terça-feira, 20 de outubro de 2020

ARTIGO - Ciro pode enterrar o legado de Brizola ( Padre Carlos )

 

Ciro pode enterrar o legado de Brizola



Uma das máximas criada por Maquiavel que podemos usar para entender as movimentações e alianças que Ciro Gomes e as forças de direita tem feito no Brasil afora, seria: “O príncipe audaz deve tentar dividir para governar”. Como estamos falando da Idade Média, ele teria dito.“ Dividir para reinar,” já que viveu na era de príncipe e não de presidentes e governadores.


Não há dúvida que o pedetista, pela desenvoltura com que se desloca do trabalhismo à direita, é hoje considerado um às que as forças conservadoras e o mercado têm escondido em sua manga, sem causar maiores frissons na esquerda festiva.

O que não está claro ainda para alguns analistas, é se este comportamento é propositadamente ou não, o certo é que a forma como o ex-ministro de Lula, vem empregando o ensinamento de Maquiavel, entre seus antigos aliados tem intrigado os cientistas políticos. Eles não sabem ainda  como os Gomes conseguirá a proeza de administrar os contrastes entre o capital e o trabalho.

Quando todos esperavam que, com o poder que conseguiu concentrar entre as forças progressistas do país, transformasse as eleições municipais em um grande projeto para as esquerdas, aconteceu o oposto. O que se esperava de um estadista, era que trabalhasse para unir ainda mais as siglas e usasse sua liderança para junto com outros ícones do seu campo, construíssem um projeto coletivo, infielmente o que estamos presenciando é justamente o inverso.

Nós sabemos que a grande fraqueza do nosso povo é quando ele está dividido. O povo dividido se enfraquece, já o povo unido se fortalece. Infelizmente nós estamos numa época de muitas divisões, de dificuldades de entendimentos, e isso vai enfraquecendo as lutas do povo. Nós estamos num estágio em que os brasileiros estão pagando um preço alto por aquilo que o próprio eleitor fez ao longo dos últimos anos e que teve um impacto grande na economia e nas conquistas trabalhistas acumuladas no século passado.


Diante desta realidade, já se comenta nos meios políticos, que as alianças que Ciro tem construído nos últimos tempos, podem levar o PDT e o trabalhismo que Brizola construiu ao longo da sua vida a um desgaste ideológico irreparável, levando como consequência o fim do legado brizolista.

domingo, 18 de outubro de 2020

ARTIGO - A história nunca se repete. (Padre Carlos)

 

A história nunca se repete.

 

 


 

 

Como professor de filosofia, venho me perguntando como o Brasil mudou em menos de uma década e como foi possível tal mudança?  Como tirar uma lição de todos estes acontecimentos? A ideia de que a História se repete tornou-se noção comum entre as pessoas por uma série de razões, dentre as quais se encontra uma visão mutilada da nossa história, marginalizando milhões de indivíduos e, indiretamente, colocando cada um de nós em uma categoria que não é a dos heróis; ou seja, nos leva a pensar, “devemos nos colocar em nosso devido lugar”.

 


Não há dúvida que as histórias passadas e presentes podem apresentar diversas e importantes semelhanças, afinal a sociedade apreende tudo de formas variadas e guarda na memória. Os momentos passados são experiências que podem e devem ser resgatadas e utilizadas a todo e qualquer momento e, nesse sentido, encontramos diversas semelhanças em variados momentos da história das sociedades. Será mesmo que a história se repete? Uma das frases mais repetidas de Karl Marx é de que a história se repetea primeira vez como tragédia e a segunda, como farsa (O 18 Brumário de Louis Bonaparte) ficou no nosso imaginário e passou a ser uma verdade absoluta no meio acadêmico. Muito se disse também que Bolsonaro repete os métodos de Adolf Hitler, assim não seria de se estranhar as semelhanças e os projetos. A tragédia seria o governo de Hitler e a farsa, o do Bolsonaro.



