sábado, 17 de junho de 2023

ARTIGO - Pastor incita evangélicos a pedirem a Deus que arrebente a mandíbula de Lula. (PadreCarlos)

 

O apelo do “Pastor”





O papel do líder religioso é fundamental para a formação de valores éticos e morais na sociedade. Infelizmente, nem sempre esses líderes agem de forma condizente com os princípios que pregam. Um exemplo disso é o caso do pastor Anderson Silva, líder da Igreja Vivo Por Ti, de Brasília, que fez um apelo chocante em um podcast divulgado no Youtube.

No podcast em questão, o pastor incitou os evangélicos a pedirem a Deus que arrebente a mandíbula do ex-presidente Lula. Tal declaração é inaceitável e fere profundamente os valores de amor e respeito ao próximo pregados pela religião cristã.

É preciso lembrar que a liberdade de expressão não é absoluto e deve estar sempre pautada no respeito aos direitos humanos e à dignidade das pessoas. O pastor Anderson Silva, ao fazer um apelo tão violento, desrespeitou esses princípios fundamentais.

A religião tem um papel importante na formação da sociedade e deve ser utilizada para promover a paz, a tolerância e o amor ao próximo. O discurso de ódio, como o proferido pelo pastor Anderson Silva, só gera divisão e violência, e não contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Por isso, é fundamental que as lideranças religiosas sejam responsáveis em suas falas e ações, sempre pautadas nos valores cristãos de amor e respeito ao próximo. Incitar a violência e o ódio não é uma atitude condizente com a mensagem de Jesus Cristo, que pregou a paz e o amor entre os homens.

Em suma, é preciso repudiar veementemente o discurso de ódio proferido pelo pastor Anderson Silva e lembrar que a religião não deve ser utilizada como instrumento de violência e intolerância. É preciso promover a união e o amor entre as pessoas, independentemente de suas crenças políticas ou religiosas.

 

sexta-feira, 16 de junho de 2023

 


ARTIGO - Comemorando 100 mil acessos em nosso blog. (Padre Carlos)



A espora do conhecimento




     Caro(a) leitor(a), hoje estamos em festa! É com grande alegria que anunciamos que nosso blog ultrapassou a marca dos 100 mil acessos. Essa conquista é motivo de celebração, pois representa não apenas um número expressivo, mas também o reconhecimento do trabalho árduo e dedicado de todos os envolvidos.

     Nosso blog nasceu há quatro anos, com o objetivo de divulgar e debater as questões da filosofia política, uma área de estudo que se dedica a questionar, problematizar e tentar entender as diversas questões políticas que permeiam o convívio social. Acreditamos que a filosofia política é uma ferramenta essencial para compreender e transformar a realidade em que vivemos, pois ela nos ajuda a pensar criticamente sobre conceitos como Estado, governo, justiça, liberdade, democracia, direitos humanos e cidadania.

     Os artigos que publicamos são fruto de quarenta e cinco anos de militância política e social, bem como de pesquisa acadêmica e leitura constante dos grandes pensadores da filosofia política, desde os clássicos como Platão, Aristóteles, Maquiavel e Rousseau, até os contemporâneos como Marx, Foucault, Habermas e Derrida. Todos eles nos inspiram e nos desafiam a pensar por nós mesmos e a buscar novas formas de entender e atuar no mundo.

       Escrever não é fácil, isso todo mundo já está cansado de saber, principalmente quando nos propomos a certos assuntos como: filosofia, teologia, antropologia e história; buscando assim com este trabalho uma abordagem conjuntural. Mesmo sabendo de todas estas dificuldades, não desistimos nem nos intimidamos de colocar no papel nossos sentimentos e as felicidades e dores de todos aqueles que estão precisando de alguém que possa traduzir.

     Assim, aprendemos que as dificuldades de escrever e entender o inconsciente de um povo fazem parte dessas pessoas que se propõem a mergulhar cada vez mais neste mundo das ideias e só assim poderão se sentir um verdadeiro artesão das palavras e conseguir de forma precisa interpretar as alegrias e tristezas de um povo marcado pelo sofrimento e esquecido pelos poderes públicos e pelo estado brasileiro.

