segunda-feira, 21 de agosto de 2023

ARTIGO - Padre Valdo, o pastor com cheiro de ovelha. (Padre Carlos)

 


 


Palavras com cheiro de ovelhas.

 


Imagine-se um pastor andando pelo campo, cuidando de seu rebanho. Ele conhece as ovelhas de cor, de tamanho e de nome. Sabe como elas se comportam e o que gostam de comer.

Quando o pastor fala com as ovelhas, ele usa uma linguagem simples e direta. Não usa palavras complicadas ou jargões que elas não entenderiam. Ele fala de coisas que são importantes para as ovelhas, como comida, água, abrigo e segurança.

As ovelhas entendem o que o pastor diz, porque ele fala a sua língua. As palavras do pastor têm "cheiro de ovelhas".

A Igreja também é um pastor. Ela tem a missão de cuidar do rebanho de Deus, que são as pessoas. Para que a Igreja seja eficaz em sua missão, ela precisa falar a língua das pessoas.

Isso não significa que a Igreja tenha que renunciar à sua doutrina ou ao seu conteúdo teológico. Significa, sim, que ela precisa traduzir esses conceitos para uma linguagem que as pessoas possam entender.

As palavras da Igreja precisam ter "cheiro de ovelhas". Elas precisam ser simples, diretas e honestas. Elas precisam falar de coisas que são importantes para as pessoas, como amor, justiça, paz e esperança.

Quando a Igreja fala a língua das pessoas, ela consegue comunicar sua mensagem de forma mais eficaz. Ela consegue alcançar mais pessoas e tocar seus corações.

 Uma das razões da eficácia comunicativa do Padre Valdo é a sua autenticidade, como ficou claro nas suas palavras ao encerrar a festa de Nossa Senhora das Vitórias. Como a Igreja tem dificuldade em passar as suas mensagens, tem de rever a sua forma de comunicar. Tem de se atualizar tecnicamente, claro - mas, sobretudo, tem de partilhar a linguagem de quem a ouve. As suas palavras precisam do “cheiro das ovelhas” de que fala Francisco.

 

 


domingo, 20 de agosto de 2023

ARTIGO - Como um polo têxtil pode impulsionar o desenvolvimento de Vitória da Conquista. (Padre Carlos)



O exemplo de Santa Brígida: lições para Vitória da Conquista

 


A instalação recente de um grande polo têxtil no município de Santa Brígida vem trazendo profundas transformações positivas para a economia e sociedade locais. Essa experiência exitosa pode servir de modelo para Vitória da Conquista, que busca atrair investimentos industriais para alavancar seu desenvolvimento.

Em Santa Brígida, a chegada de uma fábrica têxtil bilionária criou milhares de empregos diretos e indiretos, incrementou a arrecadação, aqueceu o comércio e os serviços, além de abrir novas perspectivas de crescimento regional.

Caso receba um investimento semelhante, Vitória da Conquista pode colher frutos análogos. A geração de postos de trabalho em grande número traria impactos muito favoráveis, como a retenção de mão de obra local, a redução do êxodo de jovens para outras cidades e o aquecimento do mercado imobiliário.

Além disso, uma maior arrecadação de impostos permitiria à prefeitura realizar melhorias na infraestrutura e equipamentos públicos de Vitória da Conquista. Haveria mais recursos para saúde, educação, transporte, segurança e políticas sociais.

O comércio conquistense, por sua vez, se beneficiaria enormemente do aumento do número de habitantes e da renda gerada pelos salários dos novos trabalhadores. Lojas, restaurantes, serviços de toda ordem seriam impulsionados, dinamizando a economia da cidade.

Restaria ao poder público municipal criar um ambiente favorável aos negócios, facilitando a instalação do polo têxtil. Além disso, teria o desafio de planejar o crescimento de forma integrada, invertendo também em capacitação, infraestrutura, sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida.

