quinta-feira, 15 de junho de 2023

ARTIGO - Papa Francisco tem alta. (Padre Carlos)


 

Roma, 15 de junho de 2023



       Após passar mais de uma semana hospitalizado devido a uma cirurgia abdominal, o Papa Francisco receberá alta na manhã de sexta-feira, 16 de junho, conforme anunciado pelo Vaticano nesta quinta-feira. A decisão foi tomada pela equipe médica, levando em consideração a evolução clínica "regular" do Sumo Pontífice de 86 anos.

            Desde sua internação na Policlínica Gemelli, em Roma, no dia 7 deste mês, os fiéis em todo o mundo têm acompanhado com apreensão o estado de saúde do líder da Igreja Católica. No entanto, as últimas informações divulgadas pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, trouxeram alívio e esperança aos milhões de seguidores do Papa Francisco.

                Ainda que os detalhes exatos sobre a cirurgia e a condição médica do Papa não tenham sido revelados, a declaração oficial garante que sua recuperação tem sido satisfatória. A recomendação da equipe médica para a alta hospitalar reflete a confiança no progresso positivo do tratamento e na capacidade do Papa de continuar sua missão à frente da Igreja.

       Durante sua internação, o Papa Francisco recebeu inúmeras manifestações de apoio e carinho de pessoas ao redor do mundo, bem como de líderes religiosos e políticos. Sua influência transcende fronteiras e crenças, tornando-o uma figura admirada tanto por católicos quanto por pessoas de outras denominações religiosas e até mesmo por aqueles que se consideram agnósticos ou ateus.

          A notícia de sua alta hospitalar certamente trará alegria e alívio a essas pessoas, que aguardam ansiosamente sua recuperação plena e seu retorno às atividades papais. Afinal, o Papa Francisco se destaca por sua postura progressista, empenhando-se em promover a inclusão, a paz e a justiça social em um mundo marcado por desafios e divisões.

                Desde o início de seu pontificado, em 2013, o Papa Francisco tem demonstrado uma preocupação genuína com as questões sociais e ambientais, buscando combater a pobreza, a desigualdade e o descaso em relação à proteção do meio ambiente. Sua mensagem de amor, compaixão e tolerância tem sido um farol para muitos, inspirando a esperança de um mundo melhor.

          Portanto, a notícia de sua alta hospitalar é motivo de celebração não apenas para os católicos, mas também para todos aqueles que acreditam na importância de líderes engajados na promoção do bem comum. O Papa Francisco tem sido uma voz importante em tempos de incerteza e divisões, defendendo a unidade e a solidariedade entre as nações e as pessoas.

          Enquanto o Sumo Pontífice se recupera, cabe a todos nós refletir sobre os valores que ele representa e como podemos contribuir para um mundo mais justo e compassivo. A mensagem de paz e fraternidade do Papa Francisco transcende as paredes do Vaticano, alcançando corações.




 


quarta-feira, 14 de junho de 2023

ARTIGO - Vereadora Lúcia Rocha desponta como possível alternativa além da polarização política em Vitória da Conquista. (Padre Carlos)

 


 

Pré-candidatos da ultradireita enfrentam falta de votos

 


           Não existe espaço para uma terceira via em Vitória da Conquista, que é o terceiro maior colégio eleitoral da Bahia, com mais de 250 mil eleitores. Apesar de abrigar diferentes tendências políticas, na prática a polarização entre o petismo e o antipetismo é evidente. O ciclo de 20 anos do governo do PT foi interrompido em 2016, com a vitória de Herzem Gusmão (MDB) sobre o candidato do PT, Zé Raimundo. A cidade também presenciou o crescimento do bolsonarismo, que atraiu votos da direita conservadora.

         Atualmente, Sheila Lemos (União Brasil) ocupa a prefeitura após a morte de Herzem Gusmão, mas se distancia do eleitorado da direita ao apoiar ACM Neto, candidato de seu partido ao governo do estado, e adota uma postura neutra na disputa presidencial no primeiro turno , declarando apoio a Bolsonaro somente no segundo. Essa decisão alimenta o desejo do PL, partido de Bolsonaro, de construir uma candidatura própria, visando reivindicar a vice na chapa da prefeita, embora a possibilidade de reaproximação não seja descartada.