     Assim, acreditamos ter deixado claro o nosso objetivo. Sabemos que escrevendo sobre a conjuntura política e levantando as questões filosóficas que estejam relacionadas com o nosso dia-a-dia, podemos quem sabe envolver esta juventude dentro deste contexto político e filosófico da melhor forma possível. Desta forma, procuramos apresentar às pessoas que não conhecem o submundo da militância e desconhecem a linguagem aplicada e a escrita engajada vivenciando este universo.

         A ideia de uma espora surgiu das leituras de Aristóteles, ele nos lembra do conceito de animal político e nos remete ao estímulo que faz o animal sair de sua inércia. Ah! Se nós pudéssemos de alguma forma no campo das ideias esporar, estimular, avivar, espicaçar, incitar encorajar e desta forma encorajar a todos que queiram nos honrar com suas atentas leituras, temos certeza que seríamos a espora do conhecimento.

       O que nós desejamos mesmo é provocar reações no leitor capaz de sair da inércia política e se envolver com a luta por um mundo melhor. Só poderíamos assim entender o que queria dizer aquele antigo compositor cearense, que um pouco nos deixou: “Não me peça que eu lhe faça / Uma canção como se deve / Correta, branca, suave / Muito limpa, muito leve / Sons, palavras, são navalhas / E eu não posso cantar como convém / Sem querer ferir ninguém” (Belchior).

     Por isso, queremos agradecer a você, leitor(a), que nos acompanha e nos incentiva com seus comentários, críticas e sugestões. Você é a razão de ser do nosso blog e o motivo de nossa satisfação. Esperamos continuar contando com sua presença e sua participação em nosso espaço de reflexão e diálogo. Juntos, podemos fazer a diferença e contribuir para uma sociedade mais justa, democrática e solidária.

Um forte abraço,

Equipe do blog 

ARTIGO - Lúcia Rocha pode representar um fator de equilíbrio ou de desequilíbrio nas eleições municipais de 2024. (Padre Carlos)

 

Os votos de Lúcia Rocha podem ser decisivos para definir as eleições do ano que vem.

 

 


 

Hoje me lembrei de Pirro, um general grego, que disse ao ganhar a Batalha do Ásculo (279 a.C.) que outra vitória daquela e ele estaria perdido. Referia-se ao alto número de soldados mortos e de não ter mais onde recrutá-los. Este fato histórico me lembrou de Lula e do PT, nesta ultima eleição. Apesar de ter derrotado Bolsonaro por uma margem muito pequena, podemos dizer que este mérito não é apenas do Partido dos Trabalhadores e da esquerda brasileira, estes agrupamentos tem o dever de dividir esta façanha com o centro e a direita democrática. Foi necessária uma frente democrática para derrotar a ultradireita nestas eleições.

Mas, como o que “importa mesmo é não ser derrotado”, que os vencedores comemorem: às suas conquistas mesmo que elas pareçam frágeis, coloca os agentes do campo progressistas como protagonista do processo político. Aquele “antigo compositor baiano” segue tendo razão, pois “é preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte”.

Confesso que minhas preocupação em relação ao processo eleitoral em Vitória da Conquista se deva por entender que é semelhante o processo e se não temos Lula no Planalto de Conquista, precisamos discernir e buscar as alianças necessárias para ganhar as eleições.

Quem conhece nossas elites e as  nossas culturas política sabe que ela não é nada democrática e neste  período costuma vir à tona todos os medos e preconceito das elites locais. Então, farei breve avaliação das forças em disputas e tratarei de perspectivas futuras. Peço-lhe apenas, caro leitor, que não desconsidere que a análise é de momento, pois a política eleitoral é semelhante  as nuvens, dança ao sabor do vento.

Segundo os resultados do primeiro turno das eleições presidenciais de 2022 a cidade deu uma ampla vantagem para Lula (PT), que obteve 55,40% dos votos válidos, contra 36,55% de Jair Bolsonaro (PL). Para o cargo de governador da BA, ACM Neto (UNIÃO) liderou com 46,89% dos votos válidos, seguido por Jerônimo (PT), com 37,95%, No segundo turno, Lula ampliou sua vantagem para 58,31%, enquanto ACM Neto também se manteve na frente com 59,05%.

