aqui no Brasil.

Esse desfecho, contudo poderia ter sido diferente se as pessoas responsáveis pela compra das vacinas tivessem empenhadas com o que estava e ainda está acontecendo em nosso país, contudo, isto fica claro quando constatamos o ritmo lento e desigual da vacinação no nosso país. Os vírus não conhecem fronteiras nem regiões. Do Oiapoque ao Chuí, a percentagens são muito baixas da população imunizada e, sem vacinação, o covid-19 continuará circulando descontroladamente, com o risco que tal circulação representa. Nos causa revolta quando tomamos conhecimento que o governo federal recusou, em agosto de 2020, a oferta da Pfizer para compra de um lote de 70 milhões de doses, que seriam entregues em dezembro de 2020. O argumento do governo foi o de que não concordava com as condições estabelecidas pelo laboratório e que a empresa não se responsabilizava por eventuais efeitos colaterais da vacina. Eu pergunto ao antigo ministro da saúde e ao presidente: e quem se responsabilizará pelas mais de quatrocentas mil mortes por falta desta vacina? 

Sabemos dos limites da produção destes imunizantes, mesmo assim não estamos preocupados com nossa segurança nem com nossos filhos e estamos na iminência de deixá-los expostos. Digo isto, porque uma aluna do 5º ano do Ensino Fundamental do Colégio Antônio Vieira testou positivo para o coronavírus, mas o colégio decidiu manter as aulas presenciais à turma e alguns dias depois professores também passam a ser contaminado. Por isto,  países que se preocupa com suas crianças, como os Estados Unidos já anunciaram que vão chegar aos adolescentes entre os 12 e os 15 anos antes do próximo ano letivo. Tal como a Alemanha pretende abranger esta faixa etária no final do verão. Os países ricos deixaram claro nesta pandemia que convivem bem com as necessidades dos outros, desde que as deles estejam supridas.


As mortes que assistimos diariamente em todo o território nacional são uma tragédia e precisam ser esclarecidos se ouve negligencia por parte do governo. O que fica cada vez mais claro nesta pandemia é a nossa incapacidade de olhar além do umbigo, a confirmação de que a pandemia acentuou as desigualdades, mas não nos fez reavaliar a fragilidade e o verdadeiro valor da vida.

 

quinta-feira, 13 de maio de 2021

ARTIGO - Valente e democrata! Chico Estrela é um liberal puro sangue. (Padre Carlos)

 


Valente e democrata! Chico Estrela é um liberal puro sangue.



A batalha que Chico Estrela iniciou contra o antigo governo assim que tomou consciência que o prefeito que ele ajudou eleger, tinha abandonado as promessas de campanha e estaria dando uma guinada conservadora, fez com que o antigo atleta travasse uma luta contra os desmandos e a forma autoritária que o município estava sendo administrado.


Muito se comentou sobre a saída do vereador do bloco de oposição, mas, o que faltou aos analistas políticos, foi avaliar os verdadeiros motivos que levantam o parlamentar a tomar tal atitude. Neste domingo (09), o vereador anunciou que estaria deixando a bancada de oposição para assumir a liderança do governo de Sheila Lemos. Em uma carta feita pelo edil, revelou o verdadeiro Gentleman, com um comportamento ético e respeitoso, faz uma despedida agradecendo a todos daquela bancada pelo período que marcharam junto e ao se despedir dos seus companheiros de oposição, faz uma referencia carinhosa se dirigindo a vereadora Viviane, nela, o parlamentar demonstra todo respeito e carinho que tem com os seus pares.

Assim, ele afirma que foi convidado pela prefeita para a assumir a liderança de governo, até então ocupada pelo vereador Ivan Cordeiro (PTB). Avaliando a trajetória política de Chico Estrela, podemos perceber um pensamento liberal moderno e foi justamente esta forma de avaliar a política que fez com que ele se distanciasse cada vez mais de Herzem e da política que vinha sendo implantada pelo antigo governo, diante das posições conservadoras que o prefeito teve que se aliar, levando seu governo a defender posições extrema que o vereador não comungava.