          Dentre as opções de terceira via, destaca-se a vereadora Lúcia Rocha (MDB), que aparece como a alternativa mais viável e lidera as pesquisas até o momento. O PT, por sua vez, defendeu o legado de duas décadas de administração e tem como nome principal para a sucessão municipal o deputado federal Waldenor Pereira, destacando-se como uma forte liderança do partido na cidade.

          No entanto, os pré-candidatos da ultradireita, como Ivan Cordeiro (PL), Edílson Gusmão (PL) e Washington Rodrigues (PL), não conta com uma estrutura partidária, nem possuem uma densidade eleitoral. Eles buscam criar um fato político para reivindicar a vice na chapa da prefeita, mas enfrentam dificuldades para se consolidarem como uma opção viável. A atual gestão de Sheila Lemos, apesar de não se alinhar com uma visão o Bolsonarista, precisa destes eleitorado de direita, o que fortalece o interesse do PL e da ultradireita em reivindicar a vice.

          Assim, a polarização entre PT e antipetismo continua dominante em Vitória da Conquista, mas não significa que todo anti petismo seja necessariamente Bolsonarista. O que temos de concreto é uma terceira via representada por Lúcia Rocha (MDB) despontando como uma alternativa mais realista. Já os pré-candidatos da ultradireita enfrentam desafios para obter apoio e fortalecimento eleitoral, buscando criar um fato político para reivindicar a vice na chapa da prefeita.

 


ARTIGO - Como a Família Leão Sacrificou sua Estrutura de Poder. (Padre Carlos)

 


 

 

Fome de Leão: Decadência Política

 


          Ao longo dos anos, a família Leão tem sido uma figura proeminente no cenário político do nosso estado. Com um patriarca influente e bem-sucedido, a família acumulou poder e prestígio, estabelecendo-se como uma força a ser reconhecida. No entanto, recentemente, uma série de escolhas questionáveis e a fome insaciável de poder de um de seus membros levaram à diminuição do seu prestígio e à perda de uma parte significativa da estrutura de poder que haviam conquistado.

          Caca  Leão, sempre foi ambicioso. Ele  é conhecido por sua astúcia política e pela habilidade de influenciar seu pai, um empresário bem-sucedido, em suas decisões políticas. Envolvido em jogos de poder nos bastidores, Caca sempre buscou ampliar sua esfera de influência e expandir o domínio da família Leão. No entanto, em sua busca implacável por mais poder, ele negligenciou o discernimento político essencial necessário para manter uma base sólida e construir alianças duradouras.

          Um dos momentos críticos que marcaram a decadência política da família Leão foi a aposta equivocada na vitória de ACM Neto, sem considerar os aliados de longa data. Ao abandonar aqueles que haviam sido fundamentais para a ascensão da família, a estrutura de poder cuidadosamente construída começou a ruir. O resultado foi uma perda significativa de prestígio e influência, deixando a família em uma posição mais vulnerável do que nunca.

          Embora a família Leão ainda mantenha uma posição de destaque, especialmente através do mandato  parlamentar pelo patriarca como Deputado Federal, não se pode negar que a fome de poder desempenhou um papel fundamental em sua decadência política. A ânsia de João Leão por mais poder, combinada com a falta de discernimento político, levou a escolhas desastrosas que minaram a estrutura de poder e enfraqueceram a posição da família.

          A política não pode ser conduzida sem uma sólida retaguarda, e é exatamente isso que a família Leão negligenciou. A busca incessante por poder acabou por corroer a confiança de seus aliados e desencadear um declínio em sua influência política. O dinheiro e o sucesso empresarial não são suficientes para garantir a relevância política duradoura; é preciso ter sabedoria, discernimento e uma visão estratégica de longo prazo.

          A fome de Leão, que uma vez foi um componente motivador para a família, transformou-se em sua própria ruína. A ganância por mais poder obscureceu o julgamento e comprometeu a estabilidade política que haviam alcançado. Resta saber se a família Leão conseguirá se recuperar desse declínio ou se será relegada a um lugar secundário na história política da Bahia.

