Futuro nascido das cinzas
Este é o momento de
reunir todos: esquerda, democratas e liberais com o objetivo de juntar forças e
com coragem e esperança olhar para o futuro com um só proposito: reconstruir a
nação pós Bolsonaro. Nada será como antes! Das chamas da Amazônia a nossas
riquezas que foram vendidas, ficaram as cinzas, rasto de memórias de um projeto
de Nação. Estas perdas que tem levado o país a uma das piores recessões da sua
história, não aconteceram em decorrência de um crise, foram provocada pela ação
política e judiciária levando assim a uma série de crimes de Lesa Pária jamais
visto na história do Brasil.
Como disse o Ministro
Marco Aurélio: vivemos tempos difíceis. No momento que ouvimos certos
envolvimentos de alguns membros do poder com os esquadrões da morte, de
milícias atuando em todo o país e de promiscuidade entre o crime e as
autoridades repressivas, não podemos contar com o Ministério Público devido aos
supostos casos de corrupção e seu projeto de poder, retirando assim sua
iniciativa para constituir todas essas ações como crime de lesa-pátria. Perdemos em
três anos o que levamos com várias gerações para construir. Sim, uma vida
inteira de trabalho, dedicação e empenho, ficando desta forma, o silêncio na
impotência de exprimir o que realmente sentimos. Se formos procurar o fundo do
poço, vamos ter de olhar para cima. Ainda podemos salvar algumas empresas
incluídas no pacote de privatização, além dos Correios e da estatal que imprime
o dinheiro brasileiro, estão a Telebrás, que tem a missão de fornecer bens e
serviços de tecnologias de informação e comunicação no país, Eletrobrás, líder
em geração e transmissão de energia elétrica no Brasil. Temos também o
dever de buscar alternativas para barrar privatização das Empresas de Correios
e Telégrafos e uma saída seria transformar os Correios em uma empresa de
logística do Governo federal. Este é um dos desígnios que o país tem pela frente nos próximos anos: a
nacionalização dos nossos recursos e das nossas empresas e a reconstrução,
urgente, de tudo que se perdeu.
É preciso virar a
página da triste era Bolsonaro e entrar no tempo de reconstruir e de construir.
O caminho terá que ser fruto de um pacto e a estratégia definida por uma frente
nacionalista. Este é o tempo de avançar nestas certezas.
Gostaria de lembrar aos
leitores, que a venda das nossas riquezas é um projeto das elites. Assim, no
“Diário da Presidência, 1995-1996”, mesmo sendo algo totalmente imoral e
patrimonialista, FHC diz com naturalidade que conversava e aconselhava vários
grandes empresários sobre como comprar a Vale. Fez isso com Antônio Ermírio e
outros empresários.
Com o país ainda
incrédulo com a tragédia de Brumadinha, não podemos esquecer estes atos. Sei
que este é um momento de respeito por quem ainda chora e não para explorar a
tragédia para proveito político próprio. Infelizmente é a elite que temos. O que os
brasileiros esperam dos políticos é capacidade para construir e para isto temos
que formar uma grande frente com O PT, com Lula e com todos aqueles que querem
um Brasil independente. Não podemos esperar mais. Há muito para fazer e todos
juntos faremos melhor para que das cinzas nasça um futuro!
Padre Carlos
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