Paróquia
dedicada a Santa Dulce dos Pobres
será criada em Vitória da Conquista
Nossa Santa Dulce dos
Pobres
Quando
Celebramos a simplicidade e passamos a viver com o que realmente importa, os
amigos e a sociedade passam olhar para a gente de outra forma. Viver a
simplicidade como voluntária para assumir nossa pobreza, tem um significa
profundo e existencial, uma verdadeira opção.
Rita era pequenina de olhos negros e firmes, assustados, aparentava fraqueza,
mas se mantinha sempre corajosa, agora confirmado pelo Vaticano, que reconheceu
o dia 13 de outubro como a data da comemoração da Santa brasileira e da criação
da Paróquia na nossa cidade.
Estou falando de
Irmã Dulce da minha infância, agora Santa Dulce dos Pobres, como chamou o Papa
Francisco. Mas, para quem conheceu aquela vocação, era apenas Rita, Nome de
batismo, depois Dulce ao receber as ordens no Convento, homenageou a santa com
o nome.
Hoje
na minha oração pela manhã, meditava sobre a criação da Paróquia Santa Dulce
dos Pobres e pelo seu futuro Pároco o Pe. Zenilton. Coloquei nas mãos de Deus e
pedir a interseção da Santa que conheci na década de sessenta em Salvador para
olhar por sua Igreja. Para quem teve a
honra de ter sido contemporâneo da Irmã Dulce, não foi surpresa, sobretudo
porque vivenciou a sua bondade e santidade no amor aos pobres. Nosso Deus é
misericordioso e nos manda através da Santa um recado neste momento de intenso
materialismo, num culto exagerado ao corpo e onde a presença da Divina
Providência é cada vez esquecida! Ou terá apenas acontecido devido à presença
de um papa latino americano no Vaticano ou a ação de outro Santo que
ainda não canonizamos?
Quem conheceu esta
santa andando pelas ladeiras da antiga Salvador da metade do século passado,
sabe que seus votos transcenderam à pobreza e, mais que pobreza, foram
os votos dedicados aos miseráveis, com uma determinação que
preocupava suas irmãs de ordem devida sua saúde frágil. Mesmo assim
não conhecia força capaz de afastá-la dos objetivos cristãos.
Tive oportunidade
de conhecer algumas freiras da sua congregação em Taizé e foi através destas
irmãzinhas que fiquei sabendo que a Santa começou sua missão invadindo um
galinheiro para ajudar idosos famintos. Fez canjas e, naquela noite, os
miseráveis de Deus tiveram, enfim, o alimento que lhes faltava todos os dias.
Foi repreendida pelas autoridades, mas voltou a agir em outras ocasiões, sempre
considerada a mãe daqueles pobres que dormiam nas calçadas, sem ter sequer um
lençol.
Num dos seus
milagres mais recente, conta-se que um rapaz perdeu a visão durante um
tratamento e passou 14 anos cegos. Há pouco tempo deitou-se para dormir e pediu
antes a cura a santa Dulce. Acordou curado.
Intercedei
por nós Santa Dulce dos Pobres, para que na nossa pobreza possamos olhar e
acolher o pobre como nosso irmão.
Padre Carlos
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