terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

ARTIGO - As contradições da esquerda (Padre Carlos)




            As contradições da esquerda 


As pessoas que consideram que o ano para os políticos, só começa depois do fim do carnaval, não tem noção para os problemas que a esquerda brasileira vem enfrentando desde os primeiros dias deste ano que se inicia 
Como prevíamos, o trabalho do presidente Lula tem sido desde que saiu da prisão, construir um discurso que possa mobilizar as massas para o enfrentamento com o projeto de extrema-direita antinacional e ultraliberal, que vem passando um trator nos direitos sociais e dilapidando o patrimônio nacional. Não podemos negar, que já faz algum tempo que estamos enfrentando dentro e fora do partido uma divergência em relação a tática a ser empregado na luta contra as forças fascistas que chegaram ao poder. 
Há uma contradição entre a política apresentada por uma parte da esquerda que cria uma abertura a outras forças inclusive de direita que participaram do golpe de Estado de 2016 e que defendem a mesma política neoliberal do governo de Jair Bolsonaro. Nesse pacto cabem todos os que se opõem ao que representa o bolsonarismo e seu regressivismo político e ideológico, mas não econômico. 
Essa Frente, de resistência política, ideológica e objetiva (materializando-se na ação), deverá avançar para a recuperação de espaços perdidos, a partir de uma plataforma política alternativa e progressista. A Frente é, portanto, uma plataforma liberal, abrindo assim perspectivas política para que em determinados estados possa apresentar-se como tal. Não podemos negar que parte dos governadores petistas no Nordeste são favorável a este projeto. Um exemplo claro, foi a reforma da previdência. Não que ela não fosse necessária, mas a forma como foi conduzida e implantada. Esta reforma contraria toda a linha política do partido e além de contrariar tudo que o PT defende, seus dirigentes foram omissos e se calaram diante do que estava acontecendo. 
O trabalho de Lula neste momento é tentar harmonizar o partido para poder sair fortalecido na busca de uma unidade pelas esquerdas, criando assim, um canal de diálogo com o campo progressista. 
Desta forma, ao analisar as contradições da esquerda brasileira, chamamos a atenção do leitor, para que possa acompanhar de perto estas divergências interna dentro do partido e no campo da esquerda de um modo geral. Sendo assim, podemos constatar que serão muitos os problemas que iremos enfrentar dentro e fora do partido na construção desta sonhada unidade do campo progressista. 

Padre Carlos 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

ARTIGO - O Fado é uma oração (Padre Carlos)


                      O Fado é uma oração




          O Fado é para ser ouvido em silêncio, saboreando a letra, a melodia, o drama, a paixão, a dor e a alegria de um grande amor. Entender uma cultura e se apaixonar por ela é como viajar em grandes emoções, sentir o gosto do passado, amando e namorando com a nossa língua. Assim é a música portuguesa que aprendi amar, nela não há lugar para barulhos indiferença e vulgaridade. 

         
A Cultura portuguesa, entre elas a poesia lusitana, me faz viajar por lugares e época distante, onde só minha alma entende e consegue chegar. O Fadista fala do amor, dos medos, angústias e das paixões, sofre com as relações impossíveis e proibidas e recorda uma Portugal que não existe mais. 
          O fado é uma oração para os amantes e uma forma de entender este amor romântico que aparece no fim da idade média. Hoje, estava refletindo sobre o Fado e o amor romântico. O fadista é um trovador daquela época. Foram os lusitanos que mais se aproximaram das tragédias e loucuras das grandes paixões para expressar em seus fados estes sentimentos. Assim, nestes poemas, conseguem manter em toda a sua trajetória o fogo das paixões, para que pudéssemos vivenciá-lo de todas as formas que ele nos apresenta neste novo milênio. 
           Quando falamos desta arte, esquecemos o longo caminho que estes poetas tiveram que percorrer até chegar aos nossos dias da forma viva e cheia de emoções como vivenciamos. Estas melodias, estas histórias e estórias, contadas nestes poemas, são frutos dos sentimentos romântico, belo e com a intensidade das grandes paixões deste povo. Desta forma, o Fado vai se transformando como se fosse poesias de trovadores, de uma Portugal do Estado Novo e revelado por uma nova geração de fadista no pós setenta e quatro. É dentro deste universo lusitano que nasce uma nova concepção de falar e vivenciar este amor, estes poetas buscavam através da sua sensibilidade, romper com um antigo Portugal, onde a mulher era vista como elemento de desejo de posse física, para expor os seus desejos e as suas paixões.  
         
