Caros leitores, Nosso blog enfrenta dificuldades financeiras e risco de encerramento. Faça uma doação pelo pix 77988585850 ou compartilhe este conteúdo.
quinta-feira, 4 de maio de 2023
ARTIGO - Ex-presidente Bolsonaro é alvo de operação da Polícia Federal por fraude na vacinação. (Padre Carlos)
quarta-feira, 3 de maio de 2023
ARTIGO - STF anula decreto de indulto de Bolsonaro para aliado político condenado por crimes contra a democracia. (Padre Carlos)
Anulado
o indulto de Bolsonaro para Daniel Silveira
Em uma decisão histórica, a presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, votou nesta terça-feira
(3) pela anulação do decreto de indulto que o ex-presidente Jair Bolsonaro
concedeu ao seu aliado político Daniel Silveira, ex-deputado federal pelo PTB
do Rio de Janeiro. O decreto, editado em abril do ano passado, um dia depois de
Silveira ser condenado pelo STF a 8 anos e 9 meses de prisão por crimes contra
a democracia, foi considerado pela ministra como um ato de desvio de finalidade
e uma afronta à Constituição.
A relatora dos processos que questionam o
decreto, Rosa Weber não poupou críticas à conduta de Bolsonaro, que tentou
livrar da cadeia um dos seus mais fiéis apoiadores, que ficou conhecido por
seus ataques virtuais à Corte e às instituições democráticas. Para ela, a
medida revelou uma "faceta autoritária e descumpridora da
Constituição" do ex-presidente, que não respeitou os limites do seu poder
e ignorou as decisões judiciais.
"A verdade é que o fim almejado com a
edição do decreto de indulto foi beneficiar aliado político de primeira hora,
legitimamente condenado pelo STF", afirmou a ministra, que lembrou que a
Constituição não prevê poderes absolutos e que todos os atos do Poder Público
estão sujeitos ao controle de legalidade e constitucionalidade.
O voto de Rosa Weber foi acompanhado pelos
demais ministros do STF, que formaram unanimidade para anular o decreto de
indulto e restabelecer a condenação de Daniel Silveira, que segue preso desde
fevereiro deste ano por violar o uso da tornozeleira eletrônica. O julgamento
foi encerrado nesta quarta-feira (4), após dois dias de sessão.
O decreto de indulto foi alvo de ações
movidas por partidos de oposição, que acusaram Bolsonaro de agir ilegalmente e
para beneficiar um correligionário. O indulto é uma prerrogativa do presidente
da República, mas deve obedecer a critérios objetivos e não pode ser usado para
favorecer interesses pessoais ou políticos.
```
ARTIGO - A estratégia da defesa e o laudo médico sem consistência. (Padre Carlos)
Data
vênia Doutor, a emenda saiu pior que o soneto.
O caso do ex-ministro Anderson Torres,
preso por suspeita de conivência ou omissão diante dos atos antidemocráticos
cometidos contra as sedes dos Três Poderes em Brasília, trouxe à tona mais uma
vez a discussão sobre o estado de direito e a aplicação justa da lei no Brasil.
A estratégia da defesa de buscar a liberdade provisória de Torres através de um
laudo médico sobre seu estado de saúde mental acabou se mostrando pior do que o
próprio título do artigo sugere.
Ao tentar sensibilizar o STF com argumentos
que não faziam sentido diante de um atentado contra o estado de direito, a
defesa de Torres acabou chamando a atenção do ministro Alexandre de Moraes, que
determinou que o GDF informasse se o local onde o ex-ministro estava detido
tinha as condições necessárias para garantir sua saúde ou se seria necessário
transferi-lo para um hospital penitenciário.
Além disso, o médico que atendeu Torres em
30 de abril informou que ele apresentava bom estado geral e negou ideação
suicida, um dos argumentos da defesa para tirá-lo da prisão. Com isso, a
estratégia da defesa de Torres acabou se voltando contra si mesma, deixando o
ex-ministro em uma sinuca de bico, sem uma saída clara.
