quinta-feira, 17 de agosto de 2023

ARTIGO - O Encontro do Exército Brasileiro com o Dia da Criança no Paraguai

 


Memórias Dolorosas


 

 

Por: Padre Carlos

Opinião | 17 de Agosto de 2023

No dia 16 de agosto, o Paraguai celebra o Dia da Criança, uma data que, à primeira vista, parece carregar alegria e felicidade. No entanto, por trás dessa celebração está uma história tristíssima, um episódio sombrio que nos recorda das tragédias da guerra e da vulnerabilidade das crianças. A escolha da data, 16 de agosto, não é apenas uma coincidência, mas sim uma lembrança dolorosa de um evento que ocorreu durante a Guerra do Paraguai.

Em 16 de agosto de 1869, uma batalha brutal conhecida como a Batalha de Acosta Ñu aconteceu nas proximidades do que hoje é a cidade de Eusebio Ayala, no centro do Paraguai. Essa batalha foi testemunha de uma disparidade terrível: de um lado, um exército de 20 mil soldados brasileiros e, do outro, um grupo de 3,5 mil soldados paraguaios, compostos principalmente por crianças com idades entre 9 e 15 anos. Além disso, havia também crianças com idades ainda mais tenras, entre 6 e 8 anos, que acompanhavam o grupo.

O termo "batalha" quase não se aplica a esse trágico evento, pois o confronto foi mais uma carnificina unilateral. A desproporção numérica entre os dois lados era espantosa, e os soldados paraguaios, em sua maioria jovens inocentes, enfrentaram uma morte certa. A batalha de Acosta Ñu tornou-se sinônimo de um verdadeiro massacre, uma lembrança brutal de como as crianças foram arrancadas de sua infância e forçadas a participar de uma guerra que não lhes pertencia.

O Dia da Criança no Paraguai, portanto, é mais do que um momento para presentear e celebrar os pequenos. É um momento de reflexão e memória, uma oportunidade para honrar a resiliência da infância paraguaia, que foi marcada por uma tragédia inimaginável. É também um lembrete de que, por trás de datas comemorativas, muitas vezes existem histórias profundas e comoventes que devem ser lembradas.

Enquanto comemoramos o Dia da Criança, é essencial que levemos em consideração as lições que a história nos ensina. Devemos trabalhar para garantir que nossas crianças estejam protegidas, que possam desfrutar de suas infâncias e crescer em ambientes seguros e livres de conflitos. A história da Batalha de Acosta Ñu nos chama a atenção para os horrores da guerra e os impactos devastadores que ela pode ter nas vidas mais vulneráveis.

Portanto, enquanto celebramos o Dia da Criança no Paraguai, devemos também dedicar um momento para lembrar as crianças que foram vítimas dessa tragédia e reafirmar nosso compromisso de criar um mundo melhor para as gerações vindouras. A história de Acosta Ñu é um lembrete poderoso de que devemos lutar por um futuro onde as crianças possam crescer em um ambiente de paz e amor, longe das sombras do passado.

Em memória das vítimas da Batalha de Acosta Ñu e em homenagem a todas as crianças do Paraguai, que possam encontrar um futuro de esperança e prosperidade, onde a brutalidade da guerra nunca mais manche suas vidas inocentes.

 


ARTIGO - Política em Vitória da Conquista: Mais que um Jogo de Padrinhos e Visitas Ilustres. (Padre Carlos)

 

Entre Padrinhos Senadores e a Realidade Eleitoral




Bem-vindos, caros leitores, a mais um capítulo da emocionante saga política brasileira! Parece que os pré-candidatos à prefeitura de Vitória da Conquista estão se aquecendo para uma "corrida" eleitoral que promete ser mais emocionante do que assistir a uma tartaruga tentando ganhar uma maratona. Mas antes de soltar os fogos de artifício, vamos dar um passo atrás e lembrar que na política, o sucesso não é entregue em um saquinho de drive-thru.

