Mas será mesmo um bom filho?
Um dos grandes erros da esquerda é não ter a capacidade de se reagrupar
facilmente devido sua forma de fazer política com o fígado ou achando feio tudo
o que não é espelho, ou do seu grupo. Hoje ao ler a reportagem do blog do Agito
Geral do meu amigo Massinha, pude entender melhor a capacidade da direita em
coloca suas divergências de lado e buscar reagrupar as forças conservadoras em
torno do prefeito e da continuidade do projeto burguês. Com a frase: o
bom filho a casa retorna, mostra a intenção de Ivan Cordeiro, ex-secretário de
Mobilidade Urbana do governo Herzem Gusmão de marchar junto com o grupo que
ajudou a colocar no poder. Mas será mesmo um bom filho?
Existe um ditado
que diz que “quando o navio está afundando, os ratos são os primeiros a
abandoná-lo”. Dizem os especialistas que dá para perceber que o barco vai mesmo
à deriva quando se vê os roedores abandonando rapidamente a embarcação. Podemos
constatar nos últimos meses, como parte do grupo que apoiou o prefeito ao
constatar o baixo desempenho da atual administração nas pesquisas, buscaram um caminho
solo.
Gostaria de lembrar
para os envolvidos neste drama ou tragédia que é mais conquistense do que grega,
que outro famoso ditado diz que “cuspir no prato que comeu” é quando alguém
desdenha de algo do qual já tirou proveitos. Seria cômico se não fosse trágico fazer a defesa de um governo depois de
deixar claro que seu projeto seria diferente do que estava sendo aplicado. “Eu e o prefeito temos discordância sobre os
caminhos da gestão em relação ao futuro da cidade. Pensamos diferente quanto à
perspectiva de pensar a cidade, de gerir, de administrar a o município”. O objetivo da direita é formar um grupo já no
primeiro turno para fazer frente ao candidato das esquerdas. Segundo Ivan, “ será mais fácil se juntar parte do grupo que dispersou”.
Isto é: Arlindo, Zé Williams, Paulo William, Marcelo Melo e Rafael Nunes e etc.
Gostaríamos de lembrar aos leitores, que pior do que cuspir
no prato que se comeu é ter que voltar pra comer no prato que se cuspiu. Mas,
para a direita isto é menos importante do que deixar o PT voltar a governar o município.
Tirando as questões éticas e ideológicas, acho que a esquerda deveria aprender
como se devem vencer certas divergências.
Temos que buscar a
unidade da Frente Conquista Popular e para isto, teremos de abrir mão de certas
coisas, abdicar de alguns projetos pessoais. O mais importante nisto tudo é
saber que estamos fazendo tudo isto, não por fraqueza, mas em nome do nosso
projeto político que é a soma de todas as forças de esquerda do nosso
município. Só assim poderemos sonhar mais uma vez em vê este povo sorrir.
Padre Carlos