Mas o caso de Anderson Torres também
mostrou que a justiça está atenta às brechas do sistema que tentam criar
situações de impunidade. A postura ética e energética do ministro Alexandre de
Moraes em determinar a verificação das condições de detenção de Torres e não se
deixar levar por argumentos que não faziam sentido em um caso como este é um
exemplo da importância de se manter a integridade do estado de direito.
Em um momento em que a democracia e o
estado de direito são tão questionados em nosso país, é fundamental que a
justiça e os órgãos responsáveis pela aplicação da lei atuem com seriedade e
imparcialidade, buscando garantir que todos sejam tratados de forma justa e que
a lei seja aplicada de forma igualitária, sem privilégios para ninguém. Somente
assim poderemos construir uma sociedade mais justa, livre e democrática para
todos.
terça-feira, 2 de maio de 2023
ARTIGO - Sou parte de uma geração que sonhou com um outro Brasil. (Padre Carlos)
Não basta sonhar. É preciso lutar
Na segunda metade dos anos
70, eu era um jovem militante que fazia parte de uma geração que sonhava com um
Brasil diferente. Diante da falta de liberdade e vivendo os tempos de chumbo,
encaramos o futuro com coragem, ousadia e desprendimento. Rompemos com o PCdoB
e fundamos o PT buscando retomar o fio da meada que nos unia às tradições de
1968.
A Luta política, prática
cultural, revolução comportamental, contestação ao consumismo - tudo isso
estava misturado no caldeirão das utopias que acalentávamos. No movimento
estudantil, nas comunidades de base, na trincheira do velho MDB, no teatro e na
música, mergulhamos profundamente no desafio de mudar o mundo e o país.
Fomos perseguidos, presos e
torturados pela ditadura militar. Mas não nos deixamos abater. Resistimos com
fé e esperança, inspirados pela Teologia da Libertação e pelos movimentos
populares. Testemunhamos a força da solidariedade e da fraternidade entre os
que lutavam por um Brasil mais justo e igualitário.
Hoje, olhando para trás,
vejo que nossa luta não foi em vão. Conseguimos avançar em muitas áreas e
conquistamos muitas vitórias. Mas ainda há muito a ser feito. A luta continua e
a chama da esperança ainda arde em nossos corações. Continuamos a sonhar com um
outro Brasil possível.
Mas não basta sonhar. É
preciso agir. É preciso transformar nossos sonhos em projetos concretos, nossas
utopias em realidades palpáveis. É preciso construir um Brasil mais
democrático, mais soberano, mais solidário, mais sustentável. Um Brasil que
respeite a diversidade, que promova a justiça social, que garanta os direitos
humanos.
Para isso, é preciso ter
consciência crítica, participação cidadã, organização popular. É preciso ter
coragem para enfrentar os poderes dominantes, que querem manter o status quo de
privilégios e desigualdades. É preciso ter ousadia para propor alternativas
criativas e inovadoras, que rompam com as lógicas do capitalismo neoliberal. É
preciso ter desprendimento para colocar os interesses coletivos acima dos
interesses individuais ou corporativos.
Somos parte de uma geração
que sonhou com um outro Brasil. Mas não somos os únicos. Há muitas outras
gerações que compartilham desse sonho. Há muitas outras pessoas que se somam a
essa luta. Há muitas outras forças que se aliam a esse projeto. Somos parte de
um povo que sonha com um outro Brasil. E esse povo é capaz de fazer história.
segunda-feira, 1 de maio de 2023
ARTIGO - Viver e Sentir o Rio Vermelho: A História por Trás de uma Morena bela. (Padre Carlos)
Celebração da
Cultura e da Tradição
O Rio Vermelho é um dos bairros mais
tradicionais de Salvador, capital da Bahia. Conhecido por sua forte identidade
boêmia e cultural é um lugar de muitas histórias e tradições, que se misturam
para formar uma atmosfera única e acolhedora. É no cenário de meados da década
de cinquenta e início da década de sessenta que encontramos a inspiração para a
música "Morena Bela do Rio Vermelho", do cantor e compositor Fael.
“Morena bela do rio vermelho
Teu lindo olhar é um espelho, morena
Onde eu vejo o luar
Tu tens nos olhos o verde do mar
E no verde mar dos teus olhos, morena
Eu queria me afogar”.