      Em um mundo político repleto de desafios e decisões cruciais, a família Leão serve como um lembrete importante de que a busca desenfreada por poder nem sempre resulta em sucesso duradouro. O discernimento político, a lealdade aos aliados é fundamental para se chegar ao sucesso.


terça-feira, 13 de junho de 2023

ARTIGO - Jefferson: O declínio de uma figura política controversa. (Padre Carlos)

 



Em busca de privilégio na prisão ou tratamento justo?

 


Como articulista, é importante expor minha opinião sobre o caso do ex-deputado Roberto Jefferson, que recentemente foi preso por decisão judicial. Muitas pessoas têm se manifestado nas redes sociais e na imprensa, questionando se ele corre risco de vida na cadeia e se deve receber tratamento diferenciado por ter sido uma figura pública de destaque.

Antes de qualquer coisa, é importante lembrar que todos os cidadãos são iguais perante a lei, e isso inclui os que estão presos. Não há nenhuma justificativa para criar privilégios nas carceragens, seja para políticos poderosos ou para criminosos comuns. O sistema prisional deve garantir a segurança e a integridade física de todos os detentos, sem exceção.

 No caso específico de Roberto Jefferson, é importante destacar que ele está sendo tratado de acordo com a lei e recebendo todo atendimento necessário na prisão. Não há motivo para acreditar que ele corre risco de vida ou que esteja sofrendo algum tipo de privação de direitos. O juiz responsável pela decisão de prendê-lo agiu de acordo com a legislação e não há nenhum indício de que tenha havido qualquer abuso de poder.

Por outro lado, é compreensível que muitas pessoas estejam indignadas com a situação atual do país, que vive uma crise política e institucional sem precedentes. Muitos cidadãos veem na figura de Roberto Jefferson um símbolo da luta contra a corrupção e a impunidade, e acreditam que ele está sendo perseguido por suas ideias políticas. No entanto, é importante separar a emoção da razão e analisar os fatos de forma objetiva.

Em resumo, não devemos criar privilégios nas carceragens nem permitir que nenhum preso seja tratado de forma diferenciada por motivos políticos ou ideológicos. Todos os detentos devem receber tratamento igualitário e de acordo com a legislação vigente. A justiça deve ser aplicada de forma imparcial e sem nenhum tipo de discriminação.


ARTIGO - A IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DO VICE NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE VITÓRIA DA CONQUISTA. (Padre Carlos)

 


Viice ideal ou vice necessário?

 


 

As eleições municipais são eventos importantes para a vida das cidades e de seus habitantes. É por meio do voto que os eleitores escolhem seus representantes e ajudam a definir os rumos do município pelos próximos anos. Nesse contexto, a escolha do vice pode ser o diferencial entre a vitória e a derrota nas eleições. Em Vitória da Conquista, cidade baiana com cerca de 300 mil habitantes, a escolha do vice pode ser crucial na disputa eleitoral de 2024, que se apresenta polarizada entre a atual prefeita Sheila Lemos (UNIÃO) e o deputado federal Waldenor Pereira (PT), que  oficializou sua pré candidatura neste domingo.

  A escolha do vice em uma chapa eleitoral pode ajudar a equilibrar a chapa, representar diferentes segmentos da sociedade e ampliar o diálogo com os eleitores. Além disso, o perfil político e social do vice pode ser um fator determinante para a escolha dos eleitores. Um vice que represente bem a diversidade da cidade e tenha uma boa reputação pode ajudar a atrair mais votos para a chapa. Um exemplo concreto de como a escolha do vice pode influenciar na decisão dos eleitores foi a eleição presidencial de 2022, onde o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo e ex-membro do PSDB.  Alckmin se filiou ao PSB em março de 2022. A escolha de Alckmin, que tinha uma boa penetração na direita e uma formação acadêmica sólida, ajudou a atrair eleitores indecisos e a consolidar a imagem de Lula como um candidato com boas opções de governo.

