segunda-feira, 17 de julho de 2023

ARTIGO - Presunção de inocência e a importância de um julgamento justo. (Padre Carlos)

 


Que a justiça prevaleça!

 


 Nos últimos tempos, o vereador Francisco Estrela Dantas Filho, conhecido como Chico Estrela, tem enfrentado um momento delicado em sua carreira política. O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu uma denúncia contra ele por prática de crimes eleitorais específicos. No entanto, é essencial lembrar que todos têm direito à presunção de inocência até que a culpa seja provada legalmente.

 O princípio da presunção de inocência é um dos pilares fundamentais do sistema jurídico democrático. Ele assegura que qualquer pessoa acusada de um crime seja considerada inocente até que sua culpa seja comprovada além de qualquer dúvida razoável. Nesse contexto, é importante lembrar que Chico Estrela tem o direito de se defender perante a justiça e apresentar suas alegações.

A demora no desenrolar do processo legal pode ser frustrante para alguns, mas é um aspecto necessário para garantir um julgamento justo e imparcial. O sistema judicial precisa analisar todas as evidências, ouvir as partes envolvidas e seguir os trâmites legais para assegurar a justiça. Portanto, é fundamental permitir que o processo siga seu curso adequado, sem pressões externas ou julgamentos precipitados.

Chico Estrela é conhecido por ser um vereador atuante e defensor dos interesses de sua região. Essa reputação positiva pode influenciar a percepção das pessoas em relação à denúncia que enfrenta. No entanto, é importante separar a imagem pública de uma pessoa das acusações feitas contra ela. A justiça deve ser imparcial e basear-se em fatos, não em opiniões ou reputações.

 Em um momento como esse, é natural termos opiniões positivas sobre alguém que consideramos um indivíduo excelente e honrado, especialmente quando essa pessoa está ativamente envolvida na representação dos interesses de sua comunidade. No entanto, devemos lembrar que a justiça é um processo que requer tempo e análise cuidadosa das evidências apresentadas.

É importante respeitar o princípio da presunção de inocência e permitir que o vereador Chico Estrela exerça seu direito de se defender perante a justiça. Somente após um julgamento justo e imparcial, com a comprovação de sua culpa, ele poderá ser submetido às consequências legais correspondentes. Que a justiça prevaleça, assegurando a integridade do sistema jurídico e protegendo os direitos de todos os envolvidos.

 


ARTIGO - Bolsonaro para os pobres, Paulo Freire para os ricos. (Padre Carlos)

 


 Educação para manter a desigualdade

Hoje, recebi de um amigo uma matéria do Le Monde Diplomatique que desmistifica a ideia de que as Escolas Cívico-Militar são a solução para o sistema educacional brasileiro.

A elite brasileira, paradoxalmente, critica e menospreza Paulo Freire, enquanto investe fortunas para garantir que seus filhos tenham acesso a escolas influenciadas por suas ideias. Enquanto isso, aos filhos dos menos privilegiados resta um sistema educacional baseado em métodos ultrapassados e disciplina rígida, remanescentes do século XIX.

A realidade educacional brasileira apresenta duas tendências opostas, cada vez mais evidentes. Nas escolas particulares de alto padrão, há um investimento em abordagens pedagógicas inovadoras, que consideram os interesses e individualidades dos alunos, reconhecendo-os como protagonistas de seu próprio aprendizado. Por outro lado, escolas públicas em diversos estados do país optam por terceirizar sua gestão para as polícias militares, apostando em disciplina rigorosa e métodos de ensino tradicionais.

Enquanto grandes empresários e grupos de investimento estrangeiros constroem escolas modernas e tecnologicamente avançadas, oferecendo uma formação de ponta, os discursos propagandeados pelo deputado Jair Bolsonaro nas redes sociais enaltecem as virtudes das escolas militares, cujo foco principal é a imposição da lei e da ordem.

Essa situação revela uma ironia agridoce: as escolas de elite omitem o fato de que suas metodologias inovadoras são, em grande parte, inspiradas nas teorias educacionais progressistas desenvolvidas por Paulo Freire. Enquanto isso, a mesma elite que critica fervorosamente Freire investe consideravelmente em escolas que incorporam essas abordagens pedagógicas.

Essa contradição evidencia uma realidade cruel e desigual no sistema educacional brasileiro. Enquanto os filhos da elite têm acesso a uma educação voltada para a construção do conhecimento, com participação ativa dos alunos, estímulo à criatividade e ao pensamento crítico, os filhos das camadas menos privilegiadas são relegados a escolas públicas precárias, que adotam métodos ultrapassados e uma disciplina rígida, assemelhando-se a uma formação militar.

