domingo, 17 de setembro de 2023

ARTIGO - O PSD e o Xadrez Político de Vitória da Conquista

 Uma escolha arriscada ou estratégica?




  O ano de 2024 se aproxima e com ele as eleições municipais que definirão o rumo da nossa cidade pelos próximos quatro anos. Nesse cenário, um partido que tem chamado a atenção é o Partido Social Democrático (PSD), que parece ter feito uma escolha arriscada ou estratégica ao se aliar ao Partido dos Trabalhadores (PT) na disputa pela prefeitura.

  O PSD, que já foi liderado por nomes como Cloves Ferraz e Professor Abel, agora está sob o comando do deputado federal Paulo Magalhães, que tem buscado fortalecer a legenda na região. Um dos seus movimentos foi trazer para o partido a família Tigre, que tem uma forte influência política em Belo Campo e em outros municípios vizinhos. O principal nome dessa família é Quinho Tigre, que é prefeito em Belo Campo e tem pretensões de ser candidato a deputado estadual em 2026.

  No entanto, o que mais surpreendeu foi a notícia de que o PSD está inclinado a apoiar o PT nas eleições para a prefeita de Vitória da Conquista.  Isso significa que o partido pode abrir mão de lançar uma candidatura própria ou de se aliar a outros partidos da base do governador Jerônimo Rodrigues, como o PP e o MDB. Ao invés disso, o PSD pode se juntar a frente liderada pelo deputado federal Waldenor Pereira, que é o pré-candidato do PT e que tem o apoio do ex-presidente Lula e do senador Jaques Wagner.

   Essa escolha pode ser vista como arriscada ou estratégica, dependendo do ponto de vista. Por um lado, pode ser arriscada porque o PSD pode perder espaço e protagonismo na política local, ficando à sombra do PT, que é um partido muito mais consolidado e popular na cidade. Além disso, o PSD pode se afastar de um projeto político que a família Tigre pretende inplantar . Por outro lado, pode ser estratégica porque o PSD pode se beneficiar da força eleitoral do PT, que tem uma grande militância e uma base fiel na cidade. Além disso, o PSD pode se aproximar de Waldenor Pereira, que é uma figura de grande destaque na região e que tem um projeto político bem definido.

   O fato é que o PSD está fazendo uma aposta alta nas próximas eleições. Se der certo, o partido pode sair fortalecido e com mais representatividade na cidade e na região. Se der errado, o partido pode sair enfraquecido e com menos credibilidade perante os eleitores. O futuro político do PSD em Vitória da Conquista dependerá muito da sua capacidade de dialogar com os outros partidos, com a sociedade civil e com os cidadãos conquistenses. O PSD terá que mostrar quais são as suas propostas e as suas bandeiras para a nossa cidade. Só assim poderá conquistar a confiança e o apoio dos eleitores.

sábado, 16 de setembro de 2023

ARTIGO - Onde está a esquerda? A urgência de um projeto popular na Bahia. (Padre Carlos)

 O esvaziamento do projeto petista na Bahia



Nas últimas décadas, o cenário político baiano tem sido marcado pela hegemonia do Partido dos Trabalhadores (PT). Desde 2007, quando Jaques Wagner assumiu o governo do estado, o PT está no comando do executivo baiano, sendo sucedido por Rui Costa em 2015 e Jerônimo Rodrigues em 2022.

 

A despeito de ser um partido de orientação de esquerda, as gestões petistas na Bahia pouco têm contribuído para a construção de um projeto estruturado e efetivo de esquerda no estado. As políticas implementadas pelo PT baiano se assemelham mais a um modelo social-democrata do que a um programa classista e popular.

 

Um dos fatores que explicam essa postura é a excessiva valorização de aspectos econômicos em detrimento de pautas sociais e políticas. Observa-se uma supremacia da visão economicista, com ênfase na estabilidade, ajuste fiscal e crescimento econômico. Essa opção acaba limitando o alcance redistributivo e igualitário que se esperaria de um governo de esquerda.

 

Além disso, nota-se uma grande continuidade entre as gestões do PT e dos partidos de centro e de direita que governaram a Bahia anteriormente. As políticas nas áreas de educação, saúde, assistência social e infraestrutura, por exemplo, não apresentam rupturas significativas.

 

Dessa forma, embora represente um partido progressista, na prática o PT baiano atua dentro de uma agenda reformista moderada, sem ambição de promover transformações estruturais. Faltam propostas arrojadas de combate às desigualdades, bem como mecanismos inovadores de participação popular.