Ao assumir a prefeitura de forma definitiva, a prefeita tem buscado adequar um novo perfil a nova administração e isto chamou a atenção de Chico Estrela, bem como a linha política e administrativa da nova gestora.  Ela ao perceber que havia mais pontos convergentes entre sua administração e o parlamentar, ouviu os vereadores da situação e juntos chegaram a conclusão que o vereador seria um grande quadro para a nova administração.

            O parlamentar está vivendo com esta administração uma nova fase de seu mandato e pretende aprovar projetos do Executivo Municipal voltados à população. Na avaliação dele, se permanecesse na oposição poderia ocorrer conflitos de interesse dentro do grupo onde estava.


A perda de um quadro como Chico Estrela, termina revelando a ausência de sentido estratégico da oposição ficando cada vez mais evidente as ações isoladas dos vereadores. Assim, sem a participação das lideranças regionais e do Governo do Estado será difícil reverter este quadro de isolamento e de perda política que a oposição tem acumulando em nosso município.

 


quinta-feira, 29 de abril de 2021

Artigo - O uso do cachimbo deixa a boca torta (Padre Carlos)

 



O uso do cachimbo deixa a boca torta

 


 

Prezado leitores, confesso a vocês que acreditava já ter visto de tudo nesta vida, aí, vem um acontecimento novo, e nos faz mudar de opinião, para mostrar que a experiência é algo infinito. Nesta semana, O vereador Marcus Vinícius  (Podemos) denunciou que vereadores que não conseguiram eleger-se, não estariam devolvendo alguns equipamentos eletrônicos da Câmara de vereadores que eram dedicados ao mandato dos mesmos.


Tenho certeza que o Presidente desta casa vai tomar as devidas providencias para esclarecer estes fatos e cobrar do parlamentar uma postura ética em relação às denuncias trazidas ao parlamentos sem as devidas provas nem citar no seu pronunciamento qual vereador estaria retendo estes patrimônios. Ao não apontar para quem se dirigia o seu descontentamento, colocou em dúvida o caráter de todos aos políticos que passaram por esta casa. Não podemos negar que se trata de um gesto irresponsável, colocar a honestidade destes homens públicos em dúvida por alguns momentos na mídia local. Se existe tal vereador, que divulgue então o nome e não fique com insinuações.

 Quem na verdade estaria de posse de equipamentos público? Esta matéria compete ao parlamentar ou é assunto da mesa diretora este tipo de ação?  Uma acusação séria como está, coloca em dúvida a conduta dos representantes que passaram pela aquela casa, pessoas como o Professor Cori, O Pastor Sidney, Álvaro Píton e tantos outros que honram esta cidade ao servir sua gente.  Por se tratar de parlamentares de caráter e de uma conduta ilibada, não podemos ficar calado.

        Todos nós conhecemos bem o ditado popular que dá título a este artigo: “o uso do cachimbo deixa a boca torta”. Talvez o que poucos percebam é a profundidade das interpretações decorrentes dele. ... A questão que está colocada não se refere ao cachimbo e à boca, mas a hábitos que geram problemas.

           


Pois bem, ao invés de procurar o Presidente da casa e os órgãos responsáveis pelo patrimônio público e fazer as devidas cobranças, o Delegado esqueceu que aquela casa não é a delegacia, que ele conhece bem. Precisamos informar ao novato o papel do parlamentar e lembrar que o tempo de polícia já passou.

        Fica aqui minha indignação com este comportamento e espero que os vereadores desta casa possam honrar o legado dos seus antigos colegas.

 


terça-feira, 27 de abril de 2021

ARTIGO - O que distinguem os verdadeiros dos falsos amigos (Padre Carlos)

 


O que distinguem os verdadeiros dos falsos amigos








   Já conversamos neste blog mais de uma vez sobre este assunto. Porém, sempre achamos que faltou falar alguma coisa e assim, ficamos com aquela sensação que deveria complementar. Existem várias pessoas que consideramos amigos. No entanto, uma das vantagens de quem já passou dos sessenta, é já ter vivido um pouco mais para entender a dinâmica da vida. Sendo assim, com o passar do tempo terminamos percebendo, no afinal que algumas pessoas que considerávamos amigos, não foram tão leais quanto esperávamos.