A música de Fael celebra a beleza da mulher
baiana, em particular a da "Morena Bela do Rio Vermelho, que poderia ser
também da Amaralina e da Pituba. A letra fala sobre o encanto desta mulher, que
dança ao som do samba e que tem a energia e a alegria típicas do bairro. É uma
ode à cultura e às tradições do Rio Vermelho, que é visto como um espaço de
liberdade e de expressão.
O Rio Vermelho sempre foi um bairro ligado
à cultura, às artes e à música. Ao longo dos anos, muitos artistas e
intelectuais se estabeleceram no bairro, atraídos pela sua atmosfera boêmia e
pela sua rica vida cultural. É um lugar onde se podem encontrar diversas casas
de shows, bares e restaurantes, além de muitas lojas e galerias de arte.
A música "Morena Bela do Rio
Vermelho" é um retrato desta rica cultura que se desenvolve no bairro. A
letra de Fael nos transporta para o universo boêmio do Rio Vermelho, com suas
ruas animadas, seus bares lotados e suas festas intermináveis. É uma canção que
celebra a alegria de viver, a música e a cultura da Bahia.
Para os moradores e frequentadores do Rio
Vermelho, a música de Fael é um hino que expressa todo o amor e a paixão que
senti pelo bairro. É um chamado para todos aqueles que buscam a liberdade, a
alegria e a expressão através da cultura e da arte.
domingo, 30 de abril de 2023
ARTIGO - Entre a liberdade e a solidão: o dilema de quem deixou o ministério sacerdotal. (Padre Carlos)
O
que eu ganhei e o que eu perdi ao sair do clero
A saudade do presbitério
Hoje vou falar do
sentimento da perda que registei com particular evidência. A exclusão do clero
é evidente agora, você depois de alguns anos percebe que aqueles camaradas lhe
esqueceram e você não faz mais parte nem do passado delas. Quantos anos morei
com aquelas pessoas, dividir o espaço do quarto, da sala, do refeitório e hoje
você constata que tudo aquilo não representa mais nada. O carinho que você
sente por estes, suas lembranças da filosofia e da teologia, são na verdade
seus fantasmas que ficam povoando suas memórias. A irmandade, a amizades de
décadas e as histórias de vida se perderam no tempo, só você é que não
percebeu.
Mesmo sentindo a
indiferença, confesso a vocês que não posso negar que me alegra ao ver aqueles
companheiros. É uma geração que vai dando sinal que está envelhecendo e, com
ela, um certo jeito de ser Igreja, de se relacionar, de celebrar, de cantar. No
fundo, acho que sublimei o conceito de clero e de presbitério , esse conceito
de irmandade, transcende aquele outro mais comum: a de que irmão é alguém com quem
temos afinidade, alguma forma de amor não sexual, alguém com quem podemos
contar no infortúnio, na tristeza, pobreza, doença ou desconsolo.
Claro que isso é também
irmandade, mas o sentido profundo desse sentimento desafiador chamado amizade é
outro. Amizade é algo que se constrói com o tempo, com a convivência, com a
partilha, com a confiança. Amizade é algo que se mantém mesmo na distância,
mesmo na divergência, mesmo na mudança. Amizade é algo que se renova a cada
encontro, a cada abraço, a cada palavra.
Eu sei que muitos dos meus
antigos colegas ainda me consideram um amigo. Eu sei que eles não me excluíram
por malícia ou por indiferença. Eu sei que eles têm suas vidas ocupadas e seus
problemas para resolver. Eu sei que eles também sentem saudades de mim. Mas eu
também sei que eles não me procuram mais como antes. Eu também sei que eles não
me convidam mais para os seus eventos. Eu também sei que eles não me incluem
mais nos seus planos. Eu também sei que eles não me veem mais como um igual. E
isso dói.
Dói saber que eu perdi
algo tão precioso quanto a amizade de quem eu tanto admirei e respeitei. Dói
saber que eu deixei de fazer parte de um grupo ao qual eu dediquei tanto amor e
serviço. Dói saber que eu me tornei um estranho para quem eu chamei de irmão.