Diante desse cenário, pode-se dizer que Vitória da Conquista não tem espaço para uma terceira via na disputa presidencial ou estadual, pois os eleitores já demonstraram uma preferência clara pelos candidatos do PT e do UNIÃO. No entanto, isso não significa que os votos de Lúcia Rocra, caso confirme sua candidatura a prefeita da cidade, serão irrelevantes. Pelo contrário, eles podem ser decisivos para definir as eleições do ano que vem. Isso porque existe um eleitorado que se comporta de forma flutuante e que segue algumas lideranças na cidade. Esses eleitores podem ser influenciados por Lúcia Rocra,(MDB) que tem uma trajetória política solida e tem densidade eleitoral.  Além disso, ela pode atrair os votos dos eleitores insatisfeitos com a gestão municipal ou com os candidatos do PT e do UNIÃO.

Portanto, a candidatura de Lúcia Rocra pode representar um fator de equilíbrio ou de desequilíbrio nas eleições municipais de 2024. Ela pode tanto ajudar a consolidar a vitória de um dos candidatos majoritários, quanto provocar uma surpresa e levar a disputa para o segundo turno. Tudo vai depender da capacidade dela de dialogar com os diferentes segmentos da sociedade conquistense e de apresentar propostas que atendam às demandas da população.

 


ARTIGO - A Arte de Compartilhar a Humanidade através da Escrita. (Padre Carlos)

 


A escrita como conexão



    Em um mundo onde as memórias são digitais, as mensagens são instantâneas e as redes sociais são onipresentes, a escrita ganhou um novo sentido para mim. Escrever virou uma forma de preservar as recordações, de registrar os momentos efêmeros e de dividir as emoções com os meus amigos, parentes e leitores. Nessa teia de palavras e sentimentos, eu descobri que a escrita não é só uma atividade solitária, mas também uma forma de me conectar com os outros. 

     Eu confesso a vocês que tinha pavor de escrever. Por isso, quando decidi pegar a caneta e o papel, não foi para me exibir ou mostrar minhas habilidades literárias, mas para encontrar uma forma de documentar minha existência, de dizer o que estava sentindo.               Assim, escrever virou uma forma de me revelar, de abrir as portas do meu coração e deixar que as palavras fluíssem livremente. Como eu poderia falar da Pituba ou dos amigos da infância de outra forma? Mesmo quando as palavras ficavam confusas, desajeitadas, eu tentava escrever sobre a minha juventude, sobre os amigos do Nordeste de Amaralina, sobre o PCdoB e o PT. Não me importava se minha escrita era perfeita, pois ela não tinha essa pretensão. Era só uma forma de expressão, um canal para transmitir o que senti e vivi nesses anos de chumbo. 

     Eu me fortaleci ao descobrir que a linguagem podia ser para mim uma arma ou uma ferramenta poderosa. É por meio dela que eu tento dar sentido ao amor, à saudade, à alegria e à dor do menino Bel. Não existem palavras que possam abrir essas emoções completamente complexas, mas a escrita me permitiu criar uma ponte, uma conexão com o Mosteiro de São Bento e com o Mosteiro de Taizé, com a filosofia e a teologia. Mesmo que eu esteja separado por distâncias físicas ou emocionais, as palavras escritas têm o poder de me aproximar de Santo Antônio ou de Salvador. Como diz o poeta: com um risco no papel, viajo de um lado para o outro. 

       Por meio da escrita, eu posso compartilhar minha trajetória, minhas experiências e minhas reflexões com o mundo. Eu posso capturar momentos como o teológico em Belo Horizonte, preservá-los em letras e permitir que outros os vivenciem também. A escrita transcende o tempo e o espaço, permitindo que as histórias sejam contadas e que as conexões sejam sustentáveis mesmo quando os protagonistas estão distantes. 

        Escrever é um ato de coragem. É mergulhar fundo nos nossos pensamentos e emoções, revelando partes de nós mesmos que talvez nunca tivéssemos coragem de revelar se não fosse dessa forma. É também um ato de vulnerabilidade, pois ao expor minhas palavras pelo mundo, estou sujeito a críticas e incompreensões. Mas mesmo assim, a escrita vale a pena. Ela me dá a oportunidade de poder me conectar com pessoas que talvez nunca tivesse oportunidade de conhecer ou de encontrar conforto em histórias que ecoam dentro de nós e de deixar uma marca duradoura em um mundo efêmero. 