Assim como em Santa Brígida, a indústria têxtil pode se tornar uma alavanca transformadora para o desenvolvimento de Vitória da Conquista. Cabe à sociedade local apoiar iniciativas nessa direção, seguindo o exemplo de sucesso de ou 

sábado, 19 de agosto de 2023

A Polarização Política em Vitória da Conquista: Maturidade Cidadã em Ação. (Padre Carlos)

 



A população conquistense



 

Vitória da Conquista, 19 de agosto de 2023 - Enquanto o Brasil se vê imerso em uma polarização política que parece não ter fim, um cenário peculiar emerge nas eleições municipais de Vitória da Conquista, na Bahia. A cidade, que outrora foi palco de intensos embates políticos durante a ditadura militar em prol da democracia, agora se destaca por uma polarização política que transcende o mero confronto entre esquerda e direita. Aqui, a polarização representa o amadurecimento do eleitorado local, que compreende os riscos da unanimidade e os benefícios de contar com dois grupos fortes na disputa pelo poder.

Ao longo de duas décadas, o Partido dos Trabalhadores (PT) exerceu seu domínio sobre Vitória da Conquista. No entanto, a renovação de lideranças nesse período foi escassa, e muitos quadros importantes abandonaram a política ou buscaram refúgio em outros partidos de esquerda e centro-esquerda. Esse fenômeno enfraqueceu significativamente o PT na região, deixando-o reduzido a dois grupos internos e alguns quadros independentes.

A população conquistense, atenta a esse cenário, enxerga com otimismo a emergência de uma polarização de forças entre a situação e a oposição. Os eleitores agora exigem que os candidatos "mostrem serviço" para não perderem votos. A atual prefeita, consciente dessa realidade, buscou empréstimos para acelerar obras que precisam ser concluídas e criar uma estrutura para as subprefeituras atenderem a área rural. Além disso, ela está empenhado em atrair investimentos da iniciativa privada, como o projeto de construção do polo têxtil na região.

Por outro lado, o governador, que apoia dois candidatos da oposição, prometeu vários investimentos para a cidade. Essa competição pelo apoio político só tende a beneficiar a população, que agora está no centro das atenções dos dois principais grupos políticos. Os eleitores de Vitória da Conquista demonstraram maturidade ao entender que a existência de duas forças políticas concorrendo obrigando diretamente os candidatos a entregar mais em prol da cidade, sob o risco de perderem apoio é vantajoso para o município.

Essa postura não nega a tradicional paixão política do povo conquistense, que remonta aos tempos da ditadura militar, quando a cidade se tornou uma trincheira da democracia. No entanto, ela reflete a sabedoria popular de extrair o melhor dos políticos por meio do equilíbrio de forças. Em um momento em que o Brasil parece dividido em extremos, Vitória da Conquista destaca-se como um exemplo de como a polarização não precisa ser reduzida a uma luta simples entre esquerda e direita, mas pode ser uma oportunidade para fortalecer o poder local.

Cada cidade tem suas particularidades, e em Vitória da Conquista, a polarização política é simbólica de poder local compartilhado. Isso, para o eleitor conquistense, representa a certeza de que sua voz será ouvida e de que seus interesses serão atendidos. É uma lição valiosa em um momento em que o país busca desesperadamente um caminho para superar as divisões e trabalhar em prol do bem comum. Vitória da Conquista nos mostra que a polarização pode ser, de fato, uma força construtiva quando bem gerida e direcionada para o progresso da comunidade.


sexta-feira, 18 de agosto de 2023

ARTIGO - Aliados Abandonados: O Declínio da Lealdade Militar nas Reviravoltas Políticas. (Padre Carlos)

 


Um militar não deixa ninguém para trás


No cenário político atual, um acontecimento marcante chama a atenção para a trama complexa da lealdade e das alianças no âmbito militar. A trajetória de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, um militar de carreira, e seu pai, um general, vem à tona como um exemplo impactante de como a política muitas vezes ignora a lealdade em busca de objetivos próprios.

No cerne dessa narrativa está a figura do tenente-coronel da ativa do Exército Brasileiro, o homem de confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro e amigo de seu pai na Academia Militar das Agulhas Negras. Envolto no escândalo da venda das joias e relógios de luxo, Cid aparentemente agiu não apenas por conta própria, mas possivelmente seguindo as diretrizes do ex-presidente. A alegação de que Cid entregou o dinheiro da venda dessas peças diretamente a Bolsonaro lança uma sombra sobre a confiança depositada no líder político.

