sexta-feira, 24 de março de 2023

ARTIGO - Saindo da ilha: Como a direita pode ampliar sua visão de mundo e ouvir outras vozes. (Padre Carlos)

 


“É preciso sair da ilha para ver a ilha”



 

A frase de José Saramago “É preciso sair da ilha para ver a ilha” tem um simbolismo profundo e ajuda os cientistas políticos entenderem a direita brasileira e o porquê de tanta intolerância. “A classe política precisa entender que não nos vemos se não saímos de nós” e ela pode ser aplicada a muitas situações, incluindo a base política deste grupo que estavam até pouco tempo no poder. Quando paramos para avaliar o comportamento deste agrupamento politico, percebemos que  a direita brasileira  muitas vezes se fecha em suas próprias bolhas de opinião e não está disposta a ouvir as opiniões dos outros. Eles estão tão presos em suas próprias ideias que não conseguem ver o mundo além de suas próprias perspectivas.

Para crescer e se tornar mais tolerante, a direita brasileira precisa sair de suas zonas de conforto e de suas perspectivas pessoais. Eles precisam estar abertos a ouvir outras opiniões e perspectivas, mesmo que elas sejam diferentes das suas. Isso os ajudaria a crescer e a se tornarem mais humanos, porque o Homem é feito de relações pessoais e não de si próprio.

Embora a direita brasileira esteja mais conectada do que nunca por meio das redes sociais, muitas vezes eles estão presos em suas próprias bolhas de opinião e não estão realmente abertos a ouvir os outros. Eles ouvem a si próprios e acham que está bom. Eles não querem sequer ouvir os outros. Se uma ideia diferente da deles é apresentada, pouco importa quanto mais eles se colocam fora de sua área de conforto e são confrontados com opiniões distintas!

É um contrassenso social. Na teoria, todos dizem que gostam de pessoas que fazem o que dizem, dizem o que pensam, pensam no que sentem e sentem aquilo que dizem. Na prática, muitos não ouvem ninguém porque só interessa o que eles próprios pensam.

Está na hora da direita acordar deste pesadelo e sair da ilha. Voltarem a ouvir outros. A respeitar as ideias diferentes. A entender que somos bem insignificantes para o mundo continuar a girar, em face de sermos uma pessoa num planeta de oito bilhões.

 

 


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