domingo, 13 de agosto de 2023

ARTIGO - Vivendo Além do Apito Final: Picolé e Douglas no Coração do Esporte e dos Torcedores. (Padre Carlos)

 


 

Picolé e Douglas - Ídolos Além do Campo

 




Na rica e vibrante história do Esporte Clube Bahia, dois nomes brilham como estrelas cintilantes, não apenas por suas habilidades exímias dentro de campo, mas também por serem exemplos inspiradores de grandeza humana. Picolé e Douglas, dois atletas que transcenderam os limites do gramado, deixaram uma marca indelével no futebol brasileiro e no coração dos torcedores.

Paulo Roberto Rodrigues Matheus, mais conhecido como Picolé, nasceu sob o céu de Santos em 29 de abril de 1953. Desde cedo, seu talento nos gramados se fez notar, e ele rapidamente despontou nas categorias de base. Sua estreia na mídia aconteceu em 1969, quando formou uma dupla memorável com Mirandinha na Seleção Paulista de Novos. O destino o levaria ao Santos, onde em 1970 integrou um time misto que conquistou o prestigioso Torneio Laudo Natel, superando os principais times do estado de São Paulo. Sua trajetória seguiu uma ascensão notável, e em 1972, junto com seu parceiro inesquecível, Douglas, ele se viu vestindo as cores do Bahia.

Doglas, como ficou conhecido Luís Cláudio Bezerra Marcondes, nascido em data que o destino reservou para 1952, compartilhava com Picolé uma conexão futebolística e humana que transcenderia as linhas do campo. Juntos, os dois formaram uma das maiores duplas de ataque já testemunhadas nos gramados brasileiros. Suas tabelinhas eram como uma sinfonia que acendia a paixão dos torcedores e a admiração dos críticos. Era uma coreografia que ecoava pelas arquibancadas e deixava uma trilha de feitos inesquecíveis.

O período de 1972 a 1976 foi uma época dourada para o Esporte Clube Bahia e para o futebol nacional como um todo. Doglas e Picolé desempenharam papéis cruciais nessa era de glória, conquistando títulos e corações. O entrosamento entre eles era notável, e cada partida era uma representação viva da harmonia entre talento, camaradagem e paixão pelo esporte.

No entanto, a vida é muitas vezes um jogo imprevisível, e em 5 de agosto de 1995, o futebol perdeu uma de suas luzes precocemente. Picolé, aos 42 anos, foi vítima de um trágico acidente de carro, deixando um vazio na comunidade esportiva e nos corações dos fãs que o admiravam não apenas pelo seu jogo brilhante, mas também pela sua humanidade calorosa.

Douglas, por outro lado, continua a inspirar. Após sua carreira no gramado, ele se tornou um comentarista esportivo respeitado, compartilhando sua sabedoria e experiência com as gerações vindouras. Sua presença continua a iluminar o universo do futebol, e seu legado ao lado de Picolé permanece intacto.

Hoje, Picolé e Douglas são reverenciados como ícones do Esporte Clube Bahia. Suas camisas aposentadas são símbolos tangíveis da devoção que nutriram pelo clube e pela paixão que incendiaram em seus fãs. Eles são mais do que jogadores - são modelos de perseverança, dedicação e humildade. Seus nomes ressoam nos cantos do estádio, e suas lembranças vivem nas histórias contadas pelos aficionados. Picolé e Douglas transcenderam a esfera esportiva, tornando-se eternos na memória coletiva, onde suas trajetórias e o vínculo que compartilharam permanecerão como testemunhas do poder transformador do esporte e da humanidade.


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