No entanto, a resposta da defesa de Bolsonaro é assertiva e nega veementemente qualquer envolvimento do ex-presidente na transação. O advogado Paulo Cunha Bueno afirma que Bolsonaro "nunca recebeu nenhum valor em espécie do Cid referente à venda de nada". Esta negação pública ressalta a relação delicada entre aliados e rapidez com que a lealdade pode ser questionada e descartada nos meandros da política.

Aqui surge uma dicotomia intrigante: Bolsonaro, um militar reformado, parecia ter esquecido os princípios militares de não deixar um companheiro abatido sem socorro ou ser deixado para trás. Um verdadeiro líder militar preza por seus protegidos e os protegidos. No entanto, os eventos recentes levantam questões sobre se esses princípios foram relegados em favor de interesses políticos pessoais.

Enquanto a história continua a se fortalecer e a verdade é disputada nos tribunais e nos noticiários, o episódio Mauro Cid destaca a importância da lealdade mútua na política e, especificamente, no ambiente militar. A traição ou o abandono de um aliado pode ter ramificações duradouras não apenas nas relações pessoais, mas também na percepção pública de um líder e de sua integridade.

A mensagem clara que fica é que a lealdade é um atributo valioso e fundamental em qualquer esfera da vida, mas torna-se ainda mais crucial quando se trata de liderança política e militar. A confiança depositada em líderes é moldada pela maneira como eles tratam seus aliados e subordinados. A história de Bolsonaro e Mauro Cid serve como um lembrete de que, em meio às complexidades da política, a lealdade genuína não pode ser descartada sem consequências.

Um militar não deixa ninguém para trás

Um militar é treinado para ser leal e para proteger seus companheiros. Ele é ensinado a nunca abandonar um companheiro em apuros, não importa o que aconteça. Esta é uma das virtudes mais importantes de um militar, e é aquela que deve ser preservada a todo custo.

Infelizmente, os eventos recentes envolvendo Mauro Cid sugerem que alguns líderes políticos não estão comprometidos com este princípio. Bolsonaro, um militar reformado, parece ter abandonado seu ex-ajudante de ordens quando ele mais precisava dele. Esta é uma traição às virtudes militares e é um lembrete de que nem todos os líderes políticos são dignos de confiança.

A história de Mauro Cid é um lembrete de que a lealdade é um valor precioso. É algo que deve ser apreciado e cultivado, e nunca deve ser descartado. Quando os líderes políticos abandonam seus aliados, eles não apenas estão traindo a confiança daqueles que os seguem, mas também estão enfraquecendo as instituições que são responsáveis ​​por proteger nossa sociedade.


ARTIGO - Entre Metáforas Musicais e Duras Realidades: A Roma Negra e a Violência Contra Lideranças Quilombolas. (Padre Carlos)

 A Conexão Entre a Roma Negra e a Violência Contra Lideranças Quilombolas



Na vastidão da expressão artística, músicos muitas vezes transmitem mensagens que vão além das notas e das letras. Caetano Veloso, com sua poesia lírica, uma vez ousou chamar Salvador de "Roma negra", uma metáfora que transcende a geografia para evocar a força cultural e histórica das cidades brasileiras com grande população negra. Entretanto, a realidade frequentemente ofusca o brilho das metáforas, e acontecimentos na Bahia lançam uma sombra sobre essa conexão.

O assassinato de Bernadete Pacífico, uma destacada liderança quilombola da Bahia, não apenas chocou a nação, mas também trouxe à tona questões complexas e dolorosas. Enquanto Caetano Veloso se inspira nessa busca nas raízes negras da Bahia para compor seus versos, a região da violência assume uma predominância triste e marcante: jovens negros e pobres frequentemente tornam-se vítimas dessa escalada crônica de criminalidade.

Segundo Anielle Franco, Ministra da Igualdade Racial, o terrível assassinato de Bernadete ocorreu no Pacífico após a invasão de seu terreiro por criminosos. A tragédia ganha ainda mais gravidade ao considerar que há seis anos, o filho de Bernadete também foi vítima fatal da violência que permeia as ruas e becos da Bahia. A cruel ironia não passa despercebida: a mesma liderança que lutava pela preservação da cultura e religiosidade afro-brasileira, que Caetano Veloso tanto celebra poeticamente, foi brutalmente silenciada.