 São justamente, os elementos platônicos que vão humanizando aquela sociedade sucumbida por um regime fascista, trazendo assim elementos onde a mulher era considerada fonte inspiradora dos bons costumes. Diante disto, o Fado passa a ser uma força que busca  orientar este povo pra contemplação do belo como fuga da pobreza e do regime. 


          Padre Carlos 
 
 

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

ARTIGO - A candidata e a "Caneta Azul": tudo a ver! (Padre Carlos)




A candidata e a "Caneta Azul": tudo a ver!

O baiano é mestre em usar ditados populares no seu dia a dia. Primeiro, porque eles são mais cômicos que as falas normais. Segundo, porque eles são na verdade, expressões consideradas por muitos como sábias, por serem culturais. Assim, acredito que o melhor ditado que poderíamos empregar hoje dentro do governo estadual é: “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
Ao confirmar o nome da major Denice Santiago entre os possíveis quadros que podem ser indicados pelo PT para disputar a eleição municipal, Rui reafirma que a candidata é do governador e apesar de existirem outros quatro pré-candidatos pelo partido, terminou deixando claro que esta é a sua vontade.
         Como governador, Rui pode muita coisa, mas será que ele pode tudo? Será que o terreno está tão infértil ao ponto de buscar um nome fora do partido e do Méier da política? Não sei os motivos que levaram esta escolha, mas sei que dentro do partido que faço parte a quarenta anos, existe vários quadros que se encaixaria dentro destas exigências.
Quando fundamos o PT, já existia um movimento negro partidário: PreTos 82, além de lideranças em outros agrupamentos como:  Valdélio, Luiza Bairros, Anilson do Nordeste de Amaralina, o companheiro Luiz Alberto e tantos outros. Hoje contamos com um número maior e tenho certeza que foram frutos do trabalho e da militância destes abnegados companheiros. A Roma Negra precisa está representada, mas esta representação tem que ter raiz, história, identidade partidária.

 Não quero faltar com respeito com a major Denice, acredito que se Rui está jogando todas as suas fichas nesta policial é porque se trata de uma profissional competente e uma boa pessoa. Mas infelizmente em política tem que ter algo mais. Uma candidata a um cargo majoritário de uma cidade como Salvador, tem que ter experiência administrativa, mas também política.  Não é fácil ingressar no mundo da política. O candidato precisa de experiência acumulada para enfrentar situações que podem encontrar para concretizar suas aspirações. Sua trajetória política dependerá da sua capacidade de se articular não só dentro do PT, neste caso também, dentro de uma frente de partidos. Para isso, em muitas situações será preciso dançar com a música, mesmo que às vezes você não goste da música.

Sabemos que o governador tem a caneta e o partido, mas por outro lado, existe um movimento dentro e fora do PT para que esta escolha se dê da forma mais democrática. O mais engraçado nisto tudo é que criticamos a CNB e o grupo de São Paulo pelo comportamento de rolo compressor e nas nossas bases agimos da mesma forma.


Gostaria de lembrar aos dirigentes partidário e ao companheiro Rui, que protagonista é a personagem principal de uma narrativa, assim, podemos definir que PT como força hegemonizada da esquerda  por três décadas, é o grande protagonista da esquerda brasileira, por isto, não abrimos mão da cabeça de chapa!







Padre Carlos




quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

ARTIGO - “Mestre, meu mestre querido!” (Padre Carlos)




“Mestre, meu mestre querido!”


A diretoria do Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP) teve uma reunião neste 27 de janeiro, com a Comissão de Educação da Câmara de Vereadores, como parte da agenda de ações da Campanha Salarial de 2020.  É triste constatar, que a profissão de professor não seja devidamente valorizada como deveria por parte dos nossos representantes.  Tomemos exemplos como no Maranhão ou no Ceará, onde estes profissionais da educação são valorizados e em decorrência disto, os índices do IDEB comprovam como está relacionado à qualidade da educação com a valorização do professor.
Aqueles que me conhecem sabem que valorizo a educação como uma prioridade, quer ao nível do Governo estadual, quer ao nível da gestão municipal. Neste sentido, considero que os professores estão na linha de frente das nossas preocupações com a educação – a negligência para com a profissão docente refletir-se-á na educação das gerações futuras. Temos, por isso, de estabelecer um claro compromisso que passe por valorizar o professor como alguém que não só ensina como molda os comportamentos, as ações e as emoções dos nossos alunos. E o próprio professor também tem de fazer um esforço de autovalorização e de assumir suas responsabilidades sociais.
Como dizia George Steiner, os professores são os mestres e as aulas são verdadeiras lições na arte de ensinar e aprender. Tem um poema de um famoso poeta português que levo comigo como uma canção.   "Mestre, meu mestre querido!", encontramos o sentido desta relação exata entre mestre e discípulo: “Meu mestre e meu guia!" (...) "Vida da origem da minha inspiração".
Temos de restituir aos professores o lugar fundamental que merecem, não é fácil exercer esta profissão na nossa cidade. Porque não é suficientemente reconhecido nem remunerado por este governo.
Uma das coisas que não entendemos é se a profissão ou vocação do professor é fundamental para o desenvolvimento do nosso município, porque é politicamente e socialmente desvalorizado?  A valorização da carreira docente, incluindo mudanças na formação e melhoras nas condições de trabalho, é de responsabilidade do poder público. Todos nós sabemos disso. Mas e nós, pais de alunos? Valorizamos os professores dos nossos filhos? Nós, que também já fomos estudantes e tivemos professores?
Valorize mais seus professores e os dos seus filhos! Valorizando-os, você estará dando um recado aos governos e ao Estado brasileiro, que a educação e todos aqueles que fazem parte deste processo de ensino, são fundamentais para o desenvolvimento de Vitória da Conquista.

