Pré-candidatos da ultradireita
enfrentam falta de votos
Não existe espaço para uma terceira
via em Vitória da Conquista, que é o terceiro maior colégio eleitoral da Bahia,
com mais de 250 mil eleitores. Apesar de abrigar diferentes tendências
políticas, na prática a polarização entre o petismo e o antipetismo é evidente.
O ciclo de 20 anos do governo do PT foi interrompido em 2016, com a vitória de
Herzem Gusmão (MDB) sobre o candidato do PT, Zé Raimundo. A cidade também
presenciou o crescimento do bolsonarismo, que atraiu votos da direita
conservadora.
Atualmente,
Sheila Lemos (União Brasil) ocupa a prefeitura após a morte de Herzem Gusmão,
mas se distancia do eleitorado da direita ao apoiar ACM Neto, candidato de seu
partido ao governo do estado, e adota uma postura neutra na disputa
presidencial no primeiro turno , declarando apoio a Bolsonaro somente no
segundo. Essa decisão alimenta o desejo do PL, partido de Bolsonaro, de
construir uma candidatura própria, visando reivindicar a vice na chapa da
prefeita, embora a possibilidade de reaproximação não seja descartada.
Dentre as opções de terceira via,
destaca-se a vereadora Lúcia Rocha (MDB), que aparece como a alternativa mais
viável e lidera as pesquisas até o momento. O PT, por sua vez, defendeu o
legado de duas décadas de administração e tem como nome principal para a
sucessão municipal o deputado federal Waldenor Pereira, destacando-se como uma forte
liderança do partido na cidade.
No entanto, os pré-candidatos da
ultradireita, como Ivan Cordeiro (PL), Edílson Gusmão (PL) e Washington
Rodrigues (PL), não conta com uma estrutura partidária, nem possuem uma
densidade eleitoral. Eles buscam criar um fato político para reivindicar a vice
na chapa da prefeita, mas enfrentam dificuldades para se consolidarem como uma
opção viável. A atual gestão de Sheila Lemos, apesar de não se alinhar com uma visão
o Bolsonarista, precisa destes eleitorado de direita, o que fortalece o
interesse do PL e da ultradireita em reivindicar a vice.
Assim, a polarização entre PT e
antipetismo continua dominante em Vitória da Conquista, mas não significa que todo
anti petismo seja necessariamente Bolsonarista. O que temos de concreto é uma terceira
via representada por Lúcia Rocha (MDB) despontando como uma alternativa mais
realista. Já os pré-candidatos da ultradireita enfrentam desafios para obter
apoio e fortalecimento eleitoral, buscando criar um fato político para
reivindicar a vice na chapa da prefeita.