Privatizaçãoda Eletrobrás leva ao apagão
O apagão desta terça-feira, que durou
várias horas e atingiu todo o Nordeste brasileiro, apanhou a muitos de
surpresa. Mas, na verdade, não deveria ter sido uma surpresa para ninguém. Isso
porque, quando o governo Bolsonaro vendeu a Eletrobrás no ano passado, grupos
privados adquiriram por um valor muito abaixo do real uma empresa que era
patrimônio do povo brasileiro.
Muitos
alertaram na época que a iniciativa privada não teria o mesmo compromisso com a
população que a empresa estatal. E foi exatamente o que aconteceu. Após a
privatização, os novos controladores da Eletrobrás visaram apenas o lucro, sem
se preocupar em fazer os investimentos necessários para manter o sistema
elétrico funcionando adequadamente.
O resultado foi o apagão de ontem. E, pelo
andar da carruagem, outras falhas no fornecimento de energia devem ocorrer no
futuro. Isso mostra os riscos de se entregar à iniciativa privada um serviço
essencial como o fornecimento de eletricidade. Quando o interesse público sai
de cena, a população é quem paga o preço.
Portanto, é hora de o povo brasileiro
reagir e exigir que o Estado reassuma o controle da Eletrobrás. Caso contrário,
outros apagões virão, e o desenvolvimento do país continuará comprometido pela
falta de planejamento e visão social daqueles que hoje detêm as rédeas do setor
elétrico.
É uma questão de soberania nacional. Não
podemos permitir que serviços essenciais como energia elétrica, água, saúde e
educação sejam controlados por grupos privados que visam apenas o lucro. O
Brasil precisa resgatar o controle público desses setores fundamental para o
bem-estar e progresso da população.
Caso o povo não se manifeste e exija esse
retorno ao interesse coletivo, ficaremos reféns dos humores e ambições de uma
minoria de acionistas. O apagão de ontem foi apenas um aviso do que pode
acontecer se continuarmos nesse caminho equivocado da privatização desenfreada.
Reverter à venda da Eletrobrás é essencial para impedir novas falhas no sistema
e garantir o fornecimento estável de energia para as famílias e empresas
brasileiras.
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