Outro exemplo de como a escolha do vice pode ser fundamental em uma eleição municipal foi a eleição de 2016 em Vitória da Conquista, onde a escolha do vice foi crucial para a vitória da chapa de Herzem Gusmão (PMDB), que venceu a disputa com uma diferença de apenas 2.500 votos. O vice escolhido por Gusmão foi a empresária Irma Lemos, que representou bem o setor empresarial da cidade e ajudou a equilibrar a chapa. Para escolher o vice ideal para a chapa eleitoral em Vitória da Conquista, é importante levar em conta sua representatividade, capacidade administrativa e boa reputação junto à população. Além disso, é importante evitar erros como falta de representatividade e falta de capacidade administrativa.

Em um contexto político polarizado como o de Vitória da Conquista, a escolha do vice pode ser determinante para a escolha dos eleitores e para o futuro do município. Por isso, é importante que os candidatos à prefeitura levem em conta a importância da escolha do vice e façam uma escolha acertada para a chapa eleitoral. Em suma, a escolha do vice nas eleições municipais de Vitória da Conquista pode ser o diferencial entre a vitória e a derrota nas eleições. A escolha do vice ideal, que represente bem os diferentes segmentos da sociedade, tenha capacidade administrativa e boa reputação junto à população, pode ajudar a atrair mais votos para a chapa e definir os rumos do município pelos próximos anos.




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segunda-feira, 12 de junho de 2023

ARTIGO - Lucia Rocha, o xeque mate de Zé Raimundo (Padre Carlos)




Lucia Rocha, o xeque mate de Zé Raimundo 


Naquela quinta-feira, dia 12 de março de 2020, escrevi um artigo com a esperança de que as lideranças do partido me escutassem. Era um momento crucial para a nossa agregação, e eu senti a necessidade de expressar minhas preocupações e apontar os erros que estavam sendo cometidos.

Quando ocorre uma derrota, é comum que busquemos culpados e apontemos os equívocos que foram cometidos. Porém, muitas vezes negligenciamos as lideranças responsáveis ​​por conduzir o processo de forma adequada e tomar as decisões corretas. É crucial reconhecer que as escolhas erradas podem levar ao fracasso e, consequentemente, à derrota.

Decidi não reescrever o artigo, pois acredito que é importante preservar as palavras e o contexto daquela época. Há três anos, expressei minhas opiniões e análises de forma clara e direta, esperando que elas pudessem ter impacto e fossem levadas em consideração.

Agora, olhando para trás, é interessante perceber como algumas das questões que naquele momento ainda eram relevantes. A política é dinâmica e está sempre sujeita às mudanças, mas certos erros podem se repetir se não aprendermos com eles.

Espero que esse texto, escrito há três anos, possa servir como um motivador para as lideranças do partido sobre a importância de refletir sobre suas ações, aprender com os erros e buscar o aprimoramento constante. Acredito que, ao fazermos isso, estaremos mais preparados para enfrentar os desafios futuros e conduzidos o partido rumo ao sucesso e à representatividade que tanto almejamos.

 




