sábado, 21 de setembro de 2019

ARTIGO - Quem vota, decide! (Padre Carlos)




Quem vota, decide!


·          
·          
·          

       A abstenção corrói a democracia nos seus alicerces de maior participação e de uma cidadania ativa. Democracia é participação dos cidadãos na definição do seu futuro coletivo e, por isso, a abstenção significa renunciar ao exercício desse direito fundamental que é a liberdade de escolher quem governa. Diante disto, gostaria de expressar a nossa preocupação com as abstenções registradas na ultima eleição para presidente, que atingiu 20,3%, maior percentual desde 1998. Este número significa que quase 30 milhões de eleitores que estavam aptos e não compareceram às urnas.  Esta realidade não deixa de ser um paradoxo diante de uma taxa de abstenção tão alta naquela que foi a eleição de maior relevância e de caráter plebiscitário. O problema é sério, não pode ser ignorado ou desvalorizado, porque tem a ver com a essência da democracia e com o que a desistência do voto implica nas nossas sociedades.

   
    Na campanha eleitoral do ano que vem, temos que eleger a abstenção como nosso principal adversário e buscar conscientizar o eleitorado que só conseguiremos enfrentar a direita e ao projeto que vem delapidando nosso patrimônio se contarmos com ajuda de todos, temos que combater este adversário sem quartel. Para nós, esta é uma obrigação de todos os democratas e é, por isso, que é  surpreendente ver como as forças de direita não se preocupa com as abstenções, ainda que essa desvalorização possa ter um caráter conjuntural. A Direita em geral, o PSL, DEM e MDB em particular, sabem bem que, nestas eleições, quanto menos gente for votar menor será a dimensão da sua derrota...
       Não podemos deixar nas mãos de apenas alguns a definição do futuro de todos. Porque, quem não vota desiste de participar do projeto coletivo da sociedade e da construção de um futuro melhor. Não, não é verdade que todos os políticos sejam iguais. Há os que cumprem os seus compromissos e os que não cumprem. Os Governos do PT, liderados pelo Dr. Guilherme e pelo Prof. José Raimundo, é um bom exemplo de quem tem cumprido os compromissos assumidos perante os conquistenses. Esta é a melhor forma de combater a abstenção: não prometer o que não se possa cumprir.
       Nestas eleições, nós, do Partido dos Trabalhadores, não damos nenhum voto como ganho, nem nenhum voto como perdido. Lutaremos por cada voto, em cada bairro e em cada distrito de Vitória da Conquista. Só contam os votos que entrarem nas urnas, não contam as pesquisas, nem a simpatia nas ruas. Não votar significa a possibilidade de acordar no dia seguinte e as notícias não serem as que achávamos que iam ser (e que "justificavam" nem sequer precisar de ir votar).
    
   É preciso ir votar porque todos juntos fazemos uma cidade melhor. A essência da democracia é a diversidade de escolhas e que cada um escolha a melhor. Este é o apelo que aqui deixo na certeza que as eleições do próximo ano serão uma virada de página na história do Brasil. É tempo de escolher, de decidir e participar na construção do futuro.

Padre Carlos


ARTIGO - Futuro nascido das cinzas (Padre Carlos)





Futuro nascido das cinzas



            Este é o momento de reunir todos: esquerda, democratas e liberais com o objetivo de juntar forças e com coragem e esperança olhar para o futuro com um só proposito: reconstruir a nação pós Bolsonaro. Nada será como antes! Das chamas da Amazônia a nossas riquezas que foram vendidas, ficaram as cinzas, rasto de memórias de um projeto de Nação. Estas perdas que tem levado o país a uma das piores recessões da sua história, não aconteceram em decorrência de um crise, foram provocada pela ação política e judiciária levando assim a uma série de crimes de Lesa Pária jamais visto na história do Brasil.
    