Essa disparidade educacional contribui para perpetuar as desigualdades sociais no país. Enquanto os jovens da elite são preparados para se tornarem cidadãos críticos e engajados, capazes de enfrentar os desafios do mundo contemporâneo, os jovens das classes populares recebem uma educação que os molda para serem disciplinados e obedientes, com pouca ênfase no desenvolvimento de suas habilidades individuais.

A retórica de "lei e ordem" promovida por Jair Bolsonaro, ao enaltecer as escolas administradas pela Polícia Militar, esconde uma realidade preocupante. Essas escolas, muitas vezes, se transformam em espaços de controle e repressão, onde a liberdade de expressão e a diversidade de ideias são sufocadas em favor de uma disciplina rígida e de uma visão conservadora de mundo.

Enquanto isso, as escolas de elite, que abraçam metodologias inspiradas em Paulo Freire, proporcionam aos seus alunos uma educação crítica e transformadora, preparando-os para se destacarem em uma sociedade cada vez mais complexa e diversa. No entanto, essas escolas permanecem inacessíveis para a maioria da população, restritas àqueles que têm recursos financeiros para pagar altas mensalidades.

Essa dicotomia entre a educação voltada para os ricos e a educação destinada aos pobres apenas perpetua a desigualdade social e limita as oportunidades de desenvolvimento para milhões de jovens brasileiros. É essencial que a sociedade e o poder público reconheçam a importância de uma educação de qualidade para todos, que valorize a formação integral dos estudantes, a diversidade de ideias e a construção coletiva do conhecimento.

Investir na educação é investir no futuro do país. É necessário garantir que todas as escolas, independentemente de sua gestão, ofereçam condições adequadas de aprendizagem, professores qualificados e uma abordagem pedagógica que promova a participação ativa dos alunos, o pensamento crítico e o respeito à diversidade. Somente assim poderemos romper com a lógica perversa que mantém a educação como um privilégio de poucos e transformá-la em uma poderosa ferramenta de inclusão e desenvolvimento social.


domingo, 16 de julho de 2023

ARTIGO - Padre Everaldo: Um Legado de Amizade, Poesia e Conhecimento no Ministério. (Padre Carlos)

 




Uma Jornada de Companheirismo e Conhecimento





Há pessoas em nossas vidas que deixam marcas profundas e duradouras. São aqueles amigos com quem compartilhamos momentos inesquecíveis e que nos ajudam a moldar nossa visão de mundo. No meu caso, se houve um amigo de caminhada durante o Seminário, este foi Everaldo, conhecido carinhosamente como Thay Thay. Um sergipano nascido na cidade de Lagarto, jovem de mente brilhante, profundo conhecedor da psicologia junguiana e um amante da poesia.

Desde o início, ficou evidente que Thay Thay era especial. Seu olhar perspicaz revelava uma inteligência aguçada, capaz de enxergar além do óbvio. Nosso caminho no Seminário foi trilhado lado a lado, enfrentando desafios teológicos e filosóficos juntos. Compartilhamos debates acalorados sobre os mais diversos temas, buscando compreender as complexidades da fé e da existência humana.

Entre longas horas de estudo e reflexão, Thay Thay revelou-se um verdadeiro poeta do amor. Sua sensibilidade para as nuances dos relacionamentos humanos era admirável. Através de suas palavras poeticamente entrelaçadas, ele conseguia transmitir os sentimentos mais profundos e as sutilezas das emoções. Era como se cada verso fosse uma janela para a alma, uma poesia que nos inspirava a compreender a beleza do amor em todas as suas formas.

Nossos momentos de formação na PUC de Belo Horizonte e em Conquista foram marcados não apenas pelo estudo acadêmico, mas também pela cumplicidade de nossa amizade. Juntos, enfrentamos desafios intelectuais e pessoais, apoiando-nos mutuamente em cada etapa do ministério. Éramos como irmãos, compartilhando sonhos e anseios, buscando um propósito maior em nossa jornada.

No entanto, como diz o poeta, a vida nos leva por diferentes caminhos. Após anos de dedicação a está Igreja local, Thay Thay decidiu voltar para sua terra natal, aproximando-se de seus familiares e reencontrando suas raízes. Embora a distância tenha separado nossos corpos físicos, a conexão entre nós permaneceu indelével. A saudade daqueles tempos de formação em Belo Horizonte e Conquista ficou gravada em nossos corações para sempre.

