Fraude na vacinação.
Nesta quarta-feira, a Polícia Federal desencadeou uma operação de busca e apreensão na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, e prendeu seis pessoas supostamente operando a ele, incluindo um tenente-coronel do Exército que já havia sido seu ajudante de ordens. Todos os suspeitos estão sendo acusados de terem fraudado o sistema nacional de imunização do Ministério da Saúde, inserindo dados falsos sobre a vacinação contra a Covid-19 de Bolsonaro, sua família e vários assessores.
A fraude teria sido perpetrada com o objetivo de permitir que o ex-presidente viajasse para os Estados Unidos em setembro do ano passado, época em que o país exigia a comprovação da vacinação para estrangeiros. Bolsonaro sempre se recusou a revelar se havia ou não tomou a vacina contra a Covid-19.
Os investigados responderam por violação de medidas sanitárias preventivas, fraude na inserção de dados no sistema público, formação de quadrilha e corrupção de menores, já que a filha do ex-presidente é menor de idade.
O celular de Bolsonaro foi compreendido pela Polícia Federal, e ele teve que fornecer a senha aos agentes. Ele foi intimado a prestar depoimento ainda hoje na sede da PF em Brasília, mas recusou que iria comparecer e afirmou que iria se reunir com seus aliados e advogados em seu partido, o Partido Liberal.
A operação foi autorizada pela Justiça Federal com base em uma denúncia anônima e em documentos obtidos pelo Ministério Público Federal. Até o momento, a defesa de Bolsonaro não se pronunciou sobre o caso.
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