        Como disse o Ministro Marco Aurélio: vivemos tempos difíceis. No momento que ouvimos certos envolvimentos de alguns membros do poder com os esquadrões da morte, de milícias atuando em todo o país e de promiscuidade entre o crime e as autoridades repressivas, não podemos contar com o Ministério Público devido aos supostos casos de corrupção e seu projeto de poder, retirando assim sua iniciativa para constituir todas essas ações como crime de lesa-pátria.  Perdemos em três anos o que levamos com várias gerações para construir. Sim, uma vida inteira de trabalho, dedicação e empenho, ficando desta forma, o silêncio na impotência de exprimir o que realmente sentimos.  Se formos procurar o fundo do poço, vamos ter de olhar para cima. Ainda podemos salvar algumas empresas incluídas no pacote de privatização, além dos Correios e da estatal que imprime o dinheiro brasileiro, estão a Telebrás, que tem a missão de fornecer bens e serviços de tecnologias de informação e comunicação no país, Eletrobrás, líder em geração e transmissão de energia elétrica no Brasil. Temos também o dever de buscar alternativas para barrar privatização das Empresas de Correios e Telégrafos e uma saída seria transformar os Correios em uma empresa de logística do Governo federal. Este é um dos desígnios que o país tem pela frente nos próximos anos: a nacionalização dos nossos recursos e das nossas empresas e a reconstrução, urgente, de tudo que se perdeu.
            É preciso virar a página da triste era Bolsonaro e entrar no tempo de reconstruir e de construir. O caminho terá que ser fruto de um pacto e a estratégia definida por uma frente nacionalista. Este é o tempo de avançar nestas certezas.
            Gostaria de lembrar aos leitores, que a venda das nossas riquezas é um projeto das elites. Assim, no “Diário da Presidência, 1995-1996”, mesmo sendo algo totalmente imoral e patrimonialista, FHC diz com naturalidade que conversava e aconselhava vários grandes empresários sobre como comprar a Vale. Fez isso com Antônio Ermírio e outros empresários.
   
         Com o país ainda incrédulo com a tragédia de Brumadinha, não podemos esquecer estes atos. Sei que este é um momento de respeito por quem ainda chora e não para explorar a tragédia para proveito político próprio. Infelizmente é a elite que temos. O que os brasileiros esperam dos políticos é capacidade para construir e para isto temos que formar uma grande frente com O PT, com Lula e com todos aqueles que querem um Brasil independente. Não podemos esperar mais. Há muito para fazer e todos juntos faremos melhor para que das cinzas nasça um futuro!

Padre Carlos


sexta-feira, 20 de setembro de 2019

ARTIGO - Chico e minha geração (Padre Carlos)





Chico e minha geração


            Minha geração foi marcada pela luta e resistência contra a ditadura militar, posso dizer hoje que sou grato por ter pertencido a uma geração, ou melhor, a uma parte da minha geração que não se calou diante da tirania. Quando se vive sob um regime de censura, a poesia, a música e a arte cênicas são forma de comunicação e resistência.
       
      Assim, a arte através da música me levou a conhecer este poeta e compositor que traduziu com perfeição as dores, tristezas e esperança daqueles jovens. Chico Buarque registrou a luta e os sonhos de uma geração e caminhou com ela, como se estivesse semeando esperança na recente história do Brasil em suas canções. Sempre crítico, Chico retratava as dificuldades vividas no período e teve seu trabalho censurado em vários momentos. Apesar de retratar os sonhos e utopias dos brasileiros, não fechou os olhos para tudo que acontecia com os povos de língua portugueses. Tanto Mar  e Fado Tropical reflete a expectativa e a  empolgação, por parte do compositor brasileiro, em relação à situação vivida em Portugal, durante a Revolução em 1974.  A Revolução dos Cravos as lutas de emancipação das colônias portuguesas a resistência a ditadura aqui no Brasil, tudo isto  embalava os nossos sonhos .  
            Foi por isto, que Chico Buarque foi escolhido por unanimidade pelo júri formado por representantes de Brasil, Portugal, Moçambique e Angola. 
            O Brasil terá de pagar metade dos 100 mil euros do Prêmio Camões de Literatura atribuído ao cantor. Um "sapo barbudo" para o governo de Bolsonaro engolir, porque Chico, que é um crítico ferrenho do seu governo, jamais aceitaria ser manipulado por este governo para receber tal honraria.   Não adianta chorar, Jair Bolsonaro terá de cumprir com a lei e pagar metade do valor do Prêmio Camões de Literatura que foi atribuído ao compositor, cantor e escritor Chico Buarque. O Presidente Bolsonaro deve assinar o diploma e pagar metade dos 100 mil euros (cerca de R$ 460 mil) do prêmio ao cantor.            O diploma, assinado pelo presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, já chegou ao Palácio do Planalto, em Brasília, para o Chefe de Estado assinar e mandar de volta para Lisboa. O documento, em três vias, está no gabinete do ministro Osmar Terra, a quem a Cultura está subordinada. O prémio será entregue numa cerimónia em Lisboa.
            O Prêmio Camões foi criado em 1988 e é considerada a principal honraria da literatura em língua portuguesa. Assim, podemos afirmar que a música, poemas e literatura são com certeza uma destas artes que transcende cultura tempo e espaço.