As tragédias e as farsas, sempre trazem consigo as vítimas estampadas nos seus rostos. Além disso, percebemos que os acontecimentos que levaram a ultradireita ao poder no Brasil, esta mais relacionados à história social do que a individual.  Praticamente todos os analistas político e historiadores, concordam que foi Rohn um dos maiores responsáveis pela ascensão política de Hitler, fazendo com os grupos dos camisas pardas, que organizou a partir dos anos 30, as SA (Sturmabteilung) o trabalho sujo de solapamento da débil democracia alemã.  Assim, podemos afirmar que a atuação da Lava Jato teve um papel semelhante, mas não teria surtido o efeito que teve se não tivesse o apoio e a omissão de parcela do estado brasileiro, através das suas instituições. Elas foram as grandes responsáveis pela chegada de Bolsonaro à presidência e para isto foi necessário uma “força tarefa” com o” Supremo e tudo” para tirar o candidato da esquerda do pleito eleitoral.

 A máquina pública que o Partido dos Trabalhadores foi acusado de ter aparelhado foi à mesma que apeou Dilma do poder, A estrutura burguesa que se escondeu sobre o manto do Estado brasileiro tentou por anos, derrubar este governo que se elegeu de forma democrática, até conseguir fazê-lo em 2016. Um movimento político que, três anos depois, culminou com a subida ao poder de Jair Bolsonaro. O atual Presidente dizia durante a campanha, que o PT tinha “aparelhado o governo”, agora que a mascara vai caindo, podemos constatar como a direita controlava o Estado e como este projeto de governo estava atrelado ao aparelhamento que a burguesia impôs as instituições e ao conjunto do Estado brasileiro. Só diante de todas estas evencias este governo vai dando mostras, porém, de que é ele quem vai realizar um dos maiores aparelhamentos do Estado já vistos na nossa história.


O que aconteceu no Brasil nestes últimos anos reforça cada vez mais a tese que as teorias liberais iluministas do século XVIII, precisam ser colocada em pratica por uma reforma urgente. Precisamos exigir a reorganização do Estado. Montesquieu foi um dos pensadores que mais escreveu sobre a organização do Estado, pressupondo a tripartição do poder, Executivo, Legislativo e Judicial (ou judiciário), que deveriam ser independentes entre si, cada um com uma função específica, teoricamente harmônica para o funcionamento do Estado.


        Quase 100 anos depois da ascensão do nazismo na Alemanha, aqui no Brasil os métodos são outros, mais civilizados. Por isso os interesses de classe e de frações de classe podem se preservar por muito tempo, séculos; apesar de poderem se manifestar de maneiras variadas.



sábado, 17 de outubro de 2020

ARTIGO - O movimento estudantil da transição (1974-1984). (Padre Carlos)

O movimento estudantil da transição  

(1974-1984). 

 



 

Hoje eu estava pensando naquela juventude que participou do movimento estudantil no final da década de setenta e uma questão que me chama atenção é o saudosismo que temos dessa época, como se não existisse mais essa mobilização. Assim, gostaria de prestar uma homenagem aquela geração e resgatar a memórias dos militantes estudantis que viveram aquelas páginas da nossa história   e militaram no período da transição democrática brasileira (1974-1984). 

Quero aqui focar neste período de transição democrática, por ter sido o nascedouro das nossas lideranças de esquerda e que de certa forma estão partindo desta vida. Como disse São Paulo: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé”. É preciso lembrar, que a primeira geração do movimento, dos anos 60, pode ser considerada derrotada pela própria rigidez do período militar, pela repressão e a adesão a luta armada. Já a geração do final dos anos 70 foi gloriosa por acelerar o processo de democracia no país. Na época, os movimentos, sindicatos e representantes da sociedade estavam parados em função da repressão. Foi justamente este movimento um dos primeiros a se mobilizar pela liberdade democrática. Reivindicações por melhorias no transporte, preços mais baixos nas refeições universitárias e aumento nas verbas foram algumas lutas travadas pelos estudantes. 