Amigos para sempre é o que nós iremos ser. Essa frase do poeta resume perfeitamente nossa história de amizade. A distância geográfica não foi capaz de apagar as lembranças que compartilhamos. Mantivemos o contato, através de cartas e telefonemas, trocando experiências e nos apoiando mutuamente em nossas jornadas individuais.

Thay Thay, o poeta do amor, deixou um legado não apenas em minha vida, mas em todos aqueles que tiveram a sorte de cruzar seu caminho. Sua mente brilhante e sua paixão pela psicologia junguiana nos inspiraram a explorar as profundezas da mente humana. Sua poesia nos tocou profundamente, despertando emoções e nos convidando a refletir sobre a beleza e complexidade da existência.

Nossa amizade transcendeu os limites do tempo e do espaço, permanecendo eterna em nossos corações. Embora nossos ministérios tenham nos levado por diferentes rumos, a amizade verdadeira nunca se desvanece. E é por isso que tenho certeza de que, onde quer que estejamos, seremos amigos para sempre.

Que a vida continue a nos surpreender com pessoas como Thay Thay, seres especiais que iluminam nossos caminhos e deixam uma marca indelével em nossas almas. Que possamos honrar essas amizades valiosas, cultivando-as com amor e gratidão. E que possamos lembrar sempre da importância de amigos para sempre, pois são eles que nos apoiam, nos desafiam e nos acompanham em nossa jornada nesta vida.

 

 


ARTIGO - Papa Francisco rompe tradição ao convidar mulheres brasileiras para o Sínodo dos Bispos: Um passo histórico rumo à igualdade de gênero na Igreja Católica. (Padre Carlos)

 


O Papa Francisco abre espaço para mulheres brasileiras no Sínodo dos Bispos.



      O Papa Francisco continua a surpreender e a desafiar as tradições da Igreja Católica ao convidar duas mulheres brasileiras para participar do próximo Sínodo dos Bispos, uma reunião importante que discute questões cruciais para a Igreja. Sônia Gomes de Oliveira e Maria Cristina dos Anjos, duas líderes de destaque em projetos sociais ligados à Igreja Católica no Brasil, terão a oportunidade de contribuir e serem ouvidas durante o evento. Esse gesto do Papa Francisco representa um avanço significativo rumo à inclusão e à valorização do papel das mulheres na tomada de decisões da Igreja.

      Tradicionalmente, os sínodos eram compostos apenas por bispos, o que refletia a hierarquia estrita da Igreja Católica. No entanto, desde o início de seu papado, o Papa Francisco tem procurado trazer mudanças e aproximar a Igreja da realidade dos fiéis. Sua postura progressista tem se refletido em várias ações, como a abertura para discutir temas controversos e a inclusão de vozes antes marginalizadas. Agora, com o convite a duas mulheres brasileiras para participar do sínodo, o Papa Francisco demonstra seu compromisso em promover a igualdade de gênero e dar voz às mulheres dentro da Igreja.

     Sônia Gomes de Oliveira, líder do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, e Maria Cristina dos Anjos, assessora de migração da Cáritas, são exemplos inspiradores de mulheres brasileiras engajadas em projetos sociais. Ambas têm uma vasta experiência no trabalho com comunidades carentes e marginalizadas, desempenhando um papel fundamental na promoção da justiça social e dos valores cristãos. Sua presença no Sínodo dos Bispos representa não apenas uma vitória para as mulheres, mas também para todos os fiéis que acreditam em uma Igreja mais inclusiva e aberta ao diálogo.

     Além de serem observadoras no sínodo, Sônia Gomes de Oliveira e Maria Cristina dos Anjos terão a oportunidade de compartilhar suas perspectivas e contribuir para as discussões durante o encontro. Essa abertura para ouvir diferentes vozes é um passo importante para a Igreja Católica, pois permite que uma diversidade de experiências e conhecimentos enriqueça as decisões tomadas.

      Embora seja um momento de comemoração e esperança, é importante reconhecer que a inclusão das mulheres nos sínodos ainda está em estágios iniciais. A presença de apenas duas mulheres entre os 70 participantes mostra que há muito a ser feito para alcançar uma verdadeira paridade de gênero. No entanto, o convite feito às brasileiras é um sinal encorajador de que a Igreja Católica está em um caminho de transformação.

      O convite do Papa Francisco a Sônia Gomes de Oliveira e Maria Cristina dos Anjos para participar do Sínodo dos Bispos é um passo importante na busca pela igualdade de gênero dentro da Igreja Católica. Ao abrir espaço para vozes femininas e ouvir perspectivas diferentes, o Papa Francisco mostra seu compromisso com uma Igreja mais inclusiva e receptiva. Embora ainda haja desafios a serem superados, essa iniciativa traz esperança e sinaliza um futuro mais promissor, onde mulheres tenham um papel mais significativo na tomada de decisões da Igreja. Que esse gesto pioneiro inspire mudanças profundas e duradouras dentro da Igreja Católica e em outras instituições religiosas ao redor do mundo.

