Mãe Aninha, nos versos apaixonados de Caetano Veloso
Padre Carlos,
A missão de explorar as profundezas da "Roma Negra" foi uma jornada inspirada pelo seu amigo, Padre Joselito, um convite para desvendar as raízes profundas que sustentam a rica tapeçaria cultural da Bahia. Ao aceitar esse desafio, mergulhei nas palavras sábias de mãe Aninha, nos versos apaixonados de Caetano Veloso e na riqueza das tradições afro-brasileiras que moldaram Salvador e além.
A expressão "Roma Negra", uma derivação de "Roma Africana", ganha vida através das memórias de mãe Aninha, uma líder espiritual cuja visão elevada iluminou as conexões entre Salvador e os orixás. Em suas palavras, encontramos não apenas uma afirmação da espiritualidade, mas uma declaração poderosa sobre a centralidade de Salvador no cenário do culto aos orixás.
Em "Reconvexo", Caetano Veloso canta sobre a sombra da voz da matriarca da Roma Negra, uma presença que desafia o tempo e a obscuridade, lembrando-nos da riqueza cultural e da resistência que permeiam a Bahia. É uma chamada para reconhecermos não apenas a influência, mas a vitalidade contínua da cultura afro-baiana.
Ao seguir os passos da "Roma Negra", somos guiados por uma narrativa de força, tradição e celebração. É uma história que desafia as normas, questiona as divisões e celebra a diversidade. Nos versos de Caetano, nas palavras de mãe Aninha e na riqueza das tradições bahianas, encontramos uma lição vital sobre identidade e resistência.
Nesta jornada, somos desafiados a questionar as narrativas estabelecidas, a aprender com as lições do passado e a celebrar a diversidade que enriquece nossa sociedade. Que possamos honrar a "Roma Negra", reconhecendo sua importância histórica e cultural, promovendo um futuro onde a compreensão, aceitação e igualdade floresçam.
Com respeito e gratidão,
Carlos Roberto