quarta-feira, 14 de outubro de 2020

ARTIGO - Precisamos de uma campanha contra abstenção (Padre Carlos)

 


Precisamos de uma campanha contra abstenção

 

 


Uma das coisas que tem me preocupado nos últimos tempos, é a falta de reflexões sobre a abstenção nesta eleição e a necessidade de uma campanha que motivasse o eleitor a exercer seu direito cívico.  Precisamos entender, que as eleições municipais deste ano, tem uma particularidade significativa para não as confundirmos; tem um contexto específico, a pandemia. Assim, precisamos criar a consciência no nosso eleitor da importância do voto de protesto, principalmente entre os funcionários público.

        


Se olharmos os números atentamente, podemos constatar até que o número de votantes aumentou, mas a porcentagem de vinte e dois por cento permaneceu nas duas últimas eleições e as condições sanitárias eram outra.

Temos que encarar a abstenção como um problema sério e profundo em uma eleição polarizada e disputada voto-a-voto, assim não podemos deixar que este medo tome conta do nosso eleitor, pois estes votos podem mudar o resultado eleitoral.  Um cenário de crise sanitária sem precedentes como o gerado pela pandemia do coronavírus, não pode ser ignorado pelos analistas político. Muitos, por medo, não querem deixar suas casas para ir às zonas eleitorais.

Vitória da Conquista, como muitas outras cidades brasileiras, tem muitos idosos e cresce cada vez mais este seguimento entre a população. Para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e partidos políticos esse fator gera preocupação quanto ao que pode significar para o índice de abstenção. Pessoas com mais de 60 anos tem se demonstrado apreensivas quanto aos riscos de se contaminar e, por isso, seguem com maior rigor as orientações das autoridades médicas e de familiares sobre o distanciamento social. Esse cuidado deve pesar na decisão de votar ou não, este ano.

Outro fator que eu gostaria de chamar a atenção e que com certeza deve ampliar a abstenção, na minha opinião é a falta de motivação dos candidatos com seu eleitorado, é a falta de engajamento nas eleições. Teremos pouca participação popular nas eleições, ou seja, será uma eleição fria e com capacidade de mobilização reduzida sensivelmente. Com isso veremos uma abstenção muito mais alta do que o normal.


Na realidade precisamos criar uma grande campanha, para convencer o conquistense a comparecer à votação e lembrar para estes eleitores que eles e seus votos são fundamentais para que a mudança aconteça em nosso município, mas que se tenha todos os cuidados necessários e que todos cumpram com seu dever cívico, de forma ágil, permanecendo o tempo mínimo necessário para votar e depois retornando a sua residência. Decisões importantes antes já haviam sido tomadas, como a suspensão do cancelamento dos títulos eleitorais de pessoas que não fizeram a coleta de biometria, bem como a não verificação biométrica para identificar o eleitor no pleito. Ou seja, o eleitor poderá votar apenas com seu documento de identificação, como em eleições anteriores.

 

 


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