 

Para reverter esse quadro, seria necessário resgatar os fundamentos da esquerda, valorizando aspectos como justiça social, distribuição de renda e empoderamento das classes populares. Caso contrário, o projeto petista na Bahia corre o risco de se descaracterizar e de frustrar os anseios de seu eleitorado histórico.

 


ARTIGO - A Interferência dos Poderosos nas Chapas Proporcionais (vereadores)

 


"Eleições Proporcionais e a Luta Contra a Interferência dos Candidatos da Majoritária"

 


 

     Caro leitor, há um problema que perdura nas eleições proporcionais, em especial aquelas que envolvem a escolha de vereadores. Esse problema é a interferência dos candidatos da majoritária e das lideranças partidárias em priorizar determinadas candidaturas. É um tema que merece nossa atenção, pois afeta diretamente a representatividade democrática e a igualdade de oportunidades no processo eleitoral.

    É compreensível que em uma sociedade democrática, os candidatos busquem apoio e alianças políticas para fortalecer suas campanhas. No entanto, o que se torna preocupante é quando essa busca por apoio se transforma em uma interferência desproporcional nas candidaturas proporcionais.

  Muitas vezes, vemos candidatos das majoritárias e líderes partidários direcionando recursos, visibilidade e apoio quase que exclusivamente para alguns escolhidos, deixando de lado aqueles que se lançam na disputa com coragem e determinação, mas sem o amparo das elites partidárias.

    Isso cria um cenário onde os chamados "pobres coitados", que se aventuram na política com a cara e a coragem, acabam servindo principalmente para formar coeficiente eleitoral para os apadrinhados. Em outras palavras, são usados como meros instrumentos para que outros alcancem seus objetivos eleitorais, sem que tenham reais chances de serem eleitos.

    Esse tipo de interferência compromete a verdadeira essência da democracia, que é a representatividade. As eleições proporcionais deveriam ser a oportunidade para que diversas vozes, de diferentes origens e estratos sociais, pudessem ser ouvidas e representadas nos órgãos legislativos. No entanto, quando as lideranças partidárias impõem suas escolhas, isso acaba minando a diversidade e a pluralidade de ideias no poder.

  O eleitor, por sua vez, acaba sendo prejudicado, pois tem sua escolha limitada por essas interferências. Ele vota em um candidato acreditando que está contribuindo para a eleição de alguém que realmente o representa, mas, na prática, seus votos muitas vezes servem apenas para fortalecer a chapa majoritária.

  É fundamental que os candidatos compreendam a importância de lutar contra as manobras e privilégios que permeiam esse sistema eleitoral. A política não deve ser um jogo de cartas marcadas, mas sim um espaço onde as ideias, projetos e compromissos com a sociedade prevaleçam sobre interesses pessoais ou partidários.

    Para combater essa interferência indevida, é necessário um esforço conjunto da sociedade civil, partidos políticos e legisladores. A transparência nos processos de escolha de candidatos e a conscientização dos eleitores sobre a importância de votar de forma consciente são passos fundamentais nessa direção.

   Em um momento em que a busca pela verdade e pela justiça é uma prioridade, devemos também lutar por eleições mais justas e democráticas, onde todos tenham igualdade de oportunidades para se elegerem. Somente assim poderemos fortalecer nossa democracia e garantir que o poder verdadeiramente emane do povo. É uma batalha difícil, mas uma que vale a pena ser travada em nome da justiça e da representatividade.

   Que possamos, juntos, construir um sistema político mais justo e inclusivo, onde as vozes de todos sejam ouvidas e respeitadas, independentemente de quem as apadrinhe. Afinal, a verdadeira força da democracia está na diversidade e na participação de todos os cidadãos.

 

 


ARTIGO - O Dever do Governador Jerônimo com Vitória da Conquista

 

A Importância de uma Agenda: Vitória da Conquista e o Governador"



Prezados leitores,

Neste momento crucial para a nossa cidade, é fundamental abordar a ausência do governador Jerônimo Rodrigues em Vitória da Conquista. Como cidadãos conquistense, temos o direito e o dever de questionar o porquê dessa falta de compromisso com o terceiro maior município da Bahia.

