Lucia Rocha, o xeque mate de Zé Raimundo
Naquela
quinta-feira, dia 12 de março de 2020, escrevi um artigo com a esperança de que
as lideranças do partido me escutassem. Era um momento crucial para a nossa
agregação, e eu senti a necessidade de expressar minhas preocupações e apontar
os erros que estavam sendo cometidos.
Quando
ocorre uma derrota, é comum que busquemos culpados e apontemos os equívocos que
foram cometidos. Porém, muitas vezes negligenciamos as lideranças responsáveis por
conduzir o processo de forma adequada e tomar as decisões corretas. É crucial reconhecer que as
escolhas erradas podem levar ao fracasso e, consequentemente, à derrota.
Decidi
não reescrever o artigo, pois acredito que é importante preservar as palavras e
o contexto daquela época. Há três anos, expressei minhas opiniões e análises de
forma clara e direta, esperando que elas pudessem ter impacto e fossem levadas
em consideração.
Agora,
olhando para trás, é interessante perceber como algumas das questões que
naquele momento ainda eram relevantes. A política é dinâmica e está sempre
sujeita às mudanças, mas certos erros podem se repetir se não aprendermos com
eles.
Espero
que esse texto, escrito há três anos, possa servir como um motivador para as
lideranças do partido sobre a importância de refletir sobre suas ações,
aprender com os erros e buscar o aprimoramento constante. Acredito que, ao
fazermos isso, estaremos mais preparados para enfrentar os desafios futuros e
conduzidos o partido rumo ao sucesso e à representatividade que tanto almejamos.
Quando fiquei sabendo através da imprensa do convite que o Professor José Raimundo fez a Vereadora Lúcia Rocha, para compor com ele a majoritária da Frente Conquista Popular, como vice na chapa, entendi que estes anos no parlamento o tornou um político com a responsabilidade de gerir as coisas pública, de tomar decisões contrárias à sua própria vontade, como vimos na votação da reforma previdenciária. Com a maturidade política, vem também o pragmatismo é ele que imprime a : sustentabilidade, objetividade, realismo, praticidade e conciliação. Assim, acredito que o ex-prefeito conseguiu na sua carreira política, reunir todas estas qualidades.
Sim, podemos dizer que foi uma jogada ousada da parte do petista: menino que foi o seu mestre? Com certeza foram duas personagem: O conceito político de dividir para conquistar (ou dividir para reinar), foi utilizado pela primeira vez como estratégia, pelo Imperador romano César (divide et impera), ele consiste em ganhar o controle de um lugar através da fragmentação das oposições e impedindo os opositores de formarem uma concentração de poder. Sendo assim, o governante precisa evitar que os diferentes grupos e seguimentos da sociedade se entendam, pois uma união poderia causar uma oposição forte demais. O segundo foi Maquiavel, este cientista político cita uma estratégia militar parecida no livro IV de A Arte da Guerra (Dell'arte della guerra), dizendo que um capitão deve se esforçar ao máximo para dividir as forças do inimigo, seja fazendo-o desconfiar dos homens que confiava antes ou dando-lhe motivos para separar suas forças, enfraquecendo-as.
Quem conhece política, sabe que o fator Irma Lemos foi fundamental para a eleição de Herzem Gusmão e que foi a nossa incapacidade de neutralizar o adversário que fez com que através de uma vice, que até então formava a nossa base política, fosse o grande diferencial naquele pleito. Com trânsito no meio empresarial e uma carreira política com trabalho voltada as comunidades carente, terminou dando credibilidade a uma campanha desacreditado como era visto o candidato da oposição.
Poderíamos entender toda esta movimentação política como um grande jogo de xadrez, ( analogia ) poderíamos perceber que os políticos também têm as suas “pedras” (pessoas) para travarem as suas batalhas e manter intocável, de acordo com as regras ou as leis, as mesmas, para não deixar cair a peça principal. O rei ou o cabeça de chapa, é que não se mexe, a menos que seja necessário para sua defesa e dificultar os ataques.
Temos que enxergar todos os ângulos da questão, como neutralizar o adversário, densidade eleitoral e qual a importância do vice nesta eleição para recompor com os antigos aliados.
Depois do prefeito, o vice é a pessoa mais próxima do poder. E para isto precisamos compor não com pessoas, mas com partido e este tem que ter uma base que represente força política para governar e densidade eleitoral para ajudar na eleição.
Um candidato, se não tiver capacidade de ser conciliador e pragmático, combinação esta que todo político deveria ter, não chega a lugar nenhum. Esta é a grande combinação para manter a governabilidade, não é desenvolvimento econômico nem popularidade e sim uma adequação de interesses em prol da essência do projeto de governo e dos objetivos a serem alcançados.
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