Competência acima de gênero e raça
A escolha dos nomes que ocuparão cargos estratégicos como a PGR e o STF é sempre motivo de expectativa e pressão por diversos setores da sociedade. No entanto, o presidente Lula tem razão em não se precipitar e tomar estas decisões com calma e responsabilidade.
Apesar dos apelos legítimos por representatividade, o mais importante é que os indicados sejam pessoas técnica e moralmente qualificadas, comprometidas com a democracia e a justiça social. Gênero e cor não devem ser os critérios determinantes.
O histórico do PT em indicações mostra que o partido buscou nomes alinhados com seus valores, independentemente de suas características identitárias. O exemplo de Joaquim Barbosa é ilustrativo: magistrate indicado pelo PT, tornou-se o primeiro ministro negro do STF.
Portanto, mais do que a pressa em preencher as vagas, o fundamental é que Lula encontre nomes que ajudem a resgatar a credibilidade das instituições, implementando as mudanças necessárias para torná-las mais representativas da sociedade brasileira em sua diversidade.
Escolhas focadas apenas em critérios de gênero ou raça, sem considerar competência, podem ser mais simbólicas que efetivas. Urge sobretudo indicar pessoas ética e tecnicamente preparadas para defenderem a Constituição e os interesses da maioria da população. Este deve ser o norte das indicações do presidente Lula.
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