“Lula, o senhor não deve nada à Justiça”,
É impossível falar da entrevista do ex-presidente Lula ao Jornal Nacional, da TV Globo, na noite desta quinta-feira (25), sem lembrarmos o rosto e
o sentimento de alma lavada, quando William Boné disse à frase que todo o
Brasil gostaria de ouvir: “Lula, o senhor não deve nada à Justiça”, Estas
palavras incendiaram as redes sociais após relembrar as injustiças cometidas a
este homem e o julgamento do político durante a Lava-Jato,
Quando Lula sentou naquela cadeira diante de
Renata e Bonner, me dei conta que há muito tempo ele tinha deixado de ser um
homem e terminou se tornando uma narrativa
ou como costumamos chamar no campo filosófico, um mito. Do grego
mythos (“conto”), um mito remete para um relato de feitos
maravilhosos cujos protagonistas são personagens sobrenaturais extraordinários
(heróis). Diz-se que
os mitos fazem parte do sistema de crença de uma cultura, que os considera como
histórias verdadeiras. Têm a função de proporcionar um apoio narrativo às
histórias centrais de uma comunidade.
Sendo assim, Lula se tornou um
mito, não pertence mais este plano e seus feitos transcenderam fronteiras e
podemos dizer que já entrou para história. Ao constatar, que esta afirmação é um consenso que vai da
direita à esquerda, temos assim que ter clareza sobre o que está em jogo, em
disputa, é o significado desta narrativa, o que ela representa.
A direita brasileira tentou criar uma narrativa sem provas
que Lula era o maior corrupto da história do Brasil. Já à esquerda, declarou e conseguiu
manter seu projeto que este homem é a principal liderança popular que este país
já teve.
Esta é a verdadeira luta que
travamos e ao ouvir estas palavras na Rede Globo, nos sentimos vencedores: “Lula, o senhor não deve nada à Justiça”.