Padre Carlos



quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

ARTIGO - Mas será mesmo um bom filho? (Padre Carlos)



Mas será mesmo um bom filho?



Um dos grandes erros da esquerda é não ter a capacidade de se reagrupar facilmente devido sua forma de fazer política com o fígado ou achando feio tudo o que não é espelho, ou do seu grupo. Hoje ao ler a reportagem do blog do Agito Geral do meu amigo Massinha, pude entender melhor a capacidade da direita em coloca suas divergências de lado e buscar reagrupar as forças conservadoras em torno do prefeito e da continuidade do projeto burguês. Com a frase: o bom filho a casa retorna, mostra a intenção de Ivan Cordeiro, ex-secretário de Mobilidade Urbana do governo Herzem Gusmão de marchar junto com o grupo que ajudou a colocar no poder. Mas será mesmo um bom filho?
Existe um ditado que diz que “quando o navio está afundando, os ratos são os primeiros a abandoná-lo”. Dizem os especialistas que dá para perceber que o barco vai mesmo à deriva quando se vê os roedores abandonando rapidamente a embarcação. Podemos constatar nos últimos meses, como parte do grupo que apoiou o prefeito ao constatar o baixo desempenho da atual administração nas pesquisas, buscaram um caminho solo.
Gostaria de lembrar para os envolvidos neste drama ou tragédia que é mais conquistense do que grega, que outro famoso ditado diz que “cuspir no prato que comeu” é quando alguém desdenha de algo do qual já tirou proveitos. Seria cômico se não fosse trágico fazer a defesa de um governo depois de deixar claro que seu projeto seria diferente do que estava sendo aplicado.  “Eu e o prefeito temos discordância sobre os caminhos da gestão em relação ao futuro da cidade. Pensamos diferente quanto à perspectiva de pensar a cidade, de gerir, de administrar a o município”.  O objetivo da direita é formar um grupo já no primeiro turno para fazer frente ao candidato das esquerdas. Segundo Ivan, “ será mais fácil se juntar parte do grupo que dispersou”. Isto é: Arlindo, Zé Williams, Paulo William, Marcelo Melo e Rafael Nunes e etc.
Gostaríamos de lembrar aos leitores, que pior do que cuspir no prato que se comeu é ter que voltar pra comer no prato que se cuspiu. Mas, para a direita isto é menos importante do que deixar o PT voltar a governar o município. Tirando as questões éticas e ideológicas, acho que a esquerda deveria aprender como se devem vencer certas divergências.
Temos que buscar a unidade da Frente Conquista Popular e para isto, teremos de abrir mão de certas coisas, abdicar de alguns projetos pessoais. O mais importante nisto tudo é saber que estamos fazendo tudo isto, não por fraqueza, mas em nome do nosso projeto político que é a soma de todas as forças de esquerda do nosso município. Só assim poderemos sonhar mais uma vez em vê este povo sorrir.

Padre Carlos


segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

ARTIGO - Assim, se passaram sessenta anos (Padre Carlos)




Assim, se passaram sessenta anos



Não. Não vou falar do governo de Bolsonaro nem das suas maldades. Não vou falar da crise da democracia e da representação dos poderes. Não vou falar do momento complexo que o Brasil vive neste início de ano. Também não vou falar do governo de Herzem Gusmão e da demora do Partido dos Trabalhadores definir quem será seu candidato em Vitória da Conquista.    Não vou falar em nada disto porque os meios de comunicação estão cheios destes  artigos e os comentários proliferam, as análises sobrepõem-se e resta aguardar o seu desfecho – bons ou maus – se confirmem e esperar que a realidade das coisas não nos surpreenda.
   