Poderia afirmar que a diferença do movimento estudantil de hoje para a do período em que militamos, é um caso de gerações. O movimento de lá foi fruto de um intervalo que existiu por conta da intensa repressão militar. Aqueles estudantes eram muito mobilizados por conta do tempo que estiveram parados. O movimento atual é fruto da década de 90 e nasceu em um período de democracia, não vivendo, portanto, em períodos de repressões. Isso fornece uma formação com outra postura social, mas também representam uma época. 

Se tinha um grupo dentro da universidade que sabia fazer uma festa era os jovens da tendência Liberdade e Luta. Isto se deve a característica da Libelu é que, entre todas as tendências da luta estudantil em ação no final da ditadura militar, ela foi a que mais encarnou a ideia de que “é proibido proibir”. Era possível ser Libelu e ser e provar de tudo, estas atitudes para as quais parte da militância de esquerda ainda torcia o nariz naquela época como “desvios burgueses”. Quanto a mim que fazia parte de um grupo da Igreja Católica ligado aos jesuítas do CEAS, era um choque cultural tudo aquilo. Mas com o tempo, você termina entendendo aquelas pessoas. 

Eu gostaria aqui de fazer justiça aqueles meninos, a face “esquerda festiva” do grupo, famoso por organizar as baladas mais animadas do movimento estudantil, o lado “liberdade”, não poderia aqui ofuscar a parte da “luta” propriamente dita. A Libelu ganhou destaque por assumir nas ruas o slogan Abaixo a Ditadura antes de todo mundo, mesmo correndo o risco de ser alvo dos órgãos de repressão. 


Memória e História do Tempo Presente possuem relações bem estreitas, em especial, pelas lembranças e história de vida de muitos brasileiros. Este potencial da memória de uma geração, suscita o nosso testemunho como fonte e pedaços da nossa vida. Surge, assim, um desafio, que consiste em relacionar presente e passado dentro de mim, estabelecendo as definições de tempo de um passado recente que não podemos esquecer. O passado precisa ser sentido tanto como parte do presente quanto separado dele. Nossas memórias deveriam interessar aos historiadores do tempo presente por apontar uma página escrita com muito suor desses meninos. Não podemos esquecer, que a memória em seu sentido essencial da palavra é a presença do passado.  

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

ARTIGO - Uma campanha por voto na legenda (Padre Carlos)

 

Uma campanha por voto na legenda


 

 

Se paramos para observar, o voto de legenda sempre aparece nas pesquisas como opção de uma parcela dos entrevistados. A democracia brasileira sempre optou pelo voto nominal, ele favorece o personalismo e enfraquece os projetos coletivos e os partidos, mas ainda assim, se observarmos com calma, nós identificaremos na pesquisa que esse voto existe. Então, contrariando todas as tendências e todas as leituras, não priorizamos este voto e esperamos que ele apareça nas urnas como um fruto temporão. Estamos remando contra a maré quando não profissionalizamos a conquista deste voto, ainda existem eleitores que vão manifestar sua preferência por legenda em detrimento de apontar um candidato nominal.

        


Quando levanto estas questões, espero do partido e da coordenação da majoritária e da proporcional, que busquem a profissionalização no sentido de traçar o perfil do eleitor que informou ou deixou subentendido na pesquisa optar pelo voto de legenda. Esse eleitor de legenda consome qual mídia, é jornal ou internet? Ele participa de redes sociais? Ele doa para campanhas? Então, tudo isso, todos esses extratos precisam ser identificados e poderíamos começar com uma pesquisa especifica para trabalhar este voto é na pesquisa que vai aparecer estas informações e assim poderemos conhecer de perto este eleitor.

 

Quando um partido lança candidato a prefeito, fica mais fácil de obter os chamados “votos de legenda”, quando o eleitor vota no mesmo número para prefeito e vereador. Historicamente, os votos na legenda auxiliam na disputa pelas cadeiras da Câmara, aumentando o número de votos da chapa.