           A força das letras e poema de Chico, quando era declamado, fazia chegar aos jovens da minha geração à expressão sensível da luta, da resistência, da beleza ou da dor, ganhando um significado nos mínimos detalhes buscando assim rimar com alegria e tristeza que gostaríamos de expressar e sonhar com um mundo novo.
Obrigado poeta e parabéns!

Padre Carlos

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

O desespero do justo (Padre Carlos)



 O desespero do justo



              O que me desespera mesmo é o silêncio dos honestos, dos simples, dos humildes, dos justos e dos homens de bens.
            O que me escandaliza não é as consequentes "vitórias" dos vaidosos e arrogantes, dos que defendem a tortura, dos que retiram direitos e conquistas dos mais pobres.
            O que me fere de morte é constatar que a vitória dos bons e dos honestos parece tardar mais do que podemos suportar...
            Enquanto calarmos o bem e a verdade não se revelará! Já sabemos que os "filhos das trevas"'gritarão mais alto e mais forte!
            Afinal tudo depende da atitude e postura que colocamos na vida.
            É que a indiferença também mata.
            A indiferença também é pecado!
            A indiferença atrasa a "hora"'do Reino de Deus.
            A indiferença é apenas a qualidade dos acomodados e apáticos.
            Que mata!
            “Que mata antes de morrer”!

Padre Carlos

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

ARTIGO - Oposição de Esquerda (Padre Carlos)




Oposição de Esquerda

                        Em um período delicado em que a vida dos brasileiros é duramente atingida pelos efeitos da crise produzida pela irresponsabilidade deste governo que se instalou no Planalto – abalando, inclusive, a autoestima da sociedade e a confiança das pessoas em relação ao futuro – é fundamental que a oposição assuma também o seu caráter de contra ponto e um projeto alternativo que ofereça à população uma nova perspectiva, um novo olhar, um novo caminho que amplie os horizontes.  Por isto, não podemos aceitar as críticas do PDT e PSB de que nós somos refém do slogan "Lula Livre”. Queremos dialogar com os partidos de esquerda, mas não podemos esquecer nossa pauta que é a defesa do povo brasileiro e do seu patrimônio.
            Desde a posse do governo que aí está, temos reforçado a importância da oposição no quadro atual que se encontra o nosso país e a ameaça da venda das nossas riquezas conquistada ao longo dos anos, com muito esforço. Desta forma, este projeto está sendo alvo de desconfiança de grande parte dos brasileiros em decorrência do desmantelo moral e das ilegalidades que este governo representa.
            Nosso objetivo até a libertação do companheiro Lula, deverá está voltado para a construção de uma frente parlamentar de esquerda com: PT, PSOL e PCdoB que representam verdadeiramente a oposição orgânica no Congresso.     Com relação ao PSB e PDT são nossos aliados em determinadas pautas e em outras não. Já o centrão não tem nada de oposição. A pauta econômica deles é a mesma do governo. Eles têm até diferenças de método, mas não de conteúdo.
            Apesar das divergências, o PT precisa contar com os tradicionais parceiros na montagem de uma amplo arco de alianças para as eleições de 2020. Acreditamos que a disputa nas capitais e nas grandes e médias cidades, terá um caráter plebiscitária, com o eleitor fadado a escolher candidatos vinculados a Bolsonaro ou à esquerda ligado a Lula. 
     
