Antilulismo ou antipetismo
No momento em que o PT se esforça para encontrar novas
lideranças políticas capazes de se mostrar eleitoralmente viáveis, o governador
da Bahia, Rui Costa, tomou à dianteira: na entrevista a VEJA, ele assume pela
primeira vez que poderá ser pré-candidato à Presidência da República em 2022.
Reeleito para o segundo mandato com 75% dos votos, o petista conclama os
partidos de esquerda a se unirem em uma frente para pensar um projeto de país
em oposição ao governo de Jair Bolsonaro. Costa considera que essa aliança não
deve ser condicionada a uma defesa da liberdade do ex-presidente Lula. Segundo
ele, o PT se desconectou da sociedade brasileira e não devia ter lançado
Fernando Haddad como candidato em 2018.
Como
ficou constatado, está se formando uma grande frente de oposição ao governo
Bolsonaro que vai do antipetismo ao anti-lulismo e por representar setores
conservadores, estas correntes não aceita o PT como força hegemônica, bem como a
bandeira Lula Livre que poderia ser instrumentalizada para o crescimento de um
partido em detrimento de outros.
Protagonista
é a personagem principal de uma narrativa, assim, podemos definir que PT como
força hegemonizada da esquerda por três décadas, é o grande protagonista deste
projeto. Apesar desta hegemonia está desgastada, não representa necessariamente
que não tenha força política suficiente para superar esta crise. Sabendo disto
e querendo também ocupar tal função no projeto político os
aliados se posicionam para ocuparem estes espaços que foram perdidos com o antipetismo
e o antilulismo. Os aliados dentro e fora do partido tentam se posicionar, compondo
uma aliança para tentar ocupar o espaço do lulismo. Mesmo com todo este capital político, PT e
Lula, passam a enfrentar críticas para que se posicione em relação a um nome
dentro ou fora do partido que possa representar a realidade eleitoral que estamos
vivendo.
Padre Carlos
Nenhum comentário:
Postar um comentário