Jerônimo Rodrigues, que deixou de ser candidato do Partido dos Trabalhadores para se tornar governador de todos os baianos, assumiu esse cargo importante há nove meses. No entanto, a sua ausência oficial em Vitória da Conquista já dura mais de 11 meses, desde a última vez que esteve aqui como candidato, em outubro de 2022.

Não podemos ignorar que, embora o governador tenha pernoitado algumas vezes  em nossa cidade, suas passagens foram breves e não envolveram compromissos oficiais. Isso não condiz com a relevância de Vitória da Conquista no desenvolvimento do estado.

Será que essa ausência se deve ao fato de que a nossa cidade é governada por um partido que não faz parte da base de sustentação do governador? A política não deve ser motivo para deixar de atender às demandas de um município. A prefeita e o povo de Conquista têm todo o direito de esperar uma agenda oficial para discutir as necessidades locais.

O próprio governador Jerônimo admitiu que está em dívida com nossa cidade. Ele percebeu que é devedor porque esteve aqui durante a campanha e conversou com empresários, mas suas promessas de visita para articulações e inaugurações ainda não se concretizaram.

Além disso, há grandes obras do Governo do Estado em andamento na nossa cidade, como a duplicação da Avenida Presidente Vargas e a Barragem do Rio Catolé. Estas são obras de grande importância para nossa infraestrutura e abastecimento hídrico, e é essencial que o governador se envolva diretamente nesses projetos.

Nossa cidade merece respeito e atenção, independente de questões políticas. Esperamos que o governador Jerônimo Rodrigues reveja sua agenda e priorize Vitória da Conquista, cumprindo seu dever com todas as conquistenses.

Vamos continuar atentos e cobrando para que nossa cidade receba o tratamento compatível com sua importância no cenário estadual.

Por uma Vitória da Conquista mais forte e representativa,

Padre Carlos Roberto

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

ARTIGO - Os advogados dos golpistas: uma piada de mau gosto. (Padre Carlos)




A advocacia brasileira em xeque



Os ataques de 8 de janeiro de 2023, que tentaram derrubar o Estado Democrático de Direito no Brasil, foram um dos momentos mais sombrios da nossa história recente. Mas, como nem tudo é ruim, esses ataques também nos proporcionaram alguns momentos de alívio cômico, graças às falas inusitadas dos advogados que defenderam os réus no Supremo Tribunal Federal (STF).


Em uma das defesas, o advogado Hery Kattwinkel, que representava um dos manifestantes, afirmou que seu cliente havia agido por "amor à pátria". Para ilustrar sua tese, ele citou a fábula "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry. No entanto, Kattwinkel cometeu uma gafe ao confundir o livro infantil com o clássico "O Príncipe", do filósofo Nicolau Maquiavel.


"O Pequeno Príncipe é uma história sobre o amor à pátria", disse o advogado. "O príncipe deixa o seu planeta para viajar pelo universo em busca de um amigo. E, no final da história, ele descobre que o seu verdadeiro amigo é o seu zorro, que o ensinou o verdadeiro significado do amor."


A gafe de Kattwinkel foi rapidamente notada nas redes sociais e virou meme. O advogado foi alvo de críticas por sua falta de conhecimento literário.


Outro momento inusitado aconteceu na defesa de Sebastião Coelho da Silva, que também é acusado de participação nos ataques. O advogado, que não teve o seu nome revelado, pediu permissão para fazer um discurso emocionado em favor de seu cliente.


"Eu quero pedir permissão para falar um pouco sobre a vida do meu cliente", disse o advogado. "Ele é um homem simples, que sempre trabalhou duro para sustentar a sua família. Ele é um pai amoroso e um marido dedicado."


O advogado começou seu discurso com a voz embargada e, rapidamente, começou a chorar. Os ministros do STF ficaram surpresos com a reação do advogado.


"Eu não consigo mais falar", disse o advogado, entre soluços. "Eu estou muito emocionado."


A defesa de Sebastião Coelho da Silva foi marcada por lágrimas e aplausos. No final, o advogado conseguiu convencer os ministros a liberar seu cliente, que foi condenado a 14 anos de prisão.


A última defesa inusitada foi a de Larissa Lopes de Araújo, que representava uma das manifestantes. A advogada afirmou que sua cliente havia sido induzida a cometer o crime por um grupo de hackers que ameaçou publicar fotos íntimas dela nas redes sociais.


"Minha cliente é uma mulher inocente", disse a advogada. "Ela foi chantageada por um grupo de hackers que ameaçou publicar fotos íntimas dela na internet. Ela cometeu o crime por medo."