Ah, Abmael Alves de Brito, o digníssimo provedor da Santa Casa de Misericórdia, está ganhando tração na política baiana, especialmente depois de fazer uma visitinha ao senador Otto Roberto Mendonça de Alencar. É claro que isso é motivo para bater palmas e jogar confetes, certo? Bem, talvez não tão rápido. Porque, como diz o ditado, "não se faz política da noite para o dia". Lamentavelmente, não é possível solicitar uma pré-candidatura como quem pede uma pizza – não vai chegar em 30 minutos ou menos, meu caro.

E oh, falando em senadores-benefactores, acreditem, ter um padrinho senador pode ser uma espécie de passaporte para a vida politica, mas não é exatamente uma garantia de sucesso. Afinal, quem não se lembra daqueles pobres candidatos com padrinhos influentes que acabaram tendo um destino... como posso dizer... "não muito feliz"? Mas não vamos nos preocupar, afinal, a vida não é um musical de Hollywood, e aqui ninguém morre pagão, tenham certeza disso.

Mas brincadeiras à parte, é fascinante observar como a política é como uma dança frenética das cadeiras, com os políticos se revezando em seus encontros e apoios nos corredores do Congresso. Quem diria que Abmael Alves de Brito pode ser o próximo dançarino a se destacar na pista da política? Porém, meus amigos, antes de colocar os votos no cesto, lembrem-se do sábio conselho: "não conte os votos antes deles serem computados". A política é como uma montanha-russa: você nunca sabe quando vai despencar de cabeça.

Falando sério agora, política é como plantar uma árvore – você precisa de paciência, dedicação e raízes profundas para colher bons frutos. A verdade é que até mesmo o padrinho mais influente não pode transformar um candidato em uma estrela política da noite para o dia. A construção de uma carreira política sólida requer mais do que meras visitas a gabinetes ilustres. É como um jogo de xadrez complexo, onde as estratégias e movimentos bem pensados são o que realmente importa.

Então, enquanto observamos o palco se montar para mais uma eleição, lembremo-nos de que na política, não importa quantos padrinhos você tem ou quantas visitas fez aos figurões. O sucesso é um fruto que amadurece com o tempo, o esforço e a sagacidade. Abmael Alves de Brito pode estar se preparando para uma corrida, mas que ele saiba que, no mundo político, até mesmo o mais ágil dos corredores pode acabar tropeçando e caindo no chão. E aí, caro leitor, o que resta é apenas um conselho: segurem seus chapéus, porque a jornada política está apenas começando, e a estrada não será nada fácil, nem mesmo para aqueles que têm senadores como padrinhos.

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

ARTIGO - Desafios na Pacificação: As Estrelas e a Fragilidade das Fardas.(Padre Carlos

 

 

"Entre Confiança e Desconfiança

 


Na recente operação da Polícia Federal que envolveu a apreensão do celular do general da reserva Mauro Cesar Laurena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, emergem preocupações profundas sobre a integridade das Forças Armadas e o processo de pacificação no país. A análise das mensagens apresentadas no dispositivo tornou-se um ponto central, com expressões de diálogos de teor golpista entre os militares e outras figuras, tanto internas quanto externas às instituições militares.

A apreensão de mensagens potencialmente prejudiciais, especialmente aquelas de caráter subversivo ou contrário aos princípios democráticos, gera um sinal de alerta. O Exército, que busca um papel pacificador e coeso na sociedade, enfrenta o dilema de como lidar com as situações em que membros de alta patente podem estar envolvidos em ações questionáveis. As ações individuais de alguns não podem ser extrapoladas automaticamente para toda a instituição, mas a percepção pública muitas vezes não diferencia entre indivíduos e o conjunto.

A imagem das Forças Armadas, outra associada à proteção da nação e ao respeito à ordem democrática, tem enfrentado desafios recentes. Casos como o presente, em que planos de golpistas são mencionados em diálogos de militares, têm o potencial de corroer a confiança da população na instituição. A pacificação do país não pode se dar às custas da igualdade ou negação desses acontecimentos.

É crucial lembrar que a maioria dos militares serve a nação com dedicação e comprometimento. No entanto, a presença de figuras de destaque associadas a mensagens móveis comprometedoras em seus dispositivos colocam em risco o progresso que as Forças Armadas fizeram para se reconciliar com a democracia. A confiança pública nas instituições é um pilar fundamental para a coesão social e o desenvolvimento sustentável.

