Na política ou na bravata?
A expectativa em torno da votação do Projeto de Lei
que propõe instituir cobrança referente ao manejo de resíduos sólidos pode
levar alguns partidos a fecharem questão sobre o tema, ou seja, a estabelecerem
uma diretriz uníssona sobre a aprovação da Lei, que pode ser votada ainda nesta
semana.
Assim, quando tomei conhecimento através da
imprensa que o presidente do Partido dos Trabalhadores da nossa cidade o Sr.
Isaac Bonfim, disse em alto e bom som que o vereador que não seguir esta
decisão e votar em favor da Taxa nas condições em que ela se apresenta hoje
pode sofrer as devidas sanções, duas coisas me chamaram atenção: ou
o dirigente do partido não confia na sua bancada, que seria um problema sério
ou queria mandar um recado para a população usando de bravata, por isto achamos
que o dirigente do PT não precisava expor sua bancada se foi mesmo esta
intenção.
Sabemos que Taxa de Lixo é um Projeto polêmico, mas
não podemos esquecer que a lei proíbe violência e ameaça como método de
convencimento institucional. Nossos representantes sejam situação ou oposição
merecem um voto de confiança não só dos seus pares e partidos, mas de toda
comunidade.
O
polêmico Projeto de Lei que propõe instituir cobrança referente ao manejo de
resíduos sólidos deve ser votado ainda nesta semana na Câmara Municipal de
Vitória da Conquista.
Cabe ao Presidente daquela Casa, encaminhar para votação
o Projeto de Lei e quem vai aprovar ou não é o plenário, que é soberano. Uma democracia vibrante se
faz assim, com participação popular, liberdade e respeito aos nossos
representantes e á opinião do outro.
Uma das lições básicas da ação política é a de não
se propagandear a tática, mas de concretizá-la – por isto achamos que o
dirigente do PT não precisava expor sua bancada.
Quando um partido fecha questão em torno de algum
tema, determina que seus parlamentares votem de acordo com a orientação da
sigla. Isto já é o suficiente para a bancada se posicionar
Por isto, achamos que este não é
momento de bravatas, mas de defesa da nossa Democracia.