“É preciso sair da ilha para
ver a ilha”
A frase de
José Saramago “É preciso sair da ilha para ver a ilha” tem um simbolismo
profundo e ajuda os cientistas políticos entenderem a direita brasileira e o porquê
de tanta intolerância. “A classe política precisa entender que não nos vemos se
não saímos de nós” e ela pode ser aplicada a muitas situações, incluindo a base
política deste grupo que estavam até pouco tempo no poder. Quando paramos para
avaliar o comportamento deste agrupamento politico, percebemos que a direita brasileira muitas vezes se fecha em suas próprias bolhas
de opinião e não está disposta a ouvir as opiniões dos outros. Eles estão tão
presos em suas próprias ideias que não conseguem ver o mundo além de suas
próprias perspectivas.
Para
crescer e se tornar mais tolerante, a direita brasileira precisa sair de suas
zonas de conforto e de suas perspectivas pessoais. Eles precisam estar abertos
a ouvir outras opiniões e perspectivas, mesmo que elas sejam diferentes das
suas. Isso os ajudaria a crescer e a se tornarem mais humanos, porque o Homem é
feito de relações pessoais e não de si próprio.
Embora a
direita brasileira esteja mais conectada do que nunca por meio das redes
sociais, muitas vezes eles estão presos em suas próprias bolhas de opinião e
não estão realmente abertos a ouvir os outros. Eles ouvem a si próprios e acham
que está bom. Eles não querem sequer ouvir os outros. Se uma ideia diferente da
deles é apresentada, pouco importa quanto mais eles se colocam fora de sua área
de conforto e são confrontados com opiniões distintas!
É um
contrassenso social. Na teoria, todos dizem que gostam de pessoas que fazem o
que dizem, dizem o que pensam, pensam no que sentem e sentem aquilo que dizem.
Na prática, muitos não ouvem ninguém porque só interessa o que eles próprios
pensam.
Está na hora da direita
acordar deste pesadelo e sair da ilha. Voltarem a ouvir outros. A respeitar as
ideias diferentes. A entender que somos bem insignificantes para o mundo
continuar a girar, em face de sermos uma pessoa num planeta de oito bilhões.