A candidatura própria do Partido dos Trabalhadores (PT), na pessoa do Professor José Raimundo, para a Prefeitura de Vitória da Conquista, também tem como objetivo auxiliar suas respectivas chapas a vereador a eleger uma bancada de quatro a cinco representante na Câmara Municipal. Fato que, se acontecer, será com certeza com a ajuda do voto de legenda. Para isto, o PT precisa lançar em nosso município, no horário eleitoral gratuito, uma campanha pelo voto na legenda para vereadores.


Quando levanto estes fatos, me refiro ao enorme prestígio do partido na população. Pesquisa do Datafolha do final de agosto indicou que o PT tem 24% de preferência partidária no eleitorado, com um salto expressivo do percentual de 19% de junho passado. Outra pesquisa, do Ibope, também de agosto apresentou números ainda melhores: o PT é o partido preferido de 29% da população brasileira, superando os 27% que, somados, escolheram as outras 34 legendas registradas no TSE. Além disso, não podemos esquecer que o Partido governou esta cidade por duas décadas e tem o reconhecimento dos conquistense.

 

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

ARTIGO - Precisamos de uma campanha contra abstenção (Padre Carlos)

 


Precisamos de uma campanha contra abstenção

 

 


Uma das coisas que tem me preocupado nos últimos tempos, é a falta de reflexões sobre a abstenção nesta eleição e a necessidade de uma campanha que motivasse o eleitor a exercer seu direito cívico.  Precisamos entender, que as eleições municipais deste ano, tem uma particularidade significativa para não as confundirmos; tem um contexto específico, a pandemia. Assim, precisamos criar a consciência no nosso eleitor da importância do voto de protesto, principalmente entre os funcionários público.

        


Se olharmos os números atentamente, podemos constatar até que o número de votantes aumentou, mas a porcentagem de vinte e dois por cento permaneceu nas duas últimas eleições e as condições sanitárias eram outra.

Temos que encarar a abstenção como um problema sério e profundo em uma eleição polarizada e disputada voto-a-voto, assim não podemos deixar que este medo tome conta do nosso eleitor, pois estes votos podem mudar o resultado eleitoral.  Um cenário de crise sanitária sem precedentes como o gerado pela pandemia do coronavírus, não pode ser ignorado pelos analistas político. Muitos, por medo, não querem deixar suas casas para ir às zonas eleitorais.

Vitória da Conquista, como muitas outras cidades brasileiras, tem muitos idosos e cresce cada vez mais este seguimento entre a população. Para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e partidos políticos esse fator gera preocupação quanto ao que pode significar para o índice de abstenção. Pessoas com mais de 60 anos tem se demonstrado apreensivas quanto aos riscos de se contaminar e, por isso, seguem com maior rigor as orientações das autoridades médicas e de familiares sobre o distanciamento social. Esse cuidado deve pesar na decisão de votar ou não, este ano.

Outro fator que eu gostaria de chamar a atenção e que com certeza deve ampliar a abstenção, na minha opinião é a falta de motivação dos candidatos com seu eleitorado, é a falta de engajamento nas eleições. Teremos pouca participação popular nas eleições, ou seja, será uma eleição fria e com capacidade de mobilização reduzida sensivelmente. Com isso veremos uma abstenção muito mais alta do que o normal.


Na realidade precisamos criar uma grande campanha, para convencer o conquistense a comparecer à votação e lembrar para estes eleitores que eles e seus votos são fundamentais para que a mudança aconteça em nosso município, mas que se tenha todos os cuidados necessários e que todos cumpram com seu dever cívico, de forma ágil, permanecendo o tempo mínimo necessário para votar e depois retornando a sua residência. Decisões importantes antes já haviam sido tomadas, como a suspensão do cancelamento dos títulos eleitorais de pessoas que não fizeram a coleta de biometria, bem como a não verificação biométrica para identificar o eleitor no pleito. Ou seja, o eleitor poderá votar apenas com seu documento de identificação, como em eleições anteriores.