Eu não quero voltar ao ministério sacerdotal. Eu não quero voltar à instituição
eclesiástica. Eu não quero voltar ao presbitério. Eu só quero voltar a sentir
que eles ainda são meus amigos. Eu só quero voltar a ter um espaço na vida
deles. Eu só quero voltar a ser lembrado e valorizado.
Eu sei que isso pode parecer egoísmo ou ingratidão da minha
parte. Eu sei que fui eu quem escolheu sair do ministério e da Igreja. Eu sei
que fui eu quem rompeu com o vínculo que
me unia a eles.
Mas eu também sei que não fiz isso por capricho ou por
rebeldia. Eu também sei que não fiz isso por falta de fé ou de vocação. Eu
também sei que não fiz isso por desamor ou por traição.
Eu fiz isso por coerência. Eu fiz isso por honestidade. Eu
fiz isso por liberdade.
Eu não me arrependo da minha decisão. Eu não me sinto
culpado pelo meu caminho. Eu não me lamento pela minha situação.
Eu só me sinto triste pela minha solidão.
Eu sei que há muitas pessoas que me amam e me apoiam aqui
fora. Eu sei que há muitas pessoas que me respeitam e me admiram aqui fora. Eu
sei que há muitas pessoas que me querem bem e me fazem bem aqui fora.
Mas nenhuma delas pode substituir aqueles que eu deixei lá
dentro. Nenhuma delas pode entender o que eu vivi lá dentro. Nenhuma delas pode
compartilhar o que eu aprendi lá dentro.
Por isso, eu sinto falta do presbitério. Por isso, eu sinto
falta do clero. Por isso, eu sinto falta dos meus amigos.
Eles foram uma parte importante da minha vida. Eles foram
uma parte importante de mim.
E eu espero que eles saibam disso.
sábado, 29 de abril de 2023
ARTIGO - A Força do Amor de Deus e da Comunidade para Superar a Adversidade. (Padre Carlos)
O
Papel da Religião na Luta Contra a Doença
Caro
amigo ou amiga,
Se
você está lendo este artigo é porque, de alguma forma, está enfrentando uma
situação difícil em sua vida ou na vida de alguém que ama. Talvez você esteja
doente, ou tem um parente que está doente, e o peso da meditação e do
sofrimento pode parecer esmagador.
Mas
eu quero lembrá-lo que, mesmo em meio à dor, existe uma fonte de esperança e de
amor que pode ser uma força poderosa em sua vida. Eu falo, é claro, do amor de
Deus. Quando reconhecemos que Deus é amor e está conosco em todos os momentos,
podemos encontrar uma paz que transcende toda a compreensão.
Além
disso, quando temos amigos e uma comunidade que nos apoia, podemos sentir que
não estamos sozinhos em nossa luta. O simples fato de saber que as pessoas
estão rezando por nós pode trazer um sentimento de pertencimento e de esperança
que nos ajuda a perseverar, mesmo nos momentos mais difíceis.
Eu
sei que, em tempos de dor e sofrimento, pode ser difícil encontrar forças para
lutar. Mas a religião pode ter um papel importante em ajudar-nos a promover
emoções positivas e encontrar controles internos para a luta. É importante
lembrar que, muitas vezes, são as pequenas coisas que fazem a diferença.
Por
isso, eu gostaria de encorajá-lo a manter a fé e a esperança em seu coração.
Acredite que o amanhã pode ser diferente e que você tem a capacidade de lutar e
superar qualquer obstáculo que possa surgir em seu caminho. Como meu amigo
Wilton diz, faça com que a esperança venha lembrá-lo que amanhã tudo poderá ser
diferente, se você acreditar.
Que
Deus abençoe você e sua família neste momento difícil, e que você possa
encontrar a paz e a esperança que vêm do amor divino e do apoio àqueles que o
amam.
Com
amor e compaixão
ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)
A geração que fez a diferença! Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...
-
A Resistência e a Poesia de Chico Buarque Minha geração viveu sob a tirania da ditadura militar no Brasil, mas não se calou diante d...
-
Ciro e a sede de poder Protagonista é a personagem principal de uma narrativa, assim, podemos definir que PT como força hegemonizad...
-
Padre João Cardoso assume a Arquidiocese de Natal Hoje, trago uma notícia que me enche de alegria e esperança. Tomei conhe...