       Sabemos que a tarefa é árdua e as dificuldades que encontraremos pelo caminho não serão poucas. Mas temos confiança de que, com a colaboração de todos aqueles que buscam uma frente de esquerda, chegaremos ao final das eleições com um acumulo de força para barra as políticas neoliberal. O importante é combater o avanço da extrema-direita. Será a disputa de uma agenda humanista contra uma autoritária, temos como elemento fundamental da identidade desta frente à campanha da libertação do companheiro Lula e temos certeza que alcançaremos o objetivo de transformá-la, verdadeiramente, em uma ferramenta de luta e resistência a este governo.

Padre Carlos



terça-feira, 17 de setembro de 2019

ARTIGO - Nossa ideia de justiça (Padre Carlos)






Nossa ideia de justiça





            A justiça existe para garantir a aplicação da lei e tem como razão de ser a proteção das relações jurídicas e da defesa  dos menos protegidos. Através dela, e do reconhecimento da sua existência, as sociedades tornam-se socialmente mais justa e os cidadãos são tratados de forma igual perante a lei.

            No Brasil, caminhamos em sentido contrário. O sentimento comum é o da extrema dificuldade no acesso, da morosidade sempre crescente, do clima de disputa ou conluio entre os diferentes órgãos do sistema judiciário ou mesmo entre juízes e, talvez o mais grave, os cidadãos não compreendem as decisões dos tribunais e normalmente associam-nas à condição socioeconómica dos envolvidos. Há uma justiça para os ricos e poderosos e outra, bem diferente, para os mais pobres e desfavorecidos.

     
       Quando legitimamos esta ideia de justiça e comportamento dos membros das nossas instituições no que diz respeito à parcialidade, passamos a entender que o Estado brasileiro precisa de reformas e instâncias que possam investigar seus pares e aplicar sem corporativismo as penalidades por desvio de função e abuso de autoridade. Como cidadão fico indignado com alguns órgãos da imprensa que de forma irresponsável, sem qualquer exame da veracidade, ou de jornalistas e comentaristas especializados na arte de desfazer o jornalismo, somos levados a comportarmo-nos diariamente como se fôssemos juízes, decidindo sobre a culpabilidade ou a inocência de tudo e de todos. É a justiça popular feita à medida de cada um que, muito embora não tenha como consequência a imposição de uma pena legal, traz consigo sanções que podem ser bem mais pesadas do que as aplicadas pelos tribunais.

            Paga o justo pelo pecador, diz o povo e com razão. Se olharmos apenas para os últimos anos, não houve dia em que a "justiça" não tenha estado nas primeiras páginas. Os juízes e Promotores se tornaram da noite para o dia, celebridades e como acontece no palco da vida, o mocinho a qualquer momento pode ser o vilão. Nos últimos meses temos presenciado um dos maiores espetáculos midiático com todos os requisitos de uma trama apresentada pela televisão brasileira, já que de novela ela entende. Quando o site The Intercept Brasil passou a revelar os bastidores da força-tarefa da Lava Jato, passamos a acompanhar a cada dia, toda a trama contra a democracia e as Instituições da República que esta sendo revelada agora pelas conversas vazadas, o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol se tornam nesta tragédia que não é grega, mas, muito brasileira, protagonistas de uma trama que revela não apenas o funcionamento da maior operação contra corrupção do país, mas também zonas cinzas do funcionamento do Judiciário, onde as linhas que separam o que é ilegal, imoral e legítimo sob os olhos da Justiça se confundem.

            Sabemos que estamos no terreno perfeito para as habituais frases feitas.  A justiça é a bondade medida ao milímetro. Verdades ou discurso de classe. Estas falácias terminam encerrando mentiras profundas. O tempo é a medida da justiça e é aos políticos que cabe estabelecer os princípios orientadores e dar os meios aos que estão constitucionalmente encarregados de julgar.

