Conversamos mais de uma hora e depois ela beijou a minha mão e foi embora. Nunca mais encontrei aquela senhora, acredito que tenha superado e retornado as suas atividades acadêmicas.
Padre Carlos.
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Quem criminaliza a homossexualidade está 'equivocado', diz papa.
O Papa
Francisco esclareceu, neste sábado, as suas palavras sobre homossexualidade e
pecado, afirmando que se referia à visão da igreja de que qualquer ato sexual
fora do casamento é pecado. Quando disse esta frase, ele tinha como objetivo
condenar a criminalização da homossexualidade, por isto foi saudada por muitos
ativistas LGBTQ, mas houve também aqueles que levantaram a questões que para o
Papa ser homossexual era em si um pecado. Mesmo o Papa falando que “também é
pecado não ter caridade uns para com os outros”, não foi o bastante para que alguns
membros da impressa dissessem aos quatro cantos, que o Papa considerava a
Homossexualidade um pecado.
Diante das
interpretações que deram a sua fala, o Papa Francisco reafirmou que a
homossexualidade "não é crime" e disse que se pronunciou sobre o
assunto "para enfatizar que a criminalização não é boa, nem justa". "Quando
eu disse que é pecado, estava simplesmente referindo-me ao preceito moral
católico, que diz que todo ato sexual fora do casamento é pecado",
escreveu Francisco, em espanhol, sublinhando a frase final.
Desta forma, Francisco
reconheceu que poderia ter sido mais claro com as suas palavras, o Papa
justificou: "Como podem constatar, eu estava repetindo algo em geral. Eu
deveria ter dito: “É pecado, como qualquer ato sexual fora do casamento”. Isso
para falar da questão do pecado, mas sabemos muito bem que a moral católica não
só leva em consideração o assunto, mas avalia também a liberdade e a intenção.
E isso serve para todo tipo de pecados".
O Papa mostra a
face de um Deus misericordioso levando os fiéis a entenderem as suas atitudes e
posturas de um homem que encarnou os sentimentos do Evangelho e se tornou um
pastor, como ele mesmo costuma dizer, com o “cheiro das ovelhas”.
O ministério do
Padre Bené foi voltado para o futuro da Igreja
Na década de 70, freiras,
padres e agentes de pastoral da Igreja Católica iniciaram experiências de
pastoral com a juventude dentro das orientações do Concílio, assumindo de certa
forma um grande desafio de promover a renovação nas formas de relacionamento
com uma geração que buscava liberdade e amor. Dentro desta mística, podemos
contar neste percurso com vários pastores que deram os melhores anos do seu
ministério, para que pudéssemos crescer como Igreja e fizéssemos as escolhas
certas. O Padre Zezinho com suas canções, o Padre Confa com os jovens
operários, Dom Bernardo no Mosteiro de São bento e tantos outros pelo Brasil a
fora. Precisamos resgatar a memória destes homens de Deus que trabalharam com
esta juventude e que foram moldados estes jovens com seu amor e carinho de
pastor para que a semente pudesse brotar. Como diz o poeta: “ E há que se
cuidar do broto Pra que a vida nos dê flor e fruto”.
Assim, gostaríamos
hoje de lembra ao leitor que Memorial é resgatar a memória é lembrar um
determinado dia é fazer com que nós não esqueçamos jamais desta data ou desta
pessoa. Um aniversário de nascimento, de casamento a própria Missa é um
memorial ela representa a Paixão Morte e Ressureição do nosso Senhor Jesus
Cristo. No mundo marcado pela violência é fundamental a criação deste memorial
para que os católicos de nossa cidade se lembrem deste pastor que hoje vamos
resgatar a memória: Padre Benedito. Como “diz o poeta: E há que se cuidar do
broto Pra que a vida nos dê flor e fruto”.
Seu ministério foi
voltado para o futuro da Igreja e só um homem de visão poderia entender como
era necessário aquele trabalho.
A juventude é o
momento das grandes decisões na vida do ser humano. É a etapa das escolhas
sobre estudos, carreiras, valores a serem seguidos, projeto de vida, vocação,
etc. A fase da puberdade e da adolescência é tempo de descoberta de si mesmo e
do próprio mundo interior; é o tempo dos planos generosos, dos ideais; o tempo
do desejo de estar junto com os outros; o tempo de uma alegria particularmente
intensa, ligada à inebriante descoberta da vida. Entretanto é, simultaneamente,
a idade das interrogações mais profundas; das indagações angustiadas, de certa
desconfiança em relação aos outros, acompanhada do desejo de debruçar-se sobre
si mesmo, do autoconhecimento; é a idade, por vezes, dos primeiros fracassos e
das primeiras amarguras. Trata-se da fase da vida humana em que a personalidade
pode ser moldada com mais facilidade para a tendência ao bem ou ao mal.
O futuro de
qualquer instituição depende de sua capacidade de atrair e envolver os jovens
para dar continuidade aos seus objetivos. O desafio do padre Benedito de
procurar uma pedagogia para evangelizar os
jovem na nossa cidade foi decisivo
para o futuro da Igreja de Vitória da Conquista e para o crescimento dos
próprios jovens e da nossa Igreja Local.
A evangelização da
juventude empreendida por este pastor nas décadas de setenta até meados da
década de oitenta foi um dos grandes desafios para a Igreja neste final de
século. Para formular propostas pastorais para este grupo era preciso entender
a mudança de mentalidade em relação às décadas anteriores. Podemos dizer que
houve uma mudança de paradigmas, sobretudo na área cultural: na década de 1970
se caracterizou pela centralidade da cultura moderna.
Para desenvolver um
processo de educação na fé, que também educasse para a cidadania e para a
formação da consciência crítica, visando a um despertar para o compromisso com
a sociedade, foi imprescindível aquele pastor compreender o contexto cultural
em que os jovens estavam inseridos. O contexto cultural influenciou diretamente
a maneira de ver, pensar e agir.
Por isto, chamo a
atenção dos políticos e de toda comunidade católica para não deixarem destruir
o local onde Benedito tombou, ela lembra que o cruzeiro é o memorial da morte
do Padre Bené.
À crise que vivemos
na Igreja e na sociedade, está também relacionada à falta de memória coletiva e
o difícil acesso à informação das novas gerações. É uma mentalidade de quem
tudo quer menos a fé. Estejamos atentos.
Padre Carlos
Ou
os homens perdoam uns aos outros ou terão de criaram o inferno aqui na terra.
Mesmo sabendo que alguns temas não
correspondem os interesses de certos leitores, não posso deixar de abordar
neste espaço as inquietações do presente e o futuro do cristianismo. Depois de
abordar as mudanças que o Concílio representou para a Igreja no século passado
não podemos deixar de chamar a atenção para a necessidade de uma série de
reformas urgentes que a Igreja está precisando neste novo milénio e como
podemos abrir esta discussão no meio acadêmico e clerical.
Hoje, os cristãos podem mais seguramente
afirmar: ou os homens perdoam uns aos outros ou terão de criaram o inferno aqui
na terra. Hoje, temos a dimensão que vivemos numa aldeia planetária e esta
certeza tem levado o homem a entender que somos forçados a serem solidários uns
com os outros e, para não morremos, estamos condenados a unir-nos e a criar um
governo mundial que tenha os meios de ser obedecido.
Como Igreja, precisamos "inventar o
futuro": a partir do caminho da comunidade de fé, à luz da história e
seguindo e exprimindo as inquietações do nosso tempo. Para aprofundar este tema
vou me apropriar da pergunta que Jean Delumeau fez: "Qual
é o futuro de Deus?" Ora, quando abrimos o debate a respeito da crise atual
do cristianismo e da Igreja, na difícil dialética cristianização-descristianização,
podemos cometer a gafe de esquecer que, antes do século XIV, a Europa, segundo,
G. Duby, não apresentava” aparências de uma cristandade. O cristianismo não era
plenamente vivido senão por raras elites." Lutero também escreveu:
"Temo que haja mais idolatria agora do que em qualquer outra época."
Por isto concordamos com Delumeau da necessidade que estas reformas transcenda
a eclesiologia e possa chegar a outras áreas, para não cair na tentação de
certas idealizações e dogmatismos. Por isto, hoje para a Igreja é mais importante
"desaprender", não idealizar o passado.
Temos que entender que o grande mal do
cristianismo ao longo da história sempre foi a sua ligação ao poder. Até hoje
vivemos as consequências de uma das mais trágicas falsas vias para as Igrejas
cristãs que foi depois do fim das perseguições, a ligação entre o poder
imperial romano e a hierarquia eclesiástica, simbolizada e fortificada pela
coroação de Carlos Magno pelo Papa.
Não podemos esquecer que sempre houve, no
Império Romano e fora dele, ligação entre os poderes religiosos e político.
Foram, por isso, necessários muitos séculos e conflitos incessantes para que “o
religioso e o político aceitasse por fim distanciar-se um do outro, num
equilíbrio, aliás, instável e que é necessário reajustar continuamente”. De
qualquer modo, desde o início do século IV, a Igreja tornou-se um poder. Ora,
esta relação perigosa, que durante muito tempo alimentou uma visão distorcida
do serviço do sacerdócio, ainda não terminou.
A pesar do testemunho de fé e santidade de
muitos missionários durante a colonização em todo o mundo, temos que admitir
que a sua grande fraqueza fosse constituída em poder.
Por isto, não podemos falar em um novo
Concílio sem falar em abandonar o poder. Só assim, praticando a humildade a
Igreja conseguirá de novo convencer e dar-se a si mesmas novas estruturas mais
flexível do que no passado e, portanto, capazes de evoluir.
Devemos nos perguntar: como foi possível o
movimento iniciado por Jesus ter hoje um Vaticano?! Seja como for, podemos
dizer, a história é o que é e o que se impõe é uma revolução, com modos
democráticos de governo eclesial, para a simplicidade, a transparência, o
serviço. Cardeais e bispos não são "príncipes" nem podem viver como
"faraós", diz Francisco. E as nunciaturas só poderão justificar-se
enquanto serviços humildes de pontes para o diálogo e a paz mundiais.
Bolsonaro
parabenizou a Cavalaria Americana por ter matado os indígenas nos Estados
Unidos!
Quando o presidente Lula convidou o cacique
Raoni Metuktire, de 90 anos, líder do povo Kayapó; para subir a rampa, não era
um gesto retórico para embelezar a cerimoniaria, ele falava para os brasileiros
e para as autoridades de diversos países do mundo que se encontrava presente, que
as prioridades do Estado Brasileiro estavam mudando e seu compromisso se
estendia também aos excluídos desta Nação. Assim, ao tomar conhecimento da situação dos
Yanomami, povo que vive uma crise sanitária que já resultou na morte de 570
crianças por desnutrição e causas evitáveis, nos últimos anos, declarou
emergência de saúde pública no território indígena yanomami e anunciou auxílio
aos habitantes da região e combate ao garimpo ilegal.
Estas terras em que se encontra próximo à
reserva dos yanomami são marcadas por extrema pobreza, desta forma a ação do
Estado se estende aos 30 mil habitantes de toda a região. Esta iniciativa foi
necessária depois que o governo tomou conhecimento que nas terras indígena
yanomami tem atualmente crianças e idosos em estado grave de saúde,
principalmente com desnutrição grave, malária e infecções respiratórias. Este cenário
é tão crítico ao ponto de o Ministério da Saúde ter decretado estado de
emergência para combater a falta de assistência sanitária na região. Lula disse
ter visto durante a semana fotos que o abalaram e que a situação encontrada foi
de abandono. “Se alguém me contasse que aqui em Roraima tinha pessoas sendo
tratadas de forma desumana, como vi o povo yanomami ser tratado aqui, eu não
acreditaria", disse o presidente.
Lula ainda criticou o ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL), ao dizer que o governo mudou e que a atual gestão vai agir com
seriedade no "tratamento do povo que esse país tinha esquecido".
Esta mudança de mentalidade e ação política
esta relacionada às prioridades de cada governo. Para o ex-presidente Bolsonaro,
estas pessoas deveriam ser mortas. Por isto, quando era dep. federal, parabenizou
a Cavalaria Americana por ter matado os indígenas nos Estados Unidos e por isto
eles não tem mais "esse problema em seu país". O então deputado Jair
Bolsonaro ainda lamentou que a cavalaria brasileira não tivesse agido da mesma
forma. "Foi incompetente", sentenciou.
Estas palavras de Bolsonaro me lembraram,
das conversas que tinha com um monge de Taizé. Certa vez ele me falou que em
Birkenau, o campo de extermínio pertencente ao complexo de Auschwitz, jaz uma
lápide precisamente no sítio onde antes funcionaram as câmaras de gás e onde se
lê: “Permita-se que este local, onde os nazis assassinaram cerca de um milhão e
meio de pessoas, homens, mulheres, crianças, sobretudo judeus, de vários países
da Europa, seja um grito de desespero e um sinal de alerta para a humanidade”.
A situação desumana que os yanomamis estão
vivendo, bem como as mortes de crianças e idosos em decorrência da desnutrição
grave causada pela fome, malária e infecções respiratórias, não se repita
jamais.
Precisamos
transcender os nossos interesses corporativistas.
Nos momentos conturbados em que vivemos,
não poderia como professor de filosofia deixar de chamar a atenção dos leitores
para um fato que preocupa não só a mim, mas a todos que, trabalham com as
ideias de utopias e distopias, falo do presente e o futuro das novas gerações.
As crises econômicas e as recessões,
decorrente de políticas e políticos que em nada têm contribuído para uma
sociedade justa, tem se aproveitado desta inercia do movimento popular e por
está razão está muito longe de querer de fato essa justiça social, tirando
partido e escondendo as justas lutas dos diferentes setores da sociedade
brasileira, sem que partidos e sindicatos tomem a sua dianteira nestes
movimentos.
Vivemos uma fase na democracia em que todos
são obrigados a refletir sobre o caminho que pretendemos percorrer, bem como,
identificar nestes tempos difíceis, quais os partidos,movimentos e sindicatos
precisam se renovar sob pena de serem “engolidos” por movimentos populistas que
ganham cada vez mais força. Repensar formas de luta, repensar o modelo de
sociedade é urgente.
Tudo se transformou num espetáculo e só
assim tem eco. Os cidadãos divorciaram-se dos valores, das lutas refletidas, da
consciência de classe e quando a luta existe, para que perdure e tenha
seguimento e algum resultado, o espetáculo tem que continuar… Os partidos
políticos e os sindicatos comprometidos com a classe estão perdendo esta luta
“corrida”. Ou se reinventam ou teremos o populismo à porta! Não quero aceitar,
mas penso que este é o tipo de caminho que conduz ao totalitarismo!
Vejo esta necessidade devido à mudança de
governo e a experiência vivida nos anos 2000. O sindicalismo brasileiro viveu
uma inflexão em sua trajetória neste período quando comparado com o momento de
recrudescimento das lutas sindicais no final dos anos de 1970 e até meados da
década de 1980, com elevado número de greves e padrão altamente conflitivo na
relação capital/trabalho. Vejo muito destes pontos citados aqui na forma
de luta travadas pelos professores. Nestes tempos difíceis, é fundamental
trazer a sociedade civil para dentro das pautas. É preciso entender que o mais importante
do que as reivindicações corporativas, são o que dá sentindo ao todo e assim, precisamos
incorporar bandeiras e pontos tão importantes como salarial: por uma escola
melhor, com mais condições e com mais dignidade! Uma luta que possa juntar
professores monitórios, funcionários administrativos, pais, alunos, políticos e
até intelectuais.
Assim podemos vê que as experiências de
luta precisam transcender os meus interesses e que os motivos da luta não podem
ser corporativistas, mas deverá está aberto para construir algo melhor para
todos.
Discurso
religioso agiu como motivador ideológico
Avaliar os últimos acontecimentos que
fizeram a Capital Federal ser invadidas por um grupo de fanático agindo como se
estivessem em uma “guerra santa” ou lutando pela pátria, seria necessário mais
que um simples cientista político, ele precisaria da ajuda de outros profissionais
e em especial da teologia para interpretar tais fenômenos. Como teólogo podemos
afirmar que o discurso religioso tem agido como um grande motivador ideológico na política brasileiro.
E quando falo isto não estou só me referindo
aos atos violentos vistos em Brasília, falo da capacidade destes
pastores de pequenas e médias Igrejas conseguirem mobilizar a nível nacional,
algumas pautas morais. Isto tem lavado cada vez mais a discursão a respeito da
forma como a ultradireita tem buscado construir seu projeto, trazendo a
bandeira do conservadorismo na sociedade
brasileira. Para potencializar estes discursos, os políticos destas igrejas
contam no meio evangélicos, como simpatizantes de diversos movimento, podemos
conferir figuras do universo gospel e pastores de igrejas locais, sem alcance nacional.
É o caso do ex-senador Magno Malta, que
postou um vídeo no qual aponta as manifestações como o “desespero de um povo
que não foi ouvido” e do pastor e televangelista Silas Malafaia, da Assembleia
de Deus Vitória em Cristo, que tem pregado nos seus cultos que a esquerda já tinha feito ocupação em prédios públicos sem que fosse chamada de
antidemocrática e tachou de antidemocráticos os inquéritos conduzidos pelo
ministro do STF, Alexandre de Moraes, ressaltando que é “contra os excessos”,
mas que a “paciência do povo tem limites”.
Essas lideranças podem não ter participado
dos atos de depredação, mas pavimentaram o caminho, legitimando os acampamentos
bolsonaristas há meses e atos dos extremistas. Eles têm propagado um discurso
de legitimação da morte e da destruição, que é antibíblico e anticristão.
Não se trata de uma questão teológica e sim
penal. Seus fieis talvez não saiba , mas estes pastores tem a obrigação de
saberem que , pelo Código Penal e pela
Lei de Segurança Nacional (LSN), pedir intervenção militar é crime, Os artigos
22 e 23 da LSN punem, com reclusão de 1 a 4 anos, incitar à subversão da ordem
política ou social e à animosidade entre as Forças Armadas e as instituições.
Fora isso, o Código Penal pune, no artigo 287, a apologia ao crime. Cabe ao MP
impedir esses movimentos que são, muitas vezes, capitaneados por políticos de
utradireita que afrontam a todo o momento a nossa Constituição e o ordenamento
jurídico.
Pelo menos quatro pastores donos de igrejas
foram presos pela Polícia Federal por terem participado dos atos golpistas em
Brasília no dia 8 de janeiro, esperamos que os outros espalhados por este país
a fora sejam também responsabilizados.
A geração que fez a diferença! Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...