No cerne dessa violência persistente na Bahia encontra-se um sistema complexo e multifacetado de desigualdades sociais e raciais. As raízes históricas da escravidão e do racismo lançam uma sombra sobre a atualidade, refletindo-se em oportunidades limitadas para os jovens negros, falta de acesso à educação de qualidade e institucionalizada. A Roma negra que Caetano Veloso evoca é, infelizmente, marcada por cicatrizes profundas, onde a cultura vibrante se mistura com o peso do passado e a luta constante pela igualdade.

Nesse contexto, as palavras de Anielle Franco ressoam poderosamente: a violência na Bahia está intrinsecamente ligada a essas lutas persistentes por justiça social e igualdade racial. Bernadete Pacífico é um triste testemunho da dura batalha que muitos enfrentaram para quebrar os grilhões do preconceito e da violência.

Caetano Veloso, com sua música e poesia, oferece uma visão de beleza e esperança em meio a uma realidade muitas vezes esquecida. Mas é importante lembrar que, por trás das metáforas, existem histórias reais de luta, perda e resiliência. O assassinato de Bernadete Pacífico serve como um brutal de que há muito trabalho a ser feito para transformar a Roma negra em um lugar de verdadeira igualdade, justiça e segurança para todos os seus filhos.

Em última análise, a conexão entre as palavras de Caetano Veloso e a tragédia enfrentada por Bernadete Pacífico nos convida a refletir sobre o poder da arte em inspirar a mudança e a necessidade urgente de abordar as profundas desigualdades que continuam a corroer a essência da sociedade brasileira. A verdadeira homenagem a líderes como Bernadete Pacífico é não apenas celebrar suas conquistas, mas também lutar incansavelmente por um futuro onde a Roma negra brilhe a autoridade com a luz da justiça, da igualdade e da paz. 





ARTIGO - Do Sonho à Realidade: O Polo Têxtil e o Novo Horizonte Econômico do Sudoeste da Bahia. (Padre Carlos)


Fios de Oportunidade




A região do Sudoeste da Bahia está prestes a dar um salto significativo em seu desenvolvimento econômico com a apresentação pública do projeto do Polo Têxtil em Vitória da Conquista, terceira maior cidade do estado. O evento ocorreu no último dia 17, no auditório Lúcia Dórea, no CEMAE, e trouxe à luz as perspectivas promissoras que esta iniciativa traz consigo. Com a expectativa de gerar mais de 8 mil de empregos diretos, o impacto no mercado de trabalho local promete ser expressivo, elevando a qualidade de vida da população e impulsionando a economia regional.

A presença de autoridades municipais e estaduais, juntamente com representantes do setor têxtil e membros da sociedade civil, confirmaram a importância desse empreendimento para o futuro da região. Durante a apresentação, foram sentidas as estruturas e infraestruturas do polo, bem como os impactos psicológicos e sociais que ele pode acarretar. Esse esforço transparente em comunicar os detalhes do projeto demonstra o comprometimento das lideranças envolvidas com a transparência e a construção de consenso em torno dessa iniciativa transformadora.

A prefeita Sheila Lemos, uma figura proeminente no evento, deixou clara a melodia do projeto ao lado do seu secretariado e de autoridades presentes.

A empolgação demonstrada por empresários não só do setor têxtil, mas também de outras áreas, enfatiza a confiança na transformação de Vitória da Conquista em um polo econômico diversificado e próspero. A localização estratégica da cidade, combinada com sua infraestrutura já existente, oferece uma base sólida para o crescimento e atração de investimentos. O entusiasmo desses empresários sugere que eles visualizem essa empreitada como um investimento seguro e promissor, que não apenas beneficia Vitória da Conquista, mas toda a Região do Sudoeste da Bahia.

Além dos empregos diretos que serão criados, o Polo Têxtil tem o potencial de estimular toda uma cadeia produtiva, desde fornecedores de matérias-primas até gerados de serviços diversos. Isso cria um efeito multiplicador que impulsiona a atividade econômica de maneira ampla e sustentável. Além disso, a capacitação e o treinamento necessário para as funções no polo podem resultar em uma força de trabalho mais qualificada e competitiva, ampliando ainda mais as oportunidades no mercado local e regional.