     Eu escrevi para não esquecer, para não perder o fio da memória. Eu escrevi para não deixar que o tempo apagasse as marcas. Eu escrevi para me conectar com outros corações, para trazer proximidade à distância. E, acima de tudo, eu escrevi porque descobri que as palavras têm o poder de transformar, curar e inspirar. E assim, na medida em que minhas palavras encontram os olhos e corações dos outros, percebo que a escrita é muito mais do que uma simples forma de comunicação. É uma forma de compartilhar a minha humanidade.

quinta-feira, 15 de junho de 2023

ARTIGO - Papa Francisco tem alta. (Padre Carlos)


 

Roma, 15 de junho de 2023



       Após passar mais de uma semana hospitalizado devido a uma cirurgia abdominal, o Papa Francisco receberá alta na manhã de sexta-feira, 16 de junho, conforme anunciado pelo Vaticano nesta quinta-feira. A decisão foi tomada pela equipe médica, levando em consideração a evolução clínica "regular" do Sumo Pontífice de 86 anos.

            Desde sua internação na Policlínica Gemelli, em Roma, no dia 7 deste mês, os fiéis em todo o mundo têm acompanhado com apreensão o estado de saúde do líder da Igreja Católica. No entanto, as últimas informações divulgadas pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, trouxeram alívio e esperança aos milhões de seguidores do Papa Francisco.

                Ainda que os detalhes exatos sobre a cirurgia e a condição médica do Papa não tenham sido revelados, a declaração oficial garante que sua recuperação tem sido satisfatória. A recomendação da equipe médica para a alta hospitalar reflete a confiança no progresso positivo do tratamento e na capacidade do Papa de continuar sua missão à frente da Igreja.

       Durante sua internação, o Papa Francisco recebeu inúmeras manifestações de apoio e carinho de pessoas ao redor do mundo, bem como de líderes religiosos e políticos. Sua influência transcende fronteiras e crenças, tornando-o uma figura admirada tanto por católicos quanto por pessoas de outras denominações religiosas e até mesmo por aqueles que se consideram agnósticos ou ateus.

          A notícia de sua alta hospitalar certamente trará alegria e alívio a essas pessoas, que aguardam ansiosamente sua recuperação plena e seu retorno às atividades papais. Afinal, o Papa Francisco se destaca por sua postura progressista, empenhando-se em promover a inclusão, a paz e a justiça social em um mundo marcado por desafios e divisões.

                Desde o início de seu pontificado, em 2013, o Papa Francisco tem demonstrado uma preocupação genuína com as questões sociais e ambientais, buscando combater a pobreza, a desigualdade e o descaso em relação à proteção do meio ambiente. Sua mensagem de amor, compaixão e tolerância tem sido um farol para muitos, inspirando a esperança de um mundo melhor.

          Portanto, a notícia de sua alta hospitalar é motivo de celebração não apenas para os católicos, mas também para todos aqueles que acreditam na importância de líderes engajados na promoção do bem comum. O Papa Francisco tem sido uma voz importante em tempos de incerteza e divisões, defendendo a unidade e a solidariedade entre as nações e as pessoas.

          Enquanto o Sumo Pontífice se recupera, cabe a todos nós refletir sobre os valores que ele representa e como podemos contribuir para um mundo mais justo e compassivo. A mensagem de paz e fraternidade do Papa Francisco transcende as paredes do Vaticano, alcançando corações.




 


quarta-feira, 14 de junho de 2023

ARTIGO - Vereadora Lúcia Rocha desponta como possível alternativa além da polarização política em Vitória da Conquista. (Padre Carlos)

 


 

Pré-candidatos da ultradireita enfrentam falta de votos

 


           Não existe espaço para uma terceira via em Vitória da Conquista, que é o terceiro maior colégio eleitoral da Bahia, com mais de 250 mil eleitores. Apesar de abrigar diferentes tendências políticas, na prática a polarização entre o petismo e o antipetismo é evidente. O ciclo de 20 anos do governo do PT foi interrompido em 2016, com a vitória de Herzem Gusmão (MDB) sobre o candidato do PT, Zé Raimundo. A cidade também presenciou o crescimento do bolsonarismo, que atraiu votos da direita conservadora.

         Atualmente, Sheila Lemos (União Brasil) ocupa a prefeitura após a morte de Herzem Gusmão, mas se distancia do eleitorado da direita ao apoiar ACM Neto, candidato de seu partido ao governo do estado, e adota uma postura neutra na disputa presidencial no primeiro turno , declarando apoio a Bolsonaro somente no segundo. Essa decisão alimenta o desejo do PL, partido de Bolsonaro, de construir uma candidatura própria, visando reivindicar a vice na chapa da prefeita, embora a possibilidade de reaproximação não seja descartada.

