Empresário não rasga
dinheiro e é foi por isso que queremos saber como o Governador adoçou a boca da
Azul?
A suspensão abrupta do voo direto entre Vitória da Conquista e Salvador
pela Azul Linhas Aéreas pegou todos de surpresa. A explicação dada pela
companhia, de que era uma medida para ajustar a capacidade à demanda, levantou
muitas questões. Afinal, como um passe de mágica, o governador conseguiu
transformar essa questão econômica em política. O que teria acontecido nos
bastidores para que a empresa tomasse essa decisão?
Empresários não rasgam dinheiro, isso é uma máxima que todos nós
conhecemos. E é por isso que a pergunta que não quer calar é: o que deram à
Azul Linhas Aéreas em troca da suspensão desses voos? Afinal, a decisão não
afeta apenas a economia da terceira cidade mais populosa do estado, mas também
a vida de seus habitantes.
Para entender melhor essa situação, é preciso analisar os acontecimentos
recentes. Durante uma agenda oficial em Brasília, o governador Jerônimo
Rodrigues anunciou a manutenção de voos regionais em Ilhéus, Vitória da
Conquista e Porto Seguro. Ele se reuniu com o ministro dos Portos e Aeroportos,
Sílvio Costa Filho, e o presidente da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson, para
firmar essa parceria.
Mas o que chama a atenção é a rapidez com que essa decisão foi tomada e
anunciada. Parece que o governador conseguiu convencer a empresa de que era do
seu interesse manter os voos nessas cidades. E aqui está o ponto crucial: o que
teria sido oferecido em troca?
Política e economia muitas vezes se entrelaçam de maneira obscura. E
quando se trata de companhias aéreas, que dependem de uma série de autorizações
e regulamentações governamentais, as negociações nos bastidores podem ser
complexas. O presidente da Azul destacou o impulso do destino Bahia como um
compromisso importante para a empresa. Sim e porque na explicação da suspensão
dos voos isto não oi considerado?
Empresários, em geral, são movidos por interesses financeiros. E a
decisão de suspender voos rentáveis não parece fazer sentido do ponto de
vista econômico puramente. Portanto, é natural que surjam questionamentos sobre
o que realmente aconteceu nos bastidores dessa negociação.
É importante que a transparência prevaleça nesse processo. Os cidadãos de
Vitória da Conquista têm o direito de saber o que foi negociado em seu nome e
como isso afetará suas vidas. Empresário não rasga dinheiro, mas político
rasga. É fundamental que as autoridades esclareçam os detalhes dessa negociação
para que a verdade prevaleça e a confiança na política não seja abalada.
Em tempos de busca incessante pela verdade e de um compromisso inabalável
com a informação, é essencial que todos os envolvidos sejam transparentes.
Afinal, é assim que construímos uma sociedade justa e consciente. Empresários,
políticos e cidadãos devem estar cientes de que as ações nos bastidores têm
consequências diretas na vida de todos.
Artigo escrito por
Padre Carlos Roberto,