Foi no exercício do ministério sacerdotal e na militância política, que fomos conhecendo a existência de certas qualidades nos nossos amigos que não podemos jamais ignorá-las.

 Tivemos durante muitos anos, vários amigos que souberam partilhar com a gente os momentos de alegria. Mas, ao longo da vida, passamos a entender que partilhar os momentos alegres é muito fácil e até prazeroso, o difícil é partilhar com os amigos os momentos de dor e de desespero. São nos momentos de dificuldades que precisamos dos verdadeiros amigos, precisamos de um irmão.

Um verdadeiro amigo não tenta ser o centro das atenções e é sincero nos seus sentimentos.  Desta forma, quando damos risadas de um erro estúpido que fizemos na infância ou nos anos de formação, isto é, em uma situação mais constrangedora em que estivemos envolvidos, não existe nada de ‘mal, de pecado’ ou de reprovação nas suas gargalhadas e eu entendo e aceito. Sabe apenas relativizar os problemas e com isto, termina ajudando a gente ver o lado cômico do acontecimento.

Apesar de detectar os nossos erros, tenho certeza que nosso amigo não nos irá apontar o dedo caso decidamos continuar no mesmo caminho e olha que sou muitas vezes cabeça dura. Pode não concordar com as escolhas, mas irá guardar o nosso segredo e não irá rotular-nos apenas com base num erro. Não vai espalhá-lo pelo nosso grupo de conhecidos ou comentar com outros amigos, pois sabe que a lealdade e a confiança são qualidades que demoram a conquistar, mas que se perdem em apenas cinco segundos;

 


    Assim, como os meus cabelos foram embranquecendo como um capucho de algodão, minha alma também foi clareando e entendendo que os amigos que ficaram, foram aquele que soberam partilhar a dor – sem relativizar, mas também sem exagerar. Não perguntaram se precisava de ajuda, partiram logo para a ação. Ele conhece a gente de tal forma, que sabe que não vão ser as ‘palmadinhas nas nossas costas’ que nos vão ajudar, mas sim uma conversa sincera. Este amigo sente a nossa tristeza, sofre com a gente, não deixando para trás aquilo que nos magoou. Partilha assim, a dor que carregamos, como um verdadeiro Simão de Cirene, partilhando o peso da nossa cruz.

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sexta-feira, 2 de abril de 2021

ARTIGO - Páscoa para os pobres (Padre Carlos)



Páscoa para os pobres 



A alegria contagiante da Páscoa do Senhor é também a alegria da Igreja reunida na mesma fé. Na verdade, Deus morreu na carne do Seu Filho. Jesus fez passagem da morte para a vida, para que todos nós fizéssemos a travessia da nossa Páscoa. A Páscoa de Jesus se confunde com as nossas “páscoas”. Assim, na Via-Sacra a 15.ª Estação: "Jesus Ressuscitou!". A Igreja começa a celebrá-lo na vigília do Sábado Santo, continua-o por todo o Tempo Pascal (os 50 dias que se seguem à Páscoa até ao Pentecostes) e renova-o todos os domingos do ano. 
Celebrar a ressurreição de Cristo é, também, acordar para as situações degradantes a que são submetidos tantos homens e mulheres. É o dever de lhes limpar as lágrimas dos rostos e de nos pormos ao seu lado até que se levantem. 
Os idosos os profissionais da saúde os pais que se colocam numa situação de risco para levar o pão para casa e que expostos serão infectados, são estas e muitas outras pessoas os "novos crucificados". Peçamos ao Ressuscitado, que o "nosso coração endurecido pela indiferença" não deixe de reparar nem de se comover com estas perdas. 