          Dentre as opções de terceira via, destaca-se a vereadora Lúcia Rocha (MDB), que aparece como a alternativa mais viável e lidera as pesquisas até o momento. O PT, por sua vez, defendeu o legado de duas décadas de administração e tem como nome principal para a sucessão municipal o deputado federal Waldenor Pereira, destacando-se como uma forte liderança do partido na cidade.

          No entanto, os pré-candidatos da ultradireita, como Ivan Cordeiro (PL), Edílson Gusmão (PL) e Washington Rodrigues (PL), não conta com uma estrutura partidária, nem possuem uma densidade eleitoral. Eles buscam criar um fato político para reivindicar a vice na chapa da prefeita, mas enfrentam dificuldades para se consolidarem como uma opção viável. A atual gestão de Sheila Lemos, apesar de não se alinhar com uma visão o Bolsonarista, precisa destes eleitorado de direita, o que fortalece o interesse do PL e da ultradireita em reivindicar a vice.

          Assim, a polarização entre PT e antipetismo continua dominante em Vitória da Conquista, mas não significa que todo anti petismo seja necessariamente Bolsonarista. O que temos de concreto é uma terceira via representada por Lúcia Rocha (MDB) despontando como uma alternativa mais realista. Já os pré-candidatos da ultradireita enfrentam desafios para obter apoio e fortalecimento eleitoral, buscando criar um fato político para reivindicar a vice na chapa da prefeita.

 


ARTIGO - Como a Família Leão Sacrificou sua Estrutura de Poder. (Padre Carlos)

 


 

 

Fome de Leão: Decadência Política

 


          Ao longo dos anos, a família Leão tem sido uma figura proeminente no cenário político do nosso estado. Com um patriarca influente e bem-sucedido, a família acumulou poder e prestígio, estabelecendo-se como uma força a ser reconhecida. No entanto, recentemente, uma série de escolhas questionáveis e a fome insaciável de poder de um de seus membros levaram à diminuição do seu prestígio e à perda de uma parte significativa da estrutura de poder que haviam conquistado.

          Caca  Leão, sempre foi ambicioso. Ele  é conhecido por sua astúcia política e pela habilidade de influenciar seu pai, um empresário bem-sucedido, em suas decisões políticas. Envolvido em jogos de poder nos bastidores, Caca sempre buscou ampliar sua esfera de influência e expandir o domínio da família Leão. No entanto, em sua busca implacável por mais poder, ele negligenciou o discernimento político essencial necessário para manter uma base sólida e construir alianças duradouras.

          Um dos momentos críticos que marcaram a decadência política da família Leão foi a aposta equivocada na vitória de ACM Neto, sem considerar os aliados de longa data. Ao abandonar aqueles que haviam sido fundamentais para a ascensão da família, a estrutura de poder cuidadosamente construída começou a ruir. O resultado foi uma perda significativa de prestígio e influência, deixando a família em uma posição mais vulnerável do que nunca.

          Embora a família Leão ainda mantenha uma posição de destaque, especialmente através do mandato  parlamentar pelo patriarca como Deputado Federal, não se pode negar que a fome de poder desempenhou um papel fundamental em sua decadência política. A ânsia de João Leão por mais poder, combinada com a falta de discernimento político, levou a escolhas desastrosas que minaram a estrutura de poder e enfraqueceram a posição da família.

          A política não pode ser conduzida sem uma sólida retaguarda, e é exatamente isso que a família Leão negligenciou. A busca incessante por poder acabou por corroer a confiança de seus aliados e desencadear um declínio em sua influência política. O dinheiro e o sucesso empresarial não são suficientes para garantir a relevância política duradoura; é preciso ter sabedoria, discernimento e uma visão estratégica de longo prazo.

          A fome de Leão, que uma vez foi um componente motivador para a família, transformou-se em sua própria ruína. A ganância por mais poder obscureceu o julgamento e comprometeu a estabilidade política que haviam alcançado. Resta saber se a família Leão conseguirá se recuperar desse declínio ou se será relegada a um lugar secundário na história política da Bahia.

      Em um mundo político repleto de desafios e decisões cruciais, a família Leão serve como um lembrete importante de que a busca desenfreada por poder nem sempre resulta em sucesso duradouro. O discernimento político, a lealdade aos aliados é fundamental para se chegar ao sucesso.


ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...