 

 


segunda-feira, 12 de outubro de 2020

ARTIGO - Quando os carrascos vestiam toga (Padre Carlos)

 

 

 

 

Quando os carrascos vestiam toga

 


Outro dia um amigo me respondeu alguns questionamentos que tinha feito em relação a justiça no Brasil. Dizia ele com aquele olhar professoral de quem quer resolver todas as coisas pelo argumento: amigo, precisamos confiar e acreditam no STF, ele é a última trincheira da defesa dos direitos fundamentais e dos direitos humanos em nosso país. Aquelas palavras não soaram muito bem na minha mente, gostaria muito de confiar e acreditar nesta Corte, mas, nossa biografia infelizmente, prova o contrário.


O Brasil, que não tem uma história das mais belas, tendo sido um dos últimos países a abolir a escravidão, poderia ter concertado todos estes erros através do direito e reparado todos os seus abusos no campo da justiça e da equidade, infelizmente vivemos estes abusos em todos os períodos da sua história, seja republicano ou nas ditaduras que assolaram o nosso país. Como o espaço aqui é limitado, focaremos apenas em alguns casos. Vamos começar com a ditadura de Vargas, esta qualifica-se como uma das maiores nódoas da história do Direito brasileiro. Quando o Supremo Tribunal Federal, envia Olga Prestes, uma militante comunista para morrer num campo de concentração no seu país de origem, estes ministros sabiam muito bem o que estavam fazendo ao entregar esta mulher nas mãos de Hitler, estavam entregando não apenas uma judia e comunista, mas uma inimiga do nazi-fascismo e por isto estas togas estão manchadas de sangue. À sua condição de judia e comunista, determinava sua sentença de morte. 

Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 1965, 15 h. Um telegrama do Ministério da Aeronáutica chegou aos escritórios da Panair, a maior companhia aérea do país e uma das maiores do mundo. A mensagem era simples e dava conta de que o governo estava cassando seu certificado de operação em razão da condição financeira insustentável da empresa. O telegrama vinha assinado pelo ministro Eduardo Gomes. A Panair não tinha nenhum título protestado nem impostos atrasados, mas o telegrama adiantava que ela não tinha meios para saldar suas dívidas e que estava proibida de voar à noite, tropas do Exército invadiram os hangares da Panair e a Varig imediatamente assumiu todas as concessões de linhas aéreas e propriedades da concorrente. A revogação das concessões de linhas aéreas da Panair do Brasil foi decretada pelo Marechal Castelo Branco e a Varig era de propriedade de um aliado do governo militar, Ruben Berta. Apenas em dezembro de 1984, um ano antes dos militares entregarem o poder, o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu que a falência da Panair foi uma fraude. A União Federal foi condenada. A Panair luta até hoje, mas ainda não foi indenizada.  Esta postura do Supremo Tribunal Federal, me lembrou as palavras de Rui Barbosa.  “Não falsifica a História somente quem inverte a verdade, senão também quem a omite. ”  

O caso mais recente que mancha a história desta Corte, foi a prisão do Presidente Lula, ela atinge o cerne da cidadania do Estado de direito e da verdadeira justiça no Brasil, vivemos um tempo de abusos e ilegalidades de um processo cruel, conduzido com parcialidade e objetivos políticos que só foi possível, porque contou com a omissão do STF. Lula perdeu a liberdade, não a dignidade e o Brasil desencontrou a paz. A sociedade brasileira foi envenenada pelo ódio político, inoculado nas redes sociais, na imprensa, nos templos, escolas e quartéis. Intolerância e desprezo se ergueram contra toda tentativa de duvidar da Lava Jato e seus métodos, de divergir do discurso dominante até mesmo nos meios acadêmicos."  


Será que os Ministros da Suprema Corte deste país vão querer entrar para história como os seus pares do Estado Novo? Será que os nossos magistrados vão se curvar aos generais como fizeram durante o período da ditadura?

            Enfim, não dá mais para omissões e cômodo silêncio. Vamos berrar, vamos gritar contra toda esta hipocrisia. Vamos agir para barrar todo este obscurantismo que ameaça os nossos melhores valores.

            Lula resiste e resistirá, sem abrir mão de sua dignidade, como tem dito reiteradamente.

            Que a justiça se faça presente e que “Deus tenha misericórdia desta Nação”.

 


ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...