Um
Legado a Ser Preservado
O mundo está testemunhando silenciosamente
o fim de uma era. A geração que nasceu
entre as décadas de 1940 e 1960, conhecida carinhosamente como a
"geração de 68", está gradualmente deixando este mundo para trás.
Mas, enquanto esses guerreiros se retiram do campo de batalha, deixa para trás um legado
que transcende o tempo e que deve ser preservado e honrado.
Um dos pilares fundamentais que sustentaram
essa geração foi a consciência política e a luta contra a ditadura. Cresceram
em um mundo onde se podia sonhar com revolução e justiça social. Os festivais
de músicas alimentavam a alma e as utopias daqueles jovens. Apesar de toda
militância, ainda tínha tempo para o Carnaval dos clubes, para o baile de
debutantes, e para namorar, muitas vezes encontrando o amor de sua vida na primeira
tentativa. E, acredite, muitos daquela época ainda estão casados com
essa primeira paixão.
Agora, mais do que nunca, o mundo precisa
relembrar esses valores. Num cenário global de violência, intolerância e
desigualdade, o amor ao próximo é a bússola que pode nos guiar para um futuro
mais humano e compassivo.
A geração de 68 não é apenas uma parte da
história; ela é a história. Foram os arquitetos da democratização, os
construtores da educação e saúde pública e os defensores dos direitos humanos.
Eles lutaram por um mundo onde a igualdade não era apenas uma palavra, mas uma
realidade.
O mundo de hoje ainda é desafiado por
desigualdades gritantes e intolerância desenfreada. Mas, o legado da geração de
68 nos oferece esperança. Ele nos lembra que a mudança é possível quando nos
unimos em solidariedade, respeito e amor ao próximo.
Este é o desafio que a geração atual e o
que estão por vir enfrentar: continuar a luta por um mondo mais justa e lembrar
de todos aqueles que tombaram para que tivéssemos hoje uma democracia e o
direito de sonhar. Precisamos lembrar
que somos uma edição limitada, cada um de nós. Somos portadores de uma herança
valiosa e é nosso dever garantir que essa herança não seja esquecida ou
negligenciada.
Nós, como herdeiros da geração de ouro,
temos a responsabilidade de construir um mundo melhor. Um mundo onde a
tolerância é mais poderosa do que a violência, onde o respeito é mais forte do
que a intolerância e onde o amor ao próximo é a força motriz que une todas as
pessoas.
A geração de 68 está indo embora, mas seu legado
perdurará. Que podemos nos inspirar nesse legado e, juntos, criar uma sinfonia
de paz, compreensão e amor que ressoe através das gerações vindouras. É o nosso
presente para o futuro, uma dádiva que não pode ser subestimada, pois está é a
última canção de uma era que moldou o mundo como o conhecemos hoje.
Padre Carlos