            A procura do justo e do correto parece ficar apenas nos manuais de direitos e nos preâmbulos da legislação. Para além da falta de responsabilidade e impunidade. É revoltante com que hoje alguns membros da justiça pautam suas decisões de acordo com a opinião pública. Em decorrência deste comportamento, assistimos à destruição de pessoas, de carreiras, de legados, ao mesmo tempo em que vão deixando arrastar decisões sobre casos em que ninguém tem dúvidas sobre a existência de crimes. Num país que parece que perdeu o rumo e a esperança, gostaríamos de acreditar que justiça perante cada acusação tem a imparcialidade de dizer se estamos na presença de um culpado ou de um inocente. É que nos dias de hoje, por ação ou por omissão do poder político e do poder judicial, isso parece que não interessa mais no jogo da justiça e da verdade…



Padre Carlos





segunda-feira, 16 de setembro de 2019

ARTIGO - Antilulismo ou antipetismo (Padre Carlos)





Antilulismo ou antipetismo


            No momento em que o PT se esforça para encontrar novas lideranças políticas capazes de se mostrar eleitoralmente viáveis, o governador da Bahia, Rui Costa, tomou à dianteira: na entrevista a VEJA, ele assume pela primeira vez que poderá ser pré-candidato à Presidência da República em 2022. Reeleito para o segundo mandato com 75% dos votos, o petista conclama os partidos de esquerda a se unirem em uma frente para pensar um projeto de país em oposição ao governo de Jair Bolsonaro. Costa considera que essa aliança não deve ser condicionada a uma defesa da liberdade do ex-­presidente Lula. Segundo ele, o PT se desconectou da sociedade brasileira e não devia ter lançado Fernando Haddad como candidato em 2018.
   
         Para os analistas, a posição desta corrente que representa o governador da Bahia, tem endereço certo e seu objetivo era criar um impacto necessário para chegar aos ouvidos do núcleo duro do lulismo. O partido vive alguns embates internos que o PED e a força eleitoral do nordeste não conseguiram ao longo dos anos resolverem. Diante de tais fatos, podemos constatar uma luta não só dentro do partido, mas também entre algumas lideranças das forças progressistas contra uma corrente que representa o Lulismo. Este núcleo duro que gira em torno do ex-presidente tem um total controle do aparelho do partido e não admite o surgimento de novos protagonista que não saiam dentro dos seus quadros e dos territórios onde tenham maioria da máquina partidária.
            Como ficou constatado, está se formando uma grande frente de oposição ao governo Bolsonaro que vai do antipetismo ao anti-lulismo e por representar setores conservadores, estas correntes não aceita o PT como força hegemônica, bem como a bandeira Lula Livre que poderia ser instrumentalizada para o crescimento de um partido em detrimento de outros.
            Protagonista é a personagem principal de uma narrativa, assim, podemos definir que PT como força hegemonizada da esquerda por três décadas, é o grande protagonista deste projeto. Apesar desta hegemonia está desgastada, não representa necessariamente que não tenha força política suficiente para superar esta crise. Sabendo disto e querendo também ocupar tal função no projeto político os aliados se posicionam para ocuparem estes espaços que foram perdidos com o antipetismo e o antilulismo. Os aliados dentro e fora do partido tentam se posicionar, compondo uma aliança para tentar ocupar o espaço do lulismo.  Mesmo com todo este capital político, PT e Lula, passam a enfrentar críticas para que se posicione em relação a um nome dentro ou fora do partido que possa representar a realidade eleitoral que estamos vivendo.
  
          Para afirmar a força do lulismo, mesmo preso, Lula liderava as pesquisas de opinião em 2018 até ser barrado pela Lei da Ficha Limpa. Foi figura central para que Fernando Haddad, seu ex-ministro da Educação, chegasse ao segundo turno. Mas Haddad perdeu a eleição. A derrota se deu, em grande parte, por causa do antipetismo. Com Lula fora de cena, seus adversários no campo da esquerda e seus aliados entendem que chegou o momento de ter uma participação maior no projeto de governo. Em política não há espaço vazio. Levantou da cadeira, saiu do lugar, logo será ocupado. É uma atividade que admite poucos, raros erros. Todo político precisa de aliados e se o ex-presidente Lula não sair logo da cadeia, terá dificuldade de encontrar um consenso no campo da esquerda e dos partidos progressistas.
           

Padre Carlos

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...