O desafio para as Forças Armadas e para o país como um todo é encontrar maneiras de abordar essas situações de maneira transparente e responsável. A colaboração com consideração e a garantia de que aqueles que se desviam dos princípios democráticos sejam responsabilizados são passos essenciais. Além disso, a liderança militar deve fortalecer os valores democráticos, a integridade e o compromisso com a nação, destacando que a conduta individual não deve obscurecer a missão coletiva de proteger a sociedade.

O processo de pacificação não pode ser alcançado com o fechamento dos olhos para as estrelas espalhadas pelas fardas. Ao enfrentar esses desafios de frente, as Forças Armadas podem reforçar seu papel positivo na construção de uma nação unificada e em progresso, enquanto reafirmam seu compromisso inabalável com a democracia e a paz

terça-feira, 15 de agosto de 2023

ARTIGO - Privatização da Eletrobrás e o apagão no Nordeste: uma conexão previsível. (Padre Carlos)

 



Privatizaçãoda Eletrobrás leva ao apagão

 


 

O apagão desta terça-feira, que durou várias horas e atingiu todo o Nordeste brasileiro, apanhou a muitos de surpresa. Mas, na verdade, não deveria ter sido uma surpresa para ninguém. Isso porque, quando o governo Bolsonaro vendeu a Eletrobrás no ano passado, grupos privados adquiriram por um valor muito abaixo do real uma empresa que era patrimônio do povo brasileiro.

Muitos alertaram na época que a iniciativa privada não teria o mesmo compromisso com a população que a empresa estatal. E foi exatamente o que aconteceu. Após a privatização, os novos controladores da Eletrobrás visaram apenas o lucro, sem se preocupar em fazer os investimentos necessários para manter o sistema elétrico funcionando adequadamente.

O resultado foi o apagão de ontem. E, pelo andar da carruagem, outras falhas no fornecimento de energia devem ocorrer no futuro. Isso mostra os riscos de se entregar à iniciativa privada um serviço essencial como o fornecimento de eletricidade. Quando o interesse público sai de cena, a população é quem paga o preço.

Portanto, é hora de o povo brasileiro reagir e exigir que o Estado reassuma o controle da Eletrobrás. Caso contrário, outros apagões virão, e o desenvolvimento do país continuará comprometido pela falta de planejamento e visão social daqueles que hoje detêm as rédeas do setor elétrico.

É uma questão de soberania nacional. Não podemos permitir que serviços essenciais como energia elétrica, água, saúde e educação sejam controlados por grupos privados que visam apenas o lucro. O Brasil precisa resgatar o controle público desses setores fundamental para o bem-estar e progresso da população.

Caso o povo não se manifeste e exija esse retorno ao interesse coletivo, ficaremos reféns dos humores e ambições de uma minoria de acionistas. O apagão de ontem foi apenas um aviso do que pode acontecer se continuarmos nesse caminho equivocado da privatização desenfreada. Reverter à venda da Eletrobrás é essencial para impedir novas falhas no sistema e garantir o fornecimento estável de energia para as famílias e empresas brasileiras.


ARTIGO - A Dor e a Devoção: Mães que Transformam a Saudade em Legado. (Padre Carlos)

 

Vínculos Além da Vida

 

 


"Tô chegando. Se tiver alguém transando aí, pode parar!" - As palavras retumbam na mente de mães que carregam consigo o peso insuportável da ausência. A dor da perda, especialmente quando se trata da partida de um filho, é uma ferida que penetra profundamente na alma, deixando marcas indeléveis que nenhum tempo é capaz de apagar. Os relatos emocionantes de Lucinha Araújo, mãe do talentoso Cazuza, e de Thâmar, mãe de Lucas, ecoam nos corações daqueles que já experimentaram a perda e buscam compreender a complexidade desse sentimento.

A conexão única entre mãe e filho transcende qualquer explicação verbal. É um vínculo construído desde o momento da concepção, moldado pelo amor incondicional e pela dedicação constante. A presença física se transforma em um pilar de segurança, uma constante na vida das mães, trazendo conforto nos momentos difíceis e compartilhando as alegrias mais genuínas. A sensação de ouvir o som familiar de passos, a risada característica e a voz anunciando a chegada do filho é uma experiência que alimenta a alma e nutre a esperança de que tudo está bem.

Porém, quando a vida toma um rumo inesperado e a morte separa esse vínculo, a dor da perda se torna um terreno traiçoeiro e angustiante. As mães são deixadas com uma lacuna profunda, uma ausência que não pode ser preenchida por nada neste mundo. A sensação de vazio é devastadora, como se uma parte essencial de seus seres tivesse sido arrancada à força. A saudade é intensificada pela lembrança constante de momentos compartilhados, palavras trocadas e gestos de carinho.

Lucinha Araújo e Thâmar de Castro Dias expressam com coragem a determinação em não esquecer os filhos que partiram. A dor, mesmo dilacerante, torna-se uma maneira de manter viva a memória dos entes queridos. Cada lembrança, cada pedaço de escrita, cada nota de música, tudo isso é uma forma de manter os filhos presentes, de honrar suas existências e celebrar o que eles representavam. A dor é uma prova de amor, um testemunho da profunda ligação que transcende o véu da morte.

Essa conexão inexplicável entre mãe e filho, mesmo após a separação física, é algo que ecoa nas histórias de muitos que sofreram perdas semelhantes. A sensação de comunicação além do plano terreno é frequentemente relatada por aqueles que sentem a presença dos entes queridos que partiram. Pode ser uma música que toca no momento certo, uma lembrança que surge inesperadamente ou até mesmo um sonho que traz consigo uma sensação de conforto e proximidade.

No entanto, a jornada das mães após a perda de um filho não é apenas sobre dor e saudade. É também um testemunho de resiliência, força e amor inabalável. É sobre encontrar maneiras de viver com a ausência, de transformar a dor em combustível para honrar a memória dos filhos e, eventualmente, encontrar um novo significado na própria vida.

Em última análise, as palavras de Lucinha Araújo e Thâmar de Castro Dias, expressando suas dores e suas determinações em manterem vivas as memórias de seus filhos, ressoam como uma ode à natureza complexa e indomável do amor materno. A dor da perda pode ser avassaladora, mas a escolha de lembrar, celebrar e manter vivo o legado daqueles que amamos é um ato de amor que transcende a própria dor. É um lembrete de que o amor nunca morre, mas continua a brilhar nas lembranças e nas vidas daqueles que ficaram para contar a história.

 

 

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

ARTIGO - Desvendando os Cinco Pontos da Quebra de Sigilo de Bolsonaro e Michelle. (Padre Carlos)

 Da Suspeita ao Rastreamento Financeiro



A recente solicitação de quebra de sigilo bancário e fiscal de Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro pela Polícia Federal tem despertado atenção e questionamentos sobre seus objetivos. Aqui estão cinco pontos que destacam o propósito por trás dessa ação:


1. Suspeita de desvio de presentes: 

A investigação apontou para a suspeita de que Jair Bolsonaro possa ter utilizado a estrutura do governo para desviar presentes valiosos oferecidos por autoridades estrangeiras. O foco principal é determinar se houve desvio de bens públicos para benefício pessoal.


2. Rastreamento de recursos: 

A quebra de sigilo busca sugestões ou provas que possam confirmar se Bolsonaro recebeu dinheiro proveniente da venda de joias das oferecidas por autoridades sauditas. A suspeita é que tais recursos foram direcionados a ele de maneira não transparente, possivelmente evitando a revolução de controle e o sistema financeiro formal.


3. Áudio de Mauro Cid: 

A Polícia Federal menciona a existência de um áudio em que Mauro Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, relata a posse de US$ 25 milhões em nome de Jair Bolsonaro. Nesse áudio, Mauro Cid sugere a entrega dos recursos em espécie, demonstrando preocupação em utilizar o sistema bancário formal.


4. Organização criminosa: 

A operação batizada de "Lucas 12:2" representa um passo importante nas apurações que podem resultar na acusação de Bolsonaro como líder de uma organização criminosa. A busca é por evidências que confirmem qualquer envolvimento direto ou indireto em atividades ilícitas.


5. Depoimento do ex-presidente: 

Além da quebra de sigilo, a Polícia Federal pretende colher o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Isso sugere que o objetivo vai além de apenas rastrear transações financeiras, buscando entender seu papel e envolvimento nas supostas atividades irregulares.


Em resumo, a quebra de sigilo de Bolsonaro e Michelle Bolsonaro representa um passo significativo na investigação sobre desvio de presentes e possíveis atividades ilícitas envolvendo o ex-presidente. A ação da Polícia Federal busca traçar um panorama claro das finanças e transações, além de analisar a conexão entre os presentes recebidos e a movimentação financeira do casal. O desenrolar deste caso poderá impactar a percepção pública sobre a integridade das figuras políticas em questão.







domingo, 13 de agosto de 2023

ARTIGO - Vivendo Além do Apito Final: Picolé e Douglas no Coração do Esporte e dos Torcedores. (Padre Carlos)

 


 

Picolé e Douglas - Ídolos Além do Campo

 




Na rica e vibrante história do Esporte Clube Bahia, dois nomes brilham como estrelas cintilantes, não apenas por suas habilidades exímias dentro de campo, mas também por serem exemplos inspiradores de grandeza humana. Picolé e Douglas, dois atletas que transcenderam os limites do gramado, deixaram uma marca indelével no futebol brasileiro e no coração dos torcedores.

Paulo Roberto Rodrigues Matheus, mais conhecido como Picolé, nasceu sob o céu de Santos em 29 de abril de 1953. Desde cedo, seu talento nos gramados se fez notar, e ele rapidamente despontou nas categorias de base. Sua estreia na mídia aconteceu em 1969, quando formou uma dupla memorável com Mirandinha na Seleção Paulista de Novos. O destino o levaria ao Santos, onde em 1970 integrou um time misto que conquistou o prestigioso Torneio Laudo Natel, superando os principais times do estado de São Paulo. Sua trajetória seguiu uma ascensão notável, e em 1972, junto com seu parceiro inesquecível, Douglas, ele se viu vestindo as cores do Bahia.

Doglas, como ficou conhecido Luís Cláudio Bezerra Marcondes, nascido em data que o destino reservou para 1952, compartilhava com Picolé uma conexão futebolística e humana que transcenderia as linhas do campo. Juntos, os dois formaram uma das maiores duplas de ataque já testemunhadas nos gramados brasileiros. Suas tabelinhas eram como uma sinfonia que acendia a paixão dos torcedores e a admiração dos críticos. Era uma coreografia que ecoava pelas arquibancadas e deixava uma trilha de feitos inesquecíveis.

O período de 1972 a 1976 foi uma época dourada para o Esporte Clube Bahia e para o futebol nacional como um todo. Doglas e Picolé desempenharam papéis cruciais nessa era de glória, conquistando títulos e corações. O entrosamento entre eles era notável, e cada partida era uma representação viva da harmonia entre talento, camaradagem e paixão pelo esporte.

No entanto, a vida é muitas vezes um jogo imprevisível, e em 5 de agosto de 1995, o futebol perdeu uma de suas luzes precocemente. Picolé, aos 42 anos, foi vítima de um trágico acidente de carro, deixando um vazio na comunidade esportiva e nos corações dos fãs que o admiravam não apenas pelo seu jogo brilhante, mas também pela sua humanidade calorosa.

Douglas, por outro lado, continua a inspirar. Após sua carreira no gramado, ele se tornou um comentarista esportivo respeitado, compartilhando sua sabedoria e experiência com as gerações vindouras. Sua presença continua a iluminar o universo do futebol, e seu legado ao lado de Picolé permanece intacto.

Hoje, Picolé e Douglas são reverenciados como ícones do Esporte Clube Bahia. Suas camisas aposentadas são símbolos tangíveis da devoção que nutriram pelo clube e pela paixão que incendiaram em seus fãs. Eles são mais do que jogadores - são modelos de perseverança, dedicação e humildade. Seus nomes ressoam nos cantos do estádio, e suas lembranças vivem nas histórias contadas pelos aficionados. Picolé e Douglas transcenderam a esfera esportiva, tornando-se eternos na memória coletiva, onde suas trajetórias e o vínculo que compartilharam permanecerão como testemunhas do poder transformador do esporte e da humanidade.


ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...