Quando fiquei sabendo através da imprensa do convite que o Professor José Raimundo fez a Vereadora Lúcia Rocha, para compor com ele a  majoritária da Frente Conquista Popular, como vice na chapa, entendi que estes anos no parlamento o tornou um político com a responsabilidade de gerir as coisas pública, de tomar decisões contrárias à sua  própria vontade, como vimos na votação da reforma previdenciária. Com a maturidade política, vem também o   pragmatismo é  ele que imprime a : sustentabilidade, objetividade, realismo, praticidade e conciliação. Assim, acredito que o ex-prefeito conseguiu na sua carreira política, reunir todas estas qualidades. 
Sim, podemos dizer que foi uma jogada ousada da parte do petista: menino que foi o seu mestre? Com certeza foram duas personagem:  O conceito político de dividir para conquistar (ou dividir para reinar),  foi utilizado pela primeira vez como estratégia, pelo Imperador romano César (divide et impera), ele  consiste em ganhar o controle de um lugar através da fragmentação das oposições e impedindo os opositores de formarem uma  concentração de poder. Sendo assim, o governante precisa evitar que os diferentes grupos e seguimentos da sociedade se entendam, pois uma união poderia causar uma oposição forte demais. O segundo foi  Maquiavel,  este cientista político cita uma estratégia militar parecida no livro IV de A Arte da Guerra (Dell'arte della guerra), dizendo que um capitão deve se esforçar ao máximo para dividir as forças do inimigo, seja fazendo-o desconfiar dos homens que confiava antes ou dando-lhe motivos para separar suas forças, enfraquecendo-as. 
Quem conhece política, sabe que o fator Irma Lemos foi fundamental para a eleição de Herzem Gusmão e que foi a nossa incapacidade de neutralizar o adversário que fez com que através de uma vice, que até então formava a nossa base política, fosse o grande diferencial naquele pleito.  Com trânsito no meio empresarial e uma carreira política com trabalho voltada as comunidades carente, terminou dando credibilidade a uma campanha desacreditado como era visto o candidato da oposição. 
Poderíamos entender toda esta movimentação política  como um grande  jogo de xadrez, ( analogia ) poderíamos perceber que os políticos também têm as suas “pedras” (pessoas) para travarem as suas batalhas e manter intocável, de acordo com as regras ou as leis, as mesmas, para não deixar cair a peça principal. O rei ou o cabeça de chapa, é que não se mexe, a menos que seja necessário para sua defesa e dificultar os ataques. 
Temos que enxergar todos os ângulos da questão, como neutralizar o adversário, densidade eleitoral e qual a importância do vice nesta eleição para recompor com os antigos aliados.  
  Depois do prefeito, o vice é a pessoa mais próxima do poder. E para isto precisamos compor não com pessoas, mas com partido e este tem que ter uma base que represente força política para governar e densidade eleitoral para ajudar na eleição.  
Um candidato, se não tiver capacidade de ser conciliador e pragmático, combinação esta que todo político deveria ter, não chega a lugar nenhum. Esta é a grande combinação para manter a governabilidade, não é desenvolvimento econômico nem popularidade e sim uma adequação de interesses em prol da essência do projeto de governo e dos objetivos a serem alcançados. 

Padre Carlos 

ARTIGO - Astúcia ou sabedoria do eleitor conquistense? (Padre Carlos)

 


A polarização é melhor do que a unanimidade.




 

A polarização que se anuncia para a eleição em nossa cidade se reflete em decorrência da política nacional bem como para definir os projetos de governo e de desenvolvimento que queremos para o nosso município. O eleitorado de Vitória da Conquista entendeu que a polarização é melhor do que a unanimidade. O eleitor conquistense vê como positivo ter dois grupos políticos disputando a liderança dos poderes executivo e legislativo da municipalidade. Se só um tiver a hegemonia política como aconteceu durante os vinte anos que o PT governou, termina levando a sensação de que nada precisa fazer para ter a necessária legitimidade que torna a governabilidade factível. 

 

Os personagens desta grande disputa estão sendo obrigados a entender que precisam “mostrar serviço” sob pena de perderem apoios e não conseguirem formar uma frente que possa legitimar seus respectivos nomes. A população constatou que quanto mais dividida mais eles terão que trabalhar em prol da comunidade. Sabendo destas exigências, o prefeito buscou através da Câmara contrair um vultuoso empréstimo junto as instituições financeiras, para cumprir uma agenda e fazer frente ao apoio que o governador dará ao candidato da oposição. Este eleitor, entendeu que ter os governos do estado e da cidade disputando, sua preferência é algo que só a beneficia. 

Essa maturidade eleitoral do conquistense, já tinha sido constatada durante o Regime Militar, onde nosso município sempre se apresentou como uma trincheira da democracia. Esta ação não nega, pelo contrário, só confirma o comportamento apaixonado da população conquistense nos períodos eleitorais. Claro, como afirmamos, ele é bem mais consequência da cultura política local do que algo demandado pelos atores e partidos políticos que se apresentam neste pleito.  

Esta análise não deve ser transposta para outros processos eleitorais em outras cidades brasileiras. Eleições locais têm características e variáveis próprias que devem ser respeitadas. Vitória da Conquista se apresenta dividida e nesta divisão existe um elemento que poucos analistas podem entender; me refiro a astucia e sabedoria dos seus habitantes. 

 

 

O eleitor conquistense oferece aos atores políticos envolvidos na disputa uma sábia lição – a unanimidade pode até ser mais cômoda aos grupos políticos, mas não satisfaz aos interesses e necessidades de grande parte da população. 



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ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...