Contudo, é importante destacar que, embora o projeto prometa vários benefícios, desafios podem surgir ao longo do caminho. A gestão responsável dos impactos ambientais e sociais, a garantia de condições justas de trabalho e a promoção da inclusão devem estar no cerne do desenvolvimento do polo. O diálogo contínuo com a comunidade, a transparência nas ações e a busca por parcerias com instituições acadêmicas e de pesquisa podem auxiliar na construção de um polo administrativo sustentável e transformador.

Em conclusão, o projeto do Polo Têxtil em Vitória da Conquista está prestes a catalisar o desenvolvimento econômico do Sudoeste da Bahia. Com a geração de empregos diretos, a diversificação econômica e a atração de investimentos, essa iniciativa promete um futuro. O sucesso do Polo Têxtil em Vitória da Conquista também dependerá de iniciativas certificadas com as regionais e nacionais de desenvolvimento. Parcerias com órgãos governamentais, instituições financeiras e organizações de fomento podem garantir recursos adicionais, expertise e apoio regulatório para supervisor do projeto. Além disso, uma comunicação transparente com a sociedade, mantendo-a controlada sobre o progresso, os desafios e os benefícios do polo, é essencial para manter o apoio público ao longo do tempo.

Em síntese, a região do Sudoeste da Bahia está à beira de uma transformação econômica significativa com a implantação do Polo Têxtil em Vitória da Conquista. O caminho a seguir é desafiador, mas os benefícios potenciais para a região e o exemplo que isso pode estabelecer são inestimáveis.

ARTIGO - Título: Imoralidade e Ética na Advocacia: Um Olhar Sobre o Caso Wassef. (Padre Carlos)

 


 

 "O anjo da guarda"

 


Em meio a um cenário onde a ética e a moralidade são pilares fundamentais para o exercício de diversas profissões, a recente discussão envolvendo o advogado Frederick Wassef expõe um dilema que atinge não apenas a esfera jurídica, mas também o crédito e confiança depositados na advocacia como um pendência.

A rápida mudança de posição do profissional do direito, que afirmou publicamente não ter conhecimento das joias em questão para, subitamente, ser identificado como o comprador legal de um relógio Rolex vendido ilegalmente, lança uma sombra de dúvida sobre as condutas éticas seguidas por alguns profissionais em sua busca por sucesso e ganhos materiais.

Nem tudo o que é legal é necessariamente moral, e esse caso não é uma exceção. A advocacia é uma profissão que exige integridade, retidão e responsabilidade para com a verdade, princípios que estão intrinsecamente ligados ao seu papel na sociedade. Quando um advogado, que deve ser um defensor da justiça, se envolve em ações questionáveis, como a recompra de um bem vendido ilegalmente, ocorre um comprometimento não apenas da sua própria imagem, mas também da segurança do sistema jurídico como um todo.

A advocacia não deve ser vista apenas como uma atividade mercantil, onde os ganhos financeiros prevaleceram sobre a ética profissional. A confiança depositada pelos clientes e pela sociedade em advogados é resultado da crença de que esses profissionais conduziram seus deveres com respeito à lei e à moral. Quando essa confiança é abalada, as bases da justiça também sofrem abalo.

O caso Wassef nos relembra que a imoralidade pode transcender o decoro da advocacia, e que é dever dos órgãos reguladores, assim como da própria classe, reforça a importância dos princípios éticos. A busca pelo sucesso e pela vitória legal não deve comprometer a integridade e a honra de uma profissão cuja responsabilidade é defender os valores que sustentam a sociedade.

Em um momento em que a opinião pública está atenta a cada movimento de figuras públicas, é essencial que os profissionais do direito, como também de outras áreas, sejam um exemplo de integridade e ética. Afinal, a força e a tolerância de qualquer profissão residem na capacidade de manter um equilíbrio entre o legal e o moral, construindo uma base sólida para um futuro mais justo e íntegro.

Fim do artigo

 


ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...