 Se vocês permitirem, hoje vou falar do sentimento de perda e nostalgia que esta semana registei ao saber da morte de um grande companheiro que a muito não tinha notícias, amigo e irmão dos anos de chumbo. É uma geração que vai desaparecendo e, com ela, certa forma de estar, de ser, de se relacionar, de escrever, de cantar, mas, também de lutar e acima de tudo de amar. Esta perda me fez viajar nas minhas lembranças e resgar aquele momento da fundação do PT, da primeira campanha em 82 com voto vinculado, da propaganda politica que parecia uma página policial, afinal a maioria tinha sido preso político, do grupo de jovens, da militância do núcleo de base do partido e dos amigos da infância da Pituba.
       Alguns momentos da nossa vida são guardados e de vez em quando lembrados com carinho, como os que eu descrevi nos primeiros parágrafos. Um lugar que você ia, coisas que fazia pessoas que já não convive mais. Lembro-me do que se passou na minha infância e juventude, com ternura e muita emoção. E muitas vezes desejamos que tudo aquilo voltasse, nem que só por alguns momentos. "Como era bom"
       Hoje, me sinto como se quisesse reencontrar um mundo que eu pensava que ainda existia e agora descubro de forma dolorosa que acabou. A sensação é de querer rebobinar a vida e reencontrar-me com certa forma de ser e de estar que vivi nestes últimos 60 anos e que o tempo de forma cruel tragou com tanta voracidade. Neste momento, fecho os olhos e como numa oração, busco de forma desesperada ressuscitar tempos, valores, sentimentos, modelos de sociedade que sucumbiram a esta loucura cujo destino me afastou, quando entrei no seminário!
     
 Ao completar neste vinte e sete de janeiro sessenta anos, temos que agradecer a Deus por esta conquista! Outro fato importante é poder festejar também neste dez de fevereiro os quarenta anos do Partido dos Trabalhadores. Assim, convoco os menestréis   e os poetas para expressar o que eu sinto neste dia:

 Chega de saudade, A realidade, É que sem ela não há paz, Não há beleza, É só tristeza, E a melancolia, Que não sai de mim, Não sai de mim, não sai”.


domingo, 26 de janeiro de 2020

ARTIGO - Astúcia ou sabedoria do eleitor conquistense? (Padre Carlos)

Astúcia ou sabedoria do eleitor conquistense? 


A polarização que se anuncia para a eleição deste ano em nossa cidade se reflete em decorrência da política nacional bem como para muitos eleitores arrependidos, um verdadeiro recall das últimas eleições. O eleitorado de Vitória da Conquista entendeu que a polarização é melhor do que a unanimidade. Apesar de não está satisfeito com esta administração e reconhecer a importância da administração petista para o desenvolvimento do município, ele vê como positivo ter dois grupos políticos disputando a liderança dos poderes executivo e legislativo da municipalidade. Se só um tiver a hegemonia política como aconteceu durante os vinte anos que o PT governou, termina levando a sensação de que nada precisa fazer para ter a necessária legitimidade que torna a governabilidade factível. 
Os personagens desta grande disputa estão sendo obrigados a entender que precisam “mostrar serviço” sob pena de perderem apoios e não conseguirem formar uma frente que possa legitimar seus respectivos nomes. A população constatou que quanto mais dividida mais eles terão que trabalhar em prol da comunidade. Sabendo destas exigências, o prefeito buscou através da Câmara contrair um vultuoso empréstimo junto as instituições financeiras, mesmo comprometendo as finanças municipal, para cumprir uma agenda eleitoral e fazer frente ao apoio que o governador dará ao candidato da oposição. Este eleitor, entendeu que ter os governos do estado e da cidade disputando, através da atuação, sua preferência é algo que só a beneficia. 
Essa maturidade eleitoral do conquistense, já tinha sido constatada durante o Regime Militar, onde nosso município sempre se apresentou como uma trincheira da democracia. Esta ação não nega, pelo contrário, só confirma o comportamento apaixonado da população conquistense nos períodos eleitorais. Claro, como afirmamos, ele é bem mais consequência da cultura política local do que algo demandado pelos atores e partidos políticos que se apresentam neste pleito.  
Esta análise não deve ser transposta para outros processos eleitorais em outras cidades brasileiras. Eleições locais têm características e variáveis próprias que devem ser respeitadas. Vitória da Conquista se apresenta dividida e nesta divisão existe um elemento que poucos analistas podem entender; me refiro a astucia e sabedoria dos seus habitantes. 

O eleitor conquistense oferece aos atores políticos envolvidos na disputa uma sábia lição – a unanimidade pode até ser mais cômoda aos grupos políticos, mas não satisfaz aos interesses e necessidades de grande parte da população. 

Padre Carlos  
  

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...