No passado, a Igreja Católica pregava de tal maneira o sofrimento de Cristo, que quase se esquecia de anunciar que o sofrimento, o pecado e a morte não têm a última palavra sobre o ser humano: Jesus venceu tudo isso ao ressuscitar. Somos chamados neste momento de dor e desespero em que o mundo atravessa a dar testemunho pela convicção de que, desde a Ressurreição de Jesus, o amor é mais forte que a morte e o pecado; existe no testemunho pascal dos cristãos uma força gravitacional de amor, que puxa sempre para a vida, para o céu, e nos puxa sempre a partir do chão da nossa história. 
Se tomarmos conta de todos aqueles que passam fome e frio neste momento de dor, solidão e abandono que vem acompanhado com esta pandemia, a luz da misericórdia e do Cristo ressuscitado poderá iluminar o nosso coração e dias melhores surgirão. Tenho fé na Ressureição e tenho certeza que o mundo vai conseguir dar a volta por cima, basta nunca desistirmos de lutar. 
Celebrar a Páscoa de Jesus nos dias de hoje é celebrar a vitória dos valores do Evangelho sobre a cultura de morte, que insistentemente quer matar a vida e a família. Desejo a todos uma Santa Páscoa, cheia da verdadeira alegria e do amor que jamais desiste. 

sábado, 27 de março de 2021

ARTIGO - O governo da Bahia é de esquerda? (Padre Carlos)

 

 O governo da Bahia é de esquerda?






Como poderíamos analisar os quinze anos de governo progressista do PT na Bahia, será que poderíamos de fato definir estas gestões como governos genuinamente de esquerda?  Podemos afirmar, que a falta de referência do que seria uma política de esquerda para os governos petistas e grande parte da sua militância, levaram todo o conjunto das forças progressistas que sempre gravitaram em torno do partido, a refundar novos paradigma e buscar novos caminhos.
Não podemos negar, que os governos Lula e Dilma, tiveram influência nos programas e ações no governo petista e sua falta deixa um vazio no que diz respeito às políticas sociais na Bahia. A crise da esquerda, não é a mesma coisa que a oposição ao neoliberalismo, pode ser compreendida justamente pela falta de um “embasamento ideológico e clareza política de que projeto de esquerda seria aplicado.
Não estou fazendo uma crítica, aos governadores petista, mas apenas afirmando que faltou ao governo de Wagner e Rui, um embasamento ideológico e clareza política de que projeto queriam. Assim, com a falta de políticas clara de esquerda, chegamos à Era do Administrador. Desta forma, gostaria de lembrar que administração é uma ciência neutra, como a engenharia e a medicina são frias e não leva em conta se o governo é de esquerda ou de direita, seu objetivo é manter as contas em dia. Por isto, a missão do administrador moderno é ser um político e um político moderno, ser um administrador, ele tem de saber dosar e manter unido este grupo de interesses conflitantes. Mas, e o partido e o seu programa? Sabemos que o PT não é um partido revolucionário, mas temos certeza que o partido hegemônico da esquerda brasileira tem que ser de esquerda, então onde estão as políticas de esquerda na Bahia? O Programa e Estatuto do partido, defendem uma política de esquerda e por omissão ou inabilidade política, seus dirigentes deixaram tudo isto acontecer.
Qual a política para educação de esquerda? Defendemos grandes transformações radicais para a educação aqui no nosso estado? Valorizamos o conhecimento popular, integrando-o à pedagogia? Temos o dever de acreditar, que a educação é a maior das armas contra a opressão e que a autonomia dos educandos deve ser a principal conquista do fazer educativo.  
Com relação a saúde, a política pública deve ser construída a partir da participação direta ou indireta da sociedade civil, visando assegurar um direto a determinado serviço, ação ou programa. No Brasil, o direto à saúde é viabilizado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) que deverá ser universal, integral e gratuito. Esta política tem como base o Estado de bem-estar social. O que seria política de esquerda na área da saúde?

Sabemos que a esquerda entrou no século XXI como todas as perdas acumuladas nas duas ultimam décadas. Os anos noventa representaram uma derrota para a esquerda mundial. Políticas sociais dos estados de bem-estar social retrocederam, a integração das economias socialistas ao mundo capitalista e a regressão dos movimentos de emancipação do terceiro mundo parecem sinalizar que o tempo da emancipação política radical chegou ao fim.      Ser de esquerda hoje é um desafio. Acredito que requer muita “dureza”, mas, também, muito jogo de cintura. O diabo é descobrir como ter princípios sem ser ingênuo, como ser pragmático sem ser oportunista. Não tenho a receita, para os programas de esquerda, não tenho os algoritmos para solucionar este problema.
Mais uma coisa eu tenho certeza, eu ainda acredito que podemos fazer um governo de esquerda na Bahia.


Padre Carlos.

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ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...