sexta-feira, 29 de setembro de 2023

ARTIGO - A Última Canção da Geração de 68:

 

Um Legado a Ser Preservado

 


O mundo está testemunhando silenciosamente o fim  de uma era. A geração que nasceu entre as décadas de 1940 e 1960, conhecida carinhosamente como a "geração de 68", está gradualmente deixando este mundo para trás. Mas, enquanto esses guerreiros se retiram do campo de batalha, deixa para trás um legado que transcende o tempo e que deve ser preservado e honrado.

Um dos pilares fundamentais que sustentaram essa geração foi a consciência política e a luta contra a ditadura. Cresceram em um mundo onde se podia sonhar com revolução e justiça social. Os festivais de músicas alimentavam a  alma e as  utopias daqueles jovens. Apesar de toda militância, ainda tínha tempo para o Carnaval dos clubes, para o baile de debutantes, e para namorar, muitas vezes encontrando o amor de sua vida na primeira tentativa. E, acredite, muitos daquela época ainda estão casados ​​com essa primeira paixão.

Agora, mais do que nunca, o mundo precisa relembrar esses valores. Num cenário global de violência, intolerância e desigualdade, o amor ao próximo é a bússola que pode nos guiar para um futuro mais humano e compassivo.

A geração de 68 não é apenas uma parte da história; ela é a história. Foram os arquitetos da democratização, os construtores da educação e saúde pública e os defensores dos direitos humanos. Eles lutaram por um mundo onde a igualdade não era apenas uma palavra, mas uma realidade.

O mundo de hoje ainda é desafiado por desigualdades gritantes e intolerância desenfreada. Mas, o legado da geração de 68 nos oferece esperança. Ele nos lembra que a mudança é possível quando nos unimos em solidariedade, respeito e amor ao próximo.

Este é o desafio que a geração atual e o que estão por vir enfrentar: continuar a luta por um mondo mais justa e lembrar de todos aqueles que tombaram para que tivéssemos hoje uma democracia e o direito de sonhar.  Precisamos lembrar que somos uma edição limitada, cada um de nós. Somos portadores de uma herança valiosa e é nosso dever garantir que essa herança não seja esquecida ou negligenciada.

Nós, como herdeiros da geração de ouro, temos a responsabilidade de construir um mundo melhor. Um mundo onde a tolerância é mais poderosa do que a violência, onde o respeito é mais forte do que a intolerância e onde o amor ao próximo é a força motriz que une todas as pessoas.

A geração de 68 está indo embora, mas seu legado perdurará. Que podemos nos inspirar nesse legado e, juntos, criar uma sinfonia de paz, compreensão e amor que ressoe através das gerações vindouras. É o nosso presente para o futuro, uma dádiva que não pode ser subestimada, pois está é a última canção de uma era que moldou o mundo como o conhecemos hoje.


Padre Carlos

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