A defesa de Larissa Lopes de Araújo foi baseada em uma teoria da conspiração. No entanto, os ministros do STF não acreditaram na história da advogada e condenaram sua cliente a 12 anos de prisão.


As falas inusitadas dos advogados dos golpistas foram um alívio cômico em meio a um momento tão sombrio. No entanto, elas também levantaram questionamentos sobre a qualidade da advocacia no Brasil .

ARTIGO - Julgamento expõe isolamento de ministros indicados por Bolsonaro.(Padre Carlos)

 Mendonça e Nunes Marques insistem em tese fantasiosa sobre atos golpistas




O julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) referente aos atos terroristas de 8 de janeiro enterra de vez a tese bolsonarista de que não houve tentativa de golpe naquele fatídico domingo. Ao condenar por unanimidade o réu Aécio Lúcio por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, os ministros mostraram que a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes tinha sim o claro objetivo de promover um golpe e suspender o processo democrático.


Infelizmente, a votação expôs mais uma vez o isolamento dos ministros André Mendonça e Nunes Marques, indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Enquanto a maioria do STF entendeu que houve tentativa clara de golpe, esses dois magistrados insistiram na tese fantasiosa de que os atos se limitaram a danos materiais, sem intenção de derrubar o governo eleito.


Essa divergência escancara o quanto Mendonça e Marques estão descolados da realidade e presos a uma narrativa bolsonarista já superada pelos fatos. Sequer a destruição do próprio plenário do STF persuadiu esses ministros de que se tratou de um atentado à democracia. Parecem mais preocupados em defender o padrinho político que os indicou do que em fazer uma análise jurídica imparcial.


O Brasil espera que o STF puna com rigor os responsáveis pelos atos terroristas, para que nunca mais se repita uma tentativa desse tipo. E também aguarda que seus ministros, independentemente de quem os indicou, estejam comprometidos acima de tudo com a Constituição e o Estado de Direito. Caso contrário, a credibilidade de nossa Corte Suprema ficará seriamente abalada.







ARTIGO - Unidade Liberal em Vitória da Conquista. (Padre Carlos)





União Liberal é o Caminho 





Caro Leitor,

Vitória da Conquista, assim como todo o Brasil, vive um momento crucial em sua trajetória política. As discussões sobre os rumores do município, especialmente no que tange à eleição para a prefeitura, tomaram um lugar central nas conversas da cidade. É compreensível a tentativa do Partido Liberal (PL) em lançar uma candidatura própria, buscando capitalizar o sentimento bolsonarista ainda presente na parte do eleitorado. No entanto, precisamos analisar a situação com cuidado e visão de longo prazo.
A primeira questão que merece nossa atenção é a divisão no campo da direita. Nos últimos anos, vimos uma polarização política intensa no Brasil, e essa divisão, em muitos casos, só enfraqueceu o campo democrático. Em Vitória da Conquista, a união em torno da prefeita Sheila Lemos tem se mostrado uma estratégia responsável e sensata. Sheila tem liderado a cidade com comprometimento e responsabilidade, valores que são caros à democracia e ao liberalismo.
Divergências entre diferentes grupos políticos são naturais e até saudáveis ​​em uma democracia, pois enriquecem o debate e permitem a busca por soluções mais abrangentes. No entanto, é importante que essas divergências não obscureçam o que há em comum entre as diferentes correntes da direita: o compromisso com os valores democratico e liberais. Afinal, é esse conjunto de valores que deve orientar qualquer gestão pública responsável.
Outro ponto crucial a considerar é a real força político-partidária na cidade. Por mais excitação que existe, é ilusório imaginar que o PL tenha, neste momento, uma estrutura necessária para uma campanha competitiva ao executivo municipal. A política exige não apenas ideias e propostas, mas também uma infraestrutura sólida e capilaridade para alcançar os representantes. Nesse sentido, o foco deveria estar na formação de uma bancada sólida de vereadores, que possa trabalhar em conjunto para implementar as políticas que a cidade precisa.
Em resumo, a prudência recomenda a união do campo liberal em torno da candidatura de Sheila Lemos à reeleição. Divisões desnecessárias, motivadas muitas vezes mais por projetos pessoais do que programáticos, podem custar caro à cidade. O fundamental para à direita agora seria   impedir o retorno de projetos do Partido dos Trabalhadores ao comando da cidade.


União Liberal é o Caminho 

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...