 




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ARTIGO - Agressão a Moraes é um atentado contra a democracia. (Padre Carlos)

 







A  intolerância contra a democracia





   O episódio de agressão sofrido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e seus familiares, na sexta-feira (14), durante passagem pelo aeroporto de Roma, é mais uma demonstração da intolerância e do ódio que ameaçam a democracia brasileira.

   Não se trata de uma manifestação legítima de discordância ou crítica, mas de um ato covarde e violento, que visa intimidar e desrespeitar uma autoridade pública que tem cumprido seu papel constitucional de garantir os direitos fundamentais e o Estado de Direito.

  A atitude dos agressores é repulsiva e inaceitável em qualquer sociedade civilizada. É um agravante o fato de terem envolvido a família do ministro, que nada tem a ver com suas funções judiciais. É lamentável que brasileiros que vivem ou viajam para o exterior levem consigo esse tipo de comportamento antidemocrático e vergonhoso.

   A solidariedade manifestada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, ao ministro Moraes e a determinação ao Ministério Público Federal para que tome as medidas cabíveis contra os agressores são louváveis e necessárias. A Polícia Federal também deve apurar com rigor os fatos e responsabilizar os envolvidos.

   Não se pode tolerar que a liberdade de expressão seja usada como pretexto para ofender, agredir e ameaçar quem pensa diferente ou exerce sua função pública com independência e imparcialidade. A democracia brasileira precisa ser defendida e fortalecida por todos os cidadãos e instituições, contra os ataques dos que querem impor sua visão autoritária e obscurantista.

    O ministro Alexandre de Moraes tem sido um exemplo de magistrado comprometido com a Constituição e com a democracia. Sua atuação no STF e no TSE tem sido firme e equilibrada, enfrentando os desafios impostos pela crise política, sanitária e social que o país atravessa.

     Sua participação em um fórum internacional de direito na Itália mostra seu prestígio e sua contribuição para o debate jurídico global. É uma honra para o Brasil ter um representante do seu mais alto tribunal reconhecido internacionalmente por sua competência e integridade.

    Esperamos que o ministro Moraes e sua família superem esse episódio lamentável e continuem contando com o apoio e o respeito da sociedade brasileira, que valoriza a democracia e a justiça.


ARTIGO - A Ascensão da Ultra-direita em Vitória da Conquista. (Padre Carlos)

 




 Identificando e Mobilizando o Eleitor Conservador




  Vitória da Conquista, uma cidade localizada no interior da Bahia, tem testemunhado um crescimento significativo do eleitorado conservador, principalmente na forma de apoio à ultra-direita. No entanto, um dos grandes desafios enfrentados pelos eleitores conquistenses é identificar seus representantes e compreender os projetos políticos em vigor. Esse cenário é agravado pela polarização existente entre a direita liberal, representada pela atual prefeita, e a esquerda, representada pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

      A ultra-direita bolsonarista, que ganhou força nas últimas eleições presidenciais, enfrenta a decisão de lançar uma candidatura própria em Vitória da Conquista ou correr o risco de entregar seus votos ao projeto da prefeita atual. Para entender essa dinâmica, basta observar o mapa eleitoral, no qual o candidato da direita liberal venceu para governador em Vitória da Conquista nas eleições anteriores, enquanto o candidato para presidente da ultra-direita, Bolsonaro, obteve menos apoio. Isso ocorreu porque a direita liberal não demonstrou interesse em fazer campanha específica para a ultra-direita.

  O Partido Liberal (PL) precisa compreender a importância de ter uma candidatura própria em Vitória da Conquista, a fim de conquistar o eleitor conservador e oferecer um projeto que ressoe na cidade. A disputa entre o advogado e radialista Washington Rodrigues, diretor da Rádio Clube de Vitória da Conquista, e outros membros do partido pode ser crucial, desde que represente uma renovação dentro do partido. É fundamental que projetos pessoais sejam deixados de lado em prol de um projeto coletivo. É impossível falar em nome do eleitorado enquanto não se chegar a um consenso.

   Não podemos esquecer de lideranças como Edilson Gusmão e Ivan Cordeiro, que, embora ainda não estejam filiados ao PL, representam esse eleitorado bolsonarista. Se a extrema-direita deseja se posicionar como uma alternativa viável e colocar seu projeto em ação, não pode se deixar seduzir pelos apelos da direita liberal. O caminho certo é o diálogo e a busca por uma forma de unir todas as lideranças em um mesmo palanque.

      É essencial que o eleitorado conservador em Vitória da Conquista seja identificado e mobilizado de forma eficiente. Para isso, é preciso que os representantes da ultra-direita articulem seus projetos de maneira clara e assertiva. Atrair o eleitorado conservador requer um trabalho conjunto, com lideranças que compreendam suas demandas e apresentem propostas que correspondam a suas expectativas.

      Nesse contexto, a ultra-direita tem uma oportunidade única de consolidar-se como uma força política em Vitória da Conquista. No entanto, isso só será possível se houver uma abordagem estratégica que busque unir todas as vertentes conservadoras em torno de um projeto coletivo. A identificação de lideranças representativas, como Washington Rodrigues, Edilson Gusmão e Ivan Cordeiro, pode fortalecer esse movimento, desde que haja um consenso sobre os princípios e objetivos comuns.

   Em suma, a ultra-direita vem conquistando votos significativos em Vitória da Conquista, representando um eleitorado conservador em crescimento. No entanto, é essencial identificar e mobilizar esse eleitorado por meio de candidaturas e projetos políticos que sejam capazes de capturar suas aspirações e anseios. A ultra-direita deve evitar ser seduzida pela direita liberal, buscando o diálogo e a união entre todas as lideranças conservadoras, a fim de apresentar uma alternativa coesa e atrativa para os eleitores conquistenses. Somente dessa forma será possível consolidar uma presença política efetiva e representativa na cidade.

sábado, 15 de julho de 2023

ARTIGO - As Santas Missões Populares de 1993: Uma Experiência Profunda de Fé e Evangelização em Vitória da Conquista, Bahia. (Padre Carlos)





Trinta Anos das Santas Missões Populares





 

     As Santas Missões Populares são um movimento de renovação e evangelização que ocorre dentro da Igreja Católica. Essas missões são realizadas por um período determinado, envolvendo a participação ativa dos fiéis e da comunidade em geral. A intenção é fortalecer a fé e promover a vivência do Evangelho no cotidiano das pessoas.

        No final de janeiro de 1993, a Paróquia de São Miguel, localizada na Diocese de Vitória da Conquista, na Bahia, viveu uma experiência marcante com as Santas Missões Populares. O responsável por liderar essa iniciativa foi o Padre Vasco, que se destacou por sua dedicação e empenho em levar a mensagem de Cristo às comunidades urbanas e rurais da região.

       Essas Santas Missões foram consideradas uma das maiores experiências espirituais vividas pela comunidade católica local. Para os cristãos envolvidos, essa foi uma oportunidade profunda e viva de sentir a presença de Deus em seus corações e nas comunidades em que estavam inseridos.

      A principal característica das Santas Missões Populares é o envolvimento ativo das comunidades locais. Cada comunidade tomou a iniciativa de participar e fortalecer sua própria fé. Além disso, essas missões também tinham o propósito de conscientizar os fiéis sobre a importância da evangelização nos dias de hoje.

         Padre Luiz Mosconi, vindo do Pará para participar dessa manifestação de fé, afirmou que as Santas Missões eram um jeito novo de evangelizar e que representavam uma oportunidade única para fortalecer a fé das pessoas e renovar o compromisso com o Evangelho.

     Dom Celso José, em uma homilia realizada durante o envio dos missionários, destacou a importância do batismo e da vida cristã em movimento. Ele citou a passagem bíblica em que Jesus ordena: "Ide pelo mundo inteiro..." e ressaltou que a vida dos cristãos deve ser gasta em direção aos outros, em um compromisso de amor e serviço.

          Além do papel fundamental do padre Vasco e do clero, é importante destacar o papel dos leigos que participaram ativamente das Santas Missões Populares na Paróquia de São Miguel. Pessoas como Conceição, que coordenou a ação na área rural, e Washington LL, Rita, Jai, Epaminondas, Alzira e tantos outros que se dedicaram à missão de levar a mensagem do Evangelho às comunidades urbanas, desempenharam um papel fundamental nesse movimento.

        Trinta anos depois, a lembrança das Santas Missões Populares de 1993 continua viva na memória daqueles que participaram e presenciaram essa experiência transformadora de fé e evangelização. Essas missões deixaram um legado significativo na história da Paróquia de São Miguel, moldando a vida dos fiéis e fortalecendo sua caminhada cristã.

 

 

 


ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...