Picolé
e Douglas - Ídolos Além do Campo
Na rica e vibrante história do Esporte
Clube Bahia, dois nomes brilham como estrelas cintilantes, não apenas por suas
habilidades exímias dentro de campo, mas também por serem exemplos inspiradores
de grandeza humana. Picolé e Douglas, dois atletas que transcenderam os limites
do gramado, deixaram uma marca indelével no futebol brasileiro e no coração dos
torcedores.
Paulo Roberto Rodrigues Matheus, mais conhecido
como Picolé, nasceu sob o céu de Santos em 29 de abril de 1953. Desde cedo, seu
talento nos gramados se fez notar, e ele rapidamente despontou nas categorias
de base. Sua estreia na mídia aconteceu em 1969, quando formou uma dupla
memorável com Mirandinha na Seleção Paulista de Novos. O destino o levaria ao
Santos, onde em 1970 integrou um time misto que conquistou o prestigioso
Torneio Laudo Natel, superando os principais times do estado de São Paulo. Sua
trajetória seguiu uma ascensão notável, e em 1972, junto com seu parceiro
inesquecível, Douglas, ele se viu vestindo as cores do Bahia.
Doglas, como ficou conhecido Luís Cláudio
Bezerra Marcondes, nascido em data que o destino reservou para 1952,
compartilhava com Picolé uma conexão futebolística e humana que transcenderia
as linhas do campo. Juntos, os dois formaram uma das maiores duplas de ataque
já testemunhadas nos gramados brasileiros. Suas tabelinhas eram como uma
sinfonia que acendia a paixão dos torcedores e a admiração dos críticos. Era uma
coreografia que ecoava pelas arquibancadas e deixava uma trilha de feitos
inesquecíveis.
O período de 1972 a 1976 foi uma época
dourada para o Esporte Clube Bahia e para o futebol nacional como um todo.
Doglas e Picolé desempenharam papéis cruciais nessa era de glória, conquistando
títulos e corações. O entrosamento entre eles era notável, e cada partida era
uma representação viva da harmonia entre talento, camaradagem e paixão pelo
esporte.
No entanto, a vida é muitas vezes um jogo
imprevisível, e em 5 de agosto de 1995, o futebol perdeu uma de suas luzes
precocemente. Picolé, aos 42 anos, foi vítima de um trágico acidente de carro,
deixando um vazio na comunidade esportiva e nos corações dos fãs que o
admiravam não apenas pelo seu jogo brilhante, mas também pela sua humanidade
calorosa.
Douglas, por outro lado, continua a
inspirar. Após sua carreira no gramado, ele se tornou um comentarista esportivo
respeitado, compartilhando sua sabedoria e experiência com as gerações
vindouras. Sua presença continua a iluminar o universo do futebol, e seu legado
ao lado de Picolé permanece intacto.
Hoje, Picolé e Douglas são reverenciados
como ícones do Esporte Clube Bahia. Suas camisas aposentadas são símbolos
tangíveis da devoção que nutriram pelo clube e pela paixão que incendiaram em
seus fãs. Eles são mais do que jogadores - são modelos de perseverança,
dedicação e humildade. Seus nomes ressoam nos cantos do estádio, e suas
lembranças vivem nas histórias contadas pelos aficionados. Picolé e Douglas
transcenderam a esfera esportiva, tornando-se eternos na memória coletiva, onde
suas trajetórias e o vínculo que compartilharam permanecerão como testemunhas
do poder transformador do esporte e da humanidade.
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