Bolsonaro
parabenizou a Cavalaria Americana por ter matado os indígenas nos Estados
Unidos!
Quando o presidente Lula convidou o cacique
Raoni Metuktire, de 90 anos, líder do povo Kayapó; para subir a rampa, não era
um gesto retórico para embelezar a cerimoniaria, ele falava para os brasileiros
e para as autoridades de diversos países do mundo que se encontrava presente, que
as prioridades do Estado Brasileiro estavam mudando e seu compromisso se
estendia também aos excluídos desta Nação. Assim, ao tomar conhecimento da situação dos
Yanomami, povo que vive uma crise sanitária que já resultou na morte de 570
crianças por desnutrição e causas evitáveis, nos últimos anos, declarou
emergência de saúde pública no território indígena yanomami e anunciou auxílio
aos habitantes da região e combate ao garimpo ilegal.
Estas terras em que se encontra próximo à
reserva dos yanomami são marcadas por extrema pobreza, desta forma a ação do
Estado se estende aos 30 mil habitantes de toda a região. Esta iniciativa foi
necessária depois que o governo tomou conhecimento que nas terras indígena
yanomami tem atualmente crianças e idosos em estado grave de saúde,
principalmente com desnutrição grave, malária e infecções respiratórias. Este cenário
é tão crítico ao ponto de o Ministério da Saúde ter decretado estado de
emergência para combater a falta de assistência sanitária na região. Lula disse
ter visto durante a semana fotos que o abalaram e que a situação encontrada foi
de abandono. “Se alguém me contasse que aqui em Roraima tinha pessoas sendo
tratadas de forma desumana, como vi o povo yanomami ser tratado aqui, eu não
acreditaria", disse o presidente.
Lula ainda criticou o ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL), ao dizer que o governo mudou e que a atual gestão vai agir com
seriedade no "tratamento do povo que esse país tinha esquecido".
Esta mudança de mentalidade e ação política
esta relacionada às prioridades de cada governo. Para o ex-presidente Bolsonaro,
estas pessoas deveriam ser mortas. Por isto, quando era dep. federal, parabenizou
a Cavalaria Americana por ter matado os indígenas nos Estados Unidos e por isto
eles não tem mais "esse problema em seu país". O então deputado Jair
Bolsonaro ainda lamentou que a cavalaria brasileira não tivesse agido da mesma
forma. "Foi incompetente", sentenciou.
Estas palavras de Bolsonaro me lembraram,
das conversas que tinha com um monge de Taizé. Certa vez ele me falou que em
Birkenau, o campo de extermínio pertencente ao complexo de Auschwitz, jaz uma
lápide precisamente no sítio onde antes funcionaram as câmaras de gás e onde se
lê: “Permita-se que este local, onde os nazis assassinaram cerca de um milhão e
meio de pessoas, homens, mulheres, crianças, sobretudo judeus, de vários países
da Europa, seja um grito de desespero e um sinal de alerta para a humanidade”.
A situação desumana que os yanomamis estão
vivendo, bem como as mortes de crianças e idosos em decorrência da desnutrição
grave causada pela fome, malária e